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Um algoritmo para minimização de polinômios quárticos normais

No documento Complexidade em programação não linear (páginas 53-63)

3.4 Considerações sobre os resultados de complexidade

4.1.1 Um algoritmo para minimização de polinômios quárticos normais

Nesta seção, apresentaremos um método para minimização de polinômios quárticos normais baseado no trabalho de Qi, Wan e Yang [60]. Neste artigo, os autores propõem um algoritmo que garante minimização global de tais polinômios, porém que exige a resolução de subproblemas difíceis e que podem não possuir solução numericamente computável em tempo hábil, portanto, não é um algo-ritmo prático. Como eles não nomeiam o método deles, chamaremos de GMNQP. Nossa abordagem aqui consiste em detalhar as demonstrações de [60], além de propor um método que, embora não garanta a minimização global de polinômios quárticos normais, garante ao menos convergência a um minimizador local, e não apenas a um ponto crítico como métodos clássicos para programação não linear.

Seja T um tensor de ordem p, cujos elementos são denotados por Ti1,i2,...,ip, comi1, i2, . . . , ip = 1,2, . . . , n.

Dadox∈Rn, consideraremos T xp=

n

X

i1,i2,...,ip=1

Ti1,i2,...,ipxi1xi2. . . xip,

(T xp)∈R, como sendo T aplicadop vezes ax.

Dizemos queT é definido positivo seT xp>0, para todox∈Rn tal que kxk= 1.

SejamTi, comi= 1,2,3e4, tensores simétricos de ordemiet0 ∈R. Consideraremos um polinômio quártico a função

P(x) =T4x4+T3x3+T2x2+T1x+t0. (4.3)

Dizemos queP(x)é um polinômio quártico normal se T4 for definido positivo.

Notemos que, no caso de nosso polinômio definido pelo modelom3em (4.1), computarT4x4equivale a calcular σ4kkxk4. Como σk ≥ σmin > 0, σ4kkxk4 > 0 para todo x ∈ Rn tal que kxk = 1. Por conseguinte, m3 definido em (4.1) é um polinômio quártico normal.

Consideremos então P, como definido em (4.3), um polinômio quártico normal. Estamos interessa-dos no problema

Minimizar

x∈Rn

P(x). (4.4)

Dizemos quex éponto crítico de P se∇P(x) = 0.

Seja s∈Rn e α ∈R. Pelo Teorema de Taylor, existe x¯ ∈Rn, x¯=x+ ¯αp, com α¯ entre0 e α (i.e.

0<α < α¯ ou α <α <¯ 0), tal que P(x+αs) =P(x) +α∇P(x)s+1

22P(x)s2+1

33P(x)s3+ 1

24α44P(¯x)s4. (4.5) Consideremos o teorema a seguir, extraído de [60, Proposição 2]. Este teorema estabelece a ca-racterística de um ponto crítico de P pela observação de suas derivadas de ordem dois e três.

Reescrevemos a demonstração por fins de detalhamento dos resultados.

Teorema 4.1. Seja P : Rn → R um polinômio quártico normal, como definido em (4.3).

Consideremos xˆ∈Rn um ponto crítico de P. Então,

(a)Se ∇2P(ˆx) for definida negativa, então xˆ é um maximizador local de P. (b)Se∇2P(ˆx) for definida positiva, ou se for semidefinida positiva e

3P(ˆx)s3 = 0

para todo s∈Rn tal que ∇2P(ˆx)s2 = 0, então xˆ é um minimizador local de P. (c)Caso contrário, xˆ é um ponto de sela de P.

Demonstração. Notemos que, por (4.5),P(ˆx+αs)−P(ˆx)possui o mesmo sinal que∇2P(ˆx)s2 para um s ∈ Rn fixo e valores de α suficientemente pequenos, em módulo. Neste contexto, analisaremos quatro casos:

(i) ∇2P(ˆx) é indefinida,

(ii) ∇2P(ˆx) é negativa definida, (iii) ∇2P(ˆx) é definida positiva e

(iv) ∇2P(ˆx)é semidefinida positiva ou negativa.

Para o caso(i), existem direções s ∈Rn tais que ∇2P(ˆx)s2 <0, em cujo caso P(ˆx+αs)− P(ˆx) < 0 para todo α ∈ R suficientemente pequeno, em módulo, e ∇2P(ˆx)s2 > 0, em cujo casoP(ˆx+αs)−P(ˆx) >0 para todoα ∈R suficientemente pequeno em módulo. Portanto, ˆ

xé um ponto de sela de P.

Para o caso(ii), temos que ∇2P(ˆx)s2 <0 para todos∈Rn. Portanto, P(ˆx+αs)−P(ˆx)<

0 para todo s ∈ Rn e para todo α ∈ R suficientemente pequeno, em módulo. Logo, xˆ é maximizador local de P.

Para o caso(iii), temos que∇2P(ˆx)s2 >0para todos∈Rn. Portanto,P(ˆx+αs)−P(ˆx)>0 para todo s∈Rn e todo α ∈R suficientemente pequeno, em módulo. Logo, xˆ é minimizador local de P.

Para o caso(iv), por sua vez, consideremos

N ={s∈Rn| ∇2P(ˆx)s2= 0}

Notemos queN contém ao menos um vetor não nulo.

Consideremos, em primeiro lugar, que∇2P(ˆx)ésemidefinida positiva. Por um lado, para todo s6∈ N,∇2P(ˆx)s2>0, o que implica que, paraα∈Rsuficientemente pequeno, em módulo,

P(ˆx+αs)−P(ˆx)>0. (4.6) Por outro lado, para todos∈ N, consideremos dois casos:

1. se ∇3P(ˆx)s3 = 0, então, por (4.5),

P(ˆx+αs)−P(ˆx) = 1

24α44P(¯x)s4,

para algum x.¯ Como ∇4P(x) = 24T4 e P, definido em (4.3), é normal, temos que P(ˆx+αs)−P(ˆx)>0. Isso, junto com (4.6), implica quexˆ éminimizador local de P.

2. se ∇3P(ˆx)s3 6= 0, então, por (4.5), o sinal de P(ˆx+αs)−P(ˆx) coincide com o sinal de α33P(ˆx)s3 para valores de α suficientemente pequenos, em módulo, que, por sua vez, muda de sinal conformeα muda de sinal. Isso implica que xˆé ponto de sela de P. Consideremos, em segundo lugar, que∇2P(ˆx)ésemidefinida negativa. Por um lado, para todo s6∈ N,∇2P(ˆx)s2<0, o que implica que, paraα∈Rsuficientemente pequeno, em módulo,

P(ˆx+αs)−P(ˆx)<0. (4.7) Por outro lado, para todos∈ N, consideremos dois casos:

1. se ∇3P(ˆx)s3 = 0, então, por (4.5),

P(ˆx+αs)−P(ˆx) = 1

24α44P(¯x)s4,

para algum x.¯ Como ∇4P(x) = 24T4 e P, definido em (4.3), é normal, temos que P(ˆx+αs)−P(ˆx)>0. Isso, junto com (4.7), implica quexˆ éponto de sela de P.

2. se ∇3P(ˆx)s3 6= 0, então, por (4.5), o sinal de P(ˆx+αs)−P(ˆx) coincide com o sinal de α33P(ˆx)s3 para valores de α suficientemente pequenos, em módulo, que, por sua vez, muda de sinal conformeα muda de sinal. Isso implica que xˆé ponto de sela de P. Segue o resultado.

Bem como em algoritmos gerais de otimização, o método que apresentaremos consiste em procurar por pontos críticos de P usando estratégias clássicas de descida. A diferença fundamental é que aqui, ao invés de pararmos em pontos críticos deP, procuraremos sair de tais pontos críticos usando os resultados do Teorema 4.1 e direções de tipo tunneling.

Dizemos que s∈Rn é uma direção do tipo tunneling paraP se existir algumα∈R tal que P(x+αs)< P(x).

Neste contexto, é essencial saber determinar sesé uma direção do tipotunneling. Dadosx, s∈Rn, consideraremos a notação

a(x, s) def= 1

24∇4P(x)s4, (4.8)

b(x, s) def= −1

6∇3P(x)s3, (4.9)

c(x, s) def= 1

2∇2P(x)s2, (4.10)

d(x, s) def= −∇P(x)s. (4.11)

Definimos de (4.5) a função

φx,s(α)def= P(x+αs)−P(x) =a(x, s)α4−b(x, s)α3+c(x, s)α2−d(x, s)α. (4.12) Notemos que, comoa(x, s)>0, para todo x, s∈Rnx,s(·)tende a infinito quandoα tende a mais ou menos infinito. Portanto,φx,s(·) possui minimizador global.

Consideremos o caso em que estamos em um ponto crítico de P. Assim sendo, sejamxˆ ∈ Rn um ponto crítico de P,s∈Rn e α∈R. Comoxˆ é ponto crítico de P,d(ˆx, s) = 0 para todo s∈Rn e, portanto,

φx,sˆ (α) =α2

a(ˆx, s)α2−b(ˆx, s)α+c(ˆx, s)def

= α2ωˆx,s(α). (4.13) Uma direçãosé do tipotunneling a partir dexˆse, e somente se, existe um escalarαnão nulo tal que φx,sˆ (α)<0. Como α2 ≥0 para todo α ∈R, então existeα ∈R tal queφˆx,s(α)<0 se, e somente se, existe α ∈R tal queωx,sˆ (α) <0. Como P é um polinômio quártico normal e∇4P(ˆx) = 24T4, então a(ˆx, s) como definido em (4.8) é positivo para todos∈Rn. Por conseguinte, ωˆx,s(α) é uma parábola convexa, donde segue que existeα ∈Rtal queωx,sˆ (α)<0se, e somente se,ωx,sˆ (α)possui duas raízes reais distintas, o que acontece se, e somente se, seu discriminante for positivo, ou seja, se, e somente se

∆(ˆx, s)def= b(ˆx, s)2−4a(ˆx, s)c(ˆx, s)>0. (4.14) Para encontrar uma direção do tipo tunneling usando o resultado do Teorema 4.1, computamos o menor autovalorλˆ de ∇2P(ˆx).

• Se λ <ˆ 0 calculamos o autovetor sˆ associado a λ.ˆ Por (4.8), a(ˆx,s)ˆ > 0, e por (4.10), c(ˆx,s)ˆ < 0, donde segue, de (4.14), que ∆(ˆx,s)ˆ > 0. Portanto, sˆ é uma direção do tipo tunneling de P a partir de x.ˆ

• Se λˆ = 0 e existe um autovetorsˆassociado aλˆ tal que ∇3P(ˆx)ˆs3 6= 0, por (4.9), b(ˆx,s)ˆ 6= 0 e, por (4.10),c(ˆx,s) = 0, donde segue, de (4.14), queˆ ∆(ˆx,s)ˆ >0. Portanto, sˆé uma direção do tipotunneling de P a partir dex.ˆ

• Se ˆλ >0, então∇2P(ˆx) é definida positiva e estamos num minimizador local deP. Este é o caso mais difícil, pois não somos capazes de conseguir alguma direção oriunda de informações de segunda ordem ao longo da qualP decresça. Neste caso, consideraremos dois procedimentos heurísticos:

1. sortearemos vetores aleatórios{v1, . . . , v`} e testaremos se algum deles é uma direção do tipo tunneling, isto é, se∆(ˆx, vi)>0, para algum i= 1,2, . . . , `.

2. tentaremos encontrar, usando algum método para resolução de sistemas não lineares, um ponto(¯x,x¯n+1) viável para o sistema não linear

∇P(x) = 0 P(x)−xn+1 = 0 xn+1−P(ˆx) + ≤ 0,

(4.15) para um dado >0. Se existirx¯ viável para (4.15), então a desigualdade junto com a segunda equação implica que P(¯x) ≤ P(ˆx)−, ou seja, que ao longo da direção x¯−xˆ existe um ponto, especificamentex, em que¯ P vale menos que no minimizador local x.ˆ Se não conseguirmos encontrar uma direção do tipo tunneling a partir de x, então terminamos aˆ execução do algoritmo. Caso contrário, tendo encontrado uma direção do tipo tunneling sˆa partir de x, computamos o tamanhoˆ αˆ do passo como minimizador global de φx,ˆˆs(·). Comoxˆ é um ponto crítico de φx,p(·), sua derivada primeira é dada por

φ0x,s(α) = 4a(x, s)α3−3b(x, s)α2+ 2c(x, s)α =α

4a(x, s)α2−3b(x, s)α+ 2c(x, s) .

Por conseguinte, os pontos de críticos de φx,ˆˆs(·)são dados pelas raízes de φ0ˆx,ˆs(·), ou seja, α0= 0, α1=3b(ˆx,s) +ˆ p

9b(ˆx,ˆs)232a(ˆx,s)c(ˆˆ x,ˆs)

8a(ˆx,s)ˆ e α2= 3b(ˆx,ˆs)p

9b(ˆx,ˆs)232a(ˆx,s)c(ˆˆ x,ˆs) 8a(ˆx,ˆs) .

(4.16)

Seria possível encontrar o minimizador global de φˆx,ˆs(·) apenas avaliando-a nos pontos dados em (4.16) e tomando aquele cujo valor funcional seja o menor. Todavia, é possível determinar o minimizador global de φx,ˆˆs apenas analisando o sinal de b(ˆx,s). Enunciamos este resultado noˆ Lema 4.2, adaptado de [60, Teorema 3]. Novamente, reescrevemos a demonstração para fins de detalhamento do resultado.

Lema 4.2. Seja x ∈ Rn um ponto crítico de P. Seja ainda p ∈ Rn uma direção do tipo tunneling para P a partir dex. Então, um minimizador global do problema

minα∈R

φx,s(α) é dado por

α=









3b(x, s) +p

9b(x, s)2−32a(x, s)c(x, s)

8a(x, s) , se b(x, s)≥0, 3b(x, s)−p

9b(x, s)2−32a(x, s)c(x, s)

8a(x, s) , caso contrário.

Demonstração. Consideremosx ∈Rn um ponto crítico de P e s∈Rn uma direção de tipo tunnelingdeP a partir dex. Comoφx,s(·)possui três pontos críticos (4.16), queremos mostrar qual dos três possui menor valor de função.

Para simplificar a notação nesta demonstração, consideraremos a≡a(x, s), b≡b(x, s), c≡c(x, s) eΓ≡p

9b2−32ac.

Seguindo a notação, de (4.16) podemos reescrever α1= 3b+ Γ

8a e α2 = 3b−Γ 8a . Começaremos avaliandoφx,s1). Temos que

α21 =

3b+ Γ 8a

2

= 9b2+ 6bΓ + Γ2

64a2 , (4.17)

α31 =

3b+ Γ 8a

9b2+ 6bΓ + Γ2 64a2

= 27b3+ 18b2Γ + 3bΓ2+ 9b2Γ + 6bΓ2+ Γ3 512a3

= 27b3+ 27b2Γ + 9bΓ2+ Γ3

512a3 (4.18)

e

α41 =

3b+ Γ 8a

27b3+ 27b2Γ + 9bΓ2+ Γ3 512a3

= 81b4+ 81b3Γ + 27b2Γ2+ 3bΓ3+ 27b3Γ + 27b2Γ2+ 9bΓ3+ Γ4 4096a4

= 81b4+ 108b3Γ + 54b2Γ2+ 12bΓ3+ Γ4

4096a4 . (4.19)

Por conseguinte, de (4.17), (4.18) e (4.19) segue que

41 = 81b4+ 108b3Γ + 54b2Γ2+ 12bΓ3+ Γ4

4096a3 , (4.20)

31= 27b4+ 27b3Γ + 9b2Γ2+bΓ3

512a3 (4.21)

e

21 = 9b2c+ 6bcΓ +cΓ2 64a2

= 9b2c+ 6bcΓ +c(9b2−32ac) 64a2

= 18b2c+ 6bcΓ−32ac2 64a2

= 9b2c

32a2 +3bcΓ 32a2 − c2

2a. (4.22)

De (4.20) e (4.21) temos que

41−bα13 = 81b4+ 108b3Γ + 54b2Γ2+ 12bΓ3+ Γ4−216b4−216b3Γ−72b2Γ2−8bΓ3 4096a3

= −135b4−108b3Γ−18b2Γ2+ 4bΓ3+ Γ4

4096a3 . (4.23)

Todavia,

18b2Γ2= 18b2(9b2−32ac) = 162b4−576ab2c (4.24) e

Γ4= (9b2−32ac)2= 81b4−576ab2c+ 1024a2c2. (4.25) Por (4.24) e (4.25) em (4.23) vem que

41−bα31 = −135b4−108b3Γ−162b4+ 576ab2c+ 4bΓ3+ 81b4−576ab2c+ 1024a2c2 4096a3

= −216b4−108b3Γ + 4bΓ3+ 1024a2c2 4096a3

= − 27b4

512a3 − 27b3Γ

1024a3 + bΓ3

1024a3 + c2

4a. (4.26)

Logo, por (4.22) e (4.26) temos que aα41−bα31+cα21 = − 27b4

512a3 − 27b3Γ

1024a3 + bΓ3

1024a3 + c2

4a+ 9b2c

32a2 +3bcΓ 32a2 − c2

2a

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 + bΓ3

1024a3 +bΓ3 3c

32a2Γ2 − 27b2 1024a3Γ2

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 + bΓ3

1024a3 +bΓ3

96ac−27b2 1024a3Γ2

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 + bΓ3

1024a3 −bΓ3

3(9b2−32ac) 1024a3Γ2

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 + bΓ3

1024a3 −bΓ3

2 1024a3Γ2

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 − 2bΓ3 1024a3, donde segue que

φx,s1) =−c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 −bp

(9b2−32ac)3

512a3 (4.27)

Analogamente, avaliandoφx,s2) temos que α22 =

3b−Γ 8a

2

= 9b2−6bΓ + Γ2

64a2 , (4.28)

α32 =

3b−Γ 8a

9b2−6bΓ + Γ2 64a2

= 27b3−18b2Γ + 3bΓ2−9b2Γ + 6bΓ2−Γ3 512a3

= 27b3−27b2Γ + 9bΓ2−Γ3

512a3 (4.29)

e

α42 =

3b−Γ 8a

27b3−27b2Γ + 9bΓ2−Γ3 512a3

= 81b4−81b3Γ + 27b2Γ2−3bΓ3−27b3Γ + 27b2Γ2−9bΓ3+ Γ4 4096a4

= 81b4−108b3Γ + 54b2Γ2−12bΓ3+ Γ4

4096a4 . (4.30)

Por conseguinte, de (4.28), (4.29) e (4.30) segue que

42 = 81b4−108b3Γ + 54b2Γ2−12bΓ3+ Γ4

4096a3 , (4.31)

32= 27b4−27b3Γ + 9b2Γ2−bΓ3

512a3 (4.32)

e

22 = 9b2c−6bcΓ +cΓ2 64a2

= 9b2c−6bcΓ +c(9b2−32ac) 64a2

= 18b2c−6bcΓ−32ac2 64a2

= 9b2c

32a2 −3bcΓ 32a2 − c2

2a. (4.33)

De (4.31) e (4.32) temos que

42−bα23 = 81b4−108b3Γ + 54b2Γ2−12bΓ3+ Γ4−216b4+ 216b3Γ−72b2Γ2+ 8bΓ3 4096a3

= −135b4+ 108b3Γ−18b2Γ2−4bΓ3+ Γ4

4096a3 . (4.34)

Por (4.24) e (4.25) em (4.34) vem que

42−bα32 = −135b4+ 108b3Γ−162b4+ 576ab2c−4bΓ3+ 81b4−576ab2c+ 1024a2c2 4096a3

= −216b4+ 108b3Γ−4bΓ3+ 1024a2c2 4096a3

= − 27b4

512a3 + 27b3Γ

1024a3 − bΓ3

1024a3 + c2

4a. (4.35)

Logo, por (4.33) e (4.35) temos que aα42−bα32+cα22 = − 27b4

512a3 + 27b3Γ

1024a3 − bΓ3

1024a3 + c2

4a+ 9b2c

32a2 −3bcΓ 32a2 − c2

2a

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 − bΓ3

1024a3 −bΓ3 3c

32a2Γ2 − 27b2 1024a3Γ2

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 − bΓ3

1024a3 −bΓ3

96ac−27b2 1024a3Γ2

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 − bΓ3

1024a3 +bΓ3

3(9b2−32ac) 1024a3Γ2

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 − bΓ3

1024a3 +bΓ3

2 1024a3Γ2

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 + 2bΓ3 1024a3, donde segue que

φx,s2) =−c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 +bp

(9b2−32ac)3

512a3 (4.36)

Deste modo, seb≥0, então de (4.27) temos que φx,s1) =−c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4 512a3

pb2(9b2−32ac)3 512a3 e de (4.36) que

φx,s2) =−c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4 512a3 +

pb2(9b2−32ac)3 512a3 .

Neste caso, φx,s1) ≤ φx,s2). Para constatarmos que α1 é minimizador global de φx,s(·), resta-nos mostrar que φ(α1) < 0 = φ(α0). Como a > 0, se c < 0 então φx,s1) < 0.

Suponhamos então quec >0. Como ∆(x, s)>0,b2−4ac >0, ou seja,b2 >4ac. Logo, φx,s1) = −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4 512a3

pb2(9b2−32ac)3 512a3

< −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4 512a3

pb2(9b2−8b2)3 512a3

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4

512a3 − b4 512a3

= −c2

4a+ 9b2c

32a2 − 7b4 128a3

= −32a2c2+ 36ab2c−7b4 128a3

= −(7b2−8ac)(b2−4ac)

128a3 . (4.37)

Como b2 > 0, a > 0, c > 0 e b2 −4ac > 0, então 7b2 −4ac > 0 e, por (4.37), temos que φx,s1)<0. Portanto α1 é minimizador global deφx,s(·).

Analogamente, seb <0, então de (4.27) temos que φx,s1) =−c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4 512a3 +

pb2(9b2−32ac)3 512a3 e de (4.36) que

φx,s2) =−c2

4a+ 9b2c

32a2 − 27b4 512a3

pb2(9b2−32ac)3 512a3 .

Neste caso,φx,s2)≤φx,s1)e, por (4.37),φx,s2)<0. Por conseguinte, α2 é minimizador global deφx,s(·).

Temos até aqui todos os ingredientes para descrever o método no Algoritmo 4.1.

Algoritmo 4.1: Minimização de polinômios quárticos normais

Passo 0. Inicialização. Dados um ponto inicial x0 ∈ Rn, ρ > 2, 0 ≥ 0, 1, 2 > 0, ` ≥ 0.

Consideremos φx,s(·) definida em (4.12) e P(·) um polinômio quártico normal. Inicialize k←0.

Passo 1. Ponto não crítico. Se

k∇P(xk)k ≤0

vá para o Passo 2. Senão, calcule o passo de NewtonsN dado pela resolução do sistema linear

2P(xk)sN =−∇P(xk).

Se sN não existir ou se

∇P(xk)TsN ≥ −1kpNkρ,

tome sk = −∇P(xk), senão, sk = sN. Depois, encontre um minimizador global αk do problema

minα∈R

φxk,sk(α)

calculando os zeros deφ0xk,sk(·). Calcule xk+1=xkksk, façak←k+ 1e repita o Passo 1.

Passo 2. Ponto crítico. Seja ˆλo menor autovalor de∇2P(xk).

2.1. Maximizador local ou ponto de sela. Se λˆ ≤0 então calcule um autovetor sk associado a ˆλ. Se

λ <ˆ 0

ou

λˆ = 0 e b(xk, sk)6= 0 , calcule

αk=









3b(xk, sk) +p

9b(xk, sk)2−32a(xk, sk)c(xk, sk)

8a(xk, sk) , seb(xk, sk)≥0, 3b(xk, sk)−p

9b(xk, sk)2−32a(xk, sk)c(xk, sk)

8a(xk, sk) , caso contrário,

(4.38)

defina xk+1 =xkksk, faça k←k+ 1e vá para o Passo 1.

2.2. Minimizador local.

2.2.1. SejaV ={vk,1, vk,2, . . . , vk,`}um conjunto de vetores emRn. Se∆(xk, v)>0para algumv∈ V, então tomesk=v, calculeαkusando (4.38), defina xk+1=xkksk, faça k←k+ 1e vá para o Passo 1. Senão,paree retorne xk.

2.2.2. Calcule um ponto viável(¯x,x¯n+1) para o sistema não linear

∇P(x) = 0 P(x)−xn+1 = 0 xn+1−P(ˆx) + ≤ 0.

Sex¯for computado com sucesso, tomexk+1= ¯x, façak←k+ 1e vá para o Passo 1.

Senão,paree retorne xk.

No documento Complexidade em programação não linear (páginas 53-63)

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