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A política colonial portuguesa e a ocupação de Moçambique (1890-1910)

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Academic year: 2023

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XXV Congresso de Iniciação Científica

A política colonial portuguesa e a ocupação de Moçambique (1890-1910)

Aluno: Thiago Henrique Sampaio e-mail: thiago.sampaio92@gmail.com curso: História

Orientador: Paulo Cesar Gonçalves Campus/Unidade: Faculdade de Ciências e Letras – Unesp Assis Palavras-chaves: Moçambique, Política Colonial, Imperialismo, Colonialismo

Introdução

No último quartel do século XIX, as rivalidades entre as potências coloniais europeias intensificaram-se em virtude da busca por territórios nos quatro cantos do mundo. O ultimatum britânico de 1890 para que Portugal limitasse suas pretensões em África, unindo Angola e Moçambique, constituiu-se em exemplo característico. A abordagem da historiografia ressalta as consequências na política interna e externa1. Portugal, a partir da segunda metade do século XIX, buscava a configurar um Império colonial na África. Em 1886, foi proposto um plano de ocupação das áreas entre Angola e Moçambique, conhecido como Mapa Cor-de-Rosa.

A Sociedade de Geografia de Lisboa organizou expedições ao final da década de 1880 para explorar e dar início à ocupação daquelas regiões.

A Grã-Bretanha, ao ver que seus objetivos de criar uma faixa territorial que ligava Cairo à Cidade do Cabo seriam prejudicados, enviou memorando ao governo português cogitando possível retaliação militar e rompimento das relações diplomáticas.

Diante das circunstâncias, Portugal sujeitou-se às exigências. Para Valentim Alexandre, o ultimatum causou a reação antibritânica, gerou o “mito da espoliação” e da vocação colonial2.

Material e Métodos

As fontes documentais utilizadas constituem-se de algumas memórias, já compulsadas, de governadores-gerais da colônia de Moçambique, na última década do século XIX, relatórios do Ministério do Ultramar, além de estudos da Sociedade de

1 TEIXEIRA, Nuno Severiano. “Política externa e política interna no Portugal de 1890: o Ultimatum inglês”. Análise Social. Lisboa: v. 23, n.

98, 1987, p. 687.

Geografia de Lisboa. Em relação aos discursos, a metodologia de análise apóia-se em Pierre Rosanvallon, segundo a qual, devemos compreender as formas e as racionalidades políticas dos sistemas de representações que comandam a maneira que determinada época, país ou grupos sociais conduzem a ação visando o desenvolvimento futuro3. Em relação aos números, esta pesquisa apóia-se na História Econômica quantitativa4.

Resultados e Discussão

Ao longo desta pesquisa percebe-se que a partir do ultimatum britânico a política colonial portuguesa tornou-se central na sociedade da época. O acirramento do nacionalismo, associado a uma perspectiva econômica, incentivou a ocupação mais efetiva das colônias, em especial, Moçambique.

Conclusões

O ultimatum foi um aspecto importante na transição do colonialismo antigo para o colonialismo moderno5, no momento em que o capitalismo dava seus primeiros passos em Portugal, um país ainda agrário, pouco industrializado e com grande dependência econômica da Grã-Bretanha6.

2 ALEXANDRE, Valentim. Origens do colonialismo português moderno. 1ª edição. Lisboa: Sá da Costa Editora, 1979, p. 6.

3 ROSANVALLON, Pierre. Por uma História Conceitual do Político.

Revista Brasileira de História. São Paulo: v. 15, n. 30, pp. 9-12, 1995.

4 PRADO Jr., Caio. “História quantitativa e o método da historiografia”.

Debate & Crítica, n. 6, 1975, pp. 1-19; FURET, François. “A história quantitativa e a construção do fato histórico”. In SILVA, Maria B.

Nizza da. Teoria e História, São Paulo: Cultrix,1977.

5 CABRAL, Manuel Villaverde. Portugal na alvorada do século XX:

forças sociais, poder político e crescimento econômico de 1890 a 1914.

Lisboa: A Regra do Jogo, 1979, p. 49.

6 PEREIRA, Miriam Halperm. Livre câmbio e desenvolvimento econômico. Lisboa: Edições Cosmos, 1971, p. 20.

Referências

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