7. Discussão dos resultados do estudo II
7.5. Variável nível de escolaridade
Esta variável foi testada com base na comparação dos resultados obtidos pelos alunos da 3ª e da 5ª classes. Os níveis de consciência fonológica envolvidos são a consciência silábica e a consciência segmental. Apesar de, no presente estudo, a prova de segmentação silábica também ter envolvido pseudopalavras, os resultados obtidos neste paradigma não são considerados na testagem da presente variável. Esta situação deve-se ao facto de, como foi referido na secção 5.4, não terem sido usados os mesmos critérios na selecção dos alunos avaliados na segmentação silábica de pseudopalavras nos dois níveis de escolaridade avaliados. No gráfico 6, relembram-se os resultados obtidos pelos alunos dos dois níveis de escolaridade avaliados nas provas de segmentação silábica de palavras e de detecção do segmento intruso. Nesta última prova, apesar de os segmentos testados se distribuírem por classes de ponto (labial e coronal) e modo ([+ contínuos] e [- contínuos]) de articulação, dada a sua distribuição bastante desigual por estas classes (Veja-se secção 5.3), a discussão dos resultados obtidos restringe-se à totalidade dos segmentos.
Gráfico 6 – Sucessos nas provas de segmentação silábica e de detecção do segmento intruso relacionados com a variável nível de escolaridade
Segmentação da totalidade dos trissílabos: p= 0,136; p> 0,05 Segmentação dos paroxítonos: p= 0,317; p> 0,05
Segmentação dos proparoxítonos: p= 0,105; p> 0,05 Detecção do segmento intruso: p= 0,048; p< 0,05 O gráfico demonstra que:
- Os alunos dos dois níveis de escolaridade obtiveram a pontuação máxima na segmentação silábica de palavras dissilábicas;
- Em nenhum caso, no que se refere, ainda, à segmentação silábica, os alunos da 5ª classe obtiveram uma taxa de sucesso significativamente superior do que os alunos da 3ª classe. Na segmentação silábica dos trissílabos paroxítonos, os alunos da 3ª classe obtiveram, embora não significativa, uma taxa de sucesso superior do que os alunos da 5ª classe;
- Relativamente à detecção do segmento intruso, os alunos da 5ª classe obtiveram uma taxa de sucesso significativamente superior do que os alunos da 3ª classe.
Hipótese 5 - Os alunos da 3ª e da 5ª classes obtêm resultados similares na prova de segmentação silábica. Hipótese 6 - Os alunos da 5ª classe obtêm um sucesso significativamente superior na prova de detecção do segmento intruso do que os alunos da 3ª classe. Assim, os resultados obtidos nesta pesquisa sobre a consciência fonológica em L2, vão ao encontro do que a literatura sobre a consciência fonológica em L1 sugere, nomeadamente a estabilização da consciência silábica nos primeiros anos de escolaridade, com a aprendizagem do código escrito, (cf. Veloso, 2003) e a emergência da consciência segmental com a aprendizagem deste código (cf. Veloso, 2003; Gillon 2004; Morais & Kolinsky, 2007). Estes achados na literatura estão de acordo com Silva (2003), ao referir, duma forma geral, o sucesso das crianças, ainda em idade pré-escolar, em provas de consciência silábica e intrassilábica e o seu insucesso em provas de consciência segmental.
Conclusão
Na presente dissertação, foi avaliada a consciência fonológica de crianças moçambicanas do ensino básico, falantes do Português como L2. Tomando como base os trabalhos de Afonso (2008) e de Alves (em preparação) sobre a consciência fonológica em L1, as provas de avaliação da consciência fonológica usadas são a segmentação silábica e a detecção do segmento intruso. Neste âmbito, foram estudadas 4 variáveis linguísticas (complexidade silábica, extensão de palavra, acento de palavra e palavras versus pseudopalavras) e 1 extra-linguística (nível de escolaridade).
A análise dos resultados obtidos na prova de segmentação silábica foi feita tendo em conta todas as variáveis consideradas neste estudo, linguísticas e extra-linguísticas. Os dados obtidos na prova de detecção do segmento intruso foram analisados apenas tendo em conta o nível de escolaridade. Os resultados encontrados demonstraram que os alunos avaliados se comportam conforme o esperado, na realização das provas envolvidas, em relação às variáveis extensão de palavra (dissílabos versus trissílabos),
acento de palavra(trissílabos paroxítonos versus trissílabos proparoxítonos) e nível de escolaridade (3ª classe versus 5ª classe). Os resultados obtidos, na presente pesquisa,
tendo em conta as variáveis extensão de palavra e acento de palavra confirmaram os achados em Afonso (2008): em crianças pré-escolares com o Português como L1, o sucesso é maior na segmentação silábica de estímulos dissilábicos do que na segmentação silábica de estímulos trissilábicos e maior na segmentação silábica de trissílabos paroxítonos do que na segmentação silábica de trissílabos proparoxítonos. Os resultados obtidos em relação à variável nível de escolaridade reforçaram a afirmação baseada na literatura de que a consciência silábica estabiliza logo nos primeiros anos de escolaridade, com a aprendizagem do código escrito, (cf. Veloso, 2003) e a consciência segmental emerge com a aprendizagem deste código (cf. Veloso, 2003; Gillon, 2004; Morais & Kolinsky, 2007). Os alunos dos dois níveis de escolaridade avaliados obtiveram resultados similares na prova de segmentação silábica mas, na prova de detecção do segmento intruso, os alunos da 5ª classe obtiveram resultados significativamente superiores. Contudo, dada, duma forma geral, a raridade de estudos sobre a consciência fonológica em L2 (Reynolds, 1998; Bialystok, 2001; San Francisco, 2003; Gillon, 2004) e, particularmente, a ausência, até onde sabemos, de estudos sobre a consciência fonológica no contexto moçambicano, os resultados obtidos na presente pesquisa não deverão ser generalizados, devendo ser usados, apenas, como um ponto de partida para o desenvolvimento de pesquisas futuras.
Por outro lado, os resultados obtidos na presente pesquisa demonstraram que os alunos avaliados não se comportam conforme o esperado na realização da prova de segmentação silábica tendo em conta as variáveis complexidade silábica (dissílabos _V, CV, CRV e ClV) e palavras versus pseudopalavras.
Em relação à complexidade silábica, apesar de as suas línguas maternas, nomeadamente as línguas bantu, não possuírem Ataques ramificados (cf. Ngunga, 1997, 2004; Andrade, 2007), todos os alunos do ensino básico avaliados na presente pesquisa obtiveram a pontuação máxima na segmentação silábica dos estímulos dos quatro formatos silábicos testados. Os resultados obtidos não estão de acordo com os achados em Veloso (2003) e Afonso (2008) na avaliação de crianças com o Português como L1, pré-escolares e dos primeiros anos de escolaridade. Foram levantadas como hipóteses de explicação dos resultados obtidos na presente pesquisa a imaturidade fonológica em L2 e o efeito da exclusividade do Ataque na língua materna. Neste sentido, foi referido que os alunos avaliados podem estar a processar o Ataque ramificado como um único segmento e que podem não estar a processar diferenças entre Ataque ramificado e Ataque não ramificado na L2. Também foram avançadas como hipóteses de explicação dos resultados obtidos o estatuto de bilingues dos sujeitos avaliados e a idade, uma variável extra-linguística não controlada na presente pesquisa. Assim, dado que esta variável é relevante no desempenho em provas de consciência fonológica (cf. Fox e Routh, 1975 apud Silva, 2003; Afonso, 2008), apesar de existir a possibilidade de os bilingues poderem ser mais bem sucedidos em tarefas de consciência fonológica do que os monolingues (Bialystok, 2001; Bialystok et al., 2005), com vista a obter resultados mais consistentes, investigações futuras devem controlar a variável idade e alargar a quantidade de estímulos usados. Estes aspectos devem ser considerados também em relação às outras variáveis testadas na presente pesquisa, alargando, ainda, o número dos sujeitos avaliados.
Em relação ao facto de os itens usados na tarefa de segmentação silábica serem
palavras versus pseudopalvras, o maior sucesso obtido na segmentação silábica de
pseudopalavras do que na segmentação silábica de palavras, contrário ao que era esperado (cf. Wagner et al., 1993), deverá ser considerado tendo em conta a metodologia usada na geração das pseudopalavras na presente pesquisa e a ordem de aplicação das duas provas, segmentação silábica de palavras e segmentação silábica de pseudopalavras. O facto de os itens usados nos dois paradigmas serem pares mínimos
pode ter feito com que fosse percepcionado, nas duas provas, o mesmo estímulo, facilitando a realização da prova de segmentação silábica de pseudopalavras, que foi feita depois da segmentação silábica de palavras.
A finalizar a apresentação das conclusões do presente estudo, salientem-se como limitações dois aspectos: em relação à segmentação silábica de pseudopalavras, o número de alunos e os critérios usados na selecção dos alunos avaliados. No que diz respeito ao primeiro aspecto, o facto de não ter sido possível avaliar na segmentação silábica de pseudopalavras o mesmo número de alunos avaliados na segmentação silábica de palavras fez com que na discussão dos resultados tendo em conta a variável
palavra versus pseudopalavras, a amostra fosse reduzida de 30 alunos para 15 na 3ª
classe e para 9 na 5ª. Em relação aos critérios usados na selecção dos alunos nos dois níveis de escolaridade avaliados, o facto de não ter sido usado o mesmo critério na selecção dos alunos avaliados na segmentação silábica de pseudopalavras na 3ª e na 5ª classes fez com que não fosse possível comparar os resultados obtidos pelos alunos dos dois níveis de escolaridade. Na 3ª classe, apenas foram avaliados alunos que tiveram melhores resultados na prova de segmentação silábica de palavras. Na 5ª classe, apenas foram avaliados alunos que moravam perto da escola.
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