• Nenhum resultado encontrado

O volume de efluente coletado no município de Marapoama é de 16.560 m³ por mês, que corresponde a 0,19 m³/hab*dia. O sistema de coleta, afastamento e lançamento do efluente gerado pelos habitantes é dotado de redes coletoras, 1 Estação Elevatória de Esgoto e 1 Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), a qual é composta de 2 lagoas, uma anaeróbia e outra facultativa.

O esgoto segue o percurso abaixo:

Percurso do esgoto da cidade

Rede Coletora

Plano Diretor de Saneamento Básico do Município de Marapoama-SP Página 31

O efluente gerado é retirado das residências através dos ramais ou redes coletoras, para então, ser aduzido, através do emissário existente, com bombeamento até a estação de tratamento de esgoto do município.

Após tratado o efluente passa novamente por um medidor de vazão. Por fim, antes de ser lançado no Córrego Lagoa Seca, classe 2, uma amostra do efluente é destinado ao laboratório periodicamente para que sejam feitas as análises pertinentes à constatação da qualidade do efluente a ser lançado.

A EEE possui apenas uma bomba e encaminha todo o esgoto que recebe até a ETE. A rede coletora de esgoto do município de Marapoama possui extensão de 14 Km, cujos materiais são manilhas de cerâmica e PVC de 4” e 6”.

No Município de Marapoama, segundo informações do SAEM, a vazão tratada é em média de 23 m³/hora. Após ser lançado e tratado na ETE do Município, o efluente é despejado no Córrego Lagoa Seca.

O lodo acumulado no fundo das lagoas nunca foi retirado e o estado de conservação das unidades do sistema de tratamento do esgoto sanitário encontra- se bom, exceto o emissário que apresenta constantes rompimentos e vazamentos, devendo ser trocado a fim de evitar contaminações do solo e lençóis freáticos locais.

A ETE entrou em operação em 2009 e localiza-se na área rural a, aproximadamente, 1,2 km da área urbanizada de Marapoama. O Sistema de Esgotamento Sanitário está representado por planta em anexo (E1).

Dimensões da lagoa anaeróbia: Largura: 60 metros

Comprimento: 60 metros Profundidade: 4 metros

Dimensões da lagoa facultativa: Largura: 60 metros

Comprimento: 140 metros Profundidade: 2,0 metros

Plano Diretor de Saneamento Básico do Município de Marapoama-SP Página 32

Figura 13 - Gradeamento

Plano Diretor de Saneamento Básico do Município de Marapoama-SP Página 33

Figura 15 - Caixa de areia

Plano Diretor de Saneamento Básico do Município de Marapoama-SP Página 34

Figura 17 - Lagoa de tratamento 02

Quanto aos principais fundos de vale – por onde poderá haver traçado de interceptores; potenciais corpos d´água receptores dos esgotos; e possíveis áreas para locação de novas ETEs – presentes no município são: os Córregos Baixada Seca, Baixadão e Lagoa Seca.

3.2.2 Padrão de Qualidade do Efluente e Dados do Corpo Receptor O efluente municipal é lançado no corpo receptor Córrego Lagoa Seca, porém para isso realizam-se análises periodicamente que se baseiam nos padrões requeridos pelo Artigo 11 e 18 do Decreto 8.468 (SÃO PAULO, 1976).

Dentre os itens de maior relevância analisados, observou-se que a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) resultou 148,9 mg/L na entrada da ETE em análise realizada pelo laboratório PA Laboratório de Águas em janeiro de 2013 e menor que 3 mg/L na montante do córrego em análise realiza no mesmo período.

Já na saída da ETE, o resultado foi de 28,3 mg/L em janeiro de 2013 e menor que 3 mg/L na jusante do córrego em análise realizada no mesmo período, sendo que o

Plano Diretor de Saneamento Básico do Município de Marapoama-SP Página 35

valor limite da DBO deve ser até 60 mg/L, para efluente de sistema de tratamento de esgotos sanitários, segundo o Decreto Estadual 8.468 (SÃO PAULO, 1976). O Córrego Lagoa Seca é caracterizado como classe II, conforme Decreto nº 10.755 (SÃO PAULO, 1977).

3.2.3 Tarifação e Receita Operacional

A Receita Operacional Direta referente os serviços de esgotamento sanitário no município de Marapoama é retirada do pagamento pelos usuários do serviço através de tarifas.

No município não existe leitura dos hidrômetros, portanto é cobrado uma taxa única dos consumidores de R$ 8,30, referente à água e esgoto.

3.2.4 Síntese do Diagnóstico - Sistema de Esgotamento Sanitário Assim como o serviço de abastecimento de água, o sistema de coleta e tratamento de esgoto se encontra em bom estado de conservação e atende à toda a população, porém a taxa paga pelos munícipes é fixa, o que ocasiona maior consumo de água e consequentemente, maior produção de esgoto por parte da população.

3.3.

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

A gestão dos resíduos sólidos é um grande desafio na formação de políticas públicas eficientes que promovam saúde e bem-estar à população. Com o advento da lei 12.305/10 este desafio ganhou novos contornos e um olhar diferente para a questão.

3.3.1 Metodologia

Para o diagnóstico do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos realizou-se levantamento de dados em campo, documentação fotográfica, entrevistas junto aos agentes públicos e à população, levantamento da legislação

Plano Diretor de Saneamento Básico do Município de Marapoama-SP Página 36

municipal e das informações oficiais de órgãos como o IBGE, a Fundação Seade e a CETESB. Este diagnóstico trata dos resíduos por tipo e aborda seus aspectos principais como geração, coleta, tratamento e destinação final.

3.3.2 Caracterização do Sistema de Manejo dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)

Geração

Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) são compostos por resíduos domiciliares e comerciais (estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos, etc.). Através da média dos resultados da pesagem do caminhão de lixo o município produz 3.244 kg por dia, que corresponde a 1,12kg/hab*dia.

De acordo com entrevista realizada com membros da prefeitura municipal de Marapoama, entre os maiores problemas encontrados no serviço de coleta de lixo está a falta de seleção.

Apesar de resultados semelhantes, cada município possui características próprias na composição gravimétrica dos resíduos sólidos, pois a produção de resíduos varia de acordo com o desenvolvimento do local.

Para conhecer as características de geração de resíduos no município de Marapoama, realizou-se o procedimento denominado gravimetria, onde um funcionário realizou a seleção de sacos de lixo de forma diversificada, na medida em que estes iam chegando ao local de disposição final (aterro). Estes sacos foram abertos e o lixo foi sendo despejado em um galão de 200 litros até o mesmo encher. A porção de 200 litros de lixo foi pesada obtendo o resultado de 64 Kg e em seguida esse conteúdo passou por uma triagem, separando o plástico, papel com papelão, metais, vidros, tecidos, materiais orgânicos e outros. Cada porção foi pesada onde se obteve o resultado mostrado pelo gráfico a seguir.

Plano Diretor de Saneamento Básico do Município de Marapoama-SP Página 37

Gráfico 3 – Composição gravimétrica dos resíduos sólidos do município de Marapoama

Formas de Acondicionamento

Os resíduos sólidos urbanos domiciliares e comerciais são acondicionados em sacos de lixo ou sacolas plásticas e colocadas em frente às residências pela maior parte da população.

Figura 18 - Lixeira usada para o acondicionamento dos resíduos

Gravimetria (%)

Documentos relacionados