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Apêndice I: Análise de Conteúdo: quadros de categorização dos depoimentos dos terapeutas

3.3.2.2 Validação do instrumento

Para a validação externa o questionário foi submetido à avaliação de juízes e aplicação teste.

• Submissão do questionário a juízes

Após elaboração e organização das questões foi feito contato com juízes para validação do instrumento. Foram selecionados quatro juízes que responderam aos seguintes critérios:

a) ter graduação em Terapeuta Ocupacional;

b) ter experiência de pesquisa em “Terapia Ocupacional e Inclusão Escolar”; c) ter experiência prática em Terapia Ocupacional no processo de inclusão escolar. Para os juízes foi elaborada uma carta convite com orientações para a avaliação do instrumento (APÊNDICE A), seguida do questionário com os itens de avaliação Todos os convidados aceitaram participar e retornaram o questionário com críticas e sugestões.

Os juízes concordaram com os temas abordados e a distribuição das perguntas no questionário e consideraram que as questões apresentadas viabilizavam o aparecimento das características desejadas. Assim, o questionário foi considerado adequado por possibilitar a coleta dos dados necessários para o alcance dos objetivos da pesquisa.

Dentre as sugestões dos juízes a principal foi referente à transformação de algumas questões abertas em questões fechadas. A sugestão foi acatada e se dirigia a questões em que a apresentação de opções de resposta não limitaria a possibilidade do aparecimento de dados ainda não relatados na literatura.

• Aplicação teste do questionário

Para a realização da aplicação teste quatro terapeutas ocupacionais foram solicitados a responder o questionário. Os critérios para a escolha dos participantes foram:

a) ter graduação em Terapia Ocupacional;

b) trabalhar atualmente ou já ter trabalhado como terapeuta ocupacional na área de inclusão escolar.

A aplicação objetivou avaliar a clareza das questões e o tempo de resposta. Dos quatro terapeutas ocupacionais solicitados apenas dois retornaram os questionários respondidos e não houve necessidade de alteração no conteúdo e na forma do questionário após a aplicação teste.

3.3.2.3 Finalização do instrumento

Após realizadas alterações com base nas sugestões dos juízes, foi obtido o instrumento final que foi aplicado na coleta de dados (APÊNDICE B).

O instrumento final utilizado foi dividido em duas partes principais com finalidades específicas: a) formulário de identificação geral do profissional - para uma adequada identificação do terapeuta ocupacional participante, considerou aspectos como: idade, sexo, formação acadêmica e experiência profissional em inclusão escolar; b) questões abertas e fechadas - questões elaboradas com o objetivo de se obter informações objetivas e esclarecedoras sobre a realidade e perspectivas da atuação de terapeutas ocupacionais no processo de inclusão escolar no Brasil. Foram divididas em quatro temas centrais: atuação, equipe, obstáculos/desafios e perspectivas e sugestões.

3.3.3 Localização e contato com os profissionais participantes

Sabe-se que terapeutas ocupacionais atuam no processo de inclusão escolar, mas não foram encontrados dados publicados sobre quantos são esses profissionais, onde atuam e de que forma. Deste modo, para a identificação da atuação dos terapeutas ocupacionais no processo de inclusão escolar no Estado de São Paulo, com alcance da realidade e diversidade de suas práticas, foi necessário o contato com todos os terapeutas ocupacionais da região em atividade profissional.

Foi feito um levantamento sobre os principais órgãos representativos e associações de terapeutas ocupacionais no Estado de São Paulo que poderiam ser intermediários no contato com os profissionais. Foi selecionado o órgão de maior representatividade de terapeutas ocupacionais do Estado de São Paulo (Crefito-3) para apresentação da pesquisa e solicitação de colaboração.

A associação do terapeuta ocupacional ao Conselho de Terapia Ocupacional, na região do país em que reside, é condição legislativa para que possa exercer livremente suas atividades profissionais. Deste modo, o acesso aos associados do Crefito-3 permitiria obter uma amostra representativa dos terapeutas ocupacionais em atuação profissional no Estado de São Paulo.

No entanto, após contato e envio de todas as informações solicitadas a respeito da pesquisa e da coleta de dados ao Crefito-3, o pedido de colaboração do Conselho no presente estudo foi negado.

Como alternativa, foi feita a busca de outros órgãos ou associações representativas de terapeutas ocupacionais e contato com as mesmas (Coffito – Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e ATOESP – Associação de Terapeutas Ocupacionais do Estado de São Paulo), porém não foi identificado outro órgão (além do Crefito - 3) capaz de representar em número razoável os profissionais de Terapia Ocupacional no Estado de São Paulo.

Assim, em função da importância do contato com todos os terapeutas ocupacionais do Estado de São Paulo para levantamento daqueles envolvidos no processo de inclusão escolar e para a viabilização deste estudo foi feita a reapresentação da solicitação ao Crefito-3 pela pesquisadora com argumentação baseada em referências legais e científicas.

Após a segunda solicitação, a intermediação foi considerada como possível e o projeto foi encaminhado para a comissão científica do Conselho para avaliação. Em seguida, foi aprovada a colaboração deste órgão no processo de coleta de dados da presente pesquisa (ANEXO B).

3.3.4 Coleta de dados

Assim que o Crefito-3 aprovou sua colaboração na pesquisa iniciou-se a coleta dos dados. Foram solicitados ao Conselho dados referentes ao número de terapeutas ocupacionais associados e meios de contato com os mesmos.

Ao se associarem ao Conselho, os profissionais permanecem por um ano com uma licença provisória de atuação profissional, após esse período passam a ter sua licença permanente. Para a coleta de dados foram considerados como possíveis participantes todos os terapeutas ocupacionais associados ao Crefito-3 até a data da coleta dos dados6, tanto os profissionais com licença temporária de Terapia Ocupacional – LTTO, como os com licença permanente – TO, como está apresentado na Figura 3.

6 Foram considerados para a participação na pesquisa todos os terapeutas ocupacionais associados ao Crefito - 3

Figura 3: Total de terapeutas ocupacionais considerados para a coleta de dados

O número de Terapeutas Ocupacionais associados ao Creftio-3 apresenta grande variação em função de criação e cancelamento de inscrições. Deste modo, a quantidade de profissionais para a coleta de dados foi determinada de acordo com a atualização na data do primeiro envio de cartas via correio eletrônico. Sendo assim, a partir desta data foram considerados, em todos os procedimentos de coleta de dados deste estudo junto aos terapeutas ocupacionais associados, o número de: 3.066 TO e 661 LTTO.

Para o contato e participação dos terapeutas ocupacionais na pesquisa considerou-se inicialmente o envio do questionário através de cartas via correio tradicional, conforme método identificado na literatura (DE VITTA, 1997; CASE-SMITH; CABLE, 1996; WEINTRAUB; KOVSHI, 2004). Para esse procedimento foi disponibilizado pelo Crefito-3 o contato postal com todos os seus associados, no entanto, o pesquisador não poderia ter acesso aos endereços dos terapeutas, assim as cartas deveriam ser enviadas diretamente pela agência do correio responsável pela mala direta do Conselho, por meio de autorização do mesmo, a partir de contrato do pesquisador com a agência. Para o envio das cartas seria cobrado um valor de postagem para cada unidade enviada.

Dado o número total de terapeutas ocupacionais associados ao Conselho - 3.6677, o custo necessário para a concretização da coleta de dados via correio tradicional tornou inviável o envio de todos os questionários desta forma. Sendo assim, foi necessário elaborar estratégias alternativas para a obtenção dos dados, com o propósito de reduzir custos finaceiros e viabilizar o estudo.

Frente ao exposto, três estratégias foram adotadas: 1) contato com os profissionais e coleta de dados por correio eletrônico; 2) coleta de dados por endereço na internet (site); 3) contato com os profissionais sem endereço eletrônico válido por correio tradicional.

7 Data de contagem: 13/06/2008.

TO- 3.066 LTTO-661

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