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Você na horizontal: o efeito no corpo e na mente é vital

No documento Os 100 Segredos das Pessoas Saudáveis (páginas 32-36)

O repouso é um aspecto crucial de nossas vidas - mas em doses moderadas. Tempo demais passado no divã ou numa espreguiçadeira diminui a capacidade de nossos corpos e mentes funcionarem. Da mesma forma que você não espera que um carro funcione bem se ficar na garagem durante vinte anos, não pode querer que seu corpo e sua mente demonstrem vigor se não usá-los regularmente.

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Mary se destaca entre os jogadores de bridge do Centro Comunitário de Beachwood, onde é a que obtém os melhores resultados. — Fiz um estrago-, ela diz sorrindo, enquanto despeja dentro da bolsa seis dólares e cinquenta em moedas. Mas não é pelo dinheiro que ela joga. — Isso aqui mantém minha cabeça funcionando. - Seus colegas de mesa de jogo concordam.

Talvez eles não saibam, mas novas pesquisas podem vir a provar que o que eles dizem faz sentido. Jogar bridge, ou desenvolver qualquer outro tipo de atividade social e intelectual, realmente mantém a mente funcionando - e com ela, o corpo.

O neurologista Robert Friedland, da Escola de Medicina da Universidade de Case Western Reserve, diz: — Um número cada vez maior de estudos tem apoiado a tese de que uma mente ativa mantém tanto o cérebro como o corpo saudáveis. O cérebro é como qualquer outro órgão do corpo. Ele envelhece melhor, de uma maneira mais saudável, quando está sendo usado.

— Visto pelas lentes de um microscópio, o tecido do cérebro de um paciente com Alzheimer aparece atravancado por placas de sedimentos. Elas são formadas por proteínas que, de modo anormal, acabaram aglomeradas ali-, Friedland explica. — Ocorre também uma falta de conexões entre as células nervosas, que acabam emaranhadas. A atividade mental aumenta o fluxo de sangue para o cérebro, as conexões entre as células nervosas e a resistência à doença. O cérebro sadio fica fortalecido para lutar contra os efeitos debilitantes no caso de surgirem placas e as células acabarem emaranhadas.

— O cérebro ativo é como uma estrela do atletismo - por meio da prática regular e constante ele consegue alcançar um desempenho acima da média. E qualquer tipo de atividade que exija o uso do cérebro irá revigorá-lo. Aprenda a tocar um instrumento musical, faça um curso sobre Shakespeare, estude alemão-, recomenda o Dr. Friedland. Para Mary e seus amigos, isso significa manter as cartas circulando pela mesa.

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Durante sete anos pesquisadores da Universidade de Coíumbia, em Nova York, acompanharam o desenvolvimento de quase duas mil pessoas com idade de sessenta e cinco anos para cima. Os que Se ocuparam com atividades de lazer que exigiam algum tipo de esforço mental - leitura, jogos, até mesmo simplesmente conversar com amigos - reduziram em trinta e oito por cento o risco de serem vítimas do mal de Alzheimer. E no sentido oposto, quanto mais tempo as pessoas ficaram ociosas, mais lentas se tornaram as respostas do cérebro aos estímulos, e mais fraco se tornou o seu sistema imunológico, deixando-as mais vulneráveis a doenças.

13-Coma o seu espinafre

Alimentos ricos em folato, um tipo de vitamina B, ajudam a reduzir os riscos de um derrame ou de uma doença cardíaca. Comer duas porções diárias de alimentos como tomates, verduras como alface e espinafre, ou feijões e outros cereais, ajuda a diminuir os níveis de aminoácido, que contribuem para os processos que levam às doenças cardíacas e aos derrames.

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Apesar de seu conteúdo altamente nutritivo, e de todos os esforços do Popeye, a maior parte das pessoas não costuma comer espinafre todos os dias. Mas pesquisadores na Universidade de Arkansas encontraram uma solução simples - colocar espinafre nos sanduíches, no lugar das alfaces de tipo comum. Melhor ainda: descobriram que, quanto ao sabor, nem dá para sentir a diferença.

Marjorie Fitch-Hilgenberg, uma professora de nutrição, tem trabalhado num projeto com o objetivo de discretamente acrescentar mais substâncias nutritivas à comida. — Sabemos que as pessoas não comem as porções de legumes e verduras recomendadas, e que, consequentemente, carecem dos nutrientes neles encontrados-, diz a professora. — Acrescentando espinafre, percebemos que poderíamos fazer uma pequena mudança nos alimentos que as pessoas consomem normalmente e com isso conseguiríamos um impacto significativo na qualidade de sua nutrição.

Quando foi testada a idéia da professora, substituindo secretamente a alface comum por espinafre numa série de sanduíches, verificou-se que os consumidores acharam os sanduíches alterados tão saborosos como os que continham alface. Nenhum sequer suspeitou da troca. — Só uma ou duas pessoas observaram que a alface parecia mais verde do que o normal-, diz a professora Fitch-Hilgenberg. — Foi o mais perto que chegaram de perceber o que tínhamos feito.

Além de testar sua nova teoria na prática, a professora diz já ter feito essa troca em casa, dando à filha e ao marido tacos mexicanos com espinafre em vez de alface. — Uma grande quantidade de espinafre acabou sendo consumida, ela disse. — Ninguém reclamou. Eu passei a colocar sempre espinafre nas saladas. Se não contarmos, as pessoas não percebem e acabam vencendo a resistência ao espinafre.

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menos duas porções diárias de alimentos ricos em folato apresentavam um risco vinte por cento menor de sofrer um derrame e um risco treze por cento menor de serem vítimas de uma doença cardiovascular. Infelizmente, apenas trinta e dois por cento dos americanos adultos ingerem uma quantidade suficiente de folato todos os dias.

No documento Os 100 Segredos das Pessoas Saudáveis (páginas 32-36)

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