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A Objeção de Consciência no Exercício da Medicina - Univali

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Academic year: 2023

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O CONSTITUCIONALISMO E A OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA

OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA PERSPECTIVA CONSTITUCIONAL

A evolução histórica dos direitos fundamentais está intimamente ligada ao surgimento da noção moderna de Estado constitucional. Em primeiro lugar, quaisquer direitos ou garantias mencionados e especificados no instrumento constitucional podem ser chamados de direitos fundamentais.

A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

  • Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
  • Direito à vida
  • Liberdade de Consciência e Religiosa

É neste quadro histórico que o princípio da dignidade humana está expressamente previsto na Constituição de vários países. Muito se tem falado sobre o Princípio da Dignidade Humana, principalmente como princípio básico de qualquer ordenamento jurídico.

OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA: UM PANORAMA HISTÓRICO

As Testemunhas de Jeová invocam constantemente a desculpa da consciência em casos de transfusão de sangue. Há também objeção de consciência no caso de pacientes que recusam determinados tratamentos, especialmente transfusões de sangue entre Testemunhas de Jeová.

A PROFISSÃO MÉDICA NO DIREITO BRASILEIRO

O EXERCÍCIO DA MEDICINA E SEU REGIME JURÍDICO: O CÓDIGO DE

Ressalte-se que, embora o erro seja natural da natureza humana, quando ocorre com os médicos, pode causar danos irreparáveis, até mesmo a morte, em decorrência de seus procedimentos. Vale ressaltar que quando se trata de Medicina é do interesse da sociedade que os médicos trabalhem para preservar e restaurar a saúde, portanto certos riscos são aceitáveis, legais e até esperados. O exercício da medicina significa a intervenção direta e muitas vezes agressiva dos médicos na integridade física e mental dos seus pacientes, a fim de melhorar o seu estado, mas com risco de danos graves ou irreparáveis ​​para os mesmos.

Vale ressaltar que esses conflitos baseiam-se na resistência do médico em aceitar punições por erros que possa cometer no exercício de sua atividade profissional. Esse princípio, segundo Pacheco130, foi oficializado pela Academia de Medicina de Paris em 1829, que defendia que a responsabilidade do médico era moral e conscienciosa e que, portanto, não eram necessárias represálias legais. Nesse sentido, nota-se que a confiança no consentimento ao ato médico é quase imediata, onde o profissional médico tem o dever legal de informar o paciente sobre o procedimento de forma ética, objetiva e simples para que ele possa compreendê-lo. . e permissão para realizar o procedimento conscientemente133.

Vale ressaltar que, diante dessa nova perspectiva de responsabilização dos médicos por seus procedimentos, o CFM incluiu em seu CEM normas de conduta que poderão estabelecer limites aos riscos permitidos em procedimentos médicos. Assim, nota-se que embora o órgão que regulamenta a profissão médica no Brasil ainda não tenha assumido uma posição mais importante no que diz respeito ao estabelecimento de normas.

A RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NAS NORMAS JURÍDICAS E ÉTICAS

  • Os princípios norteadores na relação médico-paciente

Entre os direitos mais importantes do paciente está o de receber informações claras, objetivas e simples sobre o seu estado de saúde, para que possa dar o seu consentimento livre e esclarecido. Por esse motivo, conforme consta no capítulo IV do CEM, é vedado aos médicos “não obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após explicação do procedimento a ser realizado, exceto em casos de risco iminente de morte”. (Artigo 22). Desrespeito ao direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a realização de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em casos de perigo iminente de morte.

Não utilização de todos os meios de diagnóstico e tratamento disponíveis, cientificamente reconhecidos e ao alcance, em benefício do paciente. O princípio da autonomia do paciente obriga o médico e demais profissionais de saúde a fornecer ao paciente todas as informações sobre seu estado de saúde de forma completa e clara, para que ele possa ter uma compreensão adequada do seu problema e então determinar o condições tem que resolver seu problema. decidir e exercer sua autonomia. Com o avanço dos direitos humanos, o ato médico só atinge o seu verdadeiro fim com a obtenção do consentimento informado do paciente ou de seus responsáveis ​​legais.

O consentimento informado é um elemento indispensável na prática médica profissional, constituindo um direito do paciente e um dever moral e legal do médico. A falta de consideração do médico na obtenção do consentimento informado do paciente pode – nos casos mais graves – significar negligência na prática profissional.

O MÉDICO DIANTE DA OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA

A recusa das Testemunhas de Jeová de se submeterem a transfusões de sangue com base na crença religiosa, quando há ameaça de morte, envolve um aparente241 conflito entre princípios constitucionais: o direito à vida e o direito à liberdade religiosa. 2º - Havendo perigo imediato de vida, o médico realizará transfusão de sangue, independentemente do consentimento do paciente ou de seus responsáveis. Havendo perigo iminente de vida, o médico deverá realizar a transfusão de sangue, independentemente do consentimento do objetor ou de seus responsáveis.

Este estudo teve como objetivo desenvolver uma discussão sobre a objeção de consciência no exercício da medicina, abordando casos de transfusão de sangue e interrupção da gravidez. Primeiro, tratou de aspectos relacionados às Testemunhas de Jeová e à sua recusa em se submeter ao procedimento de transfusão de sangue. O caso da transfusão de sangue nas Testemunhas de Jeová. lt;http://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista50/revista50_sumario.htm>.

CONSIDERAR o caso de um paciente que recusa uma transfusão de sangue por diversos motivos, inclusive religiosos; 2 - O paciente corre perigo iminente de vida e a transfusão de sangue é a terapia essencial para salvá-lo.

A OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA APLICADA NO EXERCÍCIO DA MEDICINA

Paciente adulto consciente

Na primeira situação, podemos citar aquela em que o paciente é maior de idade, está apto a praticar todos os atos da vida civil e tem plena consciência da situação e do risco inerente à sua vida caso se recuse a receber a transfusão de sangue motivada. . por suas crenças religiosas. Tratava-se de um paciente de 21 anos, internado em hospital público deste estado na unidade de terapia intensiva com síndrome respiratória necessitando de ventilação mecânica, biópsia pulmonar e provavelmente transfusão sanguínea. 1.021/80 e estabeleceu que os médicos, sejam públicos ou privados, devem realizar transfusão de sangue em caso de risco de morte do paciente e quando não for possível utilizar outro tratamento alternativo, mesmo diante da recusa do paciente. 283.

É da vida que surgem e são interpretados todos os outros direitos fundamentais, incluindo o princípio da autonomia do paciente para professar as suas crenças religiosas. O hospital carece de interesse processual em ajuizar ação visando medida cautelar ordenando que o paciente seja submetido a transfusão de sangue. Se a transfusão de sangue for considerada necessária de acordo com a sólida literatura médico-científica (independentemente de divergências naturais), ela deverá ser realizada para salvar a vida do paciente, mesmo contra a vontade das Testemunhas de Jeová, mas enquanto houver urgência e perigo de morte iminente (art.

Outra dúvida comum na rotina médica diz respeito ao procedimento a ser seguido nos casos em que o paciente corre sério risco de morte, mas se recusa a receber transfusão de sangue. Para Maria Helena Diniz298, o médico não precisa obter autorização das autoridades policiais ou judiciais para realizar transfusão de sangue, nos casos em que haja recusa por parte do paciente e da família, nos casos de perigo imediato à vida, devido ao seu dever profissional de salvar vidas.

Paciente adulto inconsciente ou incapaz

Em apoio à tese, Genival França300 afirma que para o tratamento compulsório “é necessário não só que haja ameaça à vida, mas também que essa intervenção seja necessária, urgente e urgente, em situação de morte iminente, para justificar tal conduta ". Caso o paciente não consiga confirmar sua decisão, como acontece nos estados de alteração da consciência (estado de coma, sob efeito de medicamentos, sedativos ou anestésicos, transtornos mentais, etc.), o médico deverá conversar com o representante legal do paciente. .o paciente para reavaliar uma decisão tomada anteriormente pelo paciente. Tenha sempre em mente que as medidas tomadas não devem representar risco ou ameaça à vida na opinião do médico, e neste caso você deve intervir em benefício do paciente.

Diante de atritos e divergências entre as opiniões da família do paciente, com o paciente impossibilitado de se expressar naquele momento, o médico deve reuni-los, explicá-los e orientá-los sobre todas as dúvidas existentes e tentar tomar a melhor decisão para manter para o benefício do paciente, a menos que, como mencionado acima, haja risco iminente de vida. Portanto, fica claro que cabe ao médico, nos casos de risco iminente à vida, decidir qual procedimento seguir, levando em consideração o seu conhecimento e o bem-estar do paciente e com base na resolução do CFM que afirma que “se houver perigo iminente de vida, o médico realizará transfusão de sangue, independentemente do consentimento do paciente ou de seus responsáveis”. O direito à vida e à saúde está protegido constitucionalmente e vale ressaltar que, nos casos de inconsciência, a vontade do paciente é manifestada diante da situação de risco iminente.

Portanto, a vontade do paciente não pode ser considerada imutável, pois as experiências de vulnerabilidade na vida têm o poder de mudar crenças e crenças dos indivíduos. Como ninguém pode dispor da vida e da saúde em nome de terceiros, cabe ao médico salvar a vida do paciente realizando uma transfusão de sangue quando a vida do paciente estiver em perigo e não for possível utilizar tratamentos alternativos. .

Paciente menor de idade .......................................................................................... 100 100

Ley 22/1998, de 6 de julio, por la que se regula la objeción de conciencia y la prestación social sustitutiva. El artículo 30 de la Constitución española establece la obligación de regular la objeción de conciencia, con las debidas garantías. El Consejo Nacional para la Objeción de Conciencia comunicará al Ministerio de Defensa, en la forma que reglamentariamente se determine, tanto las solicitudes como las resoluciones relativas al reconocimiento de la condición de objetor.

Las actividades realizadas en el contexto de las prestaciones sociales no podrán tener un impacto negativo en el mercado laboral. La duración de la situación de actividad será la misma que la establecida para el servicio militar en filas. En la situación de actividad, el objetor realizará las actividades de la prestación social sustitutiva en régimen análogo al del servicio militar.

También tendrán derecho a prestaciones equivalentes de alojamiento, manutención, vestido y transporte, sólo en los casos en que sea necesario para cumplir con la prestación social. Cuando las necesidades del servicio lo permitan, se buscará la compatibilidad de la prestación social con la finalización de estudios. Durante la situación de actividad, los objetores de conciencia estarán sujetos al deber de respeto y obediencia a los responsables de la prestación social sustitutiva y al de las entidades y organizaciones donde se realice.

En tiempo de guerra, se establecerá un régimen jurídico específico para las prestaciones sociales sustitutivas en función de las circunstancias especiales que prevalezcan en ese momento.

Referências

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