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Em desenvolvimento de jogos é comum o uso de frameworks no processo criativo, pois reduz o tempo e recursos financeiros, por eles oferecerem uma representação com alto nível de abstração que modela os fatos do mundo real, por meio de um esquema conceitual, além de também poder maximizar a reutilização de códigos já testados por outros desenvolvedores. Segundo de Oliveira, Cardoso, Braga, e da Rocha, (2018), um framework pode ser considerado conceitual e/ou de implementação. O “framework conceitual” é um esquema abstrato utilizado em um domínio específico, uma representação de alto nível que modela os fatos do mundo real, suas propriedades e seus relacionamentos. Um “framework de implementação” consiste em um conjunto de sistemas, que contém funcionalidades prontas para serem utilizadas, sem que os programadores as tenham de reimplementar para cada aplicação. O termo framework adotado neste trabalho define uma estrutura conceitual básica que pode incluir desde elementos pedagógicos até artefatos e geração de código, ou seja, considera ambas abordagens. Diante dos benefícios do uso de um framework, torna-se necessário identificar, dentre os existentes, quais poderiam apoiar o desenvolvimento de jogos educacionais (de Oliveira et al, 2018), levando em considerações suas peculiaridades, principalmente aquelas relacionadas aos elementos pedagógicos e de gameficação.

Logo, este cenário mostrou-se favorável ao desenvolvimento de um framework dedicado a utilizar a construção de maquetes, como indutor no processo de aprendizagem, baseado na definição clássica de framework como sendo “um conjunto de classes que incorporam um projeto abstrato para solucionar uma família de problemas relacionados”, (Johnson & Foote, 1988), ou seja, um framework particularmente enfatiza aquelas partes do domínio da aplicação que permanecem estáveis (que podem ser reutilizadas).

Baseado na teoria apresentada acima, o desenvolvimento de um framework para um repositório de conhecimento e soluções, mostrou-se uma ferramenta pertinente pois tem como objetivo sistematizar a base de conhecimento na instituição escolar, direcionando novos projetos, recuperando e aprimorando os já utilizados e principalmente retendo o potencial pedagógico na escola, através de uma metodologia clara para uma melhor compreensão.

O framework fora dividido em duas etapas complementares, sendo a primeira uma metodologia para a resolução de projetos, no nosso exemplo a construção de maquetes e a segunda compreende um repositório de conhecimento e soluções, contendo informações, experiências e conhecimentos pedagógicos de várias naturezas e seu objetivo é auxiliar os

futuros projetos, minimizando recursos e ampliando as possibilidades. A figura 4 exibe um diagrama da visão geral do framework proposto.

Figura 4 - Visão geral do framework

Conforme a figura 4, o framework tem seu início pelo ambiente escolar, o qual subsidia a aplicação do diagnóstico (no nosso caso fora utilizado o PBL), que, por sua vez indica as variáveis a serem utilizadas no projeto, sempre baseada nas unidades temáticas, nos objetos de conhecimento e nas habilidades à serem desenvolvidas nos alunos, tomando por base a BNCC. Após esta etapa passamos a aplicar a metodologia (no nosso caso a construção de maquetes) apresentada nas figuras 6 (macro fluxograma à construção de maquetes) e 7 (infográfico à construção de maquetes). A partir da aplicação deste projeto e suas conclusões, este fará parte integrante do repositório, sendo uma referência para futuros professores.

A figura 4, demonstra uma interface entre a metodologia do projeto e o repositório, embora correlacionadas, as partes podem ser utilizadas isoladamente, pois o framework para desenvolvimento do projeto pode ser inovador e não utilizar a base de conhecimento do repositório, entretanto o mesmo, sempre será consultado como meio de pesquisa de conhecimento, sem que seja realizada uma implementação de um novo projeto.

Para melhor compreensão, apresentamos um fluxograma, contendo as atividades e seus responsáveis. A figura 5 exibe o fluxo à aplicação do framework.

Figura 5 - Fluxograma à aplicação do framework

De acordo com a figura 5, são necessárias oito atividades para a aplicação do framework, sendo que nesta proposta, todas elaboradas pelos professores. A tabela 7 exibe informações sobre cada atividade.

Tabela 7 - Atividades para aplicação do framework

ATIVIDADE DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL

Identificar o professor O professor da componente curricular deve ser identificado

Professor Elaborar o diagnóstico O professor da componente curricular e os alunos

devem elaborar o diagnóstico a partir do uso de uma ferramenta (PBL)

Professor / Alunos Selecionar as variáveis O professor da componente curricular e os alunos

devem selecionar as variáveis, conforme a Unidade temática da BNCC Professor / Alunos Confeccionar a maquete (infográfico / nosso exemplo)

O professor da componente curricular e os alunos devem confeccionar a maquete, utilizando o framework (infográfico)

Professor / Alunos Registrar experiência no

repositório O professor da componente curricular deve registrar as experiências no repositório de conhecimento e soluções, após a finalização do processo

Professor

Verificar possíveis soluções

no repositório O professor da componente curricular deve verificar possíveis soluções no repositório de conhecimento e soluções

Professor Obter os resultados O professor da componente curricular e os alunos

devem aplicar a solução, pesquisada no repositório de conhecimento e soluções, para a confecção do novo projeto

Professor / Alunos Realimentar o repositório O professor da componente curricular deve

registrar as experiências no repositório de conhecimento e soluções, após a finalização do processo, destacando as possíveis melhorias implementadas Professor Identificar Professor Diagnóstico Seleção de variáveis Infográfico Resultados Soluções Registra a experiência Registra a experiência Repositório

Cabe ressaltar, conforme apresentado no item 1.2 (Outros produtos), o desenvolvimento desta metodologia, fora um sub produto do extenso trabalho de pesquisa e revisão bibliográfica, e não é o objeto principal deste trabalho, tal explanação se torna necessária para auxiliar o leitor a compreender que a ferramenta gerencial deste repositório é bastante simples e baseia-se em uma planilha Excel e arquivos Word, podendo fazer parte de um futuro trabalho de exploração do tema. Dito isto, o repositório será gerenciado por meio de uma planilha e tanto quantos arquivos forem necessários, proporcionando um panorama gerencial mínimo, com a finalidade de arquivar e pesquisar os frameworks desenvolvidos.