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ESUMO

:

O banco de sementes do solo das áreas degradadas é fator determinante na regeneração natural destes ecossitemas. Com o objetivo de avaliar o banco de sementes e compreender os aspectos da dinâmica sucessional de quatro áreas restauradas foram amostradas 30 parcelas de 30 cm (comprimento) por 25 cm (largura), e 7 cm de profundidade, totalizando 750 cm2 de amostra de solo em cada área. As amostras foram armazenadas em sacos plásticos etiquetados e levadas para a casa de vegetação do Horto do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa. A casa de vegetação foi isolada com telas de nylon com 50% de sombreamento. As plântulas emergentes foram irrigadas diariamente e contabilizadas quinzenalmente entre os meses de julho de 2008 e julho de 2009. Foram calculados a diversidade de Shannon-Weaver e a equabilidade de Pielou, a riqueza específica e a densidade de sementes germinadas. Após a identificação, as espécies foram classificadas de acordo com a síndrome de dispersão, forma de vida e categorias sucessionais. Considerando todas as áreas avaliadas, germinaram 3113 indivíduos, distribuídos em 26 famílias, 57 gêneros e 96 espécies. Aproximadamente 31% dos indivíduos amostrados correspondem à Setaria vulpiseta, que foi encontrada em todas as áreas amostradas, com maior densidade de indivíduos nas áreas 1 e 2. Os menores valores de diversidade e equabilidade foram encontrados nas áreas 1 (H’= 2,58 e J’= 0,65) e 2 (H’= 2,64 e J’ = 0,64). Na compilação dos dados referentes às quatro as áreas, a forma de vida herbácea, a síndrome de dispersão anemocórica e espécies pioneiras foram as que mais se destacaram no estudo. Desta forma, apesar de necessitarem ainda de intervenções no sentido de acelerar a restauração florestal, as ações implantadas nas áreas até agora tem trazido um incremento ecológico, através da cobertura do solo, da formação de dossel e do aumento da diversidade vegetal.

CHAPTER 1

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ABSTRACT

:

The soil seed bank of degraded areas is a determining factor to regenerate those eco systems. With the aim of evaluating the seed bank and understanding aspects of sucessional dynamics of four restored areas we sampled 30 parcels measuring 30 cm long by 25 cm wide with a depth of 7 cm, totaling 750 cm2 of soil samples in each area. The samples were stored in plastic bags, labeled and taken to the vegetations house at the Biology Department at Viçosa Federal University. The vegetations house was isolated with a 50% shading factor nylon net. The emerging seedlings were irrigated daily and counted every two weeks from July 2008 to July 2009. Shannon-Weaver diversity, Pielou equability, specific wealth and density of germinated seeds were calculated. After identification the species were classified according to dispersion syndrome, life form and sucessional categories. From all the areas studied, 3113 individuals germinated from 26 families, 57 genders and 96 species. About 31% of the individuals are related to Setaria vulpiseta, which were found in all the sampled areas, with higher individual density in areas 1 and 2. The lowest diversity and equability were found in the areas 1 (H’= 2,58 e J’= 0,65) and 2 (H’= 2,64 e J’ = 0,64). After compiling all data from the four areas, herbaceous life forms, anemocoric syndrome dispersion and pioneer species were more abundant according to the study. Even though more intervention is needed in order to accelerate forest restorations, the actions implemented in the areas have brought an ecological improvement through soil covering, canopy formation and an increase in vegetal diversification.

1.1-I

NTRODUÇÃO

O banco de sementes do solo é composto por um estoque de sementes não germinadas, viáveis, presentes no solo ou na serapilheira, que podem apresentar vida curta e germinarem dentro de um ano após sua dispersão ou persistirem em estado de dormência até receberem condições favoráveis para germinação (Harper, 1977; Garwood, 1989).

Este componente florestal está diretamente relacionado aos processos de regeneração das comunidades vegetais, pois representa uma das fontes principais de recrutamento dos indivíduos nas fases iniciais de sucessão, promove o estabelecimento dos grupos ecológicos, representa uma carga genética potencial, sendo responsável pela manutenção e restauração da diversidade das comunidades vegetais ao longo do tempo (Harper, 1977; Young et al., 1987).

Em florestas tropicais, a composição florística e a densidade do banco de sementes são influenciadas basicamente por dois mecanismos: a entrada de diásporos através da chuva de sementes e a saída, que inclui fatores pós-dispersão como a predação, ação de patógenos e germinação (Harper, 1977; Grombone-Guaratini e Rodrigues, 2002).

Alterações temporais na composição florística de uma comunidade vegetal, variações sazonais na frutificação e na dispersão influenciam na abundância de sementes, no número de espécies e nas formas de vida disponíveis no solo de uma comunidade durante o ano ou de ano para ano (Young et al., 1987, Alvarez-Buylla e Martínez- Ramos, 1990).

Segundo Whitmore (1988) distúrbios na vegetação podem influenciar diretamente na riqueza e densidade de sementes do banco, bem como nos processos de sucessão. Esses distúrbios (abertura de clareiras, corte de árvores, queimadas, atividades agropastoris, etc), são capazes de induzir a germinação através das mudanças térmicas e luminosas.

No entanto, após algum distúrbio, a existência do banco de sementes é uma das primeiras condições para que se inicie a sucessão secundária, condicionando à vegetação espécies cujas sementes estão presentes no solo, ou que chegam via dispersão. Dessa forma, sua ausência é um fator limitante na recuperação natural dos ecossistemas (Campos e Souza, 2003).

Em ambientes florestais a composição do banco de sementes dá-se, principalmente, por espécies do grupo das pioneiras (Leal-Filho, 1992; Martins e Silva, 1994). Segundo os autores, o mecanismo de disseminação das sementes dessas espécies é muito eficiente, são pequenas, intolerantes a sombra e capazes de alcançar longas distâncias. As secundárias tardias são tolerantes à sombra na fase jovem e se tornam intolerantes à medida que crescem. No estádio clímax, as espécies são mais tolerantes à sombra na fase adulta e apresentam abundância na regeneração natural, na sua maioria, apresentam sementes grandes e de vida curta, sendo dependentes da fauna para dispersão (Baider et al., 1999).

O estudo do banco de sementes tem se mostrado uma técnica bastante promissora para a restauração de ecossistemas. Trata-se de uma avaliação relativamente rápida e de baixo custo, capaz de fornecer dados sobre a regeneração natural e definir estratégias que acelerem o processo de sucessão ecológica nas áreas restauradas (Rodrigues e Gandolfi, 1998; Martins, 2007; Martins, 2009).

Desta forma, este estudo teve por objetivo caracterizar a composição florística e a densidade do banco de sementes do solo de quatro áreas submetidas a diferentes intervenções de manejo, bem como, identificar as formas de vida, as categorias sucessionais e as síndromes de dispersão das espécies amostradas e o potencial do banco de sementes de cada ambiente para a regeneração natural, a fim de subsidiar técnicas de manejo e de restauração de áreas degradadas.

1.2-M

ATERIAL E

M

ÉTODOS

1.2.1 - Área de Estudo

As amostras de solo para avaliação do banco de sementes foram obtidas na Fazenda Bulcão, administrada pelo Instituto Terra, no município de Aimorés, Minas Gerais, localizado entre as coordenadas 19°22'45"S / 41°25'45"W e 19°56'95"S / 40°58'40"W (Figura 1.1).

Figura 1.1 - Localização do município de Aimóres no estado de Minas Gerais e da Sede da Fazenda Bulcão.

O Instituto Terra possui um dos mais importantes projetos de restauração florestal no Sudeste do Brasil. Fundado em 1999, no município de Aimorés - MG, o Instituto é a primeira RPPN - Reserva Particular de Patrimônio Natural, criada em uma área degradada. Possui 676 ha, nos quais, até o ano de 2005, foram plantadas 960 mil mudas de espécies florestais em 310 hectares, o que representa 45% da área total da propriedade reflorestada (Souza, 2006).

A formação geológica da região é pré-cambriana, com predominância pedológica dos latossolos. O relevo é predominantemente ondulado e com altitude que varia de 83 a 1.118 metros (IBGE, 2010).

Segundo Köppen (1948) a região apresenta clima tropical de altitude, que corresponde ao tipo Cwa, com precipitação anual média de 953 mm, evapotranspiração de 1.224 mm, temperatura anual média de 28° C e umidade relativa anual média de 65% (EMATER-MG, 1997).

A área de estudo possui uma extensão de 709,84 hectares, dos quais 676 hectares são reconhecidos como Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Fazenda Bulcão, pela Portaria do Instituto Estadual de Florestas/MG Nº 081 (Costa e Silva et al., 2005). A formação florestal original e os pequenos remanescentes enquandram-se na tipologia Floresta Estacional Semidecidual (Veloso et al., 1991).

Fundado em 1999, o Instituto Terra faz parte de um projeto de restauração florestal da Mata Atlântica, onde anteriormente havia áreas de pastagens destinadas à criação de gado. Em 1999 iniciaram os plantios de espécies arbustivo-arbóreas, entre exóticas e nativas, distribuídas ao longo de toda a propriedade. Atualmente, utiliza-se apenas espécies nativas para reflorestamento e técnicas de manejo são adotadas para as espécies exóticas plantadas inicialmente. Até 2009 foram plantadas 1.572.760 mudas de espécies florestais em 552,8 hectares, o que representa 77,87% de área da propriedade.

As coletas do banco de sementes foram realizadas em quatro áreas distintas, submetidas a tratamentos de diferentes intensidades (Figura 1.2 – A, B, C e D e 1.3): *Área 1 – Raposinho 2002. Possui 41 hectares apresentando poucos sinais de erosão com presença do capim raposinho (Setaria vulpiseta (Lam.) Roem. e Schult.). Neste projeto foram plantadas diversas espécies arbóreas, predominantemente Acacia sp., no ano de 2002, com espaçamento de 3,0 x 3,0m e a utilização de 200 gramas de superfosfato simples por cova. A área foi roçada de três a quatro vezes por ano e o tratamento encerrado em 2006.

*Área 2 – Peroba 2000. Possui uma área de 35 hectares com poucos sinais de erosão. Foram introduzidas mudas de espécies nativas e exóticas, principalmente do gênero Acacia sp. O espaçamento utilizado foi uma área quadrada de lado igual a 3 m com a utilização de 200 gramas de superfosfato simples por cova. No ano de 2004, foram realizadas técnicas de manejo e retirados os indivíduos do gênero Acacia.

*Área 3 – Capoeira sem manejo. Apresenta uma área de 125 hectares os quais estão sob processo de regeneração natural a aproximadamente 35 a 40 anos, sem nenhum tipo de intervenção de manejo. Observa-se, principalmente nas grandes clareiras, a infestação da taquarinha (Guadua angustifolia Kunth).

* Área 4 – Regeneração 2002. Possui 13 hectares, baixa declividade e poucos sinais de erosão. É uma área regenerante, onde no ano de 2002 realizou-se de forma dispersa, sem espaçamento definido, o plantio de espécies florestais nativas da Mata Atlântica. Foi realizado até o ano de 2006, capina e a desrama para controle das plantas invasoras.

Figura 1.2 - Imagem das quatro áreas submetidas a intervenções de manejo distintas na RPPN – Fazenda Bulcão, Aimóres, MG: Área 1 – Raposinho 2002 (A), Área 2 – Peroba 2000 (B), Área 3 - Capoeira sem manejo (C) e Área 4 – Regeneração 2002 (D).

Figura 1.3 – Mapa das quatro áreas estudadas na RPPN – Fazenda Bulcão, Aimóres, MG, destacadas em vermelho: Raposinho 2002; Peroba 2000; Capoeira sem manejo e Regeneração 2002.

1.2.2 - Metodologia

Nas quatro áreas amostradas: Área 1; Área 2; Área 3 e Área 4, foram instalados, sistematicamente, 5 transectos de 2 x 110 metros, espaçados por 10 metros e distantes 100 metros da borda. Os transectos foram subdivididos em 10 parcelas de 2 x 2 metros cada, eqüidistantes 10 metros, totalizando 50 parcelas e um total amostrado de 200 m2 por área. Das 50 parcelas amostradas em cada área anteriormente citada, 30 parcelas foram sorteadas aleatoriamente e posteriormente coletada um amostra de solo dentro de cada parcela sorteada, com o auxílio de um gabarito de madeira de 30 cm x 25 cm, por 7 cm de profundidade, um enxadão e uma pá de jardinagem, dessa forma em cada parcela amostrou-se 750 cm2 e um volume de 5250 cm³, totalizando 0,157 m³ de solo coletado em cada área (Figura 1.4 e 1.5 - A,B,C e D)

A coleta das amostras de solo superficial foi realizada no mês de julho de 2008 e o material coletado foi armazenado em bandejas plásticas, devidamente etiquetadas e identificadas com plaquetas plásticas referentes à parcela da qual foi coletado. Folhas e galhos recém-caídos foram excluídos da amostragem, ficando apenas a serapilheira já em estágio de decomposição (Figura 1.4-E).

As bandejas plásticas contendo as amostras destorroadas foram colocadas dentro de sacos plásticos etiquetados e levadas para a casa de vegetação do Horto do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa.

A casa de vegetação foi isolada com telas de nylon que proporcionam 50% de sombreamento, com o objetivo de manter uma luminosidade uniforme e proteger contra chegada de propágulos alóctones sobre as amostras. Para maior segurança, distribuiu-se bandejas com areia esterilizada, a fim de detectar uma possível contaminação de sementes que ocasionalmente poderiam penetrar pelos poros das telas.

As plântulas emergentes foram contadas quinzenalmente, identificadas e retiradas imediatamente após seu registro, durante os meses de julho de 2008 a julho de 2009. As amostras foram irrigadas diariamente e com o intuito de estimular a germinação foi realizado o revolvimento do solo foi realizado após seis meses do início do experimento.

A identificação taxonômica das plântulas foi feita através de consulta a especialista, consulta a bibliografia específica e comparação com material do Herbário VIC da Universidade Federal de Viçosa. As famílias, gêneros e espécies foram listados em ordem alfabética utilizando a classificação do APG II (2003). Os nomes das espécies

e seus respectivos autores foram confirmados e atualizados por meio de literaturas especializadas e através das informações disponíveis no site do Missouri Botanical Garden (Mobot, 2010). 2 m 10 m 2 m 10 m 2 m 2 m Parcela de resgate das plântulas Representação do gabarito de madeira

Figura 1.4 - Esquema da distribuição das parcelas sorteadas para coleta de solo para o estudo do banco de sementes na RPPN Fazenda Bulcão, Aimóres, MG.

Após a identificação, as espécies foram classificadas de acordo com a síndrome de dispersão conforme Van Der Pijl (1982) e Barroso et al., (1999) e quanto as categorias sucessionais, segundo Budowski (1965), seguindo citações de Baider et al., (1999), Tabarelli e Mantovani (1999), Pezzopane (2001), Lorenzi (2002), Silva et al., (2003, 2004) e Franco (2005).

Para o processamento dos dados referentes à florística foi utilizado o software Excel (2007). Foram calculados o índice de Shannon-Weaver e a equabilidade de Pielou (Brown e Zar, 1984),

As diferenças na densidade de sementes e número de espécies germinadas entre as áreas foram analisadas através da análise de variância (ANOVA) conduzida pelo programa SPSS 15.0 e a comparação das médias de densidade e riqueza do banco de sementes nas quatro áreas pelo teste de Tukey (Warr, et al., 1993). Em todos os testes, o nível de significância adotado foi de p < 0,05.

Figura 1.5 – Etapas do processo de amostragem e coleta do solo para avaliação do banco de sementes da RPPN – Fazenda Bulcão, MG: (A) Alocação do gabarito de madeira dentro da parcela sorteada; (B) Uso do enxadão e gabarito de madeira para demarcar a amostra; (C) Coleta do solo amostrado; (D) Armazenamento do solo em bandeja plástica e (E) Material coletado, etiquetado e depositado na casa de Vegetação do Horto do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa.

1.3R

ESULTADOS E

D

ISCUSSÃO

Considerando todas as áreas avaliadas, germinaram 3.113 indivíduos, distribuídos em 26 famílias, 57 gêneros e 96 espécies (Tabela 1.1). Do total de espécies, 8 foram identificadas em nível de gênero, 3 em nível de família e 27 espécies permaneceram indeterminadas, devido à ausência de material fértil. A maioria das espécies não identificadas foram herbáceas e subarbustivas, grupos que geralmente possuem difícil identificação e, são, portanto, excluídos em alguns estudos (Baider et al., 1999; Nave, 2005; Schere e Jarenkow, 2006), que avaliam o banco de sementes. Vale ressaltar que apesar de ser um grupo de difícil identificação, as herbáceas geralmente devem ser avaliadas, pois, apresentam alta densidade de indivíduos e são fundamentais no processo de sucessão, atuando no primeiro estágio dos ambientes alterados. Além disso, dentro deste grupo, determinadas espécies como algumas trepadeiras e gramíneas agressivas podem gerar um modelo de inibição nos estádios iniciais da sucessão.

De forma geral as famílias com maiores riqueza específica foram Asteraceae, com 15 espécies, Fabaceae (8 espécies) e Poaceae (6 espécies), as outras famílias restantes somam um total de 40 espécies (Figura 1.6). Ao analisar separadamente as 4 áreas, o resultado obtido para riqueza específica de família foi o mesmo, variando apenas no número de espécies.

Tabela 1.1 – Relação de densidade de indivíduos das espécies amostradas no banco de sementes do solo das quatro áreas da RPPN – Fazenda Bulcão, Aimóres, MG, em ordem alfabética de família, gêneros e espécies, suas respectivas formas de vida, síndromes de dispersão, categorias sucessionais: FV = Forma de vida (Her=herbácea; Arv=Arbórea; Arb=Arbustiva; Cip=Cipó; Bam=Bambu e Ind=Indeterminada); SD = Síndrome de dispersão (Zoo=Zoocórica; Ane=Anemocórica; Aut=Autocórica; Bar=Barocórica e Ind=Indeterminada); CS = Categoria Sucessional (H=ervas; P=Pioneira; SI=Secundária Inicial; ST=Secundária Tardia e Ind=Indeterminada); NI = Número de indivíduos; A1 = Área 1; A2 = Área 2 ; A3 = Área 3 ; A4 = Área 4; T = soma do total de indivíduos e % = Porcentagem do total de indivíduos amostrados.

FAMÍLIA - ESPÉCIE FV SD CS NI

A1 A2 A3 A4 T (%) Acanthaceae

Justicia sp. Her Aut H 0 0 5 23 28 0,90

Amaranthaceae

Achyranthes aspera L. Her Zoo H 199 74 0 0 273 8,77 Chenopodium ambrosioides L. Her Ind H 0 2 0 0 2 0,06

Anacardiaceae

Myracrodruon urundeuva Fr. All. Arv Ane ST 0 8 0 0 8 0,26 Continua...

Tabela 1.1 – Cont.

FAMÍLIA - ESPÉCIE FV SD CS NI

A1 A2 A3 A4 T (%) Asteraceae

Blainvillea rhomboidea Cass. Her Ane H 3 26 0 10 39 1,25 Chaptalia nutans (L.) Polak. Her Ane H 0 0 0 2 2 0,06 Chromolaena squalid (DC)R.M.King e

H.Rob Arb Ane P 2 2 8 0 12 0,39

Conyza bonariensis L. Her Ane H 6 0 3 3 12 0,39 Conyza canadensis (L.) Cronquist Her Ane H 2 5 0 0 7 0,22 Crepis japonica Benth Her Ane H 2 6 1 0 9 0,29 Eclipta alba L. Hassk Her Ane H 2 8 0 4 14 0,45 Elephantopus mollis Kunth. Her Ane H 1 0 0 0 1 0,03 Emilia sonchifolia (L.) DC. Her Ane H 4 0 0 0 4 0,13 Eupatorium laevigatum Lam. Arb Ane Ind 0 0 2 7 9 0,29 Galinsoga parviflora Cav. Her Ane H 0 1 0 0 1 0,03 Gnaphalium purpureum L. Her Ane H 5 0 2 1 8 0,26 Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. Her Ane H 0 1 0 0 1 0,03 Siegesbeckia orientalis L Her Ind H 3 2 7 6 18 0,58 Synedrellopsis grisebachii Hieron. Her Ind H 95 41 0 2 138 4,43

Bignoniaceae

Tabebuia sp. Arb Ane H 1 0 0 5 6 0,19

Boraginaceae

Cordia sellowiana Cham. Arb Ane P 35 1 4 6 46 1,48

Cannabaceae

Trema micrantha (L.) Blume Arv Zoo P 42 26 29 11 108 3,47

Commelinaceae

Commelina erecta L. Her Aut H 0 1 38 0 39 1,25

Convolvulaceae

Merremia aegyptia (L.) Urban. Cip Ind Ind 0 1 4 3 8 0,26

Cyperaceae

Cyperus iria L. Her Ane H 0 1 0 2 3 0,10 Cyperus sesquiflorus (Torr.) Mattf. e

Kukenth. Her Ane H 0 7 1 0 8 0,26

Euphorbiaceae

Chamaesyce hirta (L.) Millsp. Her Aut H 33 72 44 9 158 5,08 Chamaesyce hyssopifolia (L.) Small Her Aut H 38 16 1 0 55 1,77 Cnidoscolus pubescens (Pax.) Pax. e K.

Hoffm. Arv Aut P 12 5 15 4 36 1,16

Manihot sp. Arb Zoo P 0 1 1 0 2 0,06

Fabaceae

Acacia sp. Ind Aut P 5 0 0 0 5 0,16 Aeschynomene rudis Benth. Arb Aut P 1 2 0 0 3 0,10 Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene Her Aut H 35 0 0 0 35 1,12 Desmodium barbatum (L.) Benth. Her Zoo H 29 7 0 0 36 1,16 Machaerium stipitatum (DC.)Vogel. Arv Ane SI 0 0 5 1 6 0,19 Mimosa debilis Willd. Arb Aut P 0 4 0 3 7 0,22 Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. Arv Ane P 1 2 1 1 5 0,16 Senna obtusifolia (L.) Irwin e Barneby Arb Zoo P 1 2 0 0 3 0,10 Continua...

Tabela 1.1 – Cont.

FAMÍLIA - ESPÉCIE FV SD CS NI

A1 A2 A3 A4 T (%) Indeterminada

Indeterminada 01 Ind Ind Ind 0 0 1 0 1 0,03

Indeterminada 02 Her Ind H 8 0 0 0 8 0,26

Indeterminada 03 Ind Ind Ind 71 49 2 1 123 3,95

Indeterminada 04 Ind Ind Ind 0 0 0 1 1 0,03

Indeterminada 05 Ind Ind Ind 1 1 0 0 2 0,06

Indeterminada 06 Ind Ind Ind 0 0 0 1 1 0,03

Indeterminada 07 Ind Ind Ind 0 0 0 1 1 0,03

Indeterminada 08 Ind Ind Ind 1 1 1 14 17 0,55

Indeterminada 09 Ind Ind Ind 1 1 0 1 3 0,10

Indeterminada 10 Ind Ind Ind 3 0 0 0 3 0,10

Indeterminada 11 Ind Ind Ind 1 0 0 0 1 0,03

Indeterminada 12 Ind Ind Ind 0 0 0 1 1 0,03

Indeterminada 13 Ind Ind Ind 0 0 0 1 1 0,03

Indeterminada 14 Ind Ind Ind 1 0 0 0 1 0,03

Indeterminada 15 Ind Ind Ind 1 12 0 7 20 0,64

Indeterminada 16 Ind Ind Ind 0 1 0 0 1 0,03

Indeterminada 17 Her Ind H 0 1 0 0 1 0,03

Indeterminada 18 Ind Ind Ind 0 0 0 2 2 0,06

Indeterminada 19 Ind Ind Ind 0 1 0 0 1 0,03

Indeterminada 20 Ind Ind Ind 0 0 0 1 1 0,03

indeterminada 21 Arb Ind Ind 0 0 0 4 4 0,13

Indeterminada 22 Ind Ind Ind 0 0 1 0 1 0,03

Indeterminada 23 Ind Ind Ind 0 0 1 0 1 0,03

Indeterminada 24 Ind Ind Ind 0 0 1 1 2 0,06

Indeterminada 25 Ind Ind Ind 0 2 0 0 2 0,06

Indeterminada 26 Ind Ind Ind 0 1 0 0 1 0,03

Indeterminada 27 Ind Ind Ind 0 0 0 1 1 0,03

Lamiaceae

Hyptis suaveolens (L.) Poit. Arb Ind Ind 1 3 0 0 4 0,13

Lithraceae

Lafoensia sp. Arv Ind ST 0 1 0 1 2 0,06

Malvaceae

Sida cordifolia L. Her Ind Ind 5 9 1 0 15 0,48 Sida santaremnensis H. Monteiro Her Ind Ind 16 17 0 2 35 1,12 Sidastrum micranthum (A.St.-Hil.) Fryxell Arb Ind Ind 7 12 0 3 22 0,71

Melastomataceae

Miconia sp.01 Arv Ane P 2 8 7 2 19 0,61 Miconia sp.02 Arv Ane P 8 9 20 2 39 1,25 Miconia sp.03 Arv Ane P 0 1 2 0 3 0,10 Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Arv Ane P 0 1 6 0 7 0,22

Mollugnaceae

Mollugo verticillata L. Her Ind H 20 56 0 0 76 2,44

Onagraceae

Ludwigia octovalvis (Jacq.) P. H. Raven Her Aut H 2 0 0 2 4 0,13

Oxalidaceae

Oxalis corniculata L. Her Aut H 5 1 0 34 40 1,28

Tabela 1.1 – Cont.

FAMÍLIA - ESPÉCIE FV SD CS NI

A1 A2 A3 A4 T (%) Piperaceae

Piper umbellatum L. Arb Zoo P 0 2 3 1 6 0,19

Poaceae

Brachiaria decumbens Stapf. Her Ane H 0 7 0 0 7 0,22 Digitaria horizontalis Willd. Her Ane H 55 34 8 0 97 3,12 Eleusine indica (L.) P. Gaertn. Her Ane H 85 28 7 1 121 3,89 Eragrostis pilosa (L.) P. Beauv. Her Ane H 3 10 7 0 20 0,64 Guadua angustifolia Kunth Bam Aut 0 0 16 3 19 0,61 Setaria vulpiseta (Lam.) Roem. e Schult. Her Ane H 468 435 2 55 960 30,84

Portulacaceae

Portulaca oleracea L. Her Ane H 0 3 0 1 4 0,13

Rubiaceae

Richardia brasiliensis Gomes Her Zoo H 3 0 0 3 6 0,19

Rubiaceae sp.01 Ind Zoo Ind 0 0 0 1 1 0,03

Rubiaceae sp.02 Ind Zoo Ind 0 0 1 0 1 0,03

Rubiaceae sp.03 Ind Zoo Ind 0 0 2 0 2 0,06

Scrophulariaceae

Buddleja brasiliensis. Jacq. ex Spreng. Fam. Arb Bar Ind 0 0 0 2 2 0,06

Solanaceae

Cestrum intermedium Sendtn. Arv Zoo Ind 4 6 11 24 45 1,45 Solanum americanum Miller Her Zoo P 19 6 6 6 37 1,19 Solanum stipulaceum Roem e Schult Arb Zoo P 24 56 17 37 134 4,30 Solanum viarum Dunal Her Zoo P 0 0 1 0 1 0,03

Urticaceae

Cecropia hololeuca Miq. Arv Zoo P 1 3 1 4 9 0,29 Urtica dioica L. Her Zoo H 12 6 0 0 18 0,58

1385 1108 296 324 3113 100,00

O resultado referente à riqueza específica encontrado neste estudo foi superior os valores encontrados em vários estudos. Calegari (2009) no município de Carandaí, MG, observou 10.427 indivíduos, distribuídos em 21 famílias e 54 espécies; Zviejkovski (2008) na ilha de Porto Rico, Paraná, descreveu 44 espécies, distribuídas em 26 famílias e um total de 1431 indivíduos. Em Viçosa, Franco (2005) listou 21 famílias, 66 espécies e 5.194 plântulas; no Rio Grande do Sul, Araújo et al., (2004) encontrou 43 espécies, 32 gêneros e 23 famílias. Essa divergência pode ser explicada devido às diferenças

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