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F UNDAMENTAIS S OBRE B ANCOS DE D ADOS

No documento Programação - Delphi 8 - Curso Completo (páginas 160-162)

PRÉ-REQUISITOS

♦ Noções básicas sobre dados e informações.

METODOLOGIA

♦ Apresentação e descrição dos termos fundamentais relacionados à criação e acesso a bancos de dados.

C

ONCEITOS

F

UNDAMENTAIS

Um banco de dados consiste em uma forma organizada de armazenamento de informações, mas seu conceito não representa uma inovação da era da informática. Há muito tempo as corporações (empresas, escolas, hospitais, órgãos governamentais, etc.) que necessitam manipular grande quantidade de informações armazenam dados de forma organizada e, antes que os custos da implantação de sistemas informatizados caíssem a níveis compatíveis com a realidade econômica das pequenas e médias empresas, estas organizavam seus dados e informações em enormes arquivos de aço.

A informatização trouxe, entre outros benefícios, a impressionante redução do espaço necessário ao armazenamento dessas informações e uma maior rapidez em sua consulta e pesquisa. Atualmente, muitas empresas disponibilizam um mesmo conjunto de informações em um banco de dados acessável localmente, pela Internet ou através de uma Intranet.

Antes da informatização, esses bancos de dados consistiam em enormes arquivos de aço utilizados para armazenar dados dos sócios, dados de atividades, etc.

Os dados dos sócios, por exemplo, eram guardados em fichas armazenadas em ordem alfabética, e cada ficha continha uma série de campos nos quais eram guardadas informações como nome, endereço, CPF, etc. Quando se cadastrava um novo sócio, uma nova ficha (um novo registro) deveria ser preenchida e armazenada (inserida) no local correto. Qualquer operação de busca de informações deveria ser feita dessa forma, e o armazenamento incorreto de uma ficha produzia enormes transtornos. O mesmo era válido para as informações das atividades, matrículas, etc.

Embora os antigos arquivos de aço tenham sido substituídos, muitos dos seus conceitos permanecem válidos. Os dados dos sócios continuam a ser armazenados em arquivos, porém estes são agora arquivos de dados armazenados em meios magnéticos especiais (disquetes, discos rígidos, CDs-ROM, Zip disks, DVDs, etc.). Esses arquivos também contêm fichas, que passaram a ser denominadas registros, e em cada registro (como nas fichas) existem diversos campos.

No caso do nosso arquivo de sócios, por exemplo, cada registro será usado para armazenar as informações de um determinado sócio, com um campo para o nome, outro para o endereço, etc.

C

USTOS

Ao se desenvolver um aplicativo que acesse bancos de dados devem-se considerar também os custos envolvidos na aquisição de licenças que permitam a sua utilização de forma legal. Estes custos, no entanto, podem ser considerados elevados para pequenas empresas, e para estas situações há a alternativa

de se empregar bancos de dados gratuitos, como a versão OpenSource do Interbase (que deu origem a outro banco de dados Open Source – o FireBird) e o MySQL.

Neste livro abordaremos em nossos exemplos o Interbase, que, por ser um produto da Borland e estar presente no próprio CD do Delphi, certamente estará ao alcance de nossos leitores.

P

LANEJANDOSEU

B

ANCODE

D

ADOS

Como já enfatizamos no Capítulo 4, um planejamento adequado é fundamental para o desenvolvimento de uma boa aplicação.

Neste livro, adotamos como exemplo o desenvolvimento de uma aplicação para gerenciamento de dados referentes aos sócios de um clube. Numa organização deste tipo, é comum que se armazenem informações a respeito dos sócios, atividades e matrículas.

Vejamos agora como estes dados devem ser organizados: cada sócio do clube pode se matricular em zero, uma ou mais atividades. Podemos então concluir que um sócio pode estar relacionado a várias atividades. A recíproca também é verdadeira, pois numa única atividade podem estar matriculados mais de um sócio. Neste caso, diz-se que há uma relação de N x N entre sócios e atividades, e desta forma não seria muito razoável armazenar todos os dados de um sócio juntamente com os dados de cada uma das atividades (e vice-versa), pois estaríamos armazenando repetidamente (várias vezes) uma grande quantidade de informações.

A conclusão a que se chega é que os dados dos sócios e das atividades devem ser armazenados em tabelas distintas, e cada sócio deve ter um código exclusivo, que o diferencie dos demais. Na linguagem de banco de dados, um campo exclusivo em uma tabela (cujo valor não pode ser repetido) é denominado chave primária. Toda tabela deve ter ao menos um campo definido como chave primária, e quando isto não for possível pode-se usar mais de um campo, definindo-se o que se chama de uma chave primária composta. O mesmo se aplica às atividades.

Além disso, para cada sócio devem-se armazenar, além do seu código exclusivo, dados como o seu nome, seu CPF e seu endereço. Da mesma forma, para cada atividade devem-se armazenar também sua descrição e o valor da atividade.

Além das tabelas que armazenam os dados dos sócios e das atividades, devemos ainda criar uma tabela para armazenar os dados das matrículas. Nesta tabela devem ser definidos campos para armazenar o código do sócio e da atividade, criando, desta forma, um relacionamento entre os sócios e as atividades. Agora que já fizemos um esboço de como os dados serão armazenados, veremos no próximo capítulo como criar as tabelas que serão usadas no nosso aplicativo.

Nesta edição do livro optei por criar, nesta primeira parte, uma aplicação extremamente simples, de modo a facilitar a assimilação dos conceitos fundamentais, sem a necessidade de se digitar códigos extensos e sujeitos a erros.

Capítulo

No documento Programação - Delphi 8 - Curso Completo (páginas 160-162)

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