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Capítulo III Construção da pesquisa

TURMA D Nº de questões

acertadas na primeira aplicação do teste Nº de questões acertadas na segunda aplicação do teste

Média de acertos nos testes nas duas aplicações por aluno

Rendimento geral das duas aplicações (diferença entre segunda e primeira

aplicação )

ALUNOS Nº Absoluto % Nº Absoluto % Nº Absoluto % Nº Absoluto %

2D-48 5 20,8 8 33,3 6,5 27,1 3,0 12,5 2D-49 5 20,8 3 12,5 4 16,7 -2,0 -8,3 2D-50 11 45,8 19 79,2 15 62,5 8,0 33,3 2D-51 8 33,3 15 62,5 11,5 47,9 7,0 29,2 2D-52 1 4,2 8 33,3 4,5 18,8 7,0 29,2 2D-53 7 29,2 10 41,7 8,5 35,4 3,0 12,5 2D-54 7 29,2 8 33,3 7,5 31,3 1,0 4,2 2D-55 4 16,7 8 33,3 6 25,0 4,0 16,7 2D-56 9 37,5 5 20,8 7 29,2 -4,0 -16,7 2D-57 8 33,3 5 20,8 6,5 27,1 -3,0 -12,5 2D-58 12 50,0 9 37,5 10,5 43,8 -3,0 -12,5 2D-59 4 16,7 5 20,8 4,5 18,8 1,0 4,2 2D-60 4 16,7 11 45,8 7,5 31,3 7,0 29,2 2D-61 5 20,8 10 41,7 7,5 31,3 5,0 20,8 2D-62 10 41,7 12 50,0 11 45,8 2,0 8,3 2D-63 8 33,3 6 25,0 7 29,2 -2,0 -8,3 2D-64 9 37,5 12 50,0 10,5 43,8 3,0 12,5 2D-65 9 37,5 4 16,7 6,5 27,1 -5,0 -20,8 2D-66 10 41,7 4 16,7 7 29,2 -6,0 -25,0 2D-67 6 25,0 5 20,8 5,5 22,9 -1,0 -4,2 2D-68 5 20,8 6 25,0 5,5 22,9 1,0 4,2 Média geral 7,0 29,2 8,2 34,3 7,6 31,7 1,2 5,2

Tomou-se como base a média dos alunos nos testes e, a partir daí, foram criadas faixas que permitissem categorizá-los por desempenho. Para isso estabeleceram-se, como regra de organização, faixas de percentuais de acertos conforme os critérios descritos a seguir:

 Alunos que ficaram abaixo de 20% na média geral dos testes, ou seja, na faixa de <20, foram considerados de baixíssimo rendimento.

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 Alunos que ficaram na faixa de acima de 20% a 29,9%, na média geral dos testes, foram considerados de baixo rendimento.

 Alunos que ficaram acima de 30% a 30,9%, na média geral dos testes, foram considerados de rendimento regular.

 Alunos que ficaram acima de 40% a 40,9%, na média geral dos testes, foram considerados de rendimento regular.

 Alunos que ficaram acima de 50% a 50,9%, na média geral dos testes, foram considerados de rendimento mediano.

 Alunos que ficaram acima de 60% a 60,9%, na média geral dos testes, foram considerados de rendimento bom.

 Alunos que ficaram acima de 70% a 70,9%, na média geral dos testes, foram considerados de rendimento ótimo.

 Alunos que ficaram acima de 80% foram considerados como

excelente.

Com a categorização, passou-se a construir parte da história da vida escolar dos alunos, agrupando-os de acordo com o seu desempenho nos teste conforme apresentado nos Apêndices A e B. A construção de parte da história escolar dos alunos está embasada nas tabelas onde constavam os dados pessoais, como idade, ano de ingresso, série ou módulo, se recebiam Bolsa Família, se abandonaram ou ficaram retidos e os pareceres, os quais foram transcritos literalmente, isto é, como estavam registrados nas cadernetas, não houve nenhuma correção gramatical.

Em seguida, construiu-se um perfil docente com base nos registros de campo referentes às aulas observadas, que se encontra no Apêndice C. Na construção dos perfis dos docentes também foram codificados como forma de preservar a sua identidade. O código ficou definido pela letra do alfabeto e o ano do Ciclo em que lecionavam, como mostra a seguir: 1º ano do ciclo II dois

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docentes letras ( 1ºE, 1º F); 2º ano do ciclo II quatro docentes letras (2º G, 2º H, 2º I, 2ºJ) e um docente da roda de alfabetização com a indicação da letra L .

Análise dos dados

Os dados coletados foram analisados à luz do referencial teórico, seguindo um processo analítico descritivo do conteúdo das mensagens, o que permitiu uma compreensão mais ampla dos fatos. A linha descritiva baseia-se na proposta de análise de conteúdo apresentada por Bardin (2011), que a define como

Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter por procedimentos sistemáticos e objetivos da descrição do conteúdo das mensagens indicadores (quantitativo ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produções/recepção (variáveis inferidas) dessas mensagens ( p.48).

A autora também afirma que a técnica cria um jogo de operações analíticas adaptadas à natureza dos dados que se quer resolver, podendo-se utilizar uma ou mais operações a fim de complementar os resultados ou validar, obtendo-se, assim, uma interpretação fundamentada. Dessa forma, pode-se dizer que a análise de conteúdo tem como objetivo ultrapassar as incertezas e enriquecer a leitura dos dados coletados.

Moraes (1999) considera a análise de conteúdo uma metodologia de pesquisa usada para “descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos”. Essa análise conduz a “descrições sistemática, qualitativa e quantitativa, reinterpretando as mensagens em busca de significados num nível que vai além de uma leitura comum (p.02)”.

Para Bardin (2011), a análise de conteúdo passa por três fases: 1- pré- análise, que se caracteriza por organizar e sistematizar as ideias iniciais de maneira a elaborar os indicadores que fundamentam a interpretação final; 2 - exploração do material, que corresponde à fase de codificação e decomposição dos dados conforme as regras previamente estabelecidas; e 3 - tratamento dos

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resultados, inferência e interpretação dos resultados brutos, de maneira a se tornarem significativos e válidos.

O tratamento dos dados apoiou-se na análise temática e categorial, que, segundo Bardin (2011), se baseia na operação de desmembramento do texto em unidades, descobrindo os diferentes sentidos de uma comunicação, para, em seguida, reagrupá-los em categorias, ou seja, o seu primeiro objetivo é fornecer, por condensação, uma representação simplificada dos dados brutos.

Os resultados brutos, ou seja, as categorias que serão utilizadas como unidades de análise, são submetidos a operações estatísticas simples ou complexas, dependendo do caso, de maneira que permitam ressaltar as informações obtidas. Em seguida são feitas inferências e interpretações previstas no quadro teórico; podem-se sugerir outras possibilidades teóricas.

Neste estudo, a análise dos dados foi organizada por similaridade, quando se tratava dos pareceres avaliativos associados a valores estatísticos; ou por desempenho, quando eram apresentados os valores estatísticos. Em ambos os casos, a análise é apresentada em quadros ou tabelas. No entanto, vale salientar que, na análise dos resultados, eles se apresentam entrelaçados com o objetivo de possibilitar uma leitura ampla do que foi encontrado.

Para a pesquisa realizada, foram construídas as categorias e subcategorias descritas a seguir:

1-Políticas educacionais implantadas no município

1a- redução os índices de evasão, repetência, distorção idade-série; 2- Efeitos das diferentes modalidades didáticas implantadas na escola

2a- no trabalho pedagógico dos docentes;

2b- na avaliação

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A elaboração dessas categorias a posteriori representa o resultado de um esforço de síntese de uma comunicação, em que se destacam os aspectos mais importantes do que se quer avaliar.

Os esforços de análise e o uso de diferentes métodos de coleta de dados permitem abordar de forma complementar e dialética os resultados obtidos, além de estabelecer o diálogo entre as questões objetivas e subjetivas, privilegiando a análise dos consensos, dos conflitos e das contradições, possibilitando maior validade e uma inserção mais aprofundada dos pesquisadores no contexto de onde emergem os fatos, as falas e as ações dos sujeitos (MINAYO, 2005).

Essa autora também considera que a avaliação por triangulação de métodos permite identificar, explorar e compreender as diferentes dimensões do estudo, reforçando as descobertas e enriquecendo suas interpretações. Os diferentes metodos de coleta permitiram o uso de abordagens qualitativas e quantitativas que acabaram dando uma confibilidade na anáise sobre a aprendizagem dos alunos.

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