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Variáveis incluídas no estudo

No documento HELIANE VIEIRA DA NÓBREGA (páginas 39-45)

2.4 INTERVENÇÕES PARA PREVENÇÃO DE ERROS DE PRESCRIÇÃO

4.6.1 Variáveis incluídas no estudo

4.6.1.1 Identificação do Paciente

Para os itens de identificação do paciente, verificou-se a presença ou ausência de nome completo do paciente, registro, leito, enfermaria e data de nascimento. A ausência de alguma dessas variáveis foi considerada erro de prescrição.

4.6.1.2 Data da Prescrição

A ausência da data da prescrição foi considerada como erro de prescrição, uma vez que pode levar a erros como a permanência da utilização de medicamentos por tempo inadequado, bem como à administração de medicamentos em desacordo com a condição clínica atual do paciente.

4.6.1.3 Total de Itens da Prescrição

Cada linha da prescrição contendo medicamento foi considerada como um item prescrito. Quando na mesma linha houve a prescrição de uma associação, como no exemplo de zidovudina + lamivudina, esta foi contabilizada como um único item prescrito. Os eletrólitos usados para infusão também foram incluídos na contagem de itens prescritos.

Itens prescritos e depois assinalados como “suspenso” não foram incluídos no número total de itens prescritos. Por outro lado, os itens que não faziam parte da lista de medicamentos do HUB foram contados, uma vez que existia a possibilidade do paciente adquirir o medicamento por conta própria. Da mesma forma, os itens prescritos, mas que estavam em falta na Farmácia também foram contabilizados.

4.6.1.4 Itens Legíveis

Cada item prescrito foi avaliado quanto à legibilidade pela autora deste estudo e por outro profissional farmacêutico, sem vínculo com o HUB. Foram considerados legíveis os itens que puderam ser lidos pelos dois avaliadores, sem necessidade de interpretação ou dedução do que foi prescrito. Caso um dos avaliadores não conseguisse identificar o que estava escrito, o item foi considerado ilegível e registrado como erro de prescrição.

4.6.1.5 Denominações Utilizadas na Prescrição dos Medicamentos

A forma de denominar os medicamentos prescritos foi classificada em: denominação genérica, nome comercial e abreviatura.

Considerando que o HUB não dispõe de lista formalizada e padronizada de abreviaturas, a presença de itens prescritos de forma abreviada foi considerada erro

de prescrição. A utilização de nome comercial também foi considerada como erro, por contrariar a legislação vigente (33).

4.6.1.6 Via de Administração dos Medicamentos

A via de administração de medicamentos foi analisada em dois aspectos: quanto a presença ou ausência, sendo sua ausência considerada como erro de prescrição, e também quanto à adequação da via prescrita à forma farmacêutica do medicamento em questão. Por exemplo, a prescrição de 1 comprimido de dipirona 500mg por via endovenosa foi considerado erro de prescrição por inadequação da via de administração.

4.6.1.7 Forma Farmacêutica/apresentação dos Medicamentos Prescritos

Para análise da forma farmacêutica dos medicamentos prescritos, utilizaram- se dois critérios, ambos considerados erros de prescrição: a ausência da forma farmacêutica, item necessário para a dispensação e administração segura dos medicamentos, e também a apresentação incorreta do medicamento prescrito.

Para o critério de forma farmacêutica incorreta, foi feita a comparação entre o que foi prescrito e o existente na relação de medicamentos do HUB, no FTN (66) e no banco de dados de registro de medicamentos da Anvisa (69). Casos em que a forma farmacêutica prescrita não constava nas fontes consultadas, esta foi considerada erro de prescrição.

4.6.1.8 Identificação do Prescritor

As prescrições foram analisadas quanto à presença do nome, assinatura e registro no CRM do médico prescritor. A ausência de tais itens foi considerada erro de prescrição por contrariar a legislação vigente.

4.6.1.9 Concentração dos Medicamentos Prescritos

Para análise da concentração dos medicamentos prescritos, utilizaram-se dois critérios, ambos considerados erros de prescrição: a ausência e também a concentração incorreta do medicamento prescrito.

Para o critério de concentração incorreta, foi feita a comparação entre o que foi prescrito e o existente na relação de medicamentos do HUB, no FTN (66) e no banco de dados de registro de medicamentos da Anvisa (69). Casos em que a concentração prescrita não constava nas fontes consultadas, esta foi considerada erro de prescrição.

4.6.1.10 Intervalo Entre as Doses Prescritas

A ausência de informações sobre o intervalo entre as doses foi considerada como erro de prescrição.

Para verificar a adequação do intervalo prescrito, todas as posologias prescritas foram revisadas de acordo com as bases de dados Micromedex® (64) e Uptodate® (65), além do Formulário Terapêutico Nacional - FTN 2010 (66), bem como guias e protocolos para tratamento de HIV/Aids (67,68) levando-se em consideração a doença que estava sendo tratada. Quando não se encontrou em nenhuma das fontes o intervalo prescrito, este foi considerada como erro de prescrição.

4.6.1.11 Dose Acima ou Abaixo do Recomendado.

Cada dose prescrita foi revisada de acordo com as bases de dados Micromedex® (64) e Uptodate® (65), além do Formulário Terapêutico Nacional - FTN 2010 (66) bem como guias e protocolos para tratamento de HIV/Aids (67,68)

levando-se em consideração a doença que estava sendo tratada. Doses acima ou abaixo do preconizado nas fontes de pesquisa foram consideradas erros de prescrição.

Ainda dentro da análise da dose prescrita, avaliou-se também a necessidade de ajuste da dose prescrita à função renal e hepática.

4.6.1.12 Prescrição de Itens “Se Necessário”

Para análise de itens prescritos como “se necessário”, utilizou-se dois critérios: limite diário para uso do medicamento e indicações claras de uso. A ausência dessas informações foi computada como erro de prescrição.

4.6.1.13 Indicação dos Medicamentos Prescritos

Para verificar a indicação dos medicamentos prescritos, cada item foi analisado considerando os dados clínicos levantados do prontuário do paciente (Apêndice A) e os protocolos de tratamento preconizados pelas mesmas fontes de descritas anteriormente.

Foram considerados contraindicados os medicamentos prescritos para pacientes cuja condição clínica fosse um impedimento para o tratamento escolhido, sob risco de dano à saúde. Exemplos: presença de alergias ou doenças associadas.

4.6.1.14 Duplicação de Terapia

Neste trabalho, registrou-se a duplicação de terapia quando houve prescrição de medicamentos da mesma classe terapêutica, com a mesma posologia e para o mesmo fim, como por exemplo, prescrição de dipirona e paracetamol em caso de

febre; prescrição de metoclopramida e de ondansetrona, ambos de 8/8 horas em caso de vômito.

4.6.1.15 Interações Medicamentosas

Para análise da ocorrência de interações medicamentosas, foram utilizadas duas fontes de dados: Micromedex® (64) e Uptodate® (65), bem como guias e protocolos para tratamento de HIV/Aids (67,68). Todos os itens prescritos foram lançados nas bases de dados, exceto os de uso tópico. Considerou-se inclusive os medicamentos que não são incluídos na relação de medicamentos do HUB, em falta e prescritos como “se necessário”, uma vez que existia a possibilidade de uso por parte do paciente.

Foram computadas apenas as interações classificadas como contraindicadas ou importantes no Micromedex® (64) e categorias X (contraindicadas) ou D (importante e considerar modificação de terapia) no Uptodate® (65), com boa ou excelente documentação em uma ou ambas as bases de dados consultadas. Quando uma base de dados considerou a interação como contraindicada e a outra como importante, prevaleceu a classificação como contraindicada.

4.6.1.16 Informações para Diluição/Reconstituição dos Medicamentos

Para os medicamentos de uso endovenoso, a ausência de informações sobre reconstituição e/ou diluição foram considerados erros de prescrição.

No documento HELIANE VIEIRA DA NÓBREGA (páginas 39-45)

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