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3 METODOLOGIA E BASE DE DADOS

3.4 Variável Dependente

Segundo Berger e Udell (1998), a falta de informações transparentes e garantias na obtenção de empréstimos fazem com que, principalmente, as pequenas empresas apresentam restrições para obter recursos. Deste modo, estas empresas teriam restrições ao crédito e, por isto, estas empresas teriam que utilizar recursos internos ou utilizar crédito em condições menos favoráveis, como empréstimos de curto prazo, pois este tipo de crédito representa menor risco para as instituições financeiras. Através da análise dos dados extraídos do Economática®, pode-se confirmar que, em média, as empresas de pequeno porte utilizam maior proporção de dívida de curto prazo que os demais grupos. Os dados comprovam que, em média, aproximadamente 60% da dívida de pequenas empresas são de curto prazo. Para as empresas de grande porte, esta relação se inverte, mostrando maior proporção de empréstimos de longo prazo. Esta relação fornece suporte à teria de ciclo de vida da empresa de Berger e Udell (1998), evidenciando que empresas de grande porte possuem condições suficientes para passar credibilidade às instituições financeiras e, assim, conseguir empréstimos em condições mais favoráveis. Estes dados podem ser observados no Gráfico 14.

Gráfico 14: Proporção de empréstim empresa.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Em termos setoriais

fluxo de renda mais estáveis obtêm, mais

junto a bancos e outras instituições financeiras. O mesmo raciocínio é válido para empresas em setores com maior presença de ativos tangíveis

meio dos dados obtidos, pode

cujos insumos são em grande parte ativos físicos

Mineração. Cabe ressaltar que estes setores com maior participação de dívida de longo prazo são marcados predominantemente por empresa

majoritariamente dívida de curto prazo, cabe destaque o setor de Software e Dados 64,9% do total da dívida de curto prazo

consideradas de grande porte. A g

explicada pela pouca presença de ativos tangíveis neste setor.

que nem todos os setores com alta presença de ativos tangíveis utilizam predominantemente empréstimos de longo prazo.

podem ser vistos na Tabela

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 Pequeno

Emprestimo curto prazo

Proporção de empréstimos e financiamento de curto e longo prazo por tamanho de

is, Berger e Udell (1998) ressaltam que empresas em setores com fluxo de renda mais estáveis obtêm, mais frequentemente, recursos através de

junto a bancos e outras instituições financeiras. O mesmo raciocínio é válido para empresas em setores com maior presença de ativos tangíveis, como Transporte e

dados obtidos, pode-se verificar maior presença de dívida de longo prazo em setores cujos insumos são em grande parte ativos físicos, como Transporte, Energia Elétrica e Mineração. Cabe ressaltar que estes setores com maior participação de dívida de longo prazo são marcados predominantemente por empresas de grande porte. Entre os setores que utilizam majoritariamente dívida de curto prazo, cabe destaque o setor de Software e Dados

% do total da dívida de curto prazo, apesar de todas as empresas deste setor s consideradas de grande porte. A grande participação de dívidas de curto prazo pode ser explicada pela pouca presença de ativos tangíveis neste setor. Entretanto, pode

que nem todos os setores com alta presença de ativos tangíveis utilizam predominantemente prazo. Os dados relativos à proporção de dívida utilizada em cada s Tabela 8.

Pequeno Médio Grande

Emprestimo curto prazo Emprestimo longo prazo

os e financiamento de curto e longo prazo por tamanho de

, Berger e Udell (1998) ressaltam que empresas em setores com , recursos através de dívida externa junto a bancos e outras instituições financeiras. O mesmo raciocínio é válido para empresas ransporte e Energia Elétrica. Por de dívida de longo prazo em setores como Transporte, Energia Elétrica e Mineração. Cabe ressaltar que estes setores com maior participação de dívida de longo prazo s de grande porte. Entre os setores que utilizam majoritariamente dívida de curto prazo, cabe destaque o setor de Software e Dados, com apesar de todas as empresas deste setor serem rande participação de dívidas de curto prazo pode ser Entretanto, pode-se observar que nem todos os setores com alta presença de ativos tangíveis utilizam predominantemente proporção de dívida utilizada em cada setor

Tabela 8: Proporção de empréstimos e financiamento de curto e longo prazo por setor.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Outra importante questão destacada por Berger e Udell (1998) diz respeito à disponibilidade de informação pela empresa. Segundo os autores, empresas mais jovens enfrentariam restrições de crédito por não possuírem um histórico confiável acerca da verdadeira situação financeira da empresa. Desta forma, estas empresas teriam dificuldade em obter empréstimos de longo prazo por apresentarem um grupo de alto risco para os bancos e outras instituições financeiras. Por meio dos dados obtidos, observa-se que este padrão fornecido pela teoria de ciclo de vida não se confirma. Os dados obtidos informam que as

Setor Proporção endividamento de Curto Prazo(%) Proporção endividamento de Longo Prazo(%) Agropecuária e Pesca 57.66 42.33 Alimentos e Bebidas 61.19 38.80 Comércio 57.12 42.87 Construção 58.60 41.39 Eletroeletrônicos 69.42 30.57 Energia Elétrica 28.69 71.30

Minerais não Metálicos 57.47 42.52

Mineração 32.64 67.35 Máquinas Industriais 63.31 36.68 Outros 46.51 53.48 Papel e Celulose 43.30 56.69 Petróleo e Gás 40.82 59.17 Química 48.28 51.71

Siderurgia & Metalurgia 57.38 42.61

Software e Dados 64.95 35.04 Telecomunicações 41.19 58.80 Têxtil 55.01 44.98 Transporte Serviço 34.10 65.89 Veículos e peças 55.48 44.51 Total 49.49 50.50

empresas mais jovens da amostra utilizam maior proporção de dívida de longo prazo, aproximadamente 52%, enquanto que empresas mais velha utilizam, em média, maio proporção de dívidas de curto prazo. Uma explicação para este fato pode ser encontrada no fato de que as empresas da amostra são empresas de capital aberto e, por isto, são obrigadas a apresentarem relatórios auditados de modo a reduzir a assimetria de i

empresas mais velhas, a questão do autofinanciamento e poucas oportunidades de crescimento pode desestimular a obtenção de dívidas de longo prazo, privilegiando o financiamento de curto prazo (giro). A proporção da dívida total

Gráfico 15: Proporção de empréstimos e financiamento de curto e longo prazo por

Fonte: Elaborado pelo Autor.