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1. INTRODUÇÃO

5.2 Resultados dos ensaios de ultrassom nas vigas

5.2.1 Transmissão direta longitudinal

5.2.2.3 Viga vazios de concretagem (VS TI – E)

Para facilitar a interpretação dos gráficos por transmissão indireta obtidos na viga com vazios de concretagem (VC) a Figura 46 apresenta a disposição dos vazios inseridos nesta viga.

Figura 46: Esquema ilustrativo da disposição dos vazios de concretagem da VC.

As Figuras 47 e 48 apresentam as leituras indiretas nas faces A e B da viga vazios de concretagem (VC), utilizando transdutores exponenciais.

Figura 47: VPU’s obtidas pelo método de transmissão indireto na Viga Vazios de Concretagem (VC) - Face A – utilizando transdutores Exponenciais, velocidades sem correção e corrigidas conforme norma BS EN 12504-4:2004.

TI-E - Transmissão indireta utilizando transdutor exponencial; TI-C-E – transmissão indireta corrigida utilizando transdutor exponencial.

A tabela 18 apresenta o resumo das VPU’s corrigidas da viga com vazios de concretagem na face A, utilizando transdutores exponenciais.

Tabela 18: VPU corrigidas obtida pelo método de transmissão indireto na viga vazios de concretagem - Face A, utilizando transdutores exponenciais.

TI-C-E

(L 1) TI-C-E (L 2) TI-C-E (L 3) TI-C-E (L 4) TI-C-E (L 5) VPU (Média

corrigida) (m/s)

3273 3316 3927 3740 4537

Verifica-se na Figura 47 e Tabela 18, que o intervalo correspondente às velocidades corrigidas (TI-C-E) da face A apresentaram VPU’s aproximada entre 3200 m.s-1 a 4500 m.s-1. As linhas de ensaio TI-C-E (L 1) e (L 2) apresentaram VPU’s menores (3273 m.s-1 e 3316 m.s-1), portanto, identificaram a descontinuidade na homogeneidade devido à introdução dos vazios de concretagem nesta viga.

Entretanto, o valor da VPU obtido para a linha TI-C-E (L 5) foi de 4500 m.s-1, apesar da implantação de um ponto de vazio de concretagem nesta linha. Isto pode ter ocorrido pois o tubo de PVC, que representa tal patologia, ficou posicionado na mesma direção da armadura longitudinal (Figura 16) , não causando interferência no pulso ultrassônico desta linha.

Considerando as distâncias entre os transdutores durante as leituras da face A da VC, verifica-se que os trechos com valores constantes de VPU’s foi reduzido para 1,00 m a 1,70 m, comparado ao apresentado pelas vigas VP e VS.

A Figura 48 apresenta o comportamento da VPU na transmissão indireta na face B da viga vazios de concretagem.

Figura 48: VPU’s obtidas pelo método de transmissão indireto na Viga Vazios de Concretagem (VC) - Face B – utilizando transdutores Exponenciais, velocidades sem correção e corrigidas conforme norma BS EN 12504-4:2004.

TI-E - Transmissão indireta utilizando transdutor exponencial; TI-C-E – transmissão indireta corrigida utilizando transdutor exponencial.

A tabela 19 apresenta o resumo das VPU’s corrigidas da viga com vazios de concretagem na face B, utilizando transdutores exponenciais.

Tabela 19: VPU corrigidas obtida pelo método de transmissão indireto na viga com vazios de concretagem - Face B, utilizando transdutores exponenciais.

TI-C-E

(L 1) TI-C-E (L 2) TI-C-E (L 3) TI-C-E (L 4) TI-C-E (L 5) VPU (Média

corrigida) (m/s) 4217 3272 3927 3490 4363

A face B da viga vazios de concretagem apresentou o intervalo correspondente às velocidades corrigidas (TI-C-E) entre 3400 m.s-1 a 4400 m.s-1. A linha TI-C-E (L 2) apresentou a menor VPU corrigida, igual a 32720 m.s-1, identificando a descontinuidade da homogeneidade presente nesta viga. No entanto as linhas de ensaio TI-C-E (L 1) e (L 5) apesar de vazios serem implantados nestes trechos, não foram identificados. Isso pode ter ocorrido devido a movimentação dos tubos durante a concretagem e também devido à proximidade dos tubos com a face A, conforme ocorrido no trabalho de Lorenzi et al. (2009), onde os vazios implantados não foram identificados em determinada face, devido à proximidade desta face.

5.2.2.3.1 Análise Estatística na viga com vazios de concretagem –

(VC-TI-E).

As Figuras 49 e 50 apresentam a análise estatística dos dados obtidos nas leituras das faces A e B da viga com vazios de concretagem (VC), pelo método de múltipla comparação.

Figura 49: Análise estatística na VC-TI-E – Face A.

VIGA COM VAZIOS DE CONCRETAGEM - TI - E

V P U ( m /s ) FACE A

Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4 Linha 5 2000

2200 2400 2600 2800

Linha 1 (1-15); Linha 2 (16-30); Linha 3 (31-45); Linha 4 (46-60) e Linha 5 (61-75) TI-E – Transmissão indireta utilizando transdutores exponenciais.

Na Figura 50 é possível visualizar que as linhas 2 e 3 apresentam menor VPU (2100 m.s-1 a 2300 m.s-1), o que confirma a presença de vazios de concretagem nesta região da viga. Entretanto, os valores obtidos para as linhas 1 e 4 não representam a presença de patologia e região de concreto homogêneo, respectivamente, 2350 m.s-1e 2200 m.s-1. Isto pode ser atribuído à proximidade da linha 1 da armadura longitudinal e pela possível influência dos vazios de concretagem na linha 4.

A linha 5, apesar de conter um tubo de PVC, não teve a VPU afetada conforme análise estatística, o que pode ser atribuído à proximidade da armadura de aço longitudinal (material que a VPU é maior).

A tabela 12 apresenta os dados do resumo estatístico das velocidades indiretas na viga com vazios de concretagem na face B.

Tabela 20: Parâmetros estatísticos das leituras obtidas em VC-TI-E Face A. Média Desvio

Padrão Variação Coef. Mínimo Máximo P-valor Linha 1 2361 219,47 9,29% 2047 2927 0,0000 Linha 2 2201 245,12 11,13% 1825 2740 Linha 3 2108 294,99 13,99% 1399 2693 Linha 4 2186 336,53 15,38% 1621 2740 Linha 5 2541 152,00 5,98% 2397 2973

Os valores atribuídos ao desvio padrão e coeficientes de variação obtidos para as linhas 3 e 4 confirmam a interferência dos tubos de PVC, representativos dos vazios de concretagem. Já as linhas 1 e 5 apresentaram menor coeficiente de variação (9,3% e 6%, respectivamente), que representa maior uniformidade das VPUs, justificada pela coincidência com a armadura longitudinal.

A Figura 50 apresenta as médias de velocidades, por meio de análise estatística, dos dados obtidos na viga vazios de concretagem (VC), dadas por transmissão indireta na face B, utilizando transdutores exponenciais.

Figura 50: Análise estatística na VC-TI-E – Face B.

VIGA COM VAZIOS DE CONCRETAGEM - TI - E

V P U ( m /s ) FACE B

Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4 Linha 5 1800

2000 2200 2400 2600

TI-E – Transmissão indireta utilizando transdutores exponenciais.

A análise estatística confirma o comportamento da VPU na face B (Figura 48), onde as linhas 1 e 5 exibem VPU’s com igualdade estatística entre elas. Também pode-se confirmar que as linhas 2, 3 e 4, apresentam-se iguais estatisticamente.

A Tabela 21 apresenta os dados do resumo estatístico das velocidades indiretas na viga com vazios de concretagem na face B.

Tabela 21: Parâmetros estatístico das leituras obtidas em VC-TI-E Face B. Média Desvio

Padrão Variação Coef. Mínimo Máximo P-valor Linha 1 2388 219,78 9,20% 2026 2991 0,0000 Linha 2 2132 269,97 12,66% 1405 2725 Linha 3 1943 357,43 18,39% 1008 2581 Linha 4 2067 317,05 15,33% 1573 2952 Linha 5 2474 139,28 5,62% 2329 3058

Os altos valores dos desvios padrão e os coeficientes de variação das linhas 3 e 4 confirmam a interferência dos tubos de PVC nas mesmas.

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