• Nenhum resultado encontrado

Valorizar o poder das coincidências e não das diferenças Geração de

existem em nossos contextos / países?

Grupo 2: Valorizar o poder das coincidências e não das diferenças Geração de

alianças entre professores a partir das dissidências (agregando todo o espectro LGBTI)

• Geração de múltiplos espaços de debate, pensamento a participação nas insti- tuições de ensino (especialmente universidades) que favoreçam a participação múltipla e maior visibilidade.

• Aprofundar a geração de protocolos internos nas universidades que tornem visíveis e respeitem os direitos dos professores e alunos trans.

• Trabalhar nos diferentes espaços essas questões, como sindicatos de profes- sores, organizações estudantis e instituições paralelas ao sistema educacional. No caso do Peru, esses espaços podem ser permeáveis.

• É importante que os porta-vozes das questões trans sejam as pessoas trans, pois isso aumenta o impacto da fala.

• Estudar a possibilidade desses debates incidirem no conselho ibero-america- no ou latino-americano de universidades (informações sobre o conselho neste site https://www.grupolarabida.org/).

l 55 l

RELATORÍA

Finalização

George Hale, reflete que gerar conhecimento trans é essencial no enfrentamento do sistema cisheteronormativo, esse encontro é importante para que as pessoas trans construam sua própria epistemologia e seus próprios conhecimentos. Assim, expressa que as professoras trans são essenciais para repensar o precon- ceito arraigado, abrir espaços para discussões e construir possibilidades para que outras pessoas ocupem esses espaços.

George Hale conta que o terceiro dia de encontro teve como objetivo focar as fortalezas e oportunidades das docências trans para que produzam práticas do- centes exitosas.

George ainda fala dos 10 anos de existência da RIE-LGBTI e diz que é muito bom fazer parte de um projeto que tem impacto social, que produz debates sobre questões tão importantes, como a docência trans e a construção de uma edu- cação inclusiva.

Além disso, ressalta que os corpos trans, as professoras trans dão um toque di- ferente a educação e que elas estão salvando vidas, de crianças, adolescentes e outras professoras.

George Hale afirma que as exposições foram muito ricas e que as fortalezas iden- tificadas pelas palestrantes apontam que as realidades são muito distintas em cada país. Enquanto em alguns países temos avanços significativos, em outros nem tanto. Essas especificidades são essenciais na criação de uma agenda que promova avanços consistentes e reais.

Aproveita o momento para divulgar o trabalho desenvolvido por Daniel Henrique de Oliveira Silva sobre as trajetórias de docência de professoras trans brasileiras, que estará disponível no site da RIE-LGBTI.

RELATORIA

°

Por fim, agradece a todos que estiveram envolvidos na construção do evento, organização, financiamento, apoio, comentaristas, palestrantes, relatoria, suportes, intérpretes de sinais, intérpretes de tradução. Diz que espera a todos, todas e todes no 4º encontro no próximo ano. Agradece principalmente as pessoas trans docentes que são as protagonistas desse evento e que são essenciais na construção de uma escola mais inclusiva. Ao final, exibe um vídeo “conto com você”, em que fala que estudantes contam com os professores para que não sofram preconceitos, violências, tenham sua identidade respeitada e que possam praticar os esportes que desejam na educação física.

Considerações:

A violência e o sofrimento enfrentado pelas pessoas trans nos diferentes espaços da nossa sociedade e especialmente na educação são evidenciados ao longo desse encontro por meio dos relatos das experiências de professoras e professores trans.

Inserir-se na educação enquanto docente, significa vencer uma série de barreiras e obstáculos, driblar restrições, superar adversidades, entraves e incômodos. Esses tortuosos caminhos se tonam na prática docente de professores e professoras trans fortalezas que as possibilitam ver a educação a partir da resiliência, percebendo a escola como lugar de transformação social.

Assim, as experiências se apresentam como plurais, diversas, permeadas por particularidades entre cada país que narra suas vivências, dentro dos próprios países as realidades parecem ser complexas e distintas. Por isso, para se pensar em ações é necessário levar em consideração as singularidades de cada país e de cada região.

É uníssono que em todos os países, seja Espanha, Argentina, Colômbia, Chile, Peru, Bolívia, Guatemala, Uruguai ou Brasil que as pessoas trans sofrem preconceitos e violências. É consonante que a prática docente de pessoas trans humaniza o espaço escolar e possibilita a criação de uma educação sensível, humana, diversa, plural, comprometida com a liberdade e a proteção de todos que sofrem algum tipo de preconceito.

l 57 l

RELATORIA

°

Nas exposições foi levantado que é necessário:

• Repensar os currículos escolares e inserir discussões relativas as diversidades nos espaços educativos de forma transversal que se integre em todo o

currículo;

• Construir políticas de cotas para pessoas trans se inserirem nas universidades;

• Garantir acesso e permanência integral de pessoas trans nas escolas e universidades;

• Ficarmos atentos para que a pandemia não agrave as desigualdades mundiais;

• Criar agendas políticas conjuntas de enfrentamento a transfobia;

• Estabelecer alianças com os diferentes movimentos sociais, trabalhando a partir das interseccionalidades;

• Promover encontros em que pessoas trans possam compartilhar suas experiências com professores e professoras de diferentes partes do mundo, com objetivo de repensar a próprias práticas docentes e de propor ações coletivas;

• Valorizar as epistemologias trans;

• Visibilizar as experiências docentes de pessoas trans;

• Produzir cursos de formação dentro da comunidade LGBTI, sensibilizando e criando aliados na construção de um mundo justo e igualitário;

• Expandir os debates para além do meio LGBTI e da militância, para que cada vez mais pessoas tenham acesso da importância desses debates;

• Produzir pesquisas, documentos, relatórios, livros e materiais que narrem as histórias de vida e experiências docentes de travestis e transexuais de diferentes países, permitindo conhecer singularidades e visibilizar a prática docente de professoras e professores trans;

RELATORIA

°

FINANCIA

Documentos relacionados