• Nenhum resultado encontrado

133 Que a arte nos aponte uma resposta

Mesmo que ela não saiba E que ninguém a tente complicar Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer Porque metade de mim é plateia

E a outra metade é canção. E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor

E a outra metade também (Metade, Oswaldo Montenegro).

Traçaremos, neste capítulo, as impressões a partir da concepção do estudo dedicado ao processo de formação humanescente de cantores-educadores que recita a beleza musical de um tempo que tão completamente nos absorveu. Nesse percurso compreendemos a abundância de momentos vivenciais de intenso comprometimento, convivência, desafios, reencontros e conexões que despontam em aspectos fundamentais para a liberdade, autonomia, criatividade e novas descontinuidades.

Em busca de completude, somos seduzidos pela melodia das experiências estéticas de cantores-educadores, uma música que comove a nossa corporeidade com a sensação de sublime emoção estética sendo, portanto, motivo de fascínio, interesse e transformação. Embora surpreendente, é particularmente desafiante expressar com palavras essa experiência no espaço de transitude em canto.

Circunda entre a forma musical e a intencionalidade um canto suave no empenho coletivo e individual de compreender a formação humana para além da educação formal. Nessa perspectiva o estudo envolveu o acesso ao grupo de cantores-educadores componentes de um sistema social de organização poiética, cultural, educativo que articulam as experiências de vida e a música de forma indissociável viabilizando a relação potencializadora entre a comunidade acadêmica e a sociedade.

134 Quantas inquietudes transitam e ressoa em polifonia a força propulsora desse

percurso de abordagens estéticas para o processo de formação humanescente? Que significados emergem e se dinamizam dessas experiências estéticas? Não tentaremos responder, por que é preciso se submeter às experiências para reconhecer o que se sente, somente assim, será compreendido o sentimento de beleza com a mais pura e simples alegria de viver.

Compreendemos a exuberância da beleza como uma forma de sentir a intensificação da vida vibrante vivida. Esse reconhecimento nos aproxima da plenitude luminosa para humanescer. Consideramos as vias de acesso para a essa necessidade ontológica pelo gosto, intuição, imaginação, percepção que se relacionam diretamente ao maravilhamento sublime diante da vida. Essas indicações provocam uma catarse no sistema educacional para uma educação estética corporalizada na arte de sorrir cada vez que o mundo diz: não.

As variações são desafiadoras, mas a importância relativa das diferentes notas dentro dessa melodia determina a apreciação dessa estrutura. O que queremos dizer é que todos somos notas de nomenclatura diferentes, singulares, e de efeito indispensável para a estrutura melódica de um compasso, à educação. Acreditamos na única maneira de fazer com que a educação penetre em sua significação estética: mudança no processamento do significado mental.

Isso requer investimento estético em criar condições para fluir a beleza da vida e que resulte necessariamente em mudanças estruturais. Nossa missão consiste em preparar o campo para que as condições desse processo, conectadas ao espaço de criação ao jogo e ao belo, enraízem experiências singulares na intercorporeidade.

Certamente, esse processo requer tempo para amadurecer e revelar-se corporalizado em sua alteridade. Até mesmo a inspiração na música, a criação no canto, a expressividade

135 artística para esses cantores-educadores podem transformar o mundo, como também podem

transportá-los a territórios desconhecidos de experiências estéticas. Em nossas experiências estéticas com a música, aprendemos que um Motteto tem mesma estrutura técnica que um Madrigal, mas não o mesmo espírito. Esse espírito jorra da partitura e traz a confirmação e a lucidez para se assumir o sentimento e a emoção estética musical. A formação humanescente expressa esse mesmo espírito de plenitude onde se deflagra a vida do sentimento estético.

Nesse sentido, é pertinente a contribuição desse estudo com ênfase à corporeidade e ao pensamento ecossistêmico, transdisciplinar e quântico no aspecto subjetivo polifônico de sutileza e delicada harmonia para uma educação humanescente. Para se conseguir esse contraste de movimento, o processo é definido pela circularidade contínua que ganha forte expressividade nas relações efetivas entre os componentes e valoriza atraentes experiências estéticas evidenciadas durante o processo de formação humanescente.

No processo de formação humanescente, encontramos o campo fecundo para usufruir possibilidades artísticas espontâneas, experimentar emoções e sentimentos partilhados na vida em grupo, provocar impulsos para criação inusitada e lúdica, estabelecer uma ambiência estética potencializadora que evidencie o simbólico e o imaginário, e aprofundar as propriedades da ludopoiese ricas em significados diversos. Sobretudo, descobrimos um sistema social de organização autopoiética de atração irresistível para se avançar no estudo das experiências estéticas com cantores-educadores.

A partir de princípios norteadores da etnofenomenologia encontramos perspectivas estruturantes e indispensáveis que contemplam valores, desejos, imagens arquetípicas e ideias que torna nobre a originalidade do estudo. O princípio da experiencialidade redimensionou a descrição da experiência vivida e a maneira de como foi vivenciado os percursos de abordagens estéticas; o princípio da indicialidade possibilitou evidenciar os registros

136 discursivos para orientar a análise das narrativas dos cantores-educadores; o princípio da

reflexividade apresenta destaque aos processos conscientes de fruição sobre o que viveu; o princípio da auto-organizalidade apontou para os processos autopoiéticos e estruturas etnopoiéticas, e de como os cantores-educadores se auto-organizam; o princípio da filiabilidade ressaltou os elementos e conexões culturais de pertencimento fortalecendo o sentimento de inserção ao grupo; o princípio da arquetipalidade articulou imagens e representações arquetípicas na atividade vivenciada; e, o princípio da humanescencialidade fez emergir os raios luminosos humanescentes como expansão da singularidade dos cantores- educadores.

Diante desses desdobramentos, distanciamentos e ressignificações, a inspiração na criatividade, sensibilidade e profunda integração estética do vivido difundiram o gosto ilimitado pelo trabalho de intervenção vivencial com as experiências estéticas de cantores- educadores.

Vemos, portanto, aspectos que permitem compreender a necessidade em humanescer e assumir raízes de extraordinária força imersos e vibrantes em desafios para que a arte e a educação estética articuladas ao descontínuo, finalmente floresça. Transformando- nos em notas atribuímos novos significados à corporeidade e a melodia da experiência estética na formação humanescente de cantores-educadores. Na busca infinita de cantar essa melodia para uma educação estética que provoque mudança no processamento do significado mental e que faça humanescer, sentimos vivificar transformações e novas articulações para descobrir um contexto possível que integre a imaginação criativa fundamental para o Salto quântico da corporeidade “Quando o infinito toca o meu instrumento finito, criação! Afino o meu instrumento e ouço o convite da criatividade” (GOSWAMI, p. 2008, p. 149).

137 REFERÊNCIAS

ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In. Sociologia. São Paulo: Ática, 1994. ALVES, Rubem Azevedo. O enigma da religião. 6 ed. São Paulo: Editora Papirus, 2007. ALVES, Rubem. Estórias de quem gosta de ensinar: o fim dos vestibulares. São Paulo: Ars Poética, 1995.

ARAÚJO, Miguel Almir Lima de. Os sentidos da sensibilidade: sua fruição no fenômeno do educar. Salvador: EDUFBA, 2008.

AMMANN. R. A Terapia do jogo de areia: imagens que curam a alma e desenvolvem a personalidade. [Tradução de Mário Serpa]. 2 ed. São Paulo: Paulus, 2004.

ASSMANN, Hugo. A corporeidade como instância radical de critérios pedagógicos e ético-políticos; Cidadania: crítica à lógica da exclusão. In: Metáforas novas para reencantar a educação. São Paulo: Ed. da UNIMEP, 1998.

ASSMANN, Hugo. Paradigmas educacionais e corporeidade. 3 ed. Piracicaba: UNIMEP, 1995.

BAITELLO JR., Norval. A era da iconofagia. São Paulo: Hacker, 2005. BASTIDE, Roger. Arte e sociedade. São Paulo: Nacional, 1971.

BARBOSA, A. M. Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 2001.

BECKER, H. Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. 2 ed. São Paulo: Hucitec, 1994. BERGSON, Henri. A evolução criadora. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 3 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

BOGDAN, R. BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Tradutores: ALVAREZ, M. J. SANTOS, S. B. BAPTISTA, T. M. Portugal: Porto Editora, 1994.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1974. BYINGTON, Carlos Amadeu B. Emocionar para Ensinar. Revista Viver Psicologia, 134 (XII), 8-11, 2004.

CAMARGO, A. Os usos da história oral e da história de vida: trabalhando com elites políticas. Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, 27 (1), 5-28, 1984.

138 CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Tradução

Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 1997.

CASSIRER, Ernst. Kant, vida y doctrina. Bogotá: Fondo de Cultura Económica, 1997. CARVALHO, A. S. Metodologia da entrevista: uma abordagem fenomenológica. 2 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1991.

CAVALCANTI. K. B. Pedagogia vivencial humanescente. In mímeo. Natal/RN: UFRN, 2005.

CAVALCANTI, Katia Brandão. Comunicação pessoal. Pedagogia Vivencial Humanescente. Local: UNIFREIRE. Disponível em: http://redesocial.unifreire.org/pedagogia-vivencial- humanescente. Acesso em 13/08/2010.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Introduction à L’oeuvre de Marcel Mauss. In: Marcel Mauss. Sociologie et anthropologie. Paris: PUF, 1950.

CIPRIANI, R. Biografia e Cultura da religião à política. In: VON SIMSON, O (org.). Experimentos com Histórias de Vida: Itália-Brasil. São Paulo: Vértice, 1988.

CSIKSZENTMIHALYI, M. A descoberta do fluxo: a psicologia do envolvimento com a vida cotidiana. Trad. de Pedro ribeiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

CSIKSZENTMIHALYI, M. Creativity: flow and psychology of discovery and invention. Nova York: HarperCollins, 1997.

CSIKSZENTMIHALYI, M. A psicologia da felicidade. São Paulo: Saraiva, 1992. CSIKSZENTMIHALYI, M. Beyond Boredom and anxiety. São Francisco: Jossy/Bass, 1975.

DAMÁSIO, Antônio R. O erro de Descartes: emoção, razão e cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

DAMÁSIO, António R. O Erro de Descartes: Emoção, Razão e Cérebro Humano, 12 ed, Lisboa: Publicações Europa-América, 1995, (col. Fórum da Ciência, 29).

DAMÁSIO, Antônio R. O erro de Descarte: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

DAMÁSIO, Antônio R. As emoções, fonte da consciência. In: Rewe Sciences Humaines, août-sept, 2001. (Matéria elaborada por Gaêtane Chapelle Tradução Julieta Beatriz Ramos Desauniers).

139 DAMÁSIO, Antônio R. O mistério da Consciência. São Paulo: Companhia das Letras,

2000.

DAMÁSIO, Antônio R. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

DENZIM, N.K. Interpretando as Vidas das Pessoas Comuns: Sartre, Heidegger e Faulkner. Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, 27 (1), 29-43, 1984.

DUARTE Jr, João Francisco. Fundamentos estéticos da Educação. 2 ed. Campinas: Papirus, 1988.

DUARTE Jr. Por que arte-educação? Campinas: Papirus, 1991.

DUFRENNE, M. Estética e Filosofia. Trad. Roberto Figurelli. São Paulo: Editora Perspectiva, 2004.

DURAND, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à

arquetipologia geral. Tradução Hélder Godinho. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. FARIAS, I.C. Um troupier na política: entrevista com o general Antonio Carlos Muricy. In: FERREIRA, M.M. (Coord.). Entrevistas: abordagens e usos da história oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1994.

FRITH, Simon. Performing Rites. On the value of popular music.Harvard Univ Press, Cambridge, Massachussets, 1996.

FRANCASTEL, P. La realité figurative. Paris: Gonthier, 1965.

FREIRE, J. B. Antes de falar de educação motora. In: Ademir DE MARCO, A. (Org) Pensando a educação motora. Campinas: Papirus, 1995.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Tradução de Moacir Gadotti e Lillian Lopes Martin. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

FREITAG, Bárbara; ROUANET, Sérgio Paulo (org). Habermas. 3 ed. São Paulo: Ática, 1993.

GADAMER Hans-Georg. Verdade e Método II. Petrópolis: Vozes, 2002.

GALEFFI, Romano. Educação estética como atitude sensível transdisciplinar: o aprender a ser o que se é propriamente. Em Aberto, 21 (77), 97-111, 2007.

GARDNER, Howard; CSIKSZENTMIHALYI, M; DAMON, William. Trabalho qualificado: quando a excelência e a ética se encontram. Porto Alegre: Artmed, 2004. GARDNER, Howard. O verdadeiro o belo e o bom: Os princípios básicos para uma nova educação. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1999.

140 GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas. A teoria na prática. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1995.

GOSWAMI, Amit. Criatividade quântica: como despertar o nosso potencial criativo. Tradução Cássia Nasser, Marcello Borges. São Paulo: Aleph, 2008.

GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Ed. 34, 1998.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.

GALEFFI, D. A. Filosofia da educação. Aula ministrada no programa de Pós-graduação em educação da Universidade Federal da Bahia. 19 abr. 2006.

HAMMERSLEY, M. (1994) Etnografia. Métodos de Investigación, Barcelona, Buenos Aires e México: Paidos, 1983.

ERICKSON, Frederick. Qualitative methods in research on teaching. In M.C. Wittrock (Ed.) Handbook of Reserach on Teaching . New York:Macmillan, 1986.

ERICKSON, Frederick. Ethographic microanalysis of interaction. In M. D. LeCompte, W. L. Millroy and J. Preissle Eds. The handbook of qualitative research in education. Academic Press: Harcourt Brace Jovanovich, Pubs, 1992.

FRANCASTEL, P. La realité figurative. Paris: Gonthier, 1965.

GOY, J. Histoire Orale. In: Encyclopaedia Universalis, suppl. Paris apud PESCE, A. (1987) Trajectoires de femmes dans la famille ouvrière. In: Histoires de vies, Histoires de familles, Trajectoires sociales. Paris: Annales de Vaucresson, (26) 1980.

HAGUETTE, T.M.F. Metodologias Qualitativas na Sociologia. Petrópolis: Vozes, 1987. HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 1996.

JOURDAIN, Robert. Música, cérebro e êxtase: como a música captura nossa imaginação. Trad. De Sônia Coutinho. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.

LANGER, S. A importância cultural da arte. In: ______. Ensaios filosóficos. Tradução de José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1971.

LE BRETON D. A sociologia do corpo. Petrópolis: Editora Vozes, 2006.

LÉVI-STRAUSS, Claude. [1964] O cru e o cozido. São Paulo, Brasiliense, 1991. LÉVI-STRAUSS, Claude. Le Cru et le Cuit – Mitológicas I, Plon, Paris, 1964.

141 LOWEN, Alexander. O corpo em depressão: as bases biológicas da fé e da realidade. 2. ed.

São Paulo: Summus editorial, 1983.

NIETZSCHE, F. Além do bem e do mal. São Paulo: Cia das Letras, 1990. MAFFESOLI, Michel. Elogio da razão sensível. Petrópolis: Vozes, 1998.

MAFFESOLI, Michel. Os tempos das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

MALDONATO, Mauro; DELL’ORCO, Silva; ANZOISE, Ilaria. Desvendando a mente estética. Revista Scientific American Brasil – edição 90 – Novembro 2009. Disponível em:< http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/desvendando_a_mente_estetica_5.html>. Acesso em: 10 jan. 2010.

MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. Tradução Paulo Neves. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

MAUSS, Marcel. Sociologie et anthropologie. Paris: PUF, 1950.

MARPEUA, Jacques. O processo educativo: a construção da pessoa como sujeito responsável por seus atos. Porto Alegre: Artmed, 2002.

MATHIAS, Nelson. Coral um canto apaixonante. Brasília: Musimed, 1986.

MATURANA, Humberto. R. Emociones y lenguaje em educatión y política. 7. ed. Santiago: Chile, 1994.

MATURANA, Humberto. R. Cognição, ciência e vida cognitiva. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2001.

MATURANA, Humberto. R. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

MATURANA, H.; REZEPKA, S. Formação humana e capacitação. Tradução Jaime A. Clasen. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.

MATURANA, Humberto. R; VARELA, Francisco J. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. São Paulo: Editorial Psy II, 1995.

MATURANA, Humberto. R; VARELA, Francisco J. Autopoesis and cognition: the realisation of the living. (Autopoiese e cognição: a descoberta da vida). Dordrech: Reidel, 1980.

MATURANA, Humberto. R. Emoções e linguagem na educação e na política. Editora da UFMG. Belo Horizonte, 1999.

142 MATURANA, Humberto R; VARELA, Francisco J. A árvore do conhecimento: as bases

biológicas da compreensão humana. Tradução Humberto Mariotti e Lia Diskin. São Paulo: Athena, 2001.

MATURANA, Humberto R; DÁVILA, Ximena Paz. Educação a partir da matriz biológica da existência humana. Revista prelac. Os sentidos da educação. Santiago, Chile, ano 3, n. 2, fev. 2006.

MATURANA, Humberto, R. Cognição, ciência e vida cotidiana. Organização e tradução Cristina Magno e Victor Paredes. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.

MORAES, Maria Cândida. Pensamento Eco-Sistêmico. 2 ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.

MORAES, Maria Cândida. O Paradigma Educacional Emergente. Ed. Papirus; 1997. MORAES, Maria Cândida. Educar na biologia do amor e da solidariedade. Petrópolis: Vozes, 2003.

MORAES. M. C. Pensamento eco-sistêmico: educação, aprendizagem e cidadania no século XXI. Petrópolis: Vozes, 2004.

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. 2 . ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

MERLEAU-PONTY, M. The structure of behavior. (Alden Fisher, Trans.). Boston: Beacon Press, 1963.

MOREIRA, V. O enfoque centrado na pessoa no tratamento de um caso de esquizofrenia. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 3, 262-281, 1987.

MOREIRA, V. Psicopatologia crítica (parte II). Em V. Moreira; T. Sloan (Orgs.), Personalidade, ideologia e psicopatologia crítica, 106-248. São Paulo: Escuta, 2002. MORIN, Edgar. O método 1: a natureza da natureza. Tradução Ilana Heineberg. Porto Alegre: Sulina, 2002.

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Tradução Eliane Lisboa. Porto Alegre: Sulina, 2007.

ORMEZZANO, G. Imaginário e Educação: entre o homo symbolicum e o homo estheticus. 2001. Tese. Doutorado. Educação – Faculdade de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1978. QUEIROZ, M.I. Relatos orais: do “indizível” ao “dizível”. In: VON SIMSON (Org.). Experimentos com Histórias de Vida: Itália-Brasil. São Paulo: Vértice, 1988.

143 PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

PHILIPPINI, Angela. Cartografias da coragem. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2004. PIERRAKOS, John. Core Energetics. Mendocino: Califórnia, 1987.

PIERRAKOS, John. Energética da essência. São Paulo: Pensamento, 1990.

PIERRAKOS, John. Energética da essência: desenvolvendo a capacidade de amar e de curar. São Paulo: Editora Pesamento-Cultrix, 2007.

PIRES, Edmilson. F. Corporeidade e sensibilidade: o jogo da beleza na educação física escolar. Natal: EDUFRN, 2000. (Teses e Pesquisas – Ciências da Saúde).

PITTA, Danielle Perin Rocha. Iniciação à teoria do imaginário de gilbert durand. Rio de Janeiro: Atlântica Editora, 2005.

POLAK, Y. N. S. A corporeidade como resgate do humano na enfermagem. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis: Escola de Enfermagem, 131f, 1996. Tese.

(Doutorado). Filosofia da Enfermagem. UFSC.

RAYNOR, Henry. História social da música: Da idade Média a Beethoven. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

SÁNCHEZ-CRIADO, Thomás. Introductión: em torno a la génesis, 2008.

SANTOS, A. Didática sob a ótica do pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2003. SASSO, Henrique Santos. Juntando cacos: a técnica da arte do mosaico como ação

terapêutica. In: Revista Imagens da Transformação. v. 8. Rio de Janeiro: Pomar, 2001. SERRES, Michel. Variações sobre o corpo. Rio de Janeiro: Bertrand, 2004.

SCHILLER, Friedrich. Cartas sobre a educação estética da humanidade. Introdução e notas de Anatol Rosenfeld. São Paulo: EPU, 1991.

SCHILLER, Friedrich. Poesia ingênua e sentimental. São Paulo: Iluminuras, 1997. SCHILLER, Friedrich. A educação estética do homem. São Paulo:

Editora Iluminuras, 1995.

SCHILLER, Friedrich. A educação estética do homem numa série de cartas. Tradução. Roberto Schwartz e Márcio Suzuki. Carta XXII. São Paulo: Iluminuras Ltda., 2002.

SCOZ. B. Por uma educação com alma: A objetividade e a subjetividade nos processos de ensino/aprendizagem. (Org). Petrópolis: Vozes, 2000.

144 SCHUTZ, Alfred. Fenomenologia e relações sociais – coletânea de textos de Alfred Schutz.

Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.

SOARES, L. E. O Rigor da Indisciplina: ensaios de antropologia interpretativa. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

STORK, Ricardo Yepes. Fundamentos de antropologia: um ideal de excelência humana. Tradução de Patrícia Carol Dwyer. São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência, 2005.

SOULAGES, François. Estética e método. Ars: São Paulo, ano 2, n. 4, 2004.

THIOLLENT, M.J.M. Crítica metodológica: investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis, 1982.

TORO, Rolando. Biodança. São Paulo: Editora Olavobraz/EPB, 2002.

WEINRIB, E. L. Imagens do self: o processo terapêutico na caixa-de-areia. São Paulo: Summus, 1993.

WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

WOODS, P. Inside schools. Ethnography in educational research, London: Routledge, 1986. ZEKI, Semir. Neuroestética busca princípio biológico do belo. A arte é um subproduto da função evolutiva do cérebro. O Globo [On Line]. Prosa e Verso. p. 4, Edição 30 fev. 2006. Disponível em < http://neuroesthetics.org/pdf/darwin4.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2010.

145

ANEXO

TERMO DE CONSENTIMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Este termo de consentimento segue a Resolução No 196/96-CNS para documentar a pesquisa. Esclarecimentos

Este documento é um convite para você participar da pesquisa Corporeidade e a melodia da experiência estética no processo de formação humanescente de cantores-educadores que é orientado pelo Profº Dr. Edmilson Ferreira Pires, desenvolvida pela discente regular do Programa de Pós-Graduação, Artemisa de Andrade e Santos.

Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade.

O objetivo central de nossa investigação definiu analisar e interpretar os significados das experiências estéticas vivenciadas por cantores-educadores no processo de formação humanescente.

Caso decida aceitar o convite, você será submetido (a) ao(s) seguinte(s) procedimentos: Esse percurso para o processo de formação humanescente sugere abordagens estéticas que de algum modo aproxima o grupo de cantores-educadores à liberdade e à criação artística interligadas para obtenção de um significado.

Um estudo de risco inexistente para a sua participação. Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: As intervenções no percurso destas abordagens estéticas no processo de formação humanescente convergem para uma educação estética que contribui para o reconhecimento de sentido e de significado de sua experiência estética. Uma perspectiva de mediar realidades vividas, experiências partilhadas e aprofundar o lugar de pertencimento de si, mas que também se estabelece nas relações de formação e autoformação.

Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários.

Documentos relacionados