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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.9. Variáveis Analisadas

4.9.1. Análise biométrica das plantas

Foram analisadas 10 plantas da subparcela útil nas linhas centrais a partir dos 60 dias após o plantio (DAP) até os 360 DAP da cana planta e dos 60 doas após o corte até os 360 dias após o corte (DAC). A partir dos 60 DAP e DAC foi avaliado mensalmente altura de plantas (m) mesurada com auxílio de uma fita métrica a partir do solo (ponto de inserção do solo com o colmo até o colarinho da folha (+1) (Oliveira et al., 2011).

Determinou-se o diâmetro do colmo (mm), com auxílio de paquímetro digital, as medições foram na base, terço médio e terço superior do colmo, para o cálculo final calculou- se a média do diâmetro do colmo.

O número de perfilho foi determinado a partir da contagem de todas as plantas que continham menos de seis folhas completamente expandidas em cada subparcela, sendo posteriormente, calculada a quantidade média de plantas por metro.

4.9.2. Produtividade e qualidade tecnológica

O rendimento agrícola industrial (TCH) foi determinado ao final de cada ciclo de cultivo, os colmos das três linhas centrais de cada uma das subparcela experimentais foram colhidos e pesados com o auxílio de um dinamômetro com capacidade para 1.000 kg, na sequencia calculado e expresso em tonelada de colmo por hectare (t ha-1 de colmos).

Para determinação do rendimento industrial foram coletados aleatoriamente dez colmos em cada subparcela as quais foram, em seguida, submetidas à análise tecnológica no laboratório da Usina Central Olho D’Água S/A, em que foram determinados os parâmetros:, POL do caldo extraído (POL), fibra industrial da cana (FIBRA %), pureza do caldo extraído (PZA), POL da cana corrigida (POLc) e teor de açúcar total recuperável (ATR kg t-1). A partir do produto do ATR pelo rendimento agrícola, calculou-se a produtividade ou rendimento do açúcar em toneladas prováveis (TPH t ha-1).

A porcentagem em massa de sacarose (%Pol) do caldo extraído contida na solução açucarada de peso normal foi avaliada com um sacarímetro automático ACATEC, modelo DAS 2500, determinando-se a concentração de açúcares opticamente ativos, com base na equação conhecida como lei de Biot (CALDAS, 1998), equação 01.

em que: C - Concentração de açúcares ; - Ângulo de rotação do plano de vibração da luz polarizada; l - Comprimento da coluna iluminada de líquido; T - Rotação específica.

Após a leitura realizada pelo aparelho, é feita a correção para temperatura ambiente interna, em torno de 20 ºC, pela equação de ajuste 02.

𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = 𝐿 ∗ ⌈1 + 0,000255 ∗ (𝑇 − 20)⌉ (eq.02) em que: L – Leitura sem correção; T - Temperatura do laboratório; Lcorrigida - Pol do caldo extraído (%).

O cálculo da fibra industrial (FIBRA) da cana – de – açúcar se baseia na correlação entre resíduo fibroso e a fibra industrial da cana, determinada segundo a seguinte equação 03 (CRSPCTS/PB, 1997).

𝐹𝐼𝐵𝑅𝐴(%) =(100∗𝑃𝐵𝑆)∗(𝑃𝐵𝑈∗𝑏)5∗(100−𝑏) (eq.03) em que: PBS - Peso do bolo seco em estufa à 105 ºC; PBU - Peso do bolo úmido: resíduo fibroso, resultante da prensagem a 250 kgf cm-2 por 1 min, de 500 g de amostra de cana desfibrada e homogeneizada, em grama (CONSECANA, 2006); b - oBrix do caldo extraído.

Obteve-se a pureza (PZA) a partir da percentagem de sólidos solúveis totais no caldo extraído, após a determinação dos valores de Pol e oBrix (CRSPCTS/PB, 1997), conforme equação 04.

𝑃𝑍𝐴 =𝑃𝑜𝑙%𝑐𝑎𝑙𝑑𝑜

°𝐵𝑟𝑖𝑥𝑐𝑎𝑙𝑑𝑜∗ 100 (eq.04)

POL da cana corrigida (POLc) foi determinado conforme equação 05.

𝑃𝑂𝐿𝑐= 𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎∗ (1 − 0,01 ∗ 𝐹𝐼𝐵𝑅𝐴) ∗ 𝑐 (eq.05)

em que: Lcorrigida - Pol do caldo extraído, % FIBRA = Fibra industrial da cana, % c = 0,955, fator de transformação da Pol do caldo extraído em Pol do caldo absoluto.

Os açúcares totais recuperáveis (ATR kg t-1) foram determinados com base na equação 06.

𝐴𝑇𝑅 = (10 ∗ 𝑆 − 0,76 ∗ 𝐹 − 6,9) ∗ (53−2003 ∗ 𝑃) (eq.06) em que: ATR = açúcar teórico recuperável em kg t-1 de colmos de cana – de – açúcar ; S (sacarose) = pol (%); F = fibra (%) e P = pureza (%).

4.9.3. Exportação e exigências de nutrientes

Aos 330 dias após o plantio (DAP) para o ciclo cana planta, e 330 dias após o corte (DAC) cana soca, foi amostrada aleatoriamente a parte aérea de dez plantas na área útil de cada parcela experimental. As amostras foram separadas nos componentes ponteiro, folha e colmo, sendo o ponteiro constituído do cartucho e da folha +1 (primeiro colarinho visível); para a componente folha (folha + bainha), consideraram-se as folhas secas e verdes a partir da folha +1; e, após a retirada do ponteiro e das folhas, o restante foi considerado colmo.

Os ponteiros, folhas e colmos, após separados, foram pesados, determinando-se a massa de matéria fresca total. As amostras de material vegetal fresco foram trituradas em forrageira industrial e, em seguida, coletaram-se subamostras úmidas. No laboratório, as subamostras foram submetidas à secagem em estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC até massa constante e novamente pesadas para determinação da umidade do material.

Após obtenção da massa seca, as subamostras foram passadas em moinho tipo Wiley, para em seguida se determinar a concentração de N, que foi obtida por digestão sulfúrica e determinada por titulação. As concentrações de P, K, Ca e Mg foram obtidas por digestão nitroperclórica, determinando-se P por colorimetria, K por fotometria de chama e Ca e Mg por espectrofotometria de absorção atômica (MALAVOLTA et al., 1997).

A extração dos nutrientes pela parte aérea das variedades foi calculada somando-se o produto da massa de matéria seca pela concentração do nutriente contido em cada componente (ponteiros, folhas e colmo). Os nutrientes alocados no colmo foram considerados como o total de nutriente exportado. A exigência nutricional foi estimada dividindo-se a extração total de nutrientes na parte aérea pela produção de colmos de cada variedade.

4.9.4. Produtividade da água (PA) e do Nitrogênio (PNc)

A produtividade da água foi definida pela relação entre a produtividade de colmos (rendimento agrícola), açúcares totais recuperáveis (ATR) e o volume total de água disponibilizado na produção (irrigação + água aproveitável das chuvas) conforme as equações 07 e 08.

𝑃𝐴𝐴𝑇𝑅 =𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎(𝑚𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(𝑘𝑔 𝐴𝑇𝑅 ℎ𝑎3ℎ𝑎−1−1)) (eq.08)

A produtividade do nitrogênio (PN) representa a relação entre a quantidade de nutriente acumulado na planta e a unidade de nutriente aplicado, conforme equação 09.

𝑃𝑁𝑐𝑜𝑙𝑚𝑜 = 𝑁𝐴𝑝𝑙𝐴𝑐𝑁 (eq.09)

em que: PNcolmo = produtividade do nitrogênio (kg kg-1); AcN = acúmulo de nutriente na dose do nutriente estudado (kg); Napl = quantidade de nutriente aplicado (kg).

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