Anéis de crescimento — Distintos. Zona de outono pouco dis tinta e frequentemente menor que 10 fiadas tangenciais de células Transição gradual da zona de primavera para a de outono.
Traqueídos longitudinais — De secção mais ou menos orbi- cular; espaços intercelulares presentes e frequentes; presença acidental de trabéculas. Pontuações areoladas: unisseriadas na parede radial; pre sentes mas pouco abundantes na parede tangencial dos traqueídos da última fiada da zona de outono.
Parênquima longitudinal —Presente, abundante e do tipo me- tatraqueal com disposição em faixas; paredes transversais por vezes nodulosas, mas não distintamente.
Raios — Homogéneos e dos dois tipos: unisseriado e bisseriad^ em parte; os segundos apresentam-se com bastante frequência. AlturaT varia de 1 a 15 células e de 20 a 230 p ; raios maiores que 15 células não presentes. Parênquima radial: células de secção oval com tendên cia para a orbicular; paredes transversais mais ou menos finas, com entalhes e sem pontuações; paredes longitudinais finas e não nodulosas.
Campo de cruzamento: pontuações do tipo cupressóide em número d? 1 a 4 (geralmente 1-2) dispostas em 1-2 fiadas transversais.
167 ESTRUTURA E IDENTIFICAÇÃO DAS MADEIRAS DAS RESINOSAS
AGRADECIMENTOS
Para a realização deste trabalho contribuiu grandemente a Di- recção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas dando-nos amplas fa cilidades para a colheita da quase totalidade do material estudado.
Ao Professor João de Carvalho e Vasconcellos desejamos apresen tar aqui os nossos vivos agradecimentos pelo inestimável auxílio que, com a sua usual boa vontade, nos prestou quer através da bibliografia
facilitada quer pelos esclarecimentos e sugestões valiosas.
Estamos imensamente gratos ao Professor Mário de Azevedo Go mes pela muito generosa ajuda na revisão do original.
Ao Professor João do Amaral Franco que nos auxiliou na identifi cação das espécies estudadas ficamos bastante reconhecidos.
Desejamos também agradecer ao Sr. António Borges Leitão, aluno do Instituto Superior de Agronomia, que com tão boa vontade e entu siasmo se desempenhou da tarefa da preparação de todo o material es tudado.
Ao Sr. Júlio Bivar Salgado os nossos melhores agradecimentos pela valiosa ajuda prestada na execução de toda a documentação microfo- tográfica que acompanha este trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bailey, I. W. and A. F. Faull
1934 The cambium and its derivatives tissues. — IX. Structural variabi- lity in the redwood, Sequoia sempervirens, and its significance in the identification of fóssil woods. /. Arnold Arbor, 15.
Brown, H. P., A. J. Panshin and C. C. Forsaith
1949 Textbook of Wood Technology. Vol. I. McGraw-Hill Book Co.;
New York.
Cardozo, J. G. Alfaro
1918 Contribuição pura o estudo da Aladeira do Pinheiro Bravo. Sim ples esboço micro gráfico. Tip. Cooper. Militar; Lisboa.
Coutinho. A. X. Pereira
1936 Esboço de uma flora lenhosa portuguesa. 2.a Ed. Publ. Dir. G. Serv. Flor. e Aquícolas. Vol. 3(1).
Dadswell, H. E. and A. B. Wardrop
1949 What is reaction wood? Australian Forestry, Vol. XIII(1).
Desch, H. E.
1947 Timber — Its structure and properties. Macmillan; London.
Eames, A. J. and L. H. MacDaniels
1947 An introduction to plant anatomy. McGraw-Hill Book Co.; New York.
Franco, João do Amaral
1943 Dendrologia Florestal. Lisboa.
1949 Notas sobre a nomenclatura de algumas coníferas. Portug. Acta
Biol.{ B).
1950a De coniferarum duarum no mini bus. Lisboa. 1950b Abetos. Lisboa.
Gomes, Mário d’Azevedo
1947 Silvicultura. Vol. 1. Col. «A Terra e o Homem», 9. Sá da Costa;
Lisboa.
International Association of Wood Anatomists
1933 Committee on nomenclature. Glossary of terms used in describing woods. Trop. Woods, 36 e 47.
Johansen, Donald A.
1940 Plant microtechrm/ue. MacGraw-Hill; New York.
Metcalf, C. R. and L. Chalk
1950 Anatomy of lhe Dicoly/edons. Claredon Press; Oxford.
Monteiro, J. A. Cunha
1924 Identificação de madeiras. Rev. Agronómica XVI.
Pfeiffer, J. Ph. and W. W. Varossieau
1946 Classification of tbe structural elements of the secondary wood of dicotyledons, using Decimal índices for Classification and Identifi cation of woods species. Blumea. Vol. V(3).
Phillips, E.
W.
J.1941 The identification of coniferous woods by tlieir microscopic stru-
cture. /. Lin. Society (Botany). Vol. 52(343).
1948 Identification of softwoods by their microscopic structure. Forest
ESTRUTURA E IDENTIFICAÇÃO DAS MADEIRAS DAS RESINOSAS 169
Piccioli, Dott. Lovodico
1919 Tecnologia dei legno. Unione Tip. Edit. Torinese; Torino.
Record, Samuel J.
1934 Identification of the timbers oj temperate Norlh America. John Wiley; New York.
Record, Samuel J. and Robert W. Hess
]943 Timbers of the New World. Yale University Press; New Ifaven.
Sakornbut, S. S.
1951 Differentiation of woods of Southern Pines by Chemical means.
/. of Eorestry. 49(2).
Seabra. Luiz
1948 Contribuições para o estudo tecnológico das espécies da flora colo nial. An. da Junta de Investigações Coloniais, Vol. III, Tomo VI.
Varossieau, W. W.
1948 The identification of wood species with the aid of the Hollerith system. Blumea, Vol. VLIII.
Vasconcellos, J. de Carvalho e
1929 Identificação de madeiras pelos caracteres macroscópicos. Agros, Vol. XII.
1931 Dois casos de identificação de madeiras. Rev. Agronómica, XIX.
1945 Noções de citologia e histologia das plantas, Min. Econ. Dir. Geral
Serv. Agrícolas, Série Est. e Inf. Técnica N.° 28. Lisboa.
1946 Noções sobre anatomia das plantas superiores, Min. Econ. Dire.
Gera! dos Serv. Agrícolas, Série Est. e Inf. Técnica N.° 29. Lisboa.
1948 Botânica Agrícola. Vol. I. Col. «A Terra e o Homem», 12. Sá da
Costa; Lisboa.
1949 Botânica Agrícola. Vol. II. Col. «A Terra e o Homem», 15. Sá da
Costa; Lisboa.
Wardrop, A. B. and H. E. Dadswell
1950 The nature of reaction wood. II-The cell wall organization of com-
pression woods tracheids. Austra/ian J. of Scientific Research, Séries B (Biological Sciences) Vol. 3(1).
DESCRIÇÃO DAS ESTAMPAS ESTAMPA I
Fig. 1 — Cupressus macrocarpa. (x60). Anéis de crescimento: indistintos.
Fig. 2 — Pseudotsuga Menziesii. (x 50). Zona de outono: bem distinta e frequentemente maior que 10 fiadas tangenciais de células; transição primavera-outono rápida. Fig. 3 — Taxodium distichum. (x200). Traqueídos longitudinais: secção orbicular; espaços
intercelulares presentes.
Fig. 4 — Taxus baccata. (xIOO). Traqueídos longitudinais: espessamento espiralado. Fig. 5 — Pinus Strobus. (x200). Traqueídos longitudinais: placas resinosas em traqueídos
resinosos.
Fig. 6 — Araucaria excelsa. ( X 100). Traqueídos longitudinais: pontuações areoladas alternas nas paredes radiais.
Fig. 7 — Pseudotsuga Menziesii. (X400). Traqueídos longitudinais: traqueídos em cadeia. Fig. 8 — Cedrus Deodara. (X1800). Traqueídos longitudinais: toros com margens recortadas
das pontuações areoladas da parede radial.
Fig. 9 — Juniperus Oxycedrus ssp. macrocarpa. (x20). Parênquima lenhoso longitudinal: metatraqueal com disposição em faixas.
ESTAMPA II
Fig. 10 — Thuja orientalis. ( X400). Parênquima lenhoso longitudinal: paredes transversais nodulosas.
Fig. 11 — Pseudotsuga Menziesii. i(.X 200). Canal de resina longitudinal: normal; células epiteliais de paredes espessas.
Fig. 12 — Pinus Strobus. (x 200). Canal de resina longitudinal: normal; células epiteliais de paredes finas.
Fig. 13 — Sequoia Wellingtonia. (x 100). Canais de resina longitudinais: de origem trau mática.
Fig. 14 — Pinus radiata. (xIOO). Raios lenhosos: raio fusiforme com canal de resina trans versal e normal; células epiteliais de paredes finas; traqueídos radiais marginais e intercalares.
Fig. 15 — Pseudotsuga Menziesii. (x250). Raios lenhosos: raio fusiforme com canal de resina transversal e normal; células epiteliais de paredes espessas.
Fig. 16 — Cedrus allantica. (xIOO). Raios lenhosos: raio fusiforme com canal de resina transversal e traumático; células epiteliais de paredes espessas.
Fig. 17 — Cupressus lusitanica. (,X 50). Raios lenhosos: unisseriados e bisseriados em parte. Fig. 18 — Pseudotsuga Menziesii. (x500). Parênquima lenhoso radial: paredes transversais
bem pontuadas; paredes longitudinais nodulosas.
Fig. 19 — Sequoia sempervirens. (.X 500). Campo de cruzamento: pontuações do tipo taxo- dióide.