• Nenhum resultado encontrado

FACULDADE CIDADE VERDE DIREITO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "FACULDADE CIDADE VERDE DIREITO"

Copied!
48
0
0

Texto

O presente trabalho tem como objetivo analisar a aplicação da dignidade da pessoa humana em relação aos direitos humanos fundamentais, ao direito à personalidade e aos princípios do biodireito em relação à recusa do tratamento transfusional de sangue pelas Testemunhas de Jeová. Palavras-chave: Religião, direitos humanos básicos, dignidade humana, transfusão de sangue, Testemunhas de Jeová.

CARACTERÍSTICAS DAS RELIGIÕES

A religião não é apenas um fenómeno individual e cultural, mas sim um fenómeno social e colectivo, pois há exemplos de pessoas que agiram de acordo com o que a sua religião dita, como no caso dos judeus que seguiram o seu líder e acreditaram que ele tinha recebido ordens de Deus.

ESTUDO DAS RELIGIÕES PELO TEMPO

RELIGIÃO E FANATISMO

INFLUÊNCIA DA IGREJA NO PODER JUDICIÁRIO

A liberdade de escolha da religião e das crenças de cada pessoa pode ser considerada no âmbito dos Direitos Humanos Fundamentais. Na visão juspositivista, são direitos reconhecidos pelo Estado por meio de seu ordenamento jurídico expresso e consagrados em códigos e leis.

ORIGEM DOS DIREITOS HUMANOS

Para os chamados jus naturalistas, os direitos das pessoas situam-se como concepções idealistas que tendem a ter uma visão abstrata e metafísica, decorrentes da vontade divina ou da razão natural do homem. A seguir pretendemos demonstrar em linhas gerais como se deu a origem e a construção dos direitos humanos, bem como suas características mais importantes, a fim de possibilitar a compreensão de alguns valores intrínsecos que compõem o tema. Neste momento histórico podemos encontrar um dos instrumentos mais importantes na fundação dos Direitos Humanos, é a Carta Magna inglesa.

39 da Carta Magna, a liberdade individual e a privação de bens do suspeito só podem ocorrer por meio de processo regular. Nenhum homem livre será detido, ou preso, ou privado de sua propriedade, ou proscrito, ou exilado, ou de qualquer forma molestado, e não agiremos contra ele, nem faremos com que qualquer ação seja tomada contra ele, exceto no devido processo legal por seus pares, ou de acordo com a lei do país. A verdadeira contribuição deste documento é o facto de os seus preceitos estarem incluídos na Declaração dos Direitos Humanos em França e nas primeiras dez alterações à Constituição dos EUA.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO

No final, é feito um pedido ao monarca para que doravante ninguém seja obrigado a fazer qualquer doação, a pedir emprestado ou a pagar qualquer imposto ou taxa sem o consentimento do Parlamento, e que nenhum homem livre seja preso ou detido na prisão. . maneira ilegal. Os princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 transcenderam todas as fronteiras do país e tornaram-se universais. A liberdade consiste em poder fazer qualquer coisa sem ser um fardo para os outros; O exercício dos direitos naturais de cada ser humano não conhece, portanto, limites, exceto aqueles que garantem o gozo desses direitos.

A livre comunicação de pensamentos e opiniões é um dos direitos humanos mais preciosos; cada cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, mas responder ao abuso desta liberdade nas condições estabelecidas pela lei. A Declaração Francesa de 1789 constitui uma verdadeira declaração antecipada universal, não apenas pelo conteúdo dos direitos nela consagrados, mas das transformações da ordem económica capitalista por ele impulsionadas, que superaram as decadentes relações feudais de produção.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Dada a importância de garantir os direitos inalienáveis ​​de cada pessoa, muitas vezes estas manifestações nem sequer eram lembradas. Após a Primeira Guerra Mundial, encerrada em 1919, na tentativa de promover a paz e a segurança mundiais, tão carentes, as nações através da cooperação mútua estabeleceram princípios como forma de preservar os direitos humanos. Com o interesse de criar um instrumento global de protecção dos direitos humanos fundamentais que garanta a todos o gozo dos direitos já afirmados; Liberdade, Igualdade e Fraternidade, a ONU deveria preparar um documento, seja a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que entrou em vigor em 10 de dezembro de 1948.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é a carta da liberdade para todos os povos, a Constituição das Nações Unidas, a Carta Magna das minorias oprimidas, o código das nacionalidades, a esperança, em suma, de promover, sem distinção de raça, sexo e religião, respeitando a dignidade do ser humano. No segundo grupo, são expostos os direitos do indivíduo versus as comunidades: o direito à cidadania, o direito de asilo para qualquer pessoa perseguida (exceto em casos de crimes de direito consuetudinário), o direito à livre circulação e residência, ambos. no mercado interno e no exterior. no exterior e, finalmente, direitos de propriedade. Também foram realizadas conferências mundiais de direitos humanos para reafirmar os valores consagrados na Declaração de 1948 e para procurar formas de promover a proteção e garantir a sua implementação na prática destes direitos humanos já adquiridos.

UNIVERSALIZAÇÃO E EFICÁCIA DAS DECLARAÇÕES DE DIREITOS

Depois, o segundo título determina os direitos e garantias fundamentais que constituem os direitos e deveres individuais e coletivos, os direitos sociais, os direitos de nacionalidade, os direitos políticos e os partidos políticos. 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros que decorram do regime e dos princípios por ela adotados, ou de tratados internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte. Se, para o Estado brasileiro, a difusão da considerar os direitos humanos o princípio que rege o Brasil no cenário internacional, é, portanto, admitir o conceito de que os direitos humanos constituem um assunto de legítima preocupação e interesse para a comunidade internacional.

Deve-se também levar em conta que o princípio da prevalência dos direitos humanos contribuiu significativamente para o sucesso da ratificação pelo Brasil dos instrumentos internacionais para a proteção dos direitos humanos. Sem dúvida, todos os direitos fundamentais, como a vida, a liberdade, a intimidade, a vida privada, entre outros, visam a concretização da dignidade humana. Os tópicos seguintes discutirão os direitos humanos com base no texto constitucional, enfatizando a importância da Carta Magna do país e do sistema de proteção dos direitos humanos.

DIGNIDADE HUMANA COMO PRESSUPOSTO DOS DIREITOS DA

A personalidade é o que sustenta os direitos e deveres que dela decorrem, é objeto da lei, é o primeiro bem da pessoa, que lhe pertence como sua primeira utilidade, para que possa ser o que é, para sobreviver e adaptar-se às condições do mundo e do ambiente em que se encontra, que servem de critério para avaliar, adquirir e encomendar outros bens. Como vimos, tanto os direitos humanos como os direitos da personalidade têm o mesmo propósito, seja proteger as pessoas da arbitrariedade, seja por parte de autoridades públicas ou privadas, seja proteger a dignidade da pessoa humana. A dignidade humana e os direitos fundamentais constituem os princípios constitucionais que englobam as exigências da justiça e dos valores éticos, e dão sustentação axiológica a todo o ordenamento jurídico brasileiro.

E este fundamento funciona como princípio norteador da interpretação de todos os direitos e garantias conferidos ao povo no texto constitucional. Como dito anteriormente, uma pessoa nasce com direitos fundamentais garantidos, pois estes lhe são inerentes. Esses valores, que por outro lado são subjetivos e adquiridos ao longo da vida, passam a fazer parte da pessoa pela livre escolha, caracterizando o seu ser, a sua personalidade.

DIREITOS HUMANOS À LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E CRENÇA

Embora existam diferentes tipos de liberdades, este trabalho pretende analisar em particular a liberdade de pensamento, com ênfase na liberdade de crença religiosa e na desculpa de consciência. A liberdade de consciência e de crença é um direito humano fundamental, indissociavelmente ligado à personalidade e que paira acima dos Estados. No entanto, todas as constituições democráticas incluem expressamente a liberdade de consciência e de crença no rol dos direitos fundamentais da pessoa humana, a fim de demonstrar a inadmissibilidade de atos governamentais que obriguem uma pessoa a fazer uma profissão de fé contrária à sua moral, religião. ou política, ou prestar homenagem ao que parece imerecido ou injusto.

Garantir o pleno gozo dos direitos das pessoas à liberdade de consciência e de crença é fundamental para santificar a sua dignidade. A ONU, agindo como deveria e procurando promover e encorajar o respeito no mundo e os direitos humanos efetivos e as liberdades fundamentais de todos, estabeleceu parâmetros para o exercício regular do direito à liberdade de pensamento, consciência, religião ou crença. VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, é garantido o livre exercício do culto religioso e é garantida a proteção dos locais de culto e de suas liturgias, nos termos da lei;

OS PRINCÍPIOS BIOÉTICOS E A RELAÇÃO ENTRE MÉDICO E

Na verdade, por causa dessa abordagem, é sempre o profissional que está em melhor posição para fazer a escolha entre defender o cliente ou tratar o paciente. No caso de paciente que esteja temporariamente inconsciente, a manifestação de sua vontade deverá ser obtida através de representante legal, ou legalmente constituído, devendo nestes casos o consentimento do paciente, quando previamente manifestado, ser integralmente respeitado. Outra questão que emerge da análise dos princípios bioéticos é se existe realmente um conflito entre a autonomia do paciente e o dever de beneficência do médico.

Se distinguirmos um do outro, podemos compreender que o primeiro diz respeito à formação de um valor final, ao objetivo de um projeto maior, enquanto o segundo consiste no pressuposto sem o qual o objetivo não pode ser alcançado. Por outro lado, há conflito com a autonomia do médico quando se analisam outros valores que não o bem da vida, como valores tecnológicos e mercadológicos, entre outros. Contudo, deve-se concluir que se trata de uma prática de ações que prejudicam o paciente, de ações do médico que não respeita sua autonomia de vontade e realiza procedimento não autorizado pelo paciente.

A ATUAÇÃO MÉDICA DIANTE DE PACIENTES TESTEMUNHAS DE

Mas, segundo o entendimento, se houver risco real de vida, nesses casos sim, o médico pode realizar o tratamento sem desconsiderar a vontade do paciente. De acordo com o artigo 42.º, o paciente tem o direito de decidir, em última instância, sobre a sua própria pessoa, e o médico está proibido de exercer a sua autoridade de uma forma que limite o direito do paciente de decidir livremente sobre a sua pessoa ou o seu bem-estar. decisão-ser. O Código Penal Brasileiro dispõe em seu artigo 23, inciso III, que não há crime quando o agente pratica o ato no estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Significa que o estrito cumprimento do dever legal exclui ou não obriga o médico a respeitar a autonomia do paciente. Vale analisar que o consentimento do paciente é absolutamente necessário para que o médico proteja seus direitos e deve ser obtido por escrito. Além disso, vale ressaltar que o médico pode atuar sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, apenas em casos excepcionais, quando por algum motivo for impossível obtê-lo.

Nesse contexto, o Conselho Federal de Medicina, por meio do processo disciplinar nº CREMESP, CFM nº, decidiu que: 'O médico não pode ser condenado por ter respeitado a vontade do paciente de recusar transfusão de sangue, desde que tenha seguido todas as outras medidas terapêuticas foram tomadas. medidas que estejam ao seu alcance e haja expressão da vontade expressa do paciente. Ressalta-se a imprescindibilidade da colaboração entre médico e paciente para promover o exercício do livre arbítrio do paciente, receptor de intervenções médicas, uma vez que o respeito aos valores do indivíduo pode ser uma força positiva para o conforto e recuperação do paciente.

Referências

Documentos relacionados

A escusa da pretensão de o direito ao esquecimento agir como corolário da dignidade da pessoa humana e portanto dever-se sobrepor sempre ao direito da liberdade de expressão e