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Protocolo de Colaboração entre o Regimento de Engenharia n.º 3 e a Santa Casa de Misericórdia do Porto

I – Preâmbulo

1. Foi estabelecido um Protocolo entre a Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da

Defesa Nacional e o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional para o quinquénio 2011-2015, que versa sobre o emprego da engenharia militar em missões de interesse público e onde é expressa a colaboração do Exército no apoio à satisfação das necessidades básicas das populações.

2. Nesse sentido, com vista à beneficiação das condições de vida e bem-estar das mesmas, vai o

Exército Português, pelo Comando das Forças Terrestres através do Regimento de Engenharia n.º3, atuar em proveito da Santa Casa da Misericórdia do Porto.

II – Identificação das Partes

Entre:

Primeiro Outorgante: O EXÉRCITO PORTUGUÊS, pelo Comando das Forças Terrestres através do REGIMENTO DE ENGENHARIA N.º 3, pessoa coletiva nº 600 021 610, sedeado em Paramos – Espinho, adiante abreviadamente designado por RE3, representado neste ato pelo seu Comandante, Coronel de Engenharia, Fausto Manuel Vale do Couto, cujos poderes de representação foram conferidos por despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército;

e

Segundo Outorgante: SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO PORTO, Instituição Particular de Solidariedade Social, NIPC 500 239 894, com sede na Rua das Flores n.º 5, no Porto, adiante abreviadamente designada por SCMP representada neste ato pelo seu Provedor e legal representante, Dr. António Manuel Lopes Tavares;

É celebrado o presente Protocolo de Cooperação, nos termos das cláusulas seguintes:

III. Parte dispositiva Cláusula 1.ª

Objeto

1. O presente Protocolo estabelecido entre o RE3 e a SCMP visa a melhoria das condições das

áreas verdes do Parque da Prelada e terreno adjacente à Casa da Prelada, onde irá ser construído o Jardim Quatro Estações, contribuindo, assim, para a melhoria das condições de vida e bem-estar das populações da cidade do Porto;

2. O presente protocolo consiste na execução dos trabalhos desmatação e regularização de terrenos

numa área de 65.800m², dividida entre o Jardim Quatro Estações (10.600m²) e a Zona do Parque da Prelada (55.200m²).

Cláusula 2.ª

Obrigações do 1º outorgante através do Regimento de Engenharia Nº 3 (RE3)

O 1º outorgante através do RE3 compromete-se a:

1. Constituir um Destacamento de Engenharia, por pessoal e pelos equipamentos considerados

como necessários e adequados para a execução dos trabalhos a realizar cuja duração se estima de trinta dias úteis;

2. Coordenar com a SCMP o encadeamento dos trabalhos e a definição de prioridades que permitam a melhor realização dos mesmos;

3. Orientar o emprego do pessoal e equipamento, sob o ponto de vista técnico, de modo a

otimizar o seu rendimento;

4. Fornecer alojamento aos militares envolvidos nos trabalhos;

5. Assegurar a administração do pessoal militar empenhado nos trabalhos, designadamente no

que respeita a:

(1) Pagamento de vencimentos;

(2) Apoio do serviço de Saúde Militar, através das Unidades Militares das áreas de atuação

e respetivo Hospital Militar.

6. Assegurar a gestão do equipamento, viaturas e restante material militar, especialmente no

que respeita à manutenção do mesmo;

7. Fornecer todos os elementos à SCMP relativamente a consumo de combustíveis,

lubrificantes, sobresselentes de consumo corrente e horas/máquina realizadas na execução dos trabalhos (km/Viat percorridos);

8. Comunicar à SCMP as condições mínimas de segurança dos materiais e equipamentos.

Cláusula 3.ª

Obrigações da Santa Casa da Misericórdia do Porto

A SCMP compromete-se a:

1. Providenciar no sentido de que seja salvaguardado o mercado de trabalho local,

nomeadamente, que a execução dos trabalhos pelo 1.º outorgante através do RE3 não interfira com os interesses das empresas do ramo na zona de intervenção;

2. Coordenar com o 1.º outorgante através do RE3 o encadeamento dos trabalhos, definindo

prioridades e não proceder a quaisquer alterações, movimentação de máquinas e reparação de avarias, sem prévio conhecimento e acordo do mesmo;

3. Providenciar os meios necessários à boa execução técnica dos trabalhos, de acordo com o

planeamento elaborado, nomeadamente:

(1) Libertação, em tempo oportuno, das áreas abrangidas pelos trabalhos, de forma a não

afetar o ritmo dos mesmos;

(2) Fornecimento de projetos ou outros elementos técnicos necessários à boa execução dos

trabalhos;

(3) A autorização por parte dos proprietários ou autoridades locais para a execução dos

trabalhos, especialmente em propriedade privada;

(4) Caso as condições geológicas da área de intervenção o venham a justificar, a execução

por sua conta do desmonte de rocha com recurso a meios explosivos ou mecânicos e obtenção do respetivo licenciamento;

(5) Disponibilizar um local para vazadouro da matéria vegetal ou outro material inerte;

(6) Garantir a regulação da circulação em condições que permitam a realização dos

trabalhos em segurança.

4. Fornecer os combustíveis e lubrificantes necessários ao funcionamento do equipamento e

viaturas militares;

5. Responsabilizar-se pelo fornecimento da alimentação aos Militares, incluindo o

fornecimento de um reforço alimentar a meio da manhã e da tarde, durante o tempo de intervenção, e providenciar instalações de forma a garantir o abrigo do equipamento;

6. Garantir a satisfação dos encargos decorrentes da aplicação da legislação em vigor sobre

acidentes de trabalho, assegurando, em qualquer caso, a equiparação ao ramo civil de atividades desenvolvidas pelo militar na altura do acidente de trabalho e tendo como base a tabela salarial do Contrato Coletivo de Trabalho da referida atividade;

7. Garantir a vigilância e guarda de materiais e equipamentos fora do período laboral, tendo em atenção as condições mínimas de segurança fixadas pelo 1.º outorgante através do RE3, responsabilizando-se por quaisquer furtos ou atos de vandalismo praticados no equipamento;

8. Designar um elemento de contacto para todas as questões relativas ao desenvolvimento dos

trabalhos.

Cláusula 4.ª