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E VOLUÇÃO DA E XECUÇÃO DA R ECEITA /D ESPESA 1. R ECEITAS E TRANSFERÊNCIAS

No documento CONTA da SEGURANÇA SOCIAL (páginas 152-164)

De acordo com o artigo 112º da Lei 32/2002, de 20 de Dezembro (Lei de Bases da Segurança Social), constituem receitas do sistema:

a) As cotizações dos trabalhadores;

b) As contribuições das entidades empregadoras;

c) As transferências do Estado e de outras entidades públicas;

d) As receitas fiscais legalmente previstas;

e) Os rendimentos de património próprio e os rendimentos de património do Estado consignados ao reforço do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social;

f) O produto de comparticipações previstas na lei ou em regulamentos;

g) O produto de sanções pecuniárias;

h) As transferências de organismos estrangeiros;

i) O produto de eventuais excedentes da execução do Orçamento do Estado de cada ano;

j) Outras receitas legalmente previstas ou permitidas.

Todas estas fontes de receita, que constituem as receitas globais do sistema, agrupam-se em receitas correntes e de capital, e em transferências correntes e de capital.

Os quadros seguintes evidenciam a receita total cobrada entre 2002 e 2005, bem como a evolução do peso relativo de cada rubrica.

Evolução a preços correntes

(milhares de euro) 2002

Valor Valor Var.

anual Valor Var.

anual Valor Var.

anual Valor %

Receitas correntes 11.006.918,7 11.510.210,9 4,6 11.569.995,8 0,5 12.113.894,8 4,7 1.106.976,0 10,1 Receitas de capital 2.834.288,2 1.219.183,7 (57,0) 1.894.239,8 55,4 2.134.991,3 12,7 (699.296,9) (24,7) Transferências correntes 4.114.388,9 4.400.252,5 6,9 5.265.439,4 19,7 5.858.741,9 11,3 1.744.353,0 42,4

Transferências de capital 21.844,1 26.755,4 22,5 22.290,5 (16,7) 22.475,7 0,8 631,6 2,9

Total das receitas 17.977.440,0 17.156.402,5 -4,6 18.751.965,5 9,3 20.130.103,7 7,3 2.152.663,7 12,0 2005

Rubricas

2003

Execução Orçamental Mapa IX

Evolução das Receitas Totais sem inclusão do saldo do ano anterior A preços correntes

2002 - 2005

Variação 2005-02 2004

Da análise do quadro destaca-se o aumento de 12,0% das receitas totais no quadriénio 2005/2002, em consequência do crescimento das transferências correntes na ordem dos 42,4% (regista um aumento do seu peso relativo no total das receitas de 6,2 p.p.) e das receitas correntes, que constituem a principal

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rubrica das receitas da Segurança Social, representando 60,2% do total da receita em 2005 e um crescimento de 10,1% no quadriénio em análise.

As receitas de capital, sendo a única componente da receita a decrescer no quadriénio 2005/2002, com uma diminuição de 24,7% no período em análise, registam, contudo, as taxas de crescimento homólogas mais elevadas nos anos de 2004 e 2005 registando 55,4% e 12,7%, respectivamente.

As transferências de capital têm tido um peso pouco significativo no total das receitas, sendo que de 2002 para 2005 o seu peso relativo praticamente não sofreu variação, representado 0,11% das receitas totais (menos 0,01 p.p. do que em 2004), em 2005.

Evolução a preços constantes

Evolução das receitas totais a preços correntes e a preços de 2002

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000

2002 2003 2004 2005

Milhares de euro

-10,0%

-5,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Receitas totais (val. Nominais) Receitas totais (preços 2002) Taxa de crescimento real

O gráfico acima mostra a evolução das receitas totais a preços constantes de 20029, revelando um crescimento real de 3,5% das receitas no quadriénio 2005/2002, sendo que no ano de 2003 assiste-se a uma quebra real das receitas de 7,6%. Esta quebra registada em 2003, resulta não só do decréscimo de 58,4% nas receita de capital, associado a uma variação homóloga em termos reais, muito ténue nas receitas correntes, quedando-se por mais 135.589,5 milhares de euro, isto é, apenas mais 1,2%.

(milhares de euro) 2002

Valor Valor Var.

anual Valor Var.

anual Valor Var.

anual Valor %

Receitas correntes 11.006.918,7 11.142.508,2 1,2 10.937.874,2 (1,8) 11.194.582,1 2,3 187.663,3 1,7 Receitas de capital 2.834.288,2 1.180.235,9 (58,4) 1.790.748,9 51,7 1.972.968,7 10,2 -861.319,5 (30,4) Transferências correntes 4.114.388,9 4.259.682,9 3,5 4.977.764,4 16,9 5.414.127,2 8,8 1.299.738,3 31,6 Transferências de capital 21.844,1 25.900,7 18,6 21.072,7 (18,6) 20.770,1 (1,4) -1.074,1 (4,9)

Total 17.977.440,0 16.608.327,7 (7,6) 17.727.460,1 6,7 18.602.448,0 4,9 625.008,0 3,5

Execução Orçamental Mapa IX

Evolução das Receitas Totais sem inclusão do saldo do ano anterior

2005 Variação 2005-02 A preços de 2002

2002 - 2005

Rubricas

2003 2004

9 Com base nos valores do IPC publicados nos relatórios do Banco de Portugal.

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O quadro acima revela que, em termos reais, as receitas próprias do sistema (receitas correntes) cresceram apenas 1,7% no quadriénio 2005/2002 (ou seja, mais 187.663,3 milhares de euro) e que as transferências correntes obtidas revelaram uma evolução positiva entre 2002 e 2005 apurada em 1.299.738,3 milhares de euro, isto é, mais 31,6%, concorrendo de forma significativa para o crescimento das receitas totais.

As receitas correntes são, tal como supracitado, a principal fonte de financiamento do sistema. Do gráfico seguinte observa-se que as receitas correntes crescem em termos reais entre 2002 e 2005 (1,7%), registando uma diminuição em 2004 (-1,8%).

Evolução das receitas correntes a preços correntes e contantes de 2002

10.200

Receitas correntes (val. Nominais) receitas correntes (preços de 2002) Taxa crescimento real

Dentro das receitas correntes, as contribuições das entidades empregadoras, as contribuições dos beneficiários e as quotizações dos trabalhadores, efectivamente cobradas, representam mais de 90% da receita, conforme se pode constatar no quadro abaixo apresentado.

(milhares de euro)

Valor anualVar. Valor anualVar. Valor anualVar. Valor Var.

anual Valor %

Contribuições 10.168.269,9 2,6 10.134.326,1 (0,3) 9.868.263,2 (2,6) 10.199.708,4 3,4 31.438,5 0,3 Adicional ao I.V.A. 502.812,0 0,3 654.404,6 30,1 520.801,8 (20,4) 547.104,0 5,1 44.292,0 8,8

Rendimentos 191.457,8 76,0 231.087,9 20,7 224.582,8 (2,8) 220.975,5 (1,6) 29.517,6 15,4

Outras receitas 144.379,0 150,4 122.689,5 (15,0) 324.226,4 164,3 226.794,2 (30,1) 82.415,2 57,1 Total 11.006.918,7 4,0 11.142.508,2 1,2 10.937.874,2 (1,8) 11.194.582,1 2,3 187.663,3 1,7 Variação 2005-02

As contribuições efectivamente arrecadadas cresceram 0,3%, em termos reais, no quadriénio 2005/2002, tendo registado uma diminuição de 1,3 p.p. do seu peso relativo entre 2002 e 2005 (representava 92,4%

em 2002 e 91,1% em 2005).

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Contribuições

As contribuições cobradas no Continente e nas Regiões Autónomas em 2005, cifraram-se, a preços correntes, em 11.037.320,8 milhares de euro, ou seja, mais 598.751,0 milhares de euro do que o valor cobrado em 2004, invertendo a tendência de desaceleração do crescimento da receita de contribuições registada nos últimos anos, como pode observar-se no quadro seguinte.

Contribuições cobradas 1996-2004 (preços correntes)

unidade: m ilhões de euro

6.847 7.405

8.031 8.769

9.570

10.168 10.469 10.439

11.037

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

-2,0%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

Valores cobrados Variação %

Da evolução desde 1997 até 2005, constata-se que as contribuições cobradas têm vindo a apresentar uma tendência de crescimento médio de 6,8%, sendo que entre 2001 e 2004 houve um forte abrandamento da receitas de contribuições (observando-se uma taxa média de crescimento anual de 4,5% nesse período), fruto do abrandamento da actividade económica e da deterioração do mercado de trabalho.

Como é sabido, as situações de incumprimento acumuladas ao longo dos últimos anos e a necessária regularização das mesmas à segurança social tem constituído preocupação dos diferentes Governos, conduzindo a que tenham sido instituídas medidas diversas, de entre as quais a celebração de acordos de pagamento em prestações a que as empresas contribuintes têm recorrido frequentemente e reformulada a legislação aplicável, nomeadamente, os Decretos-lei nº 20-D/86, de 13 de Fevereiro, nº 52/88, de 19 de Fevereiro, nº 411/91, de 17 de Outubro, nº 225/94, de 5 de Setembro e nº 124/96, de 10 de Agosto.

Na mesma linha, foi aprovado, no ano de 2002, um conjunto de medidas de regularização das situações contributivas de dívidas fiscais e à segurança social, através do Decreto-lei nº 248-A/2002, de 14 de Novembro, que visavam dotar os contribuintes de condições amplamente favoráveis à satisfação integral das suas dívidas e à reparação de infracções conexas, evitando as consequências da falta de cumprimento e permitindo-lhes continuar a ter acesso aos benefícios fiscais que, de outro modo, seriam perdidos.

Pelo Despacho n.º 27.384-C/2002, de 30 de Dezembro, do Ministro da Segurança Social e do Trabalho, ficou estabelecido que as quantias arrecadadas nos dias 2 e 3 de Janeiro de 2003, deveriam ser consideradas, para efeitos contabilísticos, como cobradas no último dia do ano de 2002, tendo o valor total das contribuições cobradas nestes dois primeiros dias de 2003 sido de, aproximadamente, 78.387,8 milhares de euro.

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Em 2005, num contexto económico difícil, o IGFSS, através das suas secções de processo, obteve uma arrecadação de dívida de 112.289,2 milhares de euro, o que representa um aumento significativo da

Durante o ano de 2005, no continente, foram instaurados 25.846 processos executivos referentes a 14.992 contribuintes que englobavam uma dívida de 428.018,8 milhares de euro, o que corresponde a um acréscimo de 8% face ao período homólogo (tal como discriminado no quadro abaixo).

(milhares de euro)

10 Informação prestada pelo Departamento de Contribuintes do IGFSS,IP.

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No mesmo período, foram aprovados 2.146 acordos prestacionais no âmbito do processo executivo com uma dívida enquadrada na ordem dos 69.148,5 milhares de euro, mais 59% do que no ano anterior.

(milhares de euro)

SPET Nº Acordos

Novos Valor acordado

Aveiro 108 4.470,8

Beja 117 981,3

Braga 97 5.516,7

Bragança 11 58,2

Castelo Branco 107 1.275,6

Coimbra 185 5.875,8

Évora 22 421,2

Faro 126 5.645,0

Guarda 69 907,1

Leiria 331 7.807,7

Lisboa 61 8.023,6

Portalegre 24 477,5

Porto 327 15.229,5

Santarém 140 4.785,0

Setúbal 140 3.368,3

Viana do Castelo 110 1.362,5

Vila Real 95 952,5

Viseu 76 1.990,2

Total 2.146 69.148,5

Acordos prestacionais aprovados por Secção de Processo

No âmbito “Plano de Combate à Fraude e Evasão Contributiva”, o IGFSS, em 2005, penhorou perto de 5 mil contas bancárias e lançou a primeira operação nacional de venda em hasta pública de imóveis cujos proprietários estão em dívida à Segurança Social, tendo sido colocados em venda 120 imóveis, no valor de 30 milhões de euro, a que corresponde uma dívida de cerca de 10 milhões de euro.

Quanto à área da recuperação extraordinária, o valor enquadrado em acordos no ano de 2005 foi de 44 milhões de euro, tendo sido cobrados 17 milhões de euro e garantidos 3.557 postos de trabalho.

O gráfico seguinte permite visualizar a evolução das contribuições cobradas desde 1990 a 2005, quer a preços correntes, quer a preços de 1990, bem como a respectiva evolução do índice de preços no consumidor (IPC)11 e da taxa de crescimento real das contribuições. Pode observar-se que, em termos reais12, as contribuições cresceram a uma taxa média de 3,5%, ao longo do período (no período 1990 a 2003 a taxa de crescimento médio real era de 4,0%).

Em 2005 a receita real de contribuições cresce 3,4% (a preços de 1990), invertendo a tendência descendente que se verificou no quadriénio 2004/2001.

11 Fonte: Relatórios anuais do Banco de Portugal.

12 A preços de 1990, com base nos valores do IPC publicados no Relatório Anual 2005, do Banco de Portugal.

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Evolução das contribuições cobradas e do IPC evolução nominal e real (preços de 1990)

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Milhões de euro

-4%

-2%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

Contribuições (preços correntes) Contribuições (a preços de 1990) IPC (esc. direita) Taxa Cresc. real contribuições (esc. direita)

Fonte: Relatórios anuais do Banco de Portugal.

Comparando a dinâmica de crescimento das contribuições com a da economia nacional, no período entre 1990 e 2005, observa-se no gráfico seguinte que a curva de crescimento real das contribuições acompanha – com excepção dos anos de 1995 e 1996 – a curva de crescimento do PIB, mantendo um gap favorável àquelas.

Deste gráfico, pode ainda extrair-se que, à semelhança do sucedido na evolução face ao PIB, em 2005, foi retomada a correspondência entre o comportamento real das remunerações por trabalhador e a evolução real das contribuições cobradas. Com efeito, em 2005, as remunerações reais por trabalhador para o total da economia registam um crescimento positivo na ordem dos 0,7%, de sinal igual ao da receita real de contribuições.

Em consequência, entre 1990 e 2005, o gap entre a taxa de crescimento médio real das contribuições (que se situa em 3,52%) e a taxa de crescimento médio real do PIB (que no mesmo período se situa em 1,97%), fixou-se nos 1,55 p.p. no período em análise.

Taxas de crescimento reais das contribuições, do PIB e das remunerações reais por trabalhador (em %)

-4,0%

-2,0%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Taxa de cres cimento real das contribuições Taxa de cres cimento real do PIB

Taxa de cres cimento real das remunerações por trabalhador (total da econom ia)

Nota: Dados do PIB e das Remunerações reais por trabalhador retirados dos relatórios anuais do Banco de Portugal.

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Titularização

Nos termos do artigo 25º da Lei n.º 32-B/2002, de 30 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2003, foi o Governo autorizado a proceder à cedência de créditos para efeitos de titularização respeitantes, nomeadamente, às contribuições e quotizações para a segurança social. Ao abrigo daquela autorização foi publicada a Portaria n.º 1.375-A/2003, de 18 de Dezembro, que aprovou a celebração de contrato com a sociedade de titularização de créditos, Sagres, Sociedade de Titularização de Créditos, S.A., para a cessão, até 31 de Dezembro de 2003, de créditos que fossem objecto de processos de execução instaurados entre 1 de Janeiro de 1993 e 30 de Setembro de 2003.

Estes créditos foram titularizados em dois portfolios distintos, um constituído por todos os processos instaurados até 30/09/2001 que foram cedidos através do portfolio da DGCI e o outro, constituído por todos os processos após essa data e até à data do contrato, que foram cedidos no portfolio do IGFSS.

Em 2003, o IGFSS procedeu à transferência, para a “Sagres, Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.”, de créditos da Segurança Social associados às rubricas de “Contribuintes c/c” no valor de 1.995.247,8 milhares de euro, o que permitiu reduzir o valor da dívida de contribuintes registada na Segurança Social, tendo obtido, por conta desta cedência o valor nominal de 306.929,3 milhares de euro.

No ano de 2004, o IGFSS transferiu para a Direcção Geral do Tesouro 70.092,2 milhares de euro (por operações de tesouraria)13, dos quais, 63.044,3 milhares de euro, relativos aos créditos cedidos no ano, acrescidos de 7.047,9 milhares de euro cobrados, por conta da “Sagres, Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.”, em 200314.

Durante o ano de 2005 o IGFSS transferiu o montante de 49.193,8 milhares de euro referentes a cobranças do ano de processos executivos titularizados, dos quais 22.427,3 milhares de euro foram cobrados no IGFSS (relativos a processos executivos a decorrer no âmbito das secções de processo) e o remanescente pela Direcção Geral dos Impostos (referentes a processos executivos a decorrer no âmbito dos serviços de execuções fiscais da DGCI).

(milhares de euro) Ano Portfolio IGFSS Portfolio DGCI Total

2004 33.645,6 36.446,6 70.092,2

2005 22.427,3 26.766,5 49.193,8

Total 56.072,9 63.213,1 119.286,0

Montantes transferidos para a DGT

Dos montantes recebidos pela DGT, em cada período, ficam retidos 1% para obstar a má cobrança, sendo o restante transferido para a Sagres, Sociedade de Titularização de Créditos, S.A., ou seja, no ano de 2005 a DGT transferiu para a Sagres 49.186,5 milhares de euro.

Da análise do quadro seguinte constata-se que os valores cobrados são superiores aos valores transferidos em 104,9 milhares de euros correspondentes ao valor da má cobrança detectada no período.

13 Procedimento estabelecido pela Circular Normativa 11/CD/2004, de 7 de Abril, no qual a contabilização das cobranças por conta da Sagres, é feita por operações de tesouraria.

14Em 2004, foi devolvida à “Sagres, Sociedade de titularização de créditos, S.A.” a quantia de 670.391,94 euro, recebida em excesso aquando do pagamento inicial.

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(milhares de euro) Rubricas Portfolio IGFSS Portfolio DGCI Total

Cobranças até 31/Dez/2004 33.801,0 36.569,7 70.370,7

Cobranças em 2005 22.475,7 26.823,0 49.298,8

Total cobrado 56.276,8 63.392,8 119.669,5

Total dos créditos titulados 372.022,9 1.623.224,9 1.995.247,8

Cobrança (em %) 15,1% 3,9% 6,0%

Titularização - Valores cobrados

Considerando o total dos créditos titulados, observa-se que as secções de processo do IGFSS apresentam uma melhor taxa de cobrança (15,1%) do que a registada por parte dos serviços de execução fiscais da DGCI (3,9%).

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Despesas correntes 12.698.950,7 13.870.432,1 9,2 14.996.377,6 8,1 16.103.925,2 7,4 3.404.974,5 26,8

Despesas de capital 3.695.280,5 1.906.127,5 (48,4) 2.259.274,0 18,5 2.178.848,7 (3,6) -1.516.431,8 (41,0) Transferências e subsídios correntes 1.500.025,5 1.342.680,2 (10,5) 1.508.021,7 12,3 1.546.658,5 2,6 46.633,0 3,1

Transferências de capital 6.856,0 6.668,8 (2,7) 27.319,0 309,7 26.230,2 (4,0) 19.374,2 282,6

Total da despesa 17.901.112,7 17.125.908,5 (4,3) 18.790.992,3 9,7 19.855.662,7 5,7 1.954.549,9 10,9

2005

Quadro Síntese da Despesa - Análise Dinâmica Mapa IX

A preços correntes

No quadriénio 2005/2002 a despesa total registou um crescimento de 1.954.549,9 milhares de euro, ou seja uma variação de 10,9% entre 2002 e 2005.

Da análise do quadro acima destaca-se a importância relativa das despesas correntes, que representam 81,1% das despesas totais em 2005. No quadriénio 2005/2002 as despesas correntes cresceram 26,8% e detêm um peso relativo médio de 78,2%, enquanto as transferência e subsídios correntes crescem 3,1%

entre 2002 e 2005, representando em média 8,0% das despesas totais.

As despesa de capital são a única rubrica da despesa a diminuir no período em análise, menos 41,0%

entre 2002 e 2005, ou seja, uma redução de 1.516.431,8, apesar de registar um crescimento de 18,5%

entre 2003 e 2004, resultante da diminuição da despesas com activos financeiros do FEFSS em 2003 (de 2002 para 2003 houve uma redução de 47,4%) e em 2005 (menos 70.350,8 milhares de euro, ou seja, representa 87,4% da diminuição das despesas de capital).

As transferência de capital crescem 282,6%, entre 2002 e 2005, mas dada a sua pouca expressão não registam alterações significativas no seu peso relativo.

Evolução a preços constantes

Despesa total (val. Nominais) Despesa total (preços de 2002) Taxa crescimento real

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O gráfico acima ilustra a evolução das despesas totais a preços constantes de 2002, revelando diminuição do ritmo de crescimento das mesmas no quadriénio 2005/2002, sendo que no ano de 2003 assiste-se a uma quebra real das despesas de 7,4%. Esta diminuição registada em 2003, foi provocada pela diminuição real de 50,1% nas despesas de capital (diminuição da despesa com activos financeiros do FEFSS), conforme quadro seguinte. Em 2004 e 2005 as despesas totais tornam a aumentar mas de forma menos acentuada do que em anos anteriores.

(milhares de euro)

Despesas correntes 12.698.950,7 13.427.330,2 5,7 14.177.057,1 5,6 14.881.812,7 5,0 2.182.862,0 17,2 Despesas de capital 3.695.280,5 1.845.234,7 (50,1) 2.135.839,6 15,7 2.013.497,9 (5,7) -1.681.782,7 (45,5) Transferências e subsídios correntes 1.500.025,5 1.299.787,2 (13,3) 1.425.631,6 9,7 1.429.283,9 0,3 -70.741,6 (4,7)

Transferências de capital 6.856,0 6.455,7 (5,8) 25.826,5 300,1 24.239,6 (6,1) 17.383,6 253,6

Total da despesa 17.901.112,7 16.578.807,9 (7,4) 17.764.354,7 7,2 18.348.834,1 3,3 447.721,3 2,5 Variação 2005-2002

Quadro Síntese da Despesa - Análise Dinâmica

2004

O quadro acima revela que, em termos reais, as despesas dos sistema cresceram apenas 2,5%, o que fica a dever-se à forte diminuição das despesas de capital em 2003 e consequente perda de peso relativo no total das despesas, amortecendo o crescimento das despesas totais do sistema no quadriénio 2005/2002.

O gráfico seguinte apresenta a evolução das despesas correntes, observando-se que, em 2005 crescem 5,0%, ou seja, 0,6 p.p. abaixo da média do quadriénio 2005/2002, reforçando a tendência de desaceleração do crescimento real destas despesas ao longo do período em análise.

Evolução das despesas correntes a preços constantes e a preços de 2002

0

Despesas correntes (val. Nominais) Despesas correntes (preços 2002) Taxa crescimento real

Dentro das despesas correntes, as prestações dos regimes de segurança social representam 87,6%, tendo crescido em termos reais 19,0% no quadriénio 2005/2002, a que corresponde um crescimento de 7,6 p.p.

no seu peso relativo no total da despesa, conforme quadro seguinte.

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(milhares de euro) 2002

Valor Valor Var.

anual Valor Var.

anual Valor Var.

anual Valor %

Prestações dos regimes de Seg. Social 10.951.164,0 11.670.711,3 6,6 12.395.981,8 6,2 13.035.672,4 5,2 2.084.508,4 19,0

Pensões e complementos 8.433.962,6 8.753.968,6 3,8 9.325.976,1 6,5 9.877.147,9 5,9 1.443.185,3 17,1

Subsídio de desemprego..., 1.090.312,2 1.440.986,0 32,2 1.571.548,0 9,1 1.668.531,0 6,2 578.218,9 53,0

Subsídio por doença 462.803,5 466.025,8 0,7 459.336,5 (1,4) 427.634,6 (6,9) (35.168,9) (7,6)

Abono de família 527.843,3 545.574,7 3,4 568.632,0 4,2 553.773,4 (2,6) 25.930,0 4,9

Outras prestações dos regimes 436.242,5 464.156,1 6,4 470.489,2 1,4 508.585,5 8,1 72.343,0 16,6

Rendimento Social Inserção (ex-RMG) 231.795,4 235.642,9 1,7 228.437,6 (3,1) 263.647,3 15,4 31.851,9 13,7

Acção Social 1.102.538,2 1.115.583,5 1,2 1.180.470,5 5,8 1.206.684,8 2,2 104.146,6 9,4

Administração 412.640,5 400.917,2 (2,8) 365.504,6 (8,8) 366.271,3 0,2 (46.369,1) (11,2)

Outras despesas (Inclui AFP/OSS/FSE) 812,7 4.475,4 450,7 6.662,5 48,9 9.536,9 43,1 8.724,2 1.073,5

Total das despesas correntes 12.698.950,7 13.427.330,2 5,7 14.177.057,1 5,6 14.881.812,7 5,0 2.182.862,0 17,2 A preços de 2002

Execução orçamental Mapa IX

Evolução das Despesas Correntes

Variação 2005/2002 2002 - 2005

Rubricas

2003 2004 2005

No quadriénio 2005/2002, as rubricas que mais contribuíram para o aumento real das despesas correntes totais foram as pensões e os respectivos complementos, com um crescimento real de 17,1%, representando, em média, 63,8% do total das despesas correntes e as prestações de desemprego que, evidenciando um crescimento de 53,0% vê naturalmente aumentado o seu peso relativo no total das despesas correntes, mais 3,2 p.p. entre 2002 e 2005.

Para uma análise mais pormenorizadas da evolução destas prestações, consultar o capítulo VI.1. e VI.2..

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No documento CONTA da SEGURANÇA SOCIAL (páginas 152-164)

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