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CAPÍTULO II – DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE PRÁTICA DE ENSINO

2.4. Uso das TIC na planificação

Explorar o uso das TIC nas aulas fez parte da planificação para este estágio desde o início. Por experiência prévia, já se sabia que o uso das mesmas tem resultados positivos. Há estudos que provam isto mesmo (cf. Imbérnom, 2010; Moran, Massetto & Behrens 2012), mas na prática há sempre riscos, principalmente tendo em conta que um estágio é um ambiente atípico na sala de aulas. Apesar de os recursos serem limitados, a sala de aula tinha computador, internet e retroprojetor, mas não tinha quadro interativo.

Figura 5. Sala de aula da Turma (fonte própria)

Uma das estratégias utilizadas consistiu em pequenos vídeos interativos no início de cada aula para introduzir um novo tema e fazer de elo de ligação entre aulas. Estes vídeos continham canções ou lengalengas que incitavam, com a ajuda da professora a participação oral e física dos alunos. Um exemplo é a canção intitulada head, shoulders, knees and toes que a seguir se apresenta.

Figura 6. Song ChuChu TV (Fonte: https://www.google.pt/)

Head, shoulders, knees and toes, knees and toes. Head, shoulders, knees and toes, knees and toes. And eyes and ears and mouth and mouth and nose.

Head, shoulders, knees and toes, knees and toes, knees and toes.… Head, shoulders, knees and toes, knees and toes.

Head, shoulders, knees and toes, knees and toes. And eyes and ears and mouth and mouth and nose.

Head, shoulders, knees and toes, knees and toes, knees and toes. March, march, march.

Let us all march. March, march, march. Get your body charge!

Head, shoulders, knees and toes, knees and toes. Head, shoulders, knees and toes.

And eyes and ears and mouth and nose.

Head, shoulders, knees and toes, knees and toes. Jump, jump, jump.

Let's all jump. Jump, jump, jump. Make your muscle pump!

Head, shoulders, knees and toes, knees and toes. Head, shoulders, knees and toes, knees and toes. And eyes and ears and ears and mouth and nose. Head, shoulders, knees and toes, knees and toes. Punch, punch, punch.

Let's all punch. Punch, punch, punch. Have a hurty munch.

Os alunos não só cantavam como tinham que fazer gestos a imitar o vídeo reproduzido no retroprojetor. A escolha da música e do vídeo teve que ser adequada à idade dos alunos, o que, por vezes, dificulta a sua escolha. Foi necessário fazer alguma investigação para descobrir um vídeo que cativasse e motivasse os alunos a participar nesta atividade. Algo muito infantil, nesta faixa etária, seria descartado pelos alunos imediatamente. Também foi necessário ter-se cuidado com a duração dos vídeos. Por experiência e como se pôde comprovar no estágio, vídeos com mais de 3 minutos podem tornar-se demasiado longos e os alunos perdem interesse pelos mesmos. Isto resulta imediatamente num ponto de distração que pode transformar a experiência de positiva para negativa de forma imediata. Captar e manter a atenção e concentração dos alunos foi o objetivo secundário, porque o objetivo principal consistiu na compreensão do aluno sobre o conteúdo lecionado. Neste caso, o alvo pretendido era a junção destes dois elementos para obtenção de resultados tangíveis.

A ligação aos temas que fazem parte do programa escolar é algo que não pode ser ignorado nesta fase e exige algum cuidado pela parte do professor. Também limita a escolha de material, mas tendo em conta esta máxima foi notório logo na primeira aula que este tipo de abordagem é muito bem recebida por parte dos alunos, revelando que a parte lúdica pode estar em harmonia com a parte teórica.

Logo na primeira aula, usou-se um pequeno vídeo com uma canção que envolvia gestos e também algum movimento, de modo a que os alunos deixarem de estar sentados no seu lugar de sempre e se movimentarem na aula. Foi notório perceber que nestas idades tudo o que é físico é recebido com ânimo. A estratégia resultou, apesar da estranheza por parte dos alunos. Não estavam habituados a este tipo de abordagem, tendo estes apelidado a professora de “Super Teacher”. Ao indagar-se os alunos sobre o motivo de tal denominação, a resposta recebida foi que não tinham aulas com professoras que cantassem ou dançassem para dar matéria.

Dando-se continuidade a esta linha de utilização das TIC, outa inovação foi digitalizar os trabalhos do manual e reproduzi-los com ajuda do retroprojetor no quadro e os alunos faziam a correção sobre a imagem projetada. A matéria faz parte do programa, assim como o manual e, apesar de em outros casos se ter usado material de elaboração própria, neste caso foi utilizado o manual para mostrar aos alunos que o manual pode ser utilizado de formas diferentes e dinâmicas.

Figura 7.

Exercícios para correção projetada no quadro

.

Unit 2- Our body Can or Can't

Write can or can't.

swim but he climb a tree.

ride a bicycle. use a computer.

o

a) Alex can't drive a car.

o

b) Rob and Paul can play basketball.

o

c ) The little bird can't fly. ' d) Steve can read and write. ' e) Tom can rollerskat e. O

rder the words.

Fonte: retirado do manual do aluno.

O objetivo desta

correção consistiu

em levar os alunos a movimentarem-se e a interagirem uns comos outros e com a professora. A estratégia utilizada foi levantar e sentar da cadeira, repetir oralmente o que está projetado. Em termos gerais, esta estratégia permitiu “fugir” às aulas “tradicionais”. Todavia, importa referir que isto pode acarretar riscos de insucesso por parte do professor, uma vez que há sempre alguma ansiedade cada vez que é utilizada uma nova estratégia, mas novamente a resposta dos alunos foi fantástica. A participação aumentou e todos queriam fazer parte da experiência.

Os pequenos vídeos passaram a fazer parte da aula, principalmente quando um novo tema era introduzido na aula, assim como os trabalhos passaram a ser corrigidos no quadro com ajuda da reprodução de imagem. Estas duas estratégias, aliadas à atividade do jogo “freeze” e do espaço para o “yoga time” no início da aula, dinamizaram a aula de uma forma em que a interação alunos/professora passou da estranheza inicial para algo como normal já na terceira aula. Esta nova estratégia teve a ver com a utilização de materiais próprios, adaptados ao tema e também a utilização de jogos. Um exemplo é o jogo das diferenças, mas feito com ajuda das TIC. Mais uma vez a limitação de material é determinante e tem de haver uma adaptação das estratégias ao material disponível. Na falta de um computador por aluno ou pelo grupo de ligações em rede dentro da turma, ou mesmo telemóveis com a mesma aplicação, implicou que se limitassem as ferramentas de trabalho que se tinham disponíveis. Mesmo com estas limitações, foi possível fazer-se algo diferente e testar-se mais uma vez o quanto é positivo utilizar materiais adaptados a tecnologia na sala de aula.

O Jogo das diferenças, feito em papel, mas projetado no quadro para que os alunos à vez pudessem resolver foi recebido com muita satisfação pelos mesmos.

Figura 8. Jogo das diferenças

Figura 9. Jogo das diferenças

Fonte: Material da professora

A projeção de imagens e de jogos passou a fazer parte das aulas, os alunos saíam dos seus lugares para irem ao quadro apontar, corrigir ou simplesmente repetir, passando a ser uma parte determinante das aulas.

Figura 10. Body Parts

Fonte: Material da professora

Uma das principais conclusões retiradas deste processo é que os alunos abraçaram as TIC como algo normal do seu dia-a-dia, a estranheza inicial foi logo suplantada pela adesão coletiva por este tipo de estratégia. Não só funcionou didaticamente, com a assimilação de conteúdos muito mais agilizada por parte dos alunos, como também se verificou que a sua atenção aumentou e os períodos de distração diminuíram. A empatia criada por este tipo de estratégias foi notória. O professor passou a “falar a mesma” língua que os alunos, utilizando as TIC fora do seu tempo lúdico.

A seguir descreve-se cada uma das aulas lecionadas, tendo em conta as atividades e estratégias utilizadas, referindo-se, desde já que a planificação foi cumprida dentro do tempo definido e os objetivos propostos para cada aula foram atingidos.

Primeira aula - Our body: I can; I can´t

A primeira aula teve lugar no dia 16 de novembro de 2017, cuja planificação se encontra em anexo 1. Em relação à comunicação de conhecimentos disciplinares/conteúdos de forma clara e objetiva, a aula decorreu normalmente e os conteúdos foram introduzidos de forma que os alunos os percebessem intuitivamente. Sobre a utilização de conhecimento das TIC como instrumentos educativos, utilizaram-se imagens e um pequeno filme didáticos de acordo com o tema. Ajudaram a tornar a aula mais descontraída e à assimilação dos conteúdos de forma lúdica. Como refere Ponte (2002, p. 2):

As tecnologias constituem tanto um meio fundamental de acesso à informação (Internet, bases de dados) como um instrumento de transformação da informação e de produção de nova informação (seja ela expressa através de texto, imagem, som, dados, modelos matemáticos ou documentos multimédia e hipermédia).

Deste modo, e tendo em conta a relação que os alunos têm com as TIC que dispõem no seu quotidiano, tornou-se inevitável incluí-las tornar as aulas ainda mais motivadoras. O recurso às TIC, para além da sua componente lúdica, permitiu-me ir ao encontro das aprendizagens dos alunos, tendo sido esta uma forma de alcançar os objetivos definidos para a aula.

Nesta aula, realizou-se um trabalho individual com exercícios no manual e também outros através da oralidade, de perfil colaborativo, no qual toda a turma participou. Estes exercícios foram feitos com perguntas e respostas e também com a aprendizagem e repetição de uma canção. Utilizou-se o manual, imagens e também um vídeo online de forma a dinamizar e motivar os alunos com as diferentes atividades. A participação dos alunos foi entendida como fundamental sendo realizados vários exercícios, com perguntas e respostas e canções de forma que toda a turma pudesse participar. Uma das estratégias mobilizadas em termos de comportamento foi um jogo inventado que servia de forma que os alunos estivessem atentos e também para ajudar a parte comportamental. Nesta aula em particular, um dos reforços positivos utilizado foi o vídeo no fim da aula e a atribuição de pontos no jogo freeze.

Sintetizando, com a utilização de algumas estratégias, como o jogo, a atribuição de pontos e as chamadas de atenção, a aula decorreu melhor do que o esperado em termos comportamentais.

Segunda aula – What can I do? Sports and actions

A segunda aula decorreu no dia 21 de novembro de 2017 (cf. Anexo 2). Utilizou-se um

listening retirado do manual, que ajudou a dar uma dinâmica diferente à aula, utilizando este recurso, verificou-se a compreensão oral da Língua Inglesa pelo aluno. Estes ouviram duas músicas sobre o tema e escolheram a que gostaram mais. As tarefas foram executadas de acordo com o plano pré-estabelecido, foram acrescentados alguns exercícios orais, para rever matéria do ano anterior e nos quais os alunos revelaram ter algumas dificuldades.

Os exercícios foram feitos com perguntas e respostas com recurso a matérias executados pela docente (flashcards) e também com a aprendizagem e repetição de uma canção. Utilizou-se o manual, imagens, dois vídeos online e um “listening” de forma a dinamizar e motivar os alunos com as diferentes atividades. A participação dos alunos foi fundamental, tendo sido feitos vários exercícios, com perguntas e respostas pessoais e canções de forma que toda a turma pudesse participar. Uma das estratégias utilizadas em termos de comportamento foi um jogo inventado que servia de forma que os alunos estivessem atentos e também enquadrar a dimensão comportamental. No início da aula realizou-se um novo jogo, “yoga time”, que também resultou de forma positiva e respeitava os conteúdos da aula. Nesta aula em particular, um dos reforços positivos utilizados foram dois filmes e deixar a cargo dos alunos a escolha da música, o jogo “freeze” e o jogo “ioga time”.

A utilização de diferentes recursos (listening, speaking), o jogo, a atribuição de pontos e as chamadas de atenção, a aula em termos comportamentais decorreu melhor do que esperado. A segunda aula pôde ser avaliada como muito positiva e dinâmica. Os alunos expuseram indicadores de satisfação sobre os jogos e ficaram motivados.

Terceira aula – Our body: I can; I can´t; Sports and activities

No que se refere à terceira aula, que teve lugar no dia 23 de novembro de 2017 (cf. Anexo 3), esta decorreu normalmente e os conteúdos foram introduzidos de forma que os alunos os percebessem intuitivamente. Utilizou-se um pequeno filme sobre o “can, can´t” e cantado pelos alunos. O vídeo apesar de ser didático e estar inseridos no tema, ajudou a tornar a aula mais descontraída, uma vez que os alunos perceberam a canção e repetiram sem grande dificuldade.

Nesta aula foi feito trabalho individual com exercícios no manual e também orais, sob a lógica de trabalho colaborativo no qual toda a turma participou com um role-play desenvolvido

oralmente. Estes exercícios foram implementados com perguntas e respostas e também com a aprendizagem e repetição de uma canção. Nesta aula, foi utilizado o manual, imagens e também um vídeo online de forma a dinamizar e motivar os alunos com as diferentes atividades. A participação dos alunos foi entendida como fundamental, tendo sido realizados vários exercícios, com perguntas e respostas e canções de forma que toda a turma pudesse participar. Uma das estratégias utilizadas para socializar no sentido da adoção de comportamentos socialmente adequados foi a implementação de um jogo inventado que servia de forma que os alunos estivessem atentos e interagissem de forma organizada. O role-play também foi positivo porque todos puderam participar e não houve momentos com pausas excessivas que levassem a distrações. Nesta aula em particular, um dos reforços positivos foi a utilização de vídeos no fim da aula, o próprio role-play e a atribuição de pontos no jogo “freeze”. Novamente os dois jogos, no início e ao longo da aula, foram positivos, funcionando a motivação e o envolvimento como estratégias de controlo comportamental.

Quarta aula - Food; I like, I love

A quarta aula decorreu no dia 28 de novembro de 2017 (cf. Anexo 4), tendo-se recorrido a imagens e a um pequeno filme, que além de serem didáticos e estarem inseridos no tema, ajudaram a tornar a aula mais descontraída e os conteúdos a serem assimilados de uma forma mais lúdica. Nesta aula, foi feito trabalho individual com exercícios no manual e também orais, e trabalho colaborativo no qual toda a turma participou oralmente. Estes exercícios foram feitos com perguntas e respostas e também com a aprendizagem e repetição de uma canção. A correção o trabalho foi feito no quadro com recurso a imagens projetadas.

Nesta aula utilizou-se o manual, imagens, um cartaz com a roda dos alimentos e também um vídeo online de forma a dinamizar e motivar os alunos com as diferentes atividades. A participação dos alunos foi mais uma vez observada como fundamental, tendo sido implementados vários exercícios, com perguntas e respostas, diálogos e canções de forma que toda a turma pudesse participar. Uma das estratégias foi sempre realizar tarefas variadas ao longo da aula, para motivar os alunos. Um dos recursos foi o diálogo entre os alunos, com um jogo de perguntas e respostas. A apresentação de vídeos e material multimédia permitiu receber

feedbacks muito positivas, em termos de atenção e de melhorias comportamentais por parte dos alunos.

Quinta aula – Food; I like, I love; I like, I don´t like

A quinta aula teve lugar no dia 30 de novembro de 2017 (cf. Anexo 5). Foram realizados trabalhos de grupo com recurso a material distribuído, através de recortes e colagens, tendo sido colaborativos e contado com a participação de toda a turma. A participação dos alunos continuou a ser classificada como fundamental, tendo o trabalho sido essencialmente prático, pondo em prática conhecimentos obtidos nas aulas anteriores. Houve uma continuação das estratégias utilizadas nas aulas anteriores, não tendo as mesmas se revelado igualmente eficazes. Nesta aula em particular um dos reforços positivos foi o próprio resultado do trabalho realizado, uma vez que foi programada a sua exposição posterior.

Todos os conteúdos foram desenvolvidos. Ao nível comportamental esta aula não decorreu tão bem como as anteriores, talvez devido ao perfil da tarefa central. Apesar dos problemas de comportamento e dos esforços para os controlar, o resultado final foi positivo e o trabalho feito pelos alunos pôde ser avaliado como bastante positivo.

Sexta aula – Food; I like, I love, I prefer; I like, I don´t like

A sexta aula ocorreu no dia 5 de dezembro de 2017 (cf. Anexo 6). A correção dos trabalhos foi feita com a apoio do retroprojetor e no final da aula foi mostrado um vídeo com as expressões “yes, I do; no I don´t”. Mais uma vez verificou-se que estes recursos funcionam muito bem ao nível didático e comportamental. Acrescentaram-se explicações pontuais a questões colocadas pelos alunos. Nesta aula foi feito um “role-playing” mais longo para testar os conhecimentos dos alunos. Os recursos utilizados foram o manual e um pequeno filme apresentado no final. Mais uma vez a participação dos alunos foi fundamental, tendo sido realizados vários exercícios com perguntas, respostas e canções, de forma que toda a turma pudesse participar. Aqui não foi tão fácil controlar o comportamento dos alunos, o que motivou intervenções mais assertivas. Como nas outras aulas, sempre que possível e necessário, o reforço positivo foi utilizado.

Sintetizando, todos os conteúdos foram desenvolvidos, apesar do agravamento dos problemas comportamentais em relação às aulas anteriores. Como o comportamento tem sido uma questão relevante desde a primeira aula no grupo-turma, nesta aula procurou-se modificar a estratégia de intervenção pedagógica. Responsabilizou-se um aluno pela implementação do jogo, “yoga time”. Esta estratégia não resultou porque os restantes alunos ficaram distraídos.

Alguns dos jogos também já não são tão bem aceites como nas últimas aulas. Apesar dos conteúdos terem sido trabalhados como planificado, ao nível comportamental foi a aula em que se observou a presença de mais indicadores negativos sobre este.

Sétima aula – Food; I like, I love, I prefer; I like, I don´t like; Healthy, unhealthy

eating; Breakfast, Lunch, Dinner

A sétima e última aula decorreu no dia 7 de dezembro de 2017 (cf. Anexo 7). A correção dos trabalhos foi feita com o auxílio do retroprojetor e no final da aula foi exposto um vídeo. Mais uma vez se verificou que estes recursos funcionam ao nível didático e comportamental. Realizou-se um jogo sobre diferenças que teve um resultado muito positivo. Foram entregues diferentes “flashcards” que deram uma dinâmica mais animada à aula e que serviu para aferir os conhecimentos dos alunos. Os recursos utilizados nesta aula foram fichas com um jogo, “flashcards”, assim como um pequeno filme apresentado no final. A participação dos alunos foi sempre entendida como fundamental. Nesta aula foram empreendidos vários exercícios com perguntas, respostas e canções, de forma que toda a turma pudesse participar. O controlo sobre o comportamento dos alunos exigiu uma maior assertividade comparativamente às primeiras aulas. Como nas outras aulas, sempre que possível e necessário o reforço positivo foi utilizado.

Ao nível do comportamento dos alunos, manifestou-se uma dimensão relevante da intervenção pedagógica desde a primeira aula. Face aos desafios associados a este, desde o primeiro contacto procurou-se criar estratégias que permitissem evitar e corrigir os desvios. Os jogos implementados inicialmente deixaram progressivamente de envolver os alunos, reduzindo o seu potencial educativo e exigindo uma reformulação das estratégias. Apesar de se conseguir trabalhar os conteúdos previstos, a nível comportamental revelou-se a necessidade de desenhar novas abordagens de interação com o grupo-turma.

Importa referir que, em todas as aulas, em conformidade com os temas da planificação anual (programa), tentou-se utilizar o computador o mais possível, até para corrigir os trabalhos propostos pelo manual. Assim, tal como já referido anteriormente, digitalizaram-se as páginas do manual, o que era projetado na aula para que os alunos pudessem fazer a correção nessa projeção no quadro. Para além disso, facultavam-se um ou dois vídeos, com vocabulário ou canções sobre os conteúdos que eram lecionados, Recorreu-se igualmente a realia e flashcards,