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Vantagens no uso do Aditivo Orgânico PERMA-ZYME ®

2.2 Estabilização do Solo

2.2.8 Aditivo Orgânico PERMA-ZYME ®

2.2.8.4 Vantagens no uso do Aditivo Orgânico PERMA-ZYME ®

De acordo com o fabricante, PERMA-ZYME® possui as seguintes

vantagens:

 Aumenta a densidade do solo: catalisa a criação de novas estruturas entre as partículas do solo, ligando-as entre si.

 Reduz o esforço de compactação: promovendo uma rápida e cuidadosa dispersão da umidade, aumentando a lubrificação das partículas do solo permitindo que o mesmo atinja a compactação com menos esforço.

 Necessita de menor quantidade de água: reduz em 25% a quantidade de água necessária para atingir o nível de umidade ótima necessária a compactação do material.

 Melhora a capacidade de carga: devido à ligação entre as partículas, reduz a tendência do solo de se expandir após a compactação.

 Baixa permeabilidade: a ligação dos grãos elimina os vazios, diminuindo a capacidade de a água migrar no material tratado com o aditivo orgânico.

 Elimina a necessidade de importação de material: quando PERMA-ZYME®

é usado no tratamento de solos utilizados em obras de pavimentação, não há necessidade de buscar em outros locais materiais com as características exigidas, como ISC, expansão e resistência à compressão simples, necessárias para a sua utilização no local da obra.

 Compatibilidade de tempo e local: podem ser aplicados a uma variedade de locais e condições de tempo, como locais sujeitos à neve ou elevadas temperaturas, clima seco ou propício a chuvas, ou ainda no topo de montanhas ou embaixo de minas ou barragens.

 Reduz a manutenção: devido à camada resistente criada pelo produto, evita o desgaste da superfície tanto pelo uso quanto pelas atividades climáticas, necessitando assim de um trabalho mínimo de manutenção.

 Facilidade de conservação e uso: PERMA-ZYME® é vendido na forma

líquida concentrada, isso elimina parte dos processos de armazenamento, pré mistura e movimentação de grandes quantidades de material.

 Manuseio seguro: por não ser tóxico, não danifica os equipamentos nem provoca reações de irritação, vermelhidão ou queimaduras nos tecidos da pele, olhos e mucosas. Não contem ingredientes inflamáveis, não é explosivo, é um produto biodegradável, por isso não prejudicará os seres humanos, animais e vegetais.

3.1 Introdução

O presente trabalho teve como objetivo principal reduzir o consumo de cimento utilizado na melhoria das características físicas e mecânicas de um solo com o intuito de utilizá-lo em obras de pavimentação, para isto se adicionou o aditivo

orgânico PERMA-ZYME® ao solo cimento estudado por Feltrin (2008). O inicio dos

trabalhos se deu com a coleta das amostras de solo natural na jazida J05 da empresa Queiroz Galvão, em Içara. As amostras de solo foram levadas para o Laboratório de Mecânica dos Solos (LMS), do Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (IPAT) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), onde foram submetidas aos ensaios de caracterização. Foram moldados corpos de prova misturando solo, cimento e aditivo orgânico e posteriormente feito ensaios de compressão simples.

Figura 8: Localização aérea via satélite da jazida J05 Fonte: Google earth, (2009)

3.2.1 O Solo

O solo utilizado no presente trabalho foi coletado na jazida J05, mesmo local de coleta das amostras de solo de Feltrin, (2008), isto se fez necessário para que pudesse ser feito um comparativo entre os resultados de resistência à compressão simples.

Na (figura 9) pode-se observar a planta de localização da jazida J05.

Figura 9: Planta de localização da jazida J05

Fonte: DNER – Programa de Ampliação da Capacidade Rodoviária do Corredor São Paulo – Curitiba – Florianópolis – Osório (2001)

Os critérios de utilização deste material em solo cimento, adotados no presente trabalho foram os determinados pela HRB e são expostos na (tabela 2).

Tabela 2: Critérios de utilização do solo

Características Requisitos

Porcentagem passando na peneira nº 4 (4,8mm) ≥ 50%

Porcentagem passando na peneira nº 200 (0,075mm) ≤ 40%

Índice de plasticidade ≤ 18%

Fonte: HRB

Figura 10: Coleta em situ do solo utilizado na pesquisa Fonte: Autor

3.2.1.1 Estudos Geológicos

A caracterização geológica do Lote 27 (km 358,500 ao km 387,000), onde encontra-se localizada a jazida J05 (km 364+300), foi feita com base no relatório de projeto do Programa de Ampliação da Capacidade Rodoviária do Corredor São Paulo – Curitiba – Florianópolis – Osório da consultora consorcio Iguatemi – Dynatest, apresentado em junho de 2001.

O trecho sul da rodovia BR-101 no Estado de Santa Catarina onde se encontra localizada a jazida J05, na qual foram coletadas as amostras de solo para esta pesquisa, corta pequenos trechos com rochas cristalinas e cristalofilianas do embasamento, que formam as Serras do Leste Catarinense. Nesse trecho Sul as rochas cristalinas são representadas pelo batolito granítico da Suíte Intrusiva Pedras Grandes, enquanto que a Planície Costeira é composta por sedimentos areno-siltico- argilosos de várias origens, desde marinha até continental, formando vários ambientes deposicionais.

Tabela 3: Coluna estratigráfica regional

Fonte: DNER – Programa de Ampliação da Capacidade Rodoviária do Corredor São Paulo – Curitiba – Florianópolis – Osório (2001).

3.2.1.3 Geologia Local

A jazida J05 encontra-se inserida no ambiente geológico formado por rochas mais antigas, Eo-paleozóicas, oriundas da Suíte Intrusiva Pedras Grandes (SIPG), que é composta por granitos grosseiros granulares hipidiomórficos, localmente sienogranitos, alcalinos cujo mineral principal e o oligoclásio (feldspato calcosódico), podendo conter ainda pouco quartzo e, como mineral máfico, a biotita. O mapa geológico do lote 27 onde encontra-se inserida a jazida J05, pode ser visto na (figura 11).

Figura 11: Mapa Geológico do Lote 27

Fonte: DNER – Programa de Ampliação da Capacidade Rodoviária do Corredor São Paulo – Curitiba – Florianópolis – Osório (2001, p. 21)

3.2.2 Aditivos Químicos

Iniciaram-se os procedimentos com o intuito de verificar se a aplicação do aditivo orgânico PERMA-ZYME® é capaz de reduzir o teor de cimento necessário para atingir a resistência à compressão simples de 2,1 MPa, sendo que este é o valor mínimo exigido pelo DNIT para misturas de solo cimento utilizadas em pavimentação.

3.2.2.1 Cimento

Os teores de cimento adotados no presente trabalho foram os mesmos utilizados por Feltrin, (2008), ou seja, 2%, 4%, 6%, 8%, 10%, 12%, 14%, 16%, 18% e 20%, calculados em relação ao peso seco do solo. O tipo de cimento utilizado para o desenvolvimento da pesquisa foi o CP II - Z - 32 da marca Votorantim, que segundo o método do DNER (1996, p.150) é classificado como cimento Portland composto.

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