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Um texto ligado ao tempo

No documento Guia Vídeo na Escola! (páginas 71-74)

Não é preciso narrar longamente uma ação breve e brevemente uma ação longa. O tempo de leitura de um roteiro deve corresponder quase ao tempo de projeção do filme. As durações devem ser iguais. Ler um roteiro em voz alta -- ação e diálogos -- por alguns minutos não deve tomar mais ou menos tempo que o que se passa para ver o filme. Não é preciso descrever em vinte e cinco linhas a queda de alguém que cai de uma janela nem despachar em uma frase a atitude de um personagem que, debruçada nessa mesma janela, está sonhadora e triste, espera por alguém ou olha a paisagem durante muito tempo. Nesse caso, convém definir com precisão o que se vê e fazer sentir de uma maneira indireta o tempo que passa.

Em suma, é preciso que a escrita seja equivalente e paralela ao tempo cinematográfico.

Muitos termos técnicos específicos podem ser utilizados na elaboração do roteiro e, no site

http://www.roteirodecinema.com.br/manuais/vocabulario.htm, você encontrará um glossário

Storyboard

Storyboard2 é um filme contado em quadros, um roteiro desenhado. Lembra uma história em

quadrinhos sem balões. Mas existe uma diferença fundamental: apesar da semelhança de lingua- gem e recursos gráficos, uma história em quadrinhos é a realização definitiva de um projeto, enquanto um storyboard é apenas uma etapa na visualização de algo que será realizado em outro

meio. O storyboard é um desenho-ferramenta, um auxiliar do cineasta.

Eisenstein, Fellini e Kurosawa desenhavam seus próprios stories. Na verdade, existe o storyboard

que acompanha a produção de um filme, mais propriamente chamado shooting board, e o storyboard

utilizado na fase de criação e no esforço de venda de um filme, mostrado e discutido junto aos clientes e patrocinadores.

Assim, um storyboard cumpre três funções: 1) auxilia os criadores a visualizar a estrutura do filme

e a discutir a sequência dos planos, os ângulos, o ritmo, a lógica do filme, as expressões e atitudes dos personagens; 2) ajuda a apresentar o roteiro para os responsáveis pela aprovação e liberação de verbas; 3) orienta a produção do filme, lembrando aos realizadores o que realmente foi aprovado pelo patrocinador ou cliente.

Na condução dessa atividade, procurar deixar claro que a qualidade dos desenhos não está em questão. O importante é fazer um esquema gráfico, um desenho, que dê uma noção mais clara sobre o posicionamento das personagens, da câmera e de elementos fundamentais para a cena.

Produção

A produção é responsável por coordenar a realização do filme ou do video, definindo as suas necessidades, providenciando-as e administrando os recursos humanos, artísticos e financeiros para o melhor desenvolvimento do projeto.

Para produzir o seu vídeo, cada grupo deverá se organizar e dividir as tarefas pertinentes à sua realização. Por exemplo:

Seleção de locações

(locais onde as gravações ocorrerão). Para selecionar os locais onde as gravações ocorrerão, precisamos ser transparentes e honestos na relação com os responsáveis por cada localescolhido para as filmagens. É preciso deixar bem claro que o vídeo está sendo realizado dentro de uma oficina, e citar os nomes dos organizadores dessa oficina, o nome da escola e dos/das educadores/as envolvidos/as. Levar uma “colinha” com todas essas informações, pois pode ser muito útil.

O poder de convencimento e de negociação de um produtor torna-se essencial. As locações têm de ser cedidas sem custos e com o máximo de comprometimento com o projeto. Ou seja, é preciso que o responsável pela locação dê garantias de que vai ceder mesmo seu espaço, tanto para as gravações quanto para a utilização da imagem do espaço em questão. Um fator importante é nunca subestimar o tempo que iremos levar realizando uma gravação dentro de uma locação, pois isso pode prejudicar as relações com o responsável pelo espaço, que pode se irritar com informações erradas, chegando inclusive a interromper as filmagens.

Administrar o tempo da filmagem

. Deve-se observar que mesmo a mais simples das ideias leva tempo para ser realizada e lembrar também que o deslocamento deve ser levado em conta no tempo de gravação. Também temos de prever que, em cada locação, precisamos preparar o equipamento e conferi-lo assim que as gravações terminarem.

Elenco

. Os atores podem ser membros da comunidade ou eventualmente participantes de grupos de teatro da região. É importante lembrar que a mais simples das cenas pode ser de extrema dificuldade para alguém sem experiência na área. Portanto, ao organizar as filmagens, é importante lembrar de reservar um tempo para os ensaios.

E

ncontro 7: Equipes audiovisuais, agenda de gravação e gravação teste

Proposta

: Vivenciar o processo de produção, fortalecendo o roteiro e o storyboard como

importantes instrumentos para se alcançar um bom resultado no momento das gravações.

Desenvolvimento

:

Recepção e início da atividade 10 min Equipes audiovisuais 30 min Agenda de gravação 40 min

Intervalo 20 min

Gravação 1 h 30 min

Roda de avaliação 50 min

No último encontro, os participantes saíram com um trabalho a ser realizado no decorrer da semana: aprimorar os roteiros, seus storyboards e listas de produção com os recursos necessários

para a realização dos vídeos. Neste encontro eles vivenciarão uma gravação teste, percebendo ainda melhor as decisões que precisam ser tomadas para essa realização. Nessa fase, os grupos também precisam se organizar em funções, dividindo as responsabilidades. Para tanto, sugerimos as atividades a seguir.

Atividade: A equipe audiovisual

No documento Guia Vídeo na Escola! (páginas 71-74)

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