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1.4 OBJETIVOS

1.6.4 Variáveis individuais

1.6.4.1 Cárie dentária

Para o exame referente à presença de lesões de cárie nos Primeiros Molares Permanentes, e nos demais dentes presentes em boca, foi utilizado o sistema diagnóstico ICDAS (ISMAIL AI, 2007) (Anexo C) no qual todas as superfícies foram avaliadas conforme metodologia empregada nos estudos anteriores (GUEDES et al., 2014; GUEDES et al., 2016). Os exames clínicos foram realizados, sempre que possível, na clínica de Odontopediatria da Universidade Federal de Santa Maria, em cadeira odontológica sob iluminação artificial, com uso de ar comprimido, espelho bucal plano, sonda exploradora e gaze. Quando o contato por telefone não foi possível ou havia algo impedindo que os pais ou responsáveis levassem seus filhos até a clínica, uma visita às residências e/ ou às escolas onde as crianças estavam matriculadas foi feita pelos pesquisadores responsáveis pelo estudo.

1.6.4.2 Condições Clínicas

Além das condições relacionadas à cárie, outras condições foram, também, avaliadas: Presença ou ausência de placa visível IPV - Índice de Placa Visível (AINAMO & BAY, 1975), o traumatismo dentário na região ântero-superior será avaliado através de critérios utilizados no United Kingdom Children’s Dental Health Survey (O'BRIEN, 1994). A presença e severidade de distúrbios oclusais foram avaliadas através dos critérios do Índice de Estetica Dental (DAI) para a dentição permanente e do Índice de Foster & Hamilton para a dentição decídua. A dor dentária foi avaliada através da pergunta: “Seu filho teve dor dentária nos últimos 12 meses?” (WHO, 1997; WHO, 2013).

Os dados referentes às condições bucais das crianças foram obtidos a partir de exames clínicos realizados, sempre que possível, na clínica de Odontopediatria da UFSM, nas residências dos indivíduos, e ou escolas quando necessário. As crianças foram examinadas de maneira individual, e quando o exame foi realizado fora da clínica, foi conduzido em local apropriado, com auxílio de gaze, sonda CPI e espelho clínico (WHO, 2003). Quatro examinadores previamente treinados e calibrados conduziram os exames clínicos. Todas essas características foram registradas em uma ficha clínica (Apêndice F).

1.6.4.3 Aspectos Demográficos

As questões referentes à idade e sexo foram, novamente, registradas na parte inicial do questionário semiestruturado. A idade da criança foi registrada através de pergunta aberta, de forma contínua. A variável sexo foi coletada através de pergunta fechada onde os responsáveis deveriam assinalar “masculino” ou “feminino” da mesma forma que foi coletada em 2010.

1.6.4.4 Condições Socioeconômicas (SES)

Através do questionário socioeconômico os pais/responsáveis também responderam a perguntas referentes a questões sociais, financeiras e educacionais. A raça/etnia foi registrada na parte inicial do questionário. Nós adotamos, para a classificação de raça, os critérios estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), conforme é realizado em levantamentos de base populacional (IBGE, 2010) usando a seguinte pergunta: “De qual raça você considera o seu filho?” com quatro opções de resposta: “branco”, “negro”, “mulato”, “outro (índio/oriental)”. A renda familiar foi coletada como a média do rendimento familiar

mensal, ou seja, o valor em Reais dos rendimentos de todos os membros de uma mesma residência (IBGE, 2013). Em relação ao nível educacional, a pergunta respondida foi: “A mãe estudou até:” com as seguintes opções de resposta: “não estudou”, “1° grau incompleto”, “1° grau completo”, “2° grau incompleto”, “2° grau completo”, “3° grau incompleto” e “3° grau completo”. A mesma pergunta foi utilizada para avaliar a escolaridade do pai.

1.6.4.5 Aspectos Psicossociais – OHRQoL

A Auto-percepção e o Impacto das Condições Bucais na Qualidade de Vida das crianças foi mensurada através do questionário Child Perception Questionnaire (CPQ8-10) (JOKOVIC et al., 2004) (BARBOSA et al., 2009) (Anexo D). Este questionário tem sido considerado adequado para ser usado também nas idades entre 5 e 8 anos (FOSTER PAGE et al., 2013a; FOSTER PAGE et al., 2013b). O CPQ 8-10 apresenta 25 questões que são divididas em quatro domínios: sintomas orais (5 questões), limitação funcional (5 questões), bem-estar emocional (5 questões) e bem-estar social (10 questões). Cinco opções de resposta são dadas para cada pergunta do questionário: “nunca” = 0, “uma ou duas vezes” = 1, “algumas vezes” = 2, “frequentemente” = 3 e “todos os dias/quase todos os dias” = 4. A pontuação final é composta pela soma de todos os itens. O resultado total do questionário pode variar de 0 até 148 pontos. Quanto maior for a pontuação obtida, maior é o impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida da criança. Especificamente para a percepção dos pais em relação à saúde bucal dos filhos, a seguinte pergunta foi realizada: “Como você considera a saúde bucal do seu filho(a)?” Com as seguintes possibilidades de resposta: “boa”, “muito boa”, “regular”, “ruim” e “péssima”.

1.6.4.6 Aspectos Comportamentais

Neste estudo também foram observados os comportamentos dos indivíduos em relação ao uso de serviços odontológicos e motivo para a última consulta, que foram coletados através das perguntas: “Você buscou atendimento odontológico para seu filho nos últimos seis (doze) meses?” e “Qual o motivo dessa consulta?”, respectivamente, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 2013). A prática de religião por parte dos participantes também foi coletada. O questionário contendo as perguntas referentes a essas questões estão contidas no questionário estruturado (Apêndice G).

1.6.5 variáveis contextuais

Com a finalidade de avaliarmos a influência de fatores de nível contextual sobre o desfecho, foi coletada, no baseline, a renda média do bairro em que a criança residia. Para a avaliação dos aspectos estruturais referentes ao contexto, foi, também, verificada a presença, no bairro onde a criança morava, de estabelecimentos comerciais como: mercearias, mercados e padarias. Além disso, foi observada a presença e o número de centros comunitários no bairro. Todas essas informações foram obtidas a partir de dados oficiais do município de Santa Maria, RS (IBGE, 2010).

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