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valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a

No documento Plano Nacional de Educação - PNE - (páginas 86-99)

Metas e Estratégias

Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a

equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o fi- nal do sexto ano de vigência deste PNE.

Estratégias:

17.1) constituir, por iniciativa do Ministério da Edu- cação, até o final do primeiro ano de vigência des- te PNE, fórum permanente, com representação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Muni- cípios e dos trabalhadores da educação, para acom- panhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magis- tério público da educação básica;

o acompanhamento da evolução salarial por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, periodicamente divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;

17.3) implementar, no âmbito da União, dos Esta- dos, do Distrito Federal e dos Municípios, planos de Carreira para os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, observados os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumpri- mento da jornada de trabalho em um único estabe- lecimento escolar;

17.4) ampliar a assistência financeira específica da União aos entes federados para implementação de políticas de valorização dos (as) profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional.

Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a exis- tência de planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional,

definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Estratégias:

18.1) estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do terceiro ano de vigência deste PNE, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 50% (cin- quenta por cento), no mínimo, dos respectivos profis- sionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados; 18.2) implantar, nas redes públicas de educação bá- sica e superior, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissio- nais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse pe- ríodo, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina;

18.3) realizar, por iniciativa do Ministério da Educa- ção, a cada 2 (dois) anos a partir do segundo ano de

vigência deste PNE, prova nacional para subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante adesão, na realização de concursos públicos de ad- missão de profissionais do magistério da educação básica pública;

18.4) prever, nos planos de Carreira dos profissionais da educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós- graduação stricto sensu;

18.5) realizar anualmente, a partir do segundo ano de vigência deste PNE, por iniciativa do Ministério da Educação, em regime de colaboração, o censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério;

18.6) considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas no provimento de cargos efetivos para essas escolas;

18.7) priorizar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham apro- vado lei específica estabelecendo planos de Carreira

para os (as) profissionais da educação;

18.8) estimular a existência de comissões permanen- tes de profissionais da educação de todos os sistemas de ensino, em todas as instâncias da Federação, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, rees- truturação e implementação dos planos de Carreira. Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Estratégias:

19.1) priorizar o repasse de transferências voluntárias da União na área da educação para os entes federa- dos que tenham aprovado legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a legislação nacional, e que conside- re, conjuntamente, para a nomeação dos diretores e diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comuni- dade escolar;

19.2) ampliar os programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de acompanha- mento e controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos fi- nanceiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções;

19.3) incentivar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a constituírem Fóruns Permanentes de Educação, com o intuito de coordenar as conferên- cias municipais, estaduais e distrital bem como efe- tuar o acompanhamento da execução deste PNE e dos seus planos de educação;

19.4) estimular, em todas as redes de educação bási- ca, a constituição e o fortalecimento de grêmios es- tudantis e associações de pais, assegurando-se-lhes, inclusive, espaços adequados e condições de funcio- namento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas representações;

conselhos escolares e conselhos municipais de educa- ção, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando- se condições de funcionamento autônomo;

19.6) estimular a participação e a consulta de profis- sionais da educação, alunos (as) e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currí- culos escolares, planos de gestão escolar e regimen- tos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares;

19.7) favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabeleci- mentos de ensino;

19.8) desenvolver programas de formação de dire- tores e gestores escolares, bem como aplicar prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados possam ser utilizados por adesão. Meta 20: ampliar o investimento público em educa- ção pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no

mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Estratégias:

20.1) garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e moda- lidades da educação básica, observando-se as po- líticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Dispo- sições Constitucionais Transitórias e do § 1o do art.

75 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que

tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;

20.2) aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acom- panhamento da arrecadação da contribuição social do salário-educação;

20.3) destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, na forma da lei específica, a parcela da participação no resul- tado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com a

finalidade de cumprimento da meta prevista no in- ciso VI do caput do art. 214 da Constituição Federal; 20.4) fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo único do

art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio

de 2000, a transparência e o controle social na uti- lização dos recursos públicos aplicados em educa- ção, especialmente a realização de audiências pú- blicas, a criação de portais eletrônicos de transpa- rência e a capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, com a colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação dos Estados e dos Muni- cípios e os Tribunais de Contas da União, dos Esta- dos e dos Municípios;

20.5) desenvolver, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, estudos e acompanhamento regular dos investi- mentos e custos por aluno da educação básica e supe- rior pública, em todas as suas etapas e modalidades; 20.6) no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PNE, será implantado o Custo Aluno-Qualidade ini- cial - CAQi, referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional

e cujo financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem e será progressivamente rea- justado até a implementação plena do Custo Aluno- -Qualidade - CAQ;

20.7) implementar o Custo Aluno-Qualidade - CAQ como parâmetro para o financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais com inves- timentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da educação pú- blica, em aquisição, manutenção, construção e con- servação de instalações e equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de material didático-esco- lar, alimentação e transporte escolar;

20.8) o CAQ será definido no prazo de 3 (três) anos e será continuamente ajustado, com base em me- todologia formulada pelo Ministério da Educação - MEC, e acompanhado pelo Fórum Nacional de Educação - FNE, pelo Conselho Nacional de Edu- cação - CNE e pelas Comissões de Educação da Câmara dos Deputados e de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal;

20.9) regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos, por lei complementar, de forma a estabelecer as normas de cooperação entre a União, os Esta- dos, o Distrito Federal e os Municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema nacional de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das funções redistributiva e su- pletiva da União no combate às desigualdades edu- cacionais regionais, com especial atenção às regiões Norte e Nordeste;

20.10) caberá à União, na forma da lei, a comple- mentação de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não con- seguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ;

20.11) aprovar, no prazo de 1 (um) ano, Lei de Res- ponsabilidade Educacional, assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação educacionais;

20.12) definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decê- nio, que considerem a equalização das oportunida- des educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5o do art. 7o desta Lei.

A SAM é uma iniciativa da Campanha Global pela Educação (CGE) e acontece em mais de 100 países, desde 2003. No ano de 2015, o mote internacional da SAM será o “Balanço do Programa Educação para

Todos (EPT) e Proposição para o pós-2015” e a Se-

mana será realizada de 26 de abril a 2 de maio, no mesmo período em que acontecerá o Fórum Mun- dial de Educação, na Coreia do Sul.

No Brasil, a SAM 2015 acontecerá entre os dias 21

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