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ADOÇÃO INTERNACIONAL NO DIREITO BRASILEIRO - Univali

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Academic year: 2023

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CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA

O doutrinador Rodrigues8 define adoção como “o ato do adotante pelo qual traz para sua família e como filho uma pessoa que lhe é estranha”, tratando-se de transação bilateral e solene. Há também especialistas que acreditam que a adoção é de natureza híbrida, ou seja, uma mistura de políticas contratuais e públicas.

O SURGIMENTO DA ADOÇÃO E SUA EVOLUÇÃO

  • O CÓDIGO DE M ANU , O B RAHMANISMO E A L EI DAS XII T ÁBUAS
  • C ONSIDERAÇÕES ACERCA DA ADOÇÃO : NO I MPÉRIO R OMANO , F RANÇA , G RÉCIA E

É claro que fatores de natureza religiosa forçaram e justificaram o surgimento da adoção no direito antigo. Em Roma, a instituição da adoção era bastante difundida, ligada também à necessidade de preservação do culto doméstico aos deuses familiares.É importante notar que havia dois tipos de instituição entre os romanos: a) adoção, b) adrogatio.

CONSIDERAÇÕES ACERCA DA EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO DE

  • C ONSIDERAÇÕES SOBRE A ADOÇÃO NA C ONSTITUIÇÃO DE 1.988
  • A DOÇÃO NO E STATUTO DA C RIANÇA E DO A DOLESCENTE
  • A DOÇÃO NO C ÓDIGO C IVIL DE 2002

Nos Países Baixos, a Lei 20.046, conhecida como Lei de Adoção de Menores Estrangeiros, regulamenta a adoção de crianças estrangeiras a pedido de cidadãos holandeses. O apoio à sua criação encontra-se no Artigo 6 da Convenção de Haia sobre Cooperação Internacional e Proteção de Crianças e Adolescentes em Matéria de Adoção Internacional. A atuação dos CEJAIs acelera o processo de adoção porque, mediante a emissão do laudo de habilitação, fica comprovado que os requisitos básicos para o processo de adoção internacional foram atendidos.

Quanto à possibilidade de adoção de crianças por casais do mesmo sexo, o dispositivo foi retirado do texto por acordo dos dirigentes. A referida lei permite que estrangeiros adotem crianças brasileiras como último recurso.

A ADOÇÃO NO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

  • N A I TÁLIA
  • N A F RANÇA
  • N A A LEMANHA
  • N A S UIÇA
  • N A N ORUEGA
  • N A H OLANDA
  • N A A RGENTINA
  • N O P ARAGUAI
  • N O U RUGUAI

A adoção realizada por estrangeiro residente ou domiciliado fora do país possui critérios mais rígidos e firmes para a origem da Adoção Internacional, a fim de evitar o tráfico de crianças. Grande parte da legislação estrangeira proclama o domicílio do adotante como fator de identificação para adoção por estrangeiros. De acordo com isso, o artigo 31 da mesma lei determina o caráter excepcional da adoção por estrangeiro domiciliado no exterior, desde que: “A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, só permitida na forma de adoção”.

No caso do Código Civil de 2002, apenas repete os dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente quando trata da adoção de crianças e adolescentes, trazendo poucas alterações. No caso de adoção simples, será permitida independentemente da idade do adotado, sendo necessária a anuência dos maiores de quinze anos.

CONVENÇÕES INTERNACIONAIS SOBRE A ADOÇÃO

  • C ONVENÇÃO DE H AIA
  • C ONVENÇÃO DE L A P AZ – C ONVENÇÃO I NTERAMERICANA SOBRE CONFLITO DE
  • C ONVENÇÃO RELATIVA À PROTEÇÃO E A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL EM

Nessa perspectiva, o ECA previu a criação de comissões estaduais de adoção de leis nos estados brasileiros. Por isso, as Comissões Legais de Adoção Estaduais e os organismos internacionais trabalham em conjunto para realizar a adoção por estrangeiros. Abaixo segue parte do texto elaborado por Lippmann45 a respeito da CEJAI – Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional, com destaque para o nosso estado de Santa Catarina.

Seu objetivo foi discutir o procedimento da adoção internacional, os requisitos, além de um breve comparativo com a legislação estrangeira. Por fim, abordou a questão processual do processo de adoção internacional e analisou a Lei Nacional de Adoção, o projeto João Matos, que está em votação e é muito relevante para o tema que estamos estudando em nosso país.

INTRÓITO

Como referido anteriormente, a adopção internacional é um instituto de ordem pública, que dá ao adoptado em estado de abandono a oportunidade de viver num novo lar, noutro país, com o bem-estar e condições para o desenvolvimento e integração da criança. sendo garantido, mesmo no novo ambiente familiar e local de residência. É importante ressaltar que a adoção internacional não é considerada regra e tem caráter excepcional, pois o adotado só será colocado em família substituta estrangeira, somente quando não houver cidadão interessado na adoção, esta não é uma posição discriminatória. entre nacionais e estrangeiros, mas sim de forma a manter vínculos com a cultura e nacionalidade da criança ou adolescente. Os casos isolados que chocaram o instituto da adoção internacional não devem servir de desculpa para frustrar o pedido, pois seria injusto impedir que o bebê tenha melhor qualidade de vida num país desenvolvido.

Portanto, o número de crianças em abrigos é crescente, pois, embora sejam aptas para adoção, não se enquadram no perfil dos interessados, que é basicamente sempre o mesmo, recém-nascidos, brancos e de preferência com olhos claros. Por outro lado, é perceptível que os casais estrangeiros interessados ​​na adoção não apresentam preferências quanto ao sexo, cor ou idade da criança.

REQUISITOS PESSOAIS DO ADOTANTE ESTRANGEIRO

42 da referida lei, estabelece que qualquer pessoa maior de 21 anos pode adotar “independentemente do estado civil”. É claro que se alguém atingir a maioridade aos 21 anos e se tornar capaz de gerir a sua pessoa e os seus bens, também estará qualificado para educar outra pessoa que decida adotar. A diferença de idade entre adotante e adotado também deve ser observada, pois essa diferença de idade é diferente em vários países.

Por outro lado, alguns países não especificam esta diferença de idade, incluindo Alemanha, Dinamarca, Noruega e Suécia. Isto conclui a explicação dos requisitos pessoais do adotante e passamos a considerar os requisitos do adotante.

REQUISITOS PESSOAIS DO ADOTANDO

Confirma ainda que, no seu artigo 148.º, III, o Tribunal de Contas Europeu afirma que “É competência do Tribunal da Infância e da Juventude: (..) conhecer dos pedidos de adopção e dos seus processos”. Portanto, o processo de adoção ocorrerá de acordo com o procedimento regular previsto no Código de Processo Civil, art. 31 do estatuto considera a colocação em família substituta estrangeira como medida excepcional, que só é permitida na forma de adoção.

No momento em que o órgão judiciário aplica a punição à adoção, o poder familiar extingue-se ao mesmo tempo e esse efeito é protegido pelo artigo. Embora a instalação dos CEJAIs seja facultativa, a critério dos Estados, o ECA, em seu texto, afirma que sua atuação é essencial para que o processo de aprovação seja legítimo. O projeto aprovado traz consigo uma série de novidades ao tratar dos mais diferentes tipos de adoções, pois cria regras mais rígidas para adoção, dificulta a adoção internacional de crianças brasileiras, menciona a adoção de crianças indígenas e quilombolas. nos prazos estabelecidos para a permanência de crianças em abrigos à espera de adoção.

Os princípios estabelecidos no parágrafo anterior aplicam-se quando se trata de adoção por pessoas domiciliadas no Brasil, no que diz respeito a crianças e adolescentes domiciliados em países que ainda não ratificaram a referida Convenção.

DO PROCESSO DE ADOÇÃO

COMISSÃO ESTADUAL JUDICIÁRIA DE ADOÇÃO INTERNACIONAL -

Além de defender o interesse superior da criança, a Comissão procura manter intercâmbios com outros organismos e instituições internacionais para apoiar as adoções. criando com eles um sistema de controle e acompanhamento dos cases apresentados e publicação de suas atividades. O credenciamento de organizações estrangeiras para atuação em território nacional é expedido por despacho da Secretaria Especial de Direitos Humanos, sujeito a formalidades específicas, conforme definidas no artigo 18 do referido Decreto. As comissões são responsáveis ​​por criar e manter cadastros centralizados dos interessados ​​na adoção, bem como cadastrar crianças e adolescentes que estejam em condições legais de serem adotados.

O artigo 50.º do Tribunal de Justiça foi abrangente ao estipular no seu texto legal que: “A autoridade judiciária manterá em cada tribunal distrital ou regional um registo das crianças e jovens adotáveis ​​e um registo dos interessados ​​na adoção”. Conforme estipula o artigo 50 do ZEK, o CEJAI também tem a função de implementar e coordenar o cadastro de crianças ou adolescentes.

ATUAÇÃO DA CEJAI DE SANTA CATARINA

Concluída esta fase do relatório de qualificação, o interessado está pronto para adotar o relatório. Contudo, é importante que façamos um breve estudo sobre a atuação do CEJAI em nosso estado de Santa Catarina. A Comissão Estadual de Adoção de Santa Catarina, localizada na cidade de Florianópolis, tem como atribuições relacionadas à adoção internacional: receber e processar pedidos de autorização formulados por estrangeiros interessados ​​em adotar no estado; Elaborar parecer sobre os processos de habilitação para adoção internacional; Assessoria aos juizados da infância e da juventude nos processos relativos à adoção nacional e internacional de crianças e adolescentes, bem como na gestão e manutenção do Cadastro Único Informatizado de Adoção e Acolhimento – CUIDA; promover intercâmbios com comissões similares de outros estados, organizações e instituições internacionais relacionadas com a adopção, e desenvolver projectos para angariar fundos com eles para o sector infantil e juvenil; Em relação ao perfil dos filhos adotados, são os adotados pelos brasileiros.

Ano Número de crianças adotadas por estrangeiros Número de adoções nacionais 1994 08 crianças foram adotadas por estrangeiros. 46 Os Dados Estatísticos sobre adoção internacional no Estado de Santa Catarina, constantes deste artigo, foram fornecidos pelo CEJA/SC, após consulta.

LEI JOÃO MATOS

Segundo o deputado João Matos (PMDB-SC), autor da proposta, o texto do Senado era pequeno e continha poucos dispositivos, e sua proposta estabelecia uma espécie de estatuto para o processo de adoção no Brasil. Para tanto, no Capítulo 1 conceituamos a adoção e definimos sua natureza jurídica, apresentando um breve histórico de seu surgimento e evolução, seguido de um relato sobre a adoção nos tempos antigos, medievais e modernos. sobre a evolução da lei de adoção brasileira e, por fim, analisou-se a adoção sob a perspectiva da Constituição de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Código Civil de 2002, vigentes em nosso país e que regulam esta questão. No Capítulo 2 abordamos a adoção internacional, conceituando-a e fazendo um breve resumo de suas principais características, além de discutir esse tipo de adoção em alguns países, e finalizando com a discussão dos tratados internacionais sobre adoção, incluindo os de Haia. Convenção, que é considerada uma das mais importantes.

A terceira hipótese também foi comprovada, pois no terceiro capítulo, ao analisar o papel desempenhado pelos CEJAIs, ficou claro que sua principal tarefa é monitorar e controlar os processos de adoção de menores brasileiros por estrangeiros, com o objetivo de coibir a comércio internacional de crianças. . Desta forma, conclui-se que a adoção internacional é um processo de adoção que envolve pessoas residentes em países diferentes, e para a efetivação deste instituto devem ser analisadas as leis dos países de ambas as partes envolvidas, com um procedimento mais cuidadoso, ainda mais rigoroso. , em que haverá sempre a preocupação com a proteção dos interesses do menor, pois este terá que se adaptar à nova cultura, costumes e língua.

Referências

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