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2. Índice de Dominância de Simpson (D’):

5.2. Variáveis Bióticas

Análises microbiológicas – Coliformes Totais e Fecais

Os valores médios da densidade de coliformes totais e fecais (NMP.100 ml-1) registrados na água dos lagos do Cuniã, Cujubim e São Miguel, no estado de Rondônia, durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas vazante, águas baixas e enchente estão apresentados nas Figuras 19 e 20 e as Tabelas 17 a 19 (Apêndice).

A densidade média de coliformes totais no lago Cuniã foi de 993,0 ± 471,5 NMP.100 ml-1. A menor densidade registrada foi de 240,1 NMP.100 ml-1 no período de enchente de 2011 e a máxima de 1785,5 NMP.100 ml-1 no período de águas baixas de 2012. No lago Cujubim a densidade média de coliformes totais foi de 1234,1 ± 906,6 NMP.100 ml- 1, e a mínima de 108,1 NMP.100 ml-1 foi registrada no período de vazante de 2012. As maiores densidades, de 2400,00 NMP.100 ml-1 foram registradasnos períodos de águas baixas

e águas altas de 2010, além do período de enchente de 2013. No lago São Miguel, dentre os períodos hidrológicos analisados, os maiores valores de densidade de coliformes totais ocorreram no período de águas altas de 2011 e no período de enchente de 2012 com valor médio de 1115,7 ± 768,4 NMP.100 ml-1. Já o menor valor ocorreu no período de águas altas de 2010 (129,1 NMP.100 ml-1).

A densidade média de coliformes fecais no lago Cuniã foi de 54,1 ± 122,1 NMP.100 ml-1. O valor mínimo de densidade, foi registrado no período de enchente de 2010 e a máxima de 474,9 NMP.100 ml-1 foi registrada no período de águas baixas de 2010. No lago Cujubim, dentre os períodos hidrológicos analisados, as maiores densidades de coliformes fecais (214,2 NMP.100 ml-1) ocorreram no período de águas altas, enquanto as menores ocorreram no período de vazante e de águas baixas de 2010 e águas baixas de 2012 (1,0 NMP.100 ml-1). No lago São Miguel o valor médio da densidade de coliformes fecais foi de 17,8 ± 19,7 NMP.100 ml-1.. A menor densidade registrada foi de 1,0 NMP.100 ml-1, no período de vazante em 2010 e a maior (52,0 NMP.100 ml-1) foi registrada no período de águas altas de 2011.

Figura 19 Variação dos valores de densidade de coliformes totais (NMP.100mL-1) registrados para os lagos Cuniã, Cujubim e São Miguel, em Rondônia, nas coletas realizadas trimestralmente durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas (AA), vazante (V), águas baixas (AB) e enchente (E).

Figura 20. Variação dos valores de densidade de coliformes fecais (NMP.100mL-1) para os lagos Cuniã, Cujubim e São Miguel, em Rondônia, nas coletas realizadas trimestralmentedurante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas (AA), vazante (V), águas baixas (AB) e enchente (E).

Clorofila a

Os valores das concentrações de clorofila a (µg.L-1) registrados na água dos lagos do Cuniã, Cujubim e São Miguel, na estado de Rondônia, durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas, vazante, águas baixa e enchente estão apresentados na Figura 21 e nas Tabelas 17 a 19 (Apêndice). A maior concentração média de clorofila a para a coluna d´água foi registrada no lago Cujubim, com valor médio de 17,2 ± 18,4 µg.L-1. Os valores médios da concentração de clorofila a obtidos para os lagos Cuniã e São Miguel foram menores e semelhantes (11,4 ± 9,6 µg.L-1 e 11,4 ± 10,2 µg.L-1, respectivamente). Ambas, a maior (72 µg.L-1) e a menor (2,0 µg.L-1) concentrações, foram registradas no lago Cujubim no período de águas altas de 2010 e 2011, respectivamente.

Figura 21. Variação dos valores da concentração de clorofila a na água (µg.L-1) dos lagos Cuniã, Cujubim e São Miguel, em Rondônia, nas coletas realizadas trimestralmente durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas (AA), vazante (V), águas baixas (AB) e enchente (E).

Os valores obtidos para o índice médio de estado trófico dos lagos Cuniã, Cujubim e São Miguel, no estado de Rondônia, avaliado durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas, vazante, águas baixa e enchente estão apresentados na Figura 22 e nas Tabelas 17 a 19 (Apêndice).

Durante o período em estudo, o índice médio de estado trófico do lago Cuniã correspondeu a classificações que variaram de oligotrófico a eutrófico, mas mais frequentemente como mesotrófico. No lago do Cujubim, os valores do índice resultaram em classificações que variaram de mesotrófico a eutrófico, mas mais frequentemente como eutrófico. No lago São Miguel, os índices resultaram em classificações que variaram de oligotrófico a eutrófico, mas na maioria das vezes como eutrófico.

Figura 22. Variação dos valores do Índice Médio de Estado Trófico (IET) para os lagos do Cuniã, Cujubim e São Miguel, em Rondônia, avaliados com base nos dados obtidos nas coletas realizadas trimestralmente durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas (AA), vazante (V), águas baixas (AB) e enchente (E).

Estrutura da Comunidade Zooplanctônica

Composição taxonômica

A comunidade zooplanctônica amostrada trimestralmente nos lagos Cuniã, Cujubim e São Miguel, no estado de Rondônia, durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas, vazante, águas baixa e enchente foi composta por 195 táxons incluindo 28 táxons de protozoários testáceos, 80 de Rotifera, 56 de Cladocera e 31 de Copepoda. A lista completa dos táxons é apresentada nas Tabelas 2, 3, 4 e 5 respectivamente. Protozoários Testacea

Foram identificados 28 táxons de protozoários (Tabela 2), distribuídos em sete famílias. A família Difflugiidae foi representada pelo maior número de táxons (11), seguida

das famílias Arcellidae com oito táxons, Lesquereusidae com três, Centropyxidae e Euglyphidae com dois táxons, cada. As demais famílias: Cyphoderiidae e Hyalospheniidae foram representadas apenas por uma espécie cada.

Tabela 2. Relação de táxons do grupo Protozoários Testacea registrados nas comunidades zooplanctônicas dos lagos Cuniã, Cujubim e São Miguel, Bacia do rio Madeira, em Rondônia, amostrados trimestralmente durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas, vazante, águas baixas, enchente.

._________________________________________________________________________ Subphylum: Sarcodina

Classe: Rhizopoda Ordem: Testacea

Família: Arcellidae

Arcella brasiliensis Cunha, 1913 Arcella costata angulosa (Perty, 1852) Arcella discoides Ehrenberg, 1843 Arcella hemisphaerica Perty, 1852 Arcella megastoma Penard, 1902 Arcella mitrata Leidy, 1876 Arcella vulgaris Ehrenberg, 1832 Arcella sp.

Família: Centropyxidae

Centropyxis aculeata (Ehrenberg, 1838) Centropyxis gibba Deflandre, 1929

Família: Cyphoderiidae

Cyphoderia ampulla (Ehrenberg, 1840)

Família: Difflugiidae

Cucurbitella dentata Gauthier-Liévre e Thomas, 1960 Difflugia achlora Penard, 1902

Difflugia acuminata Ehrenberg, 1838 Difflugia corona Wallich, 1864 Difflugia distenda Ogden, 1983 Difflugia limnetica (Levander, 1900) Difflugia lobostoma Leidy, 1879 Difflugia oblonga Ehrenberg, 1838

Continuação Tabela 2

Difflugia penardi Cash e Hopkinson, 1909

Difflugia pseudogramen Gauthier-Lièvre e Thomas, 1960 Difflugia sp.

Família: Euglyphidae

Euglypha acanthophora (Ehrenberg, 1838)

Euglypha ciliata (Ehrenberg, 1848)

Família: Lesquereusiidae

Lesquereusia epistomium Penard, 1902 Lesquereusia spiralis (Ehrenberg, 1840) Netzelia tuberculata (Wallich, 1864)

Família:Hyalospheniidae

Nebela sp.

Rotifera

Foram identificados 80 táxons de Rotifera (Tabela 3), distribuídos em 19 famílias, além de quatro táxons da ordem Bdelloidea. A família Brachionidae foi representada pelo maior número de táxons (25), seguida das famílias Lecanidae com 12 táxons, Trichocercidae com seis, Flosculariidae, Philodinidae e Synchaetidae com quatro. As famílias Conochilidae, Euchlanidae, Filinidae estiveram representadas por três táxons, as famílias Asplanchnidae, Gastropodidae, Lepadellidae, Notommatidae, Testudinellida, Trichotriidae e Trochosphaeridae foram representadas por dois táxons cada. As demais famílias: Collothecidae, Hexarthridae e Scaridiidae foram representadas apenas por uma espécie cada.

Tabela 3. Relação de táxons do grupo Rotifera registrados nas comunidades zooplanctônicas dos lagos Cuniã, Cujubim e São Miguel, Bacia do rio Madeira, em Rondônia, amostrados trimestralmente durante três anos (2010 a 2013), nos períodos hidrológicos de águas altas, vazante, águas baixas, enchente.

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