TÍTULO:
A experiência subjetiva em Thomas Nagel AUTORES:
Gustavo Negreiro de Almeida, Marcos Antonio Alves INTRODUÇÃO:
O presente trabalho versará sobre a experiência subjetiva em Thomas Nagel. A experiência subjetiva, na literatura de filosofia da mente, também pode ser compreendida como qualia, ou seja, aspectos como nossas sensações e crenças advindos de nossa interação com o mundo, sendo tais aspectos concernentes à perspectiva de primeira pessoa. Nagel (1974, 2004, 2011, 2012) defende haver aspectos físicos e aspectos mentais em nossa constituição como organismos. Enquanto os primeiros podem ser analisados a partir de uma perspectiva de terceira pessoa, os últimos compõem a perspectiva de primeira pessoa, estando, por isso, restritos ao sujeito da experiência, compondo, então, a experiência subjetiva.
OBJETIVOS:
Analisar a experiência subjetiva a partir da perspectiva de Thomas Nagel (1974, 2004, 2011, 2012).
MATERIAL E MÉTODOS:
Os materiais foram os livros e artigos de Thomas Nagel. Sendo a análise crítica destes textos o método.
RESULTADOS:
Nagel (1974, 2012) admite que a linguagem é uma fator importante para que se extrapole o ponto de vista de um único indivíduo. Por meio da linguagem podemos adquirir ideias e noções das experiências de outros indivíduos. Entretanto, Nagel (2012) também afirma que nosso aparato conceitual não nos permite compreender, tal como compreendemos aspectos objetivos como o exame físico de nosso organismo, os aspectos constituintes de nossa experiência subjetiva ou aspectos mentais.
DISCUSSÃO:
A experiência subjetiva está pautada pelos aspectos mentais restritos, em última instância, ao sujeito da experiência. Tendo em vista este caráter subjetivo, norteamos nosso trabalho com a questão: como seria possível transcender a perspectiva de primeira pessoa para uma compreensão que extrapole apenas uma única perspectiva? A linguagem aparece como um recurso que possibilita a compreensão das qualidades da experiência subjetiva, entretanto em última instância a perspectiva de um único indivíduo permanece restrita a si. Os qualia acabam por ser intransponíveis, podendo ser passada apenas uma noção ou ideia de uma sensação qualitativa, através da linguagem, de indivíduo para indivíduo.
REFERÊNCIAS:
NAGEL, T. What is it like to be a bat? The Philosophical Review, 1974.
________. Visão a partir de lugar nenhum; tradução Silvana Viera; Revisão técnica Eduardo Gianetti da Fonseca. – São Paulo: Martins Fontes, 2004.
________. Uma breve introdução à filosofia; tradução Silvana Vieira; - 3º Ed. – São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
________. Mind and Cosmos – Why Materialist Neo-Darwinian. Oxford Usa: Professio, 2012.