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Na mesma noite da experiência do relato anterior, projetei-me novamente. Agora, estava num ambiente vibracional “pesado”. O local assemelhava-se ao Centro da Cidade do Rio de Janeiro, com muitos prédios, embora tivesse um movimento de pessoas bem limitado. O piso da calçada da rua, onde eu transitava, era formado por pedras portuguesas. Realmente parecia que aquele lugar pertencia a uma faixa energética próxima a do ambiente terreno.

Eu não estava só. Um negro alto e forte, de aparência jovem, usando um colar de contas pretas e vermelhas no pescoço, ia lado a lado comigo, mantendo uma atitude de “guarda- costas”. Ele caminhava com uma expressão facial bastante séria, com um olhar um tanto “bravo”. O colar chamou-me a atenção, pois aquele apetrecho, na Corrente Astral de Umbanda, é chamado “guia” e, pelas cores que ali estavam, pertencia à chamada linha dos “Exus” (agrupamento de  diversos tipos de entidades, mas que, comumente, realizam tarefas protetórias e/ou de policiamento, dentre outras).

Andávamos a passos largos, quando nos aproximamos de um grupo de rapazes negros, que davam a impressão de serem entidades não amistosas. Esta impressão se confirmou, logo que passamos pelos jovens, pois eles começaram a nos provocar, chamando-nos de frouxos, covardes, dentre outros “predicados”. Continuamos a caminhar, nos afastando dos zombeteiros, até que o meu amigo não conteve o seu aborrecimento com a situação. Ele parou e retornou rapidamente, numa atitude de que iria “tirar satisfação” com aquelas entidades. Eu ainda tentei demovê-lo da sua intenção, que era evidente pela sua expressão corporal, dizendo-lhe: “- Deixa pra lá, ignora, não importa!” Mas, não teve jeito! Ele foi lá e agrediu dois ou três indivíduos, que logo foram para o chão. A cena seguinte foi das entidades, de joelhos, sendo obrigadas a desdizer  todas as provocações que fizeram a nós. Em seguida, o meu amigo enfezado os induziu a admitirem que eles próprios eram frouxos, covardes etc. Após este momento, não pude rememorar mais nada. Não consegui trazer para o meu cérebro físico, por qual motivo eu me encontrava naquele lugar, escoltado pela entidade da “guia de Exu”. Aliás, é interessante salientar que esta experiência breve se seguiu àquela do relato anterior, na mesma noite. Isto já ocorreu comigo em outras oportunidades, ou seja, fazer mais de uma viagem astral lúcida numa mesma noite, com rememoração. No entanto saliento que, nessas condições, é mais difícil uma recordação mais completa. Acredito que muitos projetores têm experiências conscientes no Astral, num mesmo período noturno. Contudo, o que seria de nosso cérebro material, se tivesse

que processar tantas atividades fora do corpo em nível consciente? O desgaste seria grande... Assim, entendo que diversas projeções astrais lúcidas ocorrem, mas não são registradas pelo viajante após despertar, por falta de capacidade de rememoração. Em outras palavras, de certa forma, há um mecanismo de proteção da nossa “máquina física”, visando à manutenção da saúde.

DATA: 9/05/2003

RELATO 28 – ENDOMETRIOSE

A experiência que passo a relatar foi bastante interessante para mim, pois obtive uma informação da área médica no Astral, a qual desconhecia no Mundo Físico, confirmando posteriormente a sua veracidade aqui no Plano Material.

A recordação que tenho das minhas atividades extrafísicas, naquela noite, foi a partir  da minha estadia num local ignorado, mas que me parecia ser um cômodo de hospital. Estavam no ambiente, um homem de elevada estatura, cuja fisionomia não lembro mais, e uma bela jovem com idade aparente entre 18 e 21 anos. Ela tinha cabelos loiros, pele branca, rosto de traços bem simétricos, relativamente magra e com altura mediana, apresentando-se com um vestido longo de cor clara.

O homem supracitado, que mantinha uma atitude de médico, falava comigo sobre a moça, explicando-me que ela tinha uma “endometria” ou “endomietria” (não recordo exatamente o termo). Confabulei com ele por um tempo, recebendo informações mais detalhadas sobre a

doença   da   jovem.   No   entanto,   não   consigo   ter   reminiscências   nítidas   do   conteúdo, provavelmente porque sendo um assunto que não domino aqui no Mundo Terreno, deve ter 

contribuído para uma falha na rememoração.

Em dado momento, a moça interveio na conversa, dirigindo-se a mim: “- O que me incomoda realmente é que sou infértil.” Eu, tentando consolá-la, acabei dizendo-lhe uma inverdade: “- Isso não é importante, pois também sou infértil e vivo feliz! Isso não me atrapalha em nada!” Bem, realmente foi uma observação “esfarrapada”, já que, para a maioria das mulheres, a questão de ser fértil correlaciona-se com uma boa autoestima, sobretudo quando se é

jovem.

Em seguida, nos dirigimos para um outro local. Lembro-me de chegarmos a uma casa de dois andares, com aspecto de clínica médica. Ao chegarmos neste lugar, o homem se aproximou mais de mim, passando a repetir algumas vezes, com ênfase, o nome da patologia. Compreendi que ele desejava que eu guardasse na memória, o termo técnico que designava a doença. Fiquei preocupado em esquecer e pensei que a solução seria anotar o nome, assim que me levantasse da cama (eu tinha consciência de que meu corpo repousava no meu apartamento, recém-adquirido). Desta forma, despertei de imediato no leito, com a palavra “endometria” na minha mente, em plena madrugada. Eu estava  “grogue” de sono, mas consegui registrar numa folha de papel a experiência. Logo voltei a dormir.

Poucos dias depois, entrei em contato com uma médica amiga, que também se projeta lucidamente do corpo, e lhe contei a minha recente atividade extracorpórea. É claro que indaguei sobre a “endometria”. Ela corrigiu-me e disse que o termo correto é endometriose, que é, de fato, uma doença que pode levar à infertilidade. Ela forneceu-me algumas explicações sobre a doença e alguns aspectos de suas variações, mas que não cabe discorrer aqui. Fiquei muito satisfeito com a experiência, embora eu tenha rememorado erradamente o termo que designa a doença. No entanto, para alguém que nunca havia ouvido falar sobre este assunto, a distorção na lembrança não foi importante. A coerência da experiência foi grande no geral, sendo relevante destacar, também, que a questão da possibilidade de infertilidade feminina estava correta. Assinalo ainda o evidente interesse do médico espiritual em que me lembrasse da experiência, talvez porque ele já soubesse que eu estava armazenando meus relatos de viagens astrais, com o fim de divulgação através de e-books. Por fim, pelo contexto da ocorrência no

Astral, compreendi que aquela jovem era uma encarnada projetada, que estava recebendo uma ajuda extrafísica, para dirimir seu problema de saúde.

DATA: 16/05/2003