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4.4. Procedimentos de Coleta de Dados

4.4.2. Work Limitations Questionnaire (WLQ)

O WLQ (anexo 5) é um instrumento genérico de avaliação de presenteísmo, desenvolvido para avaliar limitações de indivíduos que estejam trabalhando. (SOAREZ et al., 2007; LERNER et al., 2001). É um questionário autoadministrável, com 25 itens, projetado para medir o grau de interferência dos problemas de saúde no desempenho em tarefas do trabalho e para estimar a perda de produtividade associada a essa interferência.

Os 25 itens do WLQ são agrupados em quatro domínios de limitação de trabalho:

 Gerência de tempo;  Demanda física;

 Demanda mental-interpessoal;  Demanda de produção.

Cada um dos 25 itens é pontuado (anexo 6) e, a seguir, cada um dos quatro domínios é pontuado em uma escala de 0 (sem limitação) a 100 (todo tempo com limitação), que indica a porcentagem de tempo nas duas últimas semanas em que o indivíduo esteve limitado para realizar suas tarefas no trabalho.

Os escores dos quatro domínios são então utilizados para calcular o Índice do WLQ (anexo 7), que é convertido para determinar a porcentagem estimada de perda de produtividade das limitações no trabalho relacionadas à saúde (anexo 8).

O WLQ é protegido por direitos autorais, e foi obtida licença para utilização do instrumento no presente estudo (anexo 9).

A coleta de dados teve duração de 23 meses, sendo concluída em setembro de 2015.

A tabela 10 apresenta a estatística descritiva dos resultados obtidos do instrumento WLQ, aplicado aos grupos Controle, Conservadora, Mastectomia e Reconstrução, e os valores individuais são apresentados nos apêndices (apêndice 3).

Tabela 10. Escore total do WLQ dos grupos Controle, Conservadora,

Mastectomia e Reconstrução e comparação estatística entre grupos, por meio do Teste de Kruskal-Wallis.

WLQ %

Controle Conservadora Mastectomia Reconstrução

Variação 0-14 0-16 0-14 0-14

Mediana 1,2 2,5 2,4 2,1

Média 2,8 3,5 4,2 3,5

Desvio Padrão 3,5 3,8 4,4 3,9

Teste Kruskal Wallis p = 0,3930

A tabela 11 apresenta a estatística descritiva dos resultados obtidos do instrumento WPAI, aplicado aos grupos Controle, Conservadora, Mastectomia e Reconstrução, e os valores individuais são apresentados nos apêndices (apêndice 3).

Tabela 11. Médias e Desvios-Padrão para os escores de WPAI dos grupos

Controle, Conservadora, Mastectomia e Reconstrução.

WPAI Média

% (DP)

Absenteísmo Presenteísmo Absenteísmo + Prejuízo²

Presenteísmo¹

Controle (A) 1,0 (3,6) 10 (23,2) 10 (22,9) 13,9 (23,2)

Conservadora (B) 2,3 (6,6) 33 (36,4) 32 (35,2) 32,8 (37,4)

Mastectomia (C) 3,2 (9,1) 37 (32,1) 35,9 (30,7) 36,5 (32,6)

Reconstrução (D) 2,4 (7,3) 26 (30,8) 25,8 ( 30,3) 25,2 (32,6) Teste Kruskal -Wallis p = 0,7202 p = 0,0004 p = 0,0006 p = 0,0121

B e C > A e D B e C > A e D C > A, B e D (1) perda de produtividade geral devido à saúde

A participação da mulher no mercado de trabalho cresce a cada ano, estimou-se que em 2004 havia 12,5 milhões de trabalhadoras com carteira assinada e em 2014 esse número chegou a 21,4 milhões (PORTAL BRASIL, 2016).

Há uma estreita relação entre o trabalho remunerado e a independência feminina, a qual contribui para que a mulher se posicione frente às formas de dominação masculina em seu núcleo familiar. As mulheres que se mantêm no mercado de trabalho se percebem e passam a ser vistas pelos outros, com mais valor (RODRIGUES & IZQUIERDO, 2014).

O trabalho remunerado representa um papel importante nas sociedades ocidentais contemporâneas, exercendo influência sobre a motivação dos trabalhadores, assim como sobre sua satisfação e sua produtividade (MORIN, 2001). Isso não é diferente em mulheres que trabalhavam e passaram pela cirurgia de câncer de mama, e veem o trabalho como uma das coisas mais importantes em suas vidas (PETERSSON et al., 2013; NILSSON et al., 2015).

A descoberta do câncer de mama desestrutura a mulher trazendo para sua vivência a incerteza da vida, a possibilidade de recorrência da doença e a incerteza do sucesso do tratamento, que causa um déficit na saúde e um impacto negativo sobre a capacidade de trabalho (VIEIRA, LOPES, SHIMO, 2007; MARTINEZ, LATORRE, FISCHER, 2010).

A capacidade para o trabalho e a produtividade de mulheres que passaram pelo câncer de mama ainda são desfechos pouco estudados, e isso motivou a realização deste estudo.

Optou-se pela inclusão de mulheres com idade entre 30 e 60 anos de idade, pois se encontram mais ativas no mercado de trabalho (IBGE, 2012). Em relação ao índice de massa corpórea (IMC), à cor da pele das

pacientes, ao estado civil e à escolaridade, não houve diferença significante entre os grupos, conferindo maior homogeneidade e menor risco de interferência sobre os resultados obtidos.

O grupo Controle teve um número maior de voluntárias com vínculo empregatício (84,2%). Estudos apontam que há discriminação, por parte de colegas e/ou supervisores, no retorno ao trabalho e aos postos de trabalho que as pacientes com câncer tinham antes da doença. Além disso, indivíduos com histórico de câncer tem menos propensão a serem empregados, quando comparados às pessoas sem histórico de câncer (MAUNSELL et al., 2004; SYSE, TRUTLI, KRAVDAL, 2008). Pode ser que os empregadores tenham receios de recidivas da doença, de faltas e diminuição de produtividade por causa da doença por parte dos empregados. Isso corrobora o observado no presente estudo, que as mulheres nos grupos com câncer de mama trabalham mais sem vínculo empregatício.

No câncer de mama, além da cirurgia para retirada do tumor, o tratamento adjuvante (quimioterapia e a radioterapia) é necessário para uma parcela das pacientes, segundo indicação do oncologista. Neste estudo, houve diferença estatística entre os grupos quanto à realização de tratamento adjuvante. As pacientes do Grupo Mastectomia foram mais submetidas à quimioterapia (94,7%), e também foram as que, isoladamente, apresentaram maior prejuízo às atividades diárias, podendo indicar que a quimioterapia pode ter influência neste aspecto, corroborando com o estudo de Martins et al., 2009.

Por outro lado, 100% das pacientes do Grupo Conservadora foram submetidas à radioterapia, com diferença estatística em relação aos outros grupos. Não apresentaram diferenças como grupo isolado, mas apresentaram redução na capacidade para o trabalho e produtividade. A

radioterapia tem se mostrado muito eficaz para o tratamento do câncer mamário, porém reduziu a qualidade de vida das pacientes (LOTTI, BARRA, DIAS, MAKLUF, 2008) e pode ter influenciado nos resultados deste estudo.

Quanto aos resultados sobre o trabalho, o número de faltas no trabalho (absenteísmo) não foi um achado estatisticamente significante em nenhum grupo. Na literatura, observa-se aumento de faltas ao trabalho em seis e doze meses após o diagnóstico do câncer de mama (FU et al., 2011; MENESES et al., 2012). Neste presente estudo a coleta de dados foi realizada partir de 12 meses da cirurgia oncológica ou de reconstrução, o que mostra que com o passar do tempo há menos morbidades para o dia a dia da paciente e consequentemente menos faltas ao trabalho (OBERST et

al., 2010).

Em contrapartida, as pacientes dos grupos Conservadora e Mastectomia foram as que tiveram mais dias trabalhados com menos capacidade para o trabalho, indicando que talvez essas mulheres ainda não estejam completamente reabilitadas para o trabalho, ou que o ambiente de trabalho não teve os ajustes necessários para recebê-las (TIEDTKE et al., 2013; GOSS, LEVERMENT, de BONO, 2014). Essa redução de capacidade para o trabalho em pacientes que tiveram câncer de mama também foi observada por TASKILA et al.(2007) e CARLSEN et al. (2013).

Quanto à produtividade no trabalho, o instrumento WPAI-GH apontou redução de produtividade nos Grupos Conservadora e Mastectomia quando comparados ao grupo Controle, o que não foi encontrado no instrumento WLQ. Isso pode ter ocorrido porque, talvez o WLQ não seja sensível para detectar diferenças entre grupos submetidos a este tipo específico de intervenção (tratamento cirúrgico do câncer

mamário). Entretanto, diferente do que ocorreu neste estudo, LAVIGNE et

al.(2008) aplicaram o instrumento WLQ a pacientes que realizaram a

cirurgia conservadora e mastectomia há mais de um ano e observaram redução de produtividade em mulheres com estadiamento mais avançado do câncer de mama.

Já o WPAI-GH foi aplicado em pacientes com câncer de mama em tratamento quimioterápico por MARTINS et al. (2009) e foi encontrada redução da capacidade produtiva e comprometimento da realização das atividades diárias em pacientes com estadiamento mais avançado da doença. Este resultado corrobora com os achados do estudo atual, em que também se observou redução da capacidade para o trabalho, produtividade e prejuízo nas atividades diárias do Grupo Mastectomia, mesmo sendo avaliado um ano após a cirurgia, indicando que o prejuízo é contínuo e por período prolongado para este grupo.

Somente para os grupos Controle e Reconstrução não foram encontrados reduções importantes de capacidade para o trabalho e produtividade. Ou seja, os resultados obtidos para as pacientes com reconstrução mamária foram semelhantes aos obtidos para mulheres sem câncer. A reconstrução mamária, trazendo para as mulheres uma melhor qualidade de vida, aumento da autoestima, melhor imagem corporal, como demonstrado por outros autores, pode também ter influenciado positivamente suas condições de trabalho (VEIGA et al., 2002; VEIGA et

al., 2004; NICHOLSON, LEINSTER, SASSOON, 2007; FURLAN et al.,

2013).

Já o grupo Mastectomia, com a perda da mama, quimioterapia e radioterapia, que diminuem a qualidade de vida, redução de funcionalidade do membro superior e prejuízo das atividades diárias, foi o mais afetado (MAIESKI & SARQUIS, 2007; LOTTI, BARRA, MAKLUF, 2008;

VEIGA et al., 2010;; LAHOZ et al., 2010; EAKER et al., 2011; PAALMANN et al., 2016).

É importante um maior foco na reabilitação das pacientes com câncer de mama, com adaptações físicas do local de trabalho e investigação de sequelas em longo prazo do tratamento, para compreender melhor a situação da vida das mulheres e assim direcionar o tratamento com maior eficácia (EAKER et al., 2011).

Como perspectivas, estudos prospectivos precisam ser realizados utilizando os instrumentos WPAI e WLQ em diferentes tipos de profissão, com objetivo de quantificar horas trabalhadas e transformar em valor monetário para verificar possíveis perdas financeiras. Outro fator a ser estudado é a associação entre o lado da mama acometida e o lado dominante das pacientes, para verificar possíveis consequências do tratamento cirúrgico (dor crônica, linfedema) na capacidade de realizar serviços manuais. Outros estudos que contribuiriam para maior conhecimento sobre a capacidade para o trabalho e produtividade de pacientes com câncer de mama incluem a aplicação do WPAI e do WLQ em diferentes tipos de reconstrução mamária, para verificar possíveis diferenças entre elas, e a aplicação de técnicas fisioterapêuticas em pacientes mastectomizadas (com ou sem reconstrução) ou submetidas à cirurgia conservadora para avaliar o impacto dessas intervenções capacidade para o trabalho e no tempo de retorno ao trabalho após o tratamento do câncer mamário.

7. CONCLUSÃO

Mulheres submetidas à cirurgia conservadora e à mastectomia tiveram diminuição da capacidade para o trabalho e produtividade, quando comparadas a mulheres que foram submetidas à reconstrução mamária ou mulheres sem história de câncer.

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