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Incluindo conhecimento na representação formal - Classes epistêmicas

RESULTADOS

4.5 Incluindo conhecimento na representação formal - Classes epistêmicas

Inst(x,I)←Segment(x,SVC)∧LFiat(Z14,x) (4.80) Inst(x,RL)←Segment(x,SVC)∧LFiat(Z15,x) (4.81) Inst(x,CFV LD)←Segment(x,SVC)∧LFiat(Z6,x)∧LFiat(Z19,x) (4.82) Inst(x,CV LD)←Segment(x,SVC)∧LFiat(Z21,x) (4.83) Inst(x,CV LE)←Segment(x,SVC)∧LFiat(Z19,x) (4.84) Inst(x,CFV LE)←Segment(x,SVC)∧LFiat(Z5,x)∧LFiat(Z17,x) (4.85) Inst(x,FME)←LFiat(Z18,x)∧LFiat(Z5,x)∧LFiat(Z3,x)∧Segment(x,SVC) (4.86) Inst(x,FMD)←LFiat(Z20,x)∧LFiat(Z6,x)∧LFiat(Z3,x)∧Segment(x,SVC) (4.87) Inst(x,AC)←LFiat(Z22,x)∧LFiat(Z3,x)∧LFiat(Z4,x)∧Segment(x,SVC) (4.88) Inst(x,FLD)←LFiat(Z16,x)∧LFiat(Z5,x)∧Segment(x,SVC) (4.89) Inst(x,FLE)←LFiat(Z17,x)∧LFiat(Z5,x)∧Segment(x,SVC) (4.90) Nos focamos, até então, em formalizar a estrutura anatômica do sistema ventricular cerebral, bem como suas propriedades de continuidade e limites fiat e usamos a teoria de classes da BIT para construir uma representação da entidade de forma hierárquica. Na próxima seção abordaremos como podemos inserir o conhecimento encontrado na literatura na representação formal do sistema ventri- cular cerebral.

4.5 Incluindo conhecimento na representação formal - Classes

2.2), que se ocupa da representação do conhecimento. Também como abordamos na seção 2.2 repre- sentar conceitos como indivíduos ou objetos nos leva ao problema conceitual da confusão Kantiana (em nosso trabalho, representar conhecimento como uma entidade anatômica ou um indivíduo).

A BIT não possui relações ou axiomas específicos que nos permitam separar o domínio on- tológico do domínio epistêmico, assim, para podermos expressar os conceitos epistêmicos, propo- mos nesse trabalho uma representação baseada em classes. As classes ontológicas representarão o domínio e sob elas, estarão as classes epistêmicas que representam o conhecimento sobre o domínio.

Um esquema gráfico pode ser observado na figura 14.

Fig. 14: Classes epistêmicas e ontológicas.

Assim garantimos que indivíduos que representam conhecimento sobre o domínio, ficarão in- stanciados sob as classes epistêmicas e indivíduos que representam características do domínio sob as classes ontológicas. Porém a instanciação tradicional da BIT por meio do axiomaIs_a(como visto na seção 3.3, fórmula 3.38) só permite que uma classeAseja instanciada à classeBse elas tiverem o indivíduoxem comum.

Essa representação não nos atende diretamente, pois um indivíduo epistêmicoxdeve ser instan-

ciado somente a uma classe epistêmicaEPIST, e não deve ser instanciado a classe ontológicaONT. Além dessa característica, é necessário também indicar que o indivíduo x traga um conhecimento sobre a classe ontológicaONT.

Essa definição pode ser representada pela lógica epistêmica. Spies [74] argumenta que a maioria das fontes bibliográficas sobre gerenciamento do conhecimento não contemplam conceitos epistêmi- cos. A integração entre o domínio epistêmico e ontológico é proposta por Tabet [75], que aborda a utilização da lógica epistêmica em conjunto com a ontologia, basicamente por meio das relações que representam a crença em determinado fato.

Assim, nos inspiramos na lógica epistêmica e na integração proposta por Tabet [75] como alter- nativa para representação do conhecimento junto a ontologia proposta nesse trabalho, representando o conhecimento referente domínio por meio da relação κ. A Relação κ neste trabalho, representa que o indivíduoxtraz um conhecimento sobre uma classeA. Em síntese, ele permite que o indivíduo que representa conhecimento seja instanciado a uma subclasse epistêmica e relacionado a uma classe ontológica, formalmente representamos:

κ(x,A) (4.91)

Para a representação dos indivíduos epistêmicos, propomos uma nova relação para BIT que chamaremos de Is_a. Basicamente essa relação indica (além da condição de instanciação dos in- divíduos), que o indivíduo x traz um conhecimento sobre uma classe ontológica (dado através da relação 4.91), como podemos verificar na fórmula 4.92.

Is_a(EPIST,ONT)≡ ∀x(Inst(x,EPIST)→ ¬Inst(x,ONT)∧κ(x,ONT) (4.92) Podemos então criar as classes que representarão o conhecimento presente na literatura, que chamaremos de classes epistêmicas. Para criarmos as classes epistêmicas usadas nesse trabalho leva- mos em consideração o conhecimento sobre alterações ventriculares contidos na literatura onde esse conhecimento é geralmente separado em grupos de paciente e controle.

As fórmulas de 4.93 a 4.100 apresentam a instanciação das classes epistêmicas que representam o conhecimento encontrado na literatura, no caso, as classes de controle e paciente dos ventrículos

laterais direito, esquerdo, terceiro e quarto ventrículo as suas respectivas classes ontológicas.

Is_a(CONT ROLE_V LD,V LD) (4.93)

Is_a(PACIENT E_V LD,V LD) (4.94)

Is_a(CONT ROLE_V LE,V LE) (4.95)

Is_a(PACIENT E_V LE,V LE) (4.96)

Is_a(CONT ROLE_TV,TV) (4.97)

Is_a(PACIENT E_TV,TV) (4.98)

Is_a(CONT ROLE_QV,QV) (4.99)

Is_a(PACIENT E_QV,QV) (4.100)

Criadas as classes epistêmicas que representam os principais grupos estudados na literatura (pa- ciente e controle), podemos criar sub-classes epistêmicas que representaram cada informação contida nas meta-análises. Nesse caso utilizamos a relaçãoIs_a, já que a herança de indivíduos entre classes epistêmicas é permitida. A fórmula 4.101 é um modelo para representar os valores encontrados na meta-análise de Steenet al. [38], que contém um compêndio de diversos autores que relatam altera- ções de volume no ventrículo lateral direito, esquerdo e terceiro ventrículo.

A fórmula 4.101 representa a instanciação de uma subclasse epistêmicaAà uma classe epistêmica Bse e somente se, existir um indivíduoxque tenha o volume deσ, este volume é obtido de acordo com dados na literatura médica. As abreviações1no primeiro e segundo argumentos da relaçãoIs_a, bem como os valores deσ estão na tabela 3

Is_a(A,B)↔ ∃xVol(x) =σ (4.101)

Por exemplo, a fórmula 4.102 representa a subclasse epistêmica Barr_C_V LD instanciada a classe epistêmicaControle_V LD se e somente se o volume do indivíduo for igual a 6.52, essa re- presentação corresponde a primeira linha da tabela 3.

1Devido ao grande número de fórmulas optamos por utilizar os termos genéricos para facilitar a compreensão do conceito e a leitura.

Is_a(Barr_C_V LD,Controle_V LD)↔ ∃xVol(x) =6.52 (4.102) Assim concluímos a representação ontológica do sistema ventricular cerebral, onde formalizamos domínio e suas relações e a epistêmica, onde buscamos maneiras de representar o conhecimento presente na literatura. No próximo capítulo apresentaremos a implementação dessa teoria formal utilizando o Protégé.

4.6 Implementação da formalização ontológica e epistêmica no