6.2 Resultados Obtidos
6.2.3 Uma Pequena Conclus˜ao Sobre O AND Nos Cen´arios Complexos
As se¸c˜oes de resultados para o cen´ario complexo 2 mostram que quando se adiciona um AND a um cen´ario complexo como o 1, que n˜ao possui nenhum bra¸co de execu¸c˜ao paralela,
100 Cap´ıtulo 6. Resultados II: Testes Em Cen´arios Complexos
as melhores t´ecnicas passam a n˜ao registrar resultados t˜ao bons. Para tentar dirimir estas quest˜oes, o cen´ario complexo 3 foi proposto. Como veremos na pr´oxima se¸c˜ao, este cen´ario possui uma configura¸c˜ao diferente de AND para que possamos estudar mais a fundo o porquˆe deste cen´ario b´asico apresentar tal comportamento.
6.2.4
Cen´ario Complexo 3
Porcentagem M´edia de Casos Atrasados
Para a porcentagem m´edia de casos atrasados no cen´ario complexo 3, os resultados podem ser vistos nas figuras 6.23, 6.24 e 6.25. Nota-se que quando o AND ´e ainda maior (cont´em
mais atividades em rela¸c˜ao ao n´umero de atividades total do processo), tomando uma boa
parte do cen´ario, a combina¸c˜ao das melhores t´ecnicas torna-se ainda pior, tornando-se uma escolha ruim para reordenar os casos nestes cen´arios. A combina¸c˜ao das piores t´ecnicas, e as t´ecnicas FIFO e SIRO, sendo baseadas apenas em dispatching rules, conseguem resultados pr´oximos entre si e melhores que a combina¸c˜ao “Best”.
Figura 6.23: Cen´ario complexo 3 - porcentagem m´edia de casos atrasados - A = 2 A ANOVA para esta m´etrica pode ser conferida na tabela 6.7. Os resultados num´ericos s˜ao aqui confirmados, mostrando que a t´ecnica “Best” n˜ao fornece os melhores resulta- dos, o que as outras t´ecnicas empatam estatisticamente, n˜ao sendo significativamente diferentes.
6.2. Resultados Obtidos 101
Figura 6.24: Cen´ario complexo 3 - porcentagem m´edia de casos atrasados - A = 4
A 0.35 0.55 0.75 0.95
2 FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst SIRO
4 FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst
8 FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst
Tabela 6.7: ANOVA - cen´ario complexo 3 - porcentagem m´edia de casos atrasados
102 Cap´ıtulo 6. Resultados II: Testes Em Cen´arios Complexos
Porcentagem M´edia de Atraso
Os resultados para este cen´ario e esta m´etrica s˜ao mostrados nas figuras 6.26, 6.27 e 6.28. Nota-se, mais uma vez, que a combina¸c˜ao “Best” traz os piores resultados, e as outras t´ecnicas trazem resultados melhores e parecidos entre si. Um destaque maior se d´a para a t´ecnica FIFO quando os valores de U e A s˜ao mais altos.
Figura 6.26: Cen´ario complexo 3 - porcentagem m´edia de atraso - A = 2
A ANOVA para a referida m´etrica reflete o comportamento num´erico visto anteri- ormente, onde a combina¸c˜ao “Best” n˜ao figura entre as melhores t´ecnicas, e as outras t´ecnicas fornecem resultados pr´oximos entre si, coma t´ecnica FIFO destacando-se para A e U mais altos. Esta an´alise pode ser vista na tabela 6.8.
A 0.35 0.55 0.75 0.95
2 FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, Worst
4 FIFO, SIRO, Worst FIFO FIFO, Worst FIFO, Worst
8 FIFO, SIRO, Worst FIFO FIFO FIFO
6.2. Resultados Obtidos 103
Figura 6.27: Cen´ario complexo 3 - porcentagem m´edia de atraso - A = 4
104 Cap´ıtulo 6. Resultados II: Testes Em Cen´arios Complexos
Tempo M´edio de Processamento
Para o tempo m´edio de processamento, o comportamento observado para as outras m´etricas se repete, e pode ser visto na figura 6.29. Nota-se que o desempenho da com- bina¸c˜ao “Best” neste caso pode ser considerada bem pior que o das outras t´ecnicas.
Figura 6.29: Cen´ario complexo 3 - tempo m´edio de processamento
A ANOVA confirma as observa¸c˜oes num´ericas, mostrando que FIFO, SIRO e “Worst” fornecem resultados melhores que os da combina¸c˜ao “Best”, e semelhantes entre si. Esta ANOVA pode ser vista na tabela 6.9
A 0.35 0.55 0.75 0.95
* FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst FIFO, SIRO, Worst
Tabela 6.9: ANOVA - cen´ario complexo 2 - tempo m´edio de processamento
Outra Pequena Conclus˜ao Sobre O AND Nos Cen´arios Complexos
Como pˆode ser visto para o cen´ario complexo 3, o comportamento das t´ecnicas quando se introduz um AND no cen´ario n˜ao se d´a da mesma maneira que em cen´arios onde n˜ao se tem execu¸c˜ao paralela. Isso mostra que tal estrutura b´asica demanda uma maneira diferente de se fazer o escalonamento dos casos que nela executam.
Um estudo minucioso do comportamento do algoritmo gen´etico da t´ecnica GA30 (a melhor t´ecnica no AND b´asico) na grande maioria das vezes mostrou tamb´em um aspecto interessante: conforme o cen´ario fica maior e o AND cont´em mais atividades, o tamanho
6.2. Resultados Obtidos 105
das suas hip´oteses aumenta bastante. Com isso, o n´umero de permuta¸c˜oes poss´ıveis dessas
hip´oteses tamb´em aumenta. Isso faz com que o algoritmo gen´etico chegue em um ponto o seu espa¸co de solu¸c˜oes cresceu tanto que ele n˜ao consegue mais encontrar hip´oteses boas para o determinado cen´ario. Seu escopo de busca passa a ficar muito pequeno para o tamanho do espa¸co de solu¸c˜oes. E ele acaba tomando decis˜oes muito ruins ao longo de todo o processo de escalonamento, cujos resultados se somam ao final e fornecem os
n´umeros vistos nas figuras aqui mostradas. Isso sugere que o algoritmo gen´etico, apesar
de ser a melhor t´ecnica localmente para o AND, n˜ao o ´e em cen´arios complexos maiores com ANDs, e pode-se necessitar de outra t´ecnica para atingir tais resultados melhores.