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AÇO, AREIA, BRITA, CERÂMICA VERMELHA E CIMENTO

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Academic year: 2023

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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia como parte dos requisitos necessários ao título de Bacharel em Ciências Exatas e Tecnológicas. Quantificação de emissões de CO2 de materiais de construção, aço, areia, brita, cerâmica vermelha e cimento: um estudo de caso no desenvolvimento de habitação social / Ramile Gomes Uzeda Sousa._ Cruz das Almas, BA, 2013. Esta tese foi avaliada como adequada pela obtenção do título de Bacharel em Ciências Exatas e Tecnológicas e certificado pelo curso de Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

Agradeço também à minha amiga mais nova Luana pelas horas de descontração, tristeza e alegria que vivemos juntos nesta fase da universidade, a todos os meus amigos da universidade que sempre me apoiaram e ao meu orientador Francisco Gabriel pela paciência e dedicação na direção. meu. O cenário atual da construção civil tem demonstrado crescente desenvolvimento no Brasil, embora o país ainda esteja preso a questões de educação, saúde, moradia, etc. No entanto, há pouca preocupação por parte das instituições públicas e privadas em organizar informações sobre a energia consumida e, consequentemente, dados sobre as emissões decorrentes dos tipos de energia utilizados na produção de materiais de construção.

O trabalho em questão visa analisar e quantificar as emissões de CO2 relacionadas aos componentes: aço, areia, brita, cerâmica vermelha e cimento em uma construção típica. A metodologia adotada é obtida através da quantificação dos materiais da curva ABC e do cálculo das emissões e do método QE-CO2 (Método para Quantificação das Emissões de Dióxido de Carbono).

INTRODUÇÃO

Também não existe legislação que obrigue as empresas a prestarem informações, nomeadamente sobre as emissões de gases com efeito de estufa. As medições não são garantidas apenas para o inventário de emissões de GEE devido ao custo relativamente alto da medição em comparação com qualquer melhoria na precisão da estimativa. Nesse contexto, o presente trabalho busca quantificar as emissões de CO2 por meio da utilização de materiais como aço, brita, areia, cerâmica e cimento em um modelo de desenvolvimento na cidade de Cruz das Almas e.

O objetivo deste trabalho é estudar os principais materiais de construção civil (aço, areia, brita, cerâmica vermelha e cimento) com o objetivo de quantificar suas emissões de CO2 para um empreendimento típico localizado na cidade de Cruz das Almas. Quantificação das emissões de CO2 de materiais como aço, areia, brita, cerâmica vermelha (tijolos) e cimento em um empreendimento típico localizado no município de Cruz das Almas; Faça uma simulação comparativa entre as emissões de CO2 dos blocos de concreto utilizados em um projeto parâmetro com as emissões dos blocos cerâmicos caso fossem utilizados no mesmo projeto.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

No Brasil, a falta de pesquisas relacionadas ao uso de energia e à quantificação das emissões de CO2 para a produção de materiais de construção esconde a participação significativa das fases do processo, dificultando a quantificação dos eventos geradores de impactos. Em relação ao consumo de energia, sabe-se que, segundo Theis et al (2000, apud TAVARES, 2006), os materiais de construção representam grande parte dos impactos ambientais relacionados a esse consumo, por exemplo: a produção de cimento gera grandes quantidades de dióxido de carbono - CO2; o alumínio consome grandes quantidades de eletricidade em sua produção; a cerâmica vermelha usa madeira de reservas naturais; aço e ferro fundido utilizam o carvão mineral como fonte de energia, que também gera quantidades significativas de CO2. Assim, estes materiais têm mais energia no ciclo de vida do edifício e geram determinadas percentagens de emissões de CO2.

Conhecido como “amigo do meio ambiente”, o aço ganhou esse nome devido ao seu potencial de reciclagem, mas “[..] o percentual de material reciclado utilizado na produção do aço depende do processo produtivo”. Conforme afirma Gervásio (2008), a produção de 1 kg de aço em um forno elétrico a arco produz aproximadamente 462 gramas de CO2 equivalentes, e em um alto-forno a produção de 1 kg de aço produz aproximadamente 2494 gramas de CO2 equivalentes. Os impactos ambientais causados ​​pela extração mineral de agregados são alteração da paisagem, lançamento de efluentes, turbidez da água, destruição da vegetação, emissões de CO2 devido aos processos de transporte e extração, alteração do canal dos cursos d'água, etc.

A queima de lenha como forma de alimentar os fornos de telhas e tijolos/blocos gera produção de cinzas, liberação de óxidos de enxofre, dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio, aumentando os impactos ambientais. Inicialmente, a produção de cimento “[..] começa com a extração de matérias-primas (como carbonato de cálcio, sílica) de calcário ou argila por meio de jateamento” (COSTA, 2012). Diversas características do processo de produção de cimento no Brasil têm contribuído para a redução significativa das emissões de CO2.

Desde a década de 1970, ocorre um intenso processo de intensificação da construção civil no Brasil, resultando em uma demanda cada vez maior pela produção de cimento. EmissõesTR,i = Emissões de CO2 devido ao consumo de energia i para o transporte de matéria-prima e produto j para a edificação, em toneladas de CO2 / tonelada de produto j;. EmissõesEN,i= Emissões de CO2 devido ao consumo de energia i para a produção e processamento do produto j necessário no edifício, em toneladas de CO2/ton de produto j.

EFFj = Fator de emissão de CO2 devido ao uso do produto j em edificações, em toneladas de CO2 / tonelada de produto acabado. O nível Avançado, considerado o mais preciso dos três níveis, representa um alto nível de detalhamento na quantificação das emissões de CO2. Os dados para o cálculo das emissões de CO2 em nível avançado devem incluir a quantidade de energia utilizada, os quilômetros percorridos no transporte, a composição química das matérias-primas e do produto final, entre outros detalhes.

Figura 1: Esquema de uma ACV (Jacob, 2012)
Figura 1: Esquema de uma ACV (Jacob, 2012)

METODOLOGIA

Para a segunda parte da metodologia, o objetivo foi estimar as emissões de CO2 de blocos cerâmicos se fossem usados ​​em um projeto típico em vez de blocos de concreto. Por fim, a emissão total de CO2 por metro quadrado foi quantificada comparando-se dois empreendimentos, um de blocos de concreto e outro de blocos de cerâmica. 3.1- Parte 1: Cálculo das emissões dos materiais aço, areia, brita, cerâmica vermelha (tijolo), cimento e blocos de concreto.

FEPj = Fator de emissão de CO2 devido ao uso do produto j em edificações, em toneladas de CO2 / tonelada de aço (tabela 5). EFFj = Fator de emissão de CO2 decorrente do uso do produto j (agregado) em edificações, em toneladas de CO2 / tonelada de agregado (tabela 7 e tabela 8). De acordo com a equação 6, o cálculo das emissões de CO2 depende do tipo de cascalho utilizado.

EFFj = Fator de emissão de CO2 devido ao uso do produto j (tijolos, telhas ou revestimentos) em edificações, em toneladas de CO2 / toneladas de produto (tabela 12). O consumo de tijolos no projeto típico é apresentado na tabela 33, enquanto o fator de emissão de CO2 (EPF) devido ao uso do produto é apresentado na tabela 12. O fator de emissão do uso de energia refere-se à razão entre a emissão (tCO2) decorrente do uso de energia pela produção (ton).

EFFj = Fator de emissão de CO2 devido ao uso do produto j (cimento) em edificações, em toneladas de CO2/ton de produto (Tabela 14). O fator de emissão do uso de energia (tCO2/t cimento) é obtido a partir da relação entre as emissões de CO2 associadas ao uso de energia (em tCO2) (tabela 15) para a produção de cimento e a produção total deste material em toneladas (cerca de toneladas). O cálculo das emissões de dióxido de carbono ao longo do processo de produção dos blocos de concreto foi descrito de acordo com a liberação de CO2 de cada material (areia, brita e cimento) utilizado na produção dos blocos.

3.3 - Parte 3: Cálculo das emissões de tCO2 por m2 para alvenaria de blocos de concreto e blocos cerâmicos.

Tabela 4: Indicadores do fator de emissão devido ao transporte
Tabela 4: Indicadores do fator de emissão devido ao transporte

DISCUSSÃO

A mistura em massa dos concretos considerados para as resistências especificadas dos blocos de concreto, bem como o consumo de cada material segue conforme Tabela 22 (ajuste), lembrando que foi realizada uma interpolação dos valores para o valor de 4,5 MPa . Os valores de consumo de material são feitos de acordo com a resistência e a quantidade de materiais de acordo com os volumes de cada tipo de bloco de concreto. Se fossem usados ​​blocos cerâmicos ao invés de blocos de concreto no tipo Empreendimento, a emissão seria de 5,76 tCO2, conforme dados da Tabela 26.

Tabela 21: Volume dos blocos de concreto utilizados no empreendimento tipo  Bloco de
Tabela 21: Volume dos blocos de concreto utilizados no empreendimento tipo Bloco de

RESULTADOS

Comparando as emissões de tCO2/m2 para alvenaria de blocos de concreto e alvenaria de blocos cerâmicos, vemos que a alvenaria de blocos de concreto liberaria mais dióxido de carbono na atmosfera, como mostra a Figura 8. Esses resultados indicam que os impactos gerados não são devidos não apenas ao processo de extração, mas também aos procedimentos de obtenção e utilização dos materiais nas obras, esses impactos são geralmente medidos pela emissão de gases na atmosfera, principal fator de agravamento do efeito estufa. Observa-se que na figura 10 o uso de blocos cerâmicos representa uma menor emissão de CO2 em relação ao bloco de concreto da figura 9.

Figura 8: Emissões de CO 2  para a construção das alvenarias (tCO 2 /m 2 ) (Autor, 2013)
Figura 8: Emissões de CO 2 para a construção das alvenarias (tCO 2 /m 2 ) (Autor, 2013)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, a simulação comparativa entre projetos nos dá uma ideia da magnitude dos impactos gerados pelo uso de materiais no setor da construção civil, desta forma a análise de cada material utilizado é necessária para estimar os custos ambientais causados ​​pela emissões que geram. Conclui-se então que a utilização de blocos cerâmicos torna-se uma alternativa ambientalmente mais sustentável para a construção de um empreendimento localizado na cidade de Cruz das Almas. Quantificar as emissões pelo método QE-CO2 em níveis intermediários e avançados para realizar a comparação entre as emissões;

Disponível em: . Disponível em: < http://seer.bce.unb.br/index.php/sust/article/. Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral - Setor de Transformação Não Metálica. sgm/galerias/arquivos/noticias/ANUxRIO_DA_TRANSFORMAxO_DOS_NxO_. Disponível em: < http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arquivos/noticias/A NUxRIO_DA_TRANSFORMAxO_DOS_NxO_METxLICOS_-_2010.pdf>. Visitado em: 29 Jan.

Disponível em: < http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/mudancasclimaticas /proclima/file/publicacoes/energia/portugues/1.pdff>. Disponível em: . Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC).

ANEXO

Tabelas

Imagem

Figura 1: Esquema de uma ACV (Jacob, 2012)
Figura 2: Consumo dos insumos energéticos no Brasil (Balanço Energético Nacional, 2008)
Figura 3: Produção Brasileira de Aço Bruto (MME, 2011)
Tabela 1: Produção Brasileira de Cerâmica Vermelha (10 9  peças)
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Referências

Documentos relacionados

Dessa forma, comprova-se a viabilidade técnica do uso do resíduo proveniente dos gases de coqueria (FGD) como matéria-prima alternativa na fabricação de produtos de cerâmica