• Nenhum resultado encontrado

Para realizar o tratamento estatístico das amostras, empregou-se o software Minitab para resultados de estatísticas básicas e o Sistema para Análise e

33

Separação de Médias SASM – AGRI para efetuar a análise de variância (ANOVA). A partir do Minitab, realizaram-se cálculos de média, desvio padrão e mediana dos valores do teor de ferro (em miligramas a cada 100g de massa seca) existente em cada marca.

Tais resultados podem ser visualizados na tabela 7:

Tabela 7- Resultados estatísticos básicos das amostras Marca Média do teor de ferro

(mg/100g)

Desvio padrão Mediana

A 6,74 3,16 9,81 B 10,35 2,11 10,22 C 7,97 0,99 7,67 D 7,41 0,84 7,24 E 6,84 0,78 6,74 F 1,56 0,11 1,58

Fonte: Autoria própria (2017).

Através do SASM – AGRI empregou-se o método Tukey para comparação de médias.

Para a análise das médias do teor de ferro de cada marca, utilizou-se 5 tratamentos com 6 repetições cada (as amostras não fortificadas não foram analisadas neste teste) e grau de significância 5%.

A análise de variância é utilizada para a comparação estatística de duas ou mais médias. Tal análise compreende o teste F, o qual é o cálculo da razão entre a variabilidade entre grupos e a variabilidade dentro dos grupos.

Os valores obtidos para F tabelado e F calculado foram de 2,75 e 4,00, respectivamente.

Visto que F calculado é maior do que F tabelado, pode-se afirmar que a hipótese H0, a qual implica que todas as médias são iguais, é rejeitada, isto é, há ao

menos uma média diferente das demais.

Quando a hipótese H0 é rejeitada, pode-se realizar o teste Tukey, o qual é

empregado para comparar médias duas a duas.

A tabela 8 apresenta os resultados do teste Tukey realizado pelo SASM- Agri.

Tabela 8 – Resultado do teste Tukey Marca Número de repetições Média do teor de ferro

(mg/100g) Teste Tukey A 6 6,74 ab B 6 10,35 a C 6 7,97 ab D 6 7,41 ab E 6 6,84 b

Fonte: Autoria própria (2017).

Neste teste, médias seguidas da mesma letra não apresentam diferenças significantes ao nível de 5% de significância.

Através do teste Tukey, observa-se que as médias do teor de ferro das marcas B e E diferem entre si ao nível de 5% de significância, enquanto as marcas A, C e D. não diferem das marcas B e E ao nível de 5% de significância. Conclui-se, também, que as marcas A, C e D também não diferem estatisticamente entre si.

35

6 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos neste trabalho encontram-se de acordo com a resolução vigente, a Resolução nº 344, de 13 de dezembro de 2002 da ANVISA. Porém, as marcas A, B e C apresentam valores superiores ao valor máximo que foi estabelecido pela Resolução N° 150, de 13 de abril de 2017, a qual deverá ser adotada pelas indústrias no prazo máximo de dois anos a partir desta data.

Os teores de ferro obtidos apresentam variabilidade entre lotes diferentes da mesma marca. Então, é necessário ressaltar a importância da adoção de um sistema de melhor controle de dosagem de adição de ferro.

Assim como em estudos já realizados, os valores de concentração de ferro obtidos neste trabalho mostraram-se consideravelmente elevados em relação à quantidade mínima exigida pela RDC nº 344, destacando a importância da nova resolução estabelecida, a qual determina um valor máximo de teor de ferro, visto que ferro em excesso também é prejudicial ao organismo.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. A importância das farinhas fortificadas com ferro e ácido fólico. Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/ALIMENTOS/folder_farinha.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2017.

ANVISA, Portaria n º 354, de 18 de julho de 1996. Art 1º Aprovação a Norma Técnica referente à Farinha de Trigo. jul. 1996.

ASCHERI, José Luís Ramírez et al. Manual de fortificação de farinha de trigo com ferro. Rio de Janeiro: Embrapa, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO TRIGO. Importação

trigo. Disponível em: <http://www.abitrigo.com.br/pdf/mdic/importacao_trigo.pdf>. Acesso em: 30 maio 2016b.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO TRIGO. Sobre o Trigo - Curiosidades. Disponível em:

<http://www.abitrigo.com.br/index.php?mpg=02.06.00>. Acesso em: 02 jun. 2016a.

BENASSI, Vera de Toledo; WATANABE, Edson. Fundamentos da tecnologia de panificação. Rio de Janeiro: Embrapa-ctaa, 1997.

BOEN, Thaís Rezende et al. Avaliação do teor de ferro e zinco e composição centesimal de farinhas de trigo e milho enriquecidas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, Campinas, v. 43, n. 4, p.589-596, out. 2007. BRANDÃO, Silvana Soares; LIRA, Hércules de Lucena. Técnico em

Alimentos: Tecnologia de Panificação e Confeitaria. Recife: Edufrpe, 2011.

BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico, ANVISA. Resolução - RDC Nº 344, de 13 de Dezembro de 2002. Diário Oficial da União, 18 dez. 2002.

BRASIL. Dispõe sobre o enriquecimento das farinhas de trigo e de milho com ferro e ácido fólico., ANVISA. Resolução - RDC Nº 150, de 13 de Abril de 2017. Diário Oficial da União, 13 abr. 2017.

BRASIL. Institui a Comissão Interinstitucional para Implementação,

Acompanhamento e Monitoramento das Ações de Fortificação de Farinhas de Trigo, de Milho e de seus Subprodutos.Portaria Nº 1.793, de 11 de Agosto de 2009. Ministério da Saúde. Diário Oficial da União, 11 ago. 2009.

BRASIL. Consulta Pública n° 249, de 6 de setembro de 2016. Dispõe sobre o enriquecimento obrigatório das farinhas de trigo e de milho com ferro e ácido fólico. ANVISA. Diário Oficial da União, 6 set. 2016.

37

BRASIL. Regulamento técnico Para fixação de Identidade e Qualidade de Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais. Ministério da Saúde, Portaria nº 31, de 13 de janeiro de 1998. Diário Oficial da União, 13 jan. 1998.

CAFÉ, Sônia et al. Cadeia Produtiva do Trigo. Rio de Janeiro: BNDES Setorial, 2003.

CANÇADO, Rodolfo D.; CHIATTONE, Carlos S.. Anemia ferropênica no adulto – causas, diagnóstico e tratamento. Rev. Bras. Hematologia e Hemoterapia, são Paulo, v. 32, n. 3, p.240-246, jun. 2010.

CANÇADO, Rodolfo D.; LOBO, Clarisse; FRIEDRICH, João Ricardo. Tratamento da anemia ferropriva com ferro por via oral. Rev. Bras. Hematologia e Hemoterapia, São Paulo, v. 2, n. 32, p.114-120, 2010.

CARVALHO, Miriam Corrêa de; BARACAT, Emílio Carlos Elias; SGARBIERI, Valdemiro Carlos. Anemia Ferropriva e Anemia de Doença Crônica: Distúrbios do Metabolismo de Ferro. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, v. 2, n. 13, p.54-63, 2006.

DAŞBAŞI, Teslima et al. Determination of some metal ions in various meat and baby food samples by atomic spectrometry. Food Chemistry, n. 197, p.107-113, jan. 2016.

DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Deficiência de Ferro. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pcan.php?conteudo=deficiencia_ferro>. Acesso em: 01 maio 2017.

FISBERG, Mauro; VELLOZO, Eliana P.. A contribuição dos alimentos fortificados na prevenção da anemia ferropriva. Rev. Bras. Hematologia e Hemoterapia, São Paulo, v. 2, n. 32, p.140-147, jan. 2010.

FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 1999. 307 p.

KIRA, Carmen Silvia et al. Avaliação dos teores de ferro em farinhas de trigo fortificadas, São Paulo, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz, São Paulo, v. 3, n. 65, p.181- 185, out. 2006.

KRAMER, Graice Regina; FALCÃO, Heloísa Alves Souza. Análise da fortificação de ferro em farinhas de trigo. Revista de Tecnologias, Ourinhos, v. 4, n. 1, p.25-38, jan. 2011.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Trigo. Disponível em:

<http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/trigo>. Acesso em: 08 maio 2016. MINISTÉRIO DA FAZENDA. Panorama do trigo e derivados. -: Secretaria de Acompanhamento Econômico, 2011. Disponível em:

<http://www.seae.fazenda.gov.br/central-de-documentos/panoramas- setoriais/Trigo_Derivados.pdf>. Acesso em: 08 maio 2016.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 2ª ed. Brasília: MS, 2008.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Suplementação de Ferro: Manual de Condutas Gerais. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; CROUCH, T. A., Princípios de Análise Instrumental. 5ª ed. São Paulo: Bookman, 2002.

SOUSA, Rafael Arromba de; CAMPOSA, Náira da Silva; ORLANDO,

Ricardo. PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS PARA ANÁLISE ELEMENTAR. Juiz de Fora: Ufjf, 2015.

WELZ, Bernhard; SPERLING, Michael. Atomic Absorption Spectrometry. 3. ed. Alemanha: Wiley - Vch, 1999.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention, and Control: A guide for programme managers. 2001. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/66914/1/WHO_NHD_01.3.pdf?ua=1>. Acesso em: 01 maio 2017.

Documentos relacionados