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Amor e conflitos entre jovens na contemporaneidade

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Academic year: 2023

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XXVI Congresso de Iniciação Científica

Amor e conflitos entre jovens na contemporaneidade: um estudo na perspectiva dos Modelos Organizadores do Pensamento.

Anelise Bárbara Zóia, Gisele Tiemi de Assis Sugawara. Leonardo Lemos de Souza (Orientador).

Assis, UNESP - FCL, Psicologia, anelisezoia@gmail.com, giseletiemi93@gmail.com, llsouza@assis.unesp.br. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)

Palavras Chave: Modelos Organizadores do Pensamento, Conflitos, Juventude.

Introdução

A vida erótico-amorosa dos jovens, embora iniciante, é intensa e tem efeitos nos campos de políticas públicas (saúde e educação). Há uma demanda de estudos das constantes transformações pelas quais a juventude passa, tanto do ponto de vista biopsicossocial, quanto do histórico.

Objetivos

O objetivo consiste em demonstrar os diferentes modelos de amor que são preponderantes no imagnário de jovens heterossexuais e homossexuais (de 18 a 24 anos) e como eles lidam com os conflitos decorrentes da relação. Dessa forma, há um aprimoramento do debate sobre relações amorosas, sem que fiquemos presos a noção heteronormativa do que é o sentimento amor.

Material e Métodos

No total foram 174 participantes, sendo 81 homens e 93 mulheres. Desses, 37 homens e 46 mulheres heterossexuais; 44 homens e 47 mulheres de sexualidades dissidentes. O tema sobre amor e seus conflitos foi abordado por meio de questões fechadas e abertas. As questões fechadas serviram para identificar características gerais da amostra, tais como: sexo, orientação afetivo-sexual, idade, curso universitário que frequenta etc; Já nas questões abertas os participantes deviam narrar conflitos amorosos vivenciados ou vicários e descrever suas concepções do que seria o sentimento “amor”.

Resultados e Discussão

A partir das respostas dos questionários, foi possível a criação de 4 modelos de pensamento: 1) amor romântico com esquecimento de si; 2) amor romântico com reflexão sobre a individualidade; 3) amor não romântico com reflexão sobre a relação;

4) amor não romântico com reflexão mais centrada em si. O modelo (1) foi o que se destacou, sendo preponderante no ideário da maioria dos entrevistados: 88 pessoas; em seguida, temos o modelo (2) com 64 pessoas. Fora dessa perspectiva do “amor romântico”, encontramos 15 pessoas no modelo (3) e apenas 7 no modelo (4).

Tabela. Distribuição dos modelos e suas variações de acordo com a orientação sexual.

M H

MS D

HH HSD Total Modelo 1

02 07 03 03 15

Modelo 2

01 02 - 04 07

Modelo 3

19 26 21 22 88

Modelo 4

24 12 13 15 64

Total 46 47 37 44 174 Legenda: MH (Mulheres Héteros); MSD (Mulheres de Sexualidade Dissidente); HH (Homens Héteros); HSD (Homens de Sexualidade Dissidente).

Conclusões

Há uma crescente ruptura perante o paradigma vigente sobre relacionamentos amorosos. Os jovens preocupam-se mais com sua liberdade diante do (a) parceiro (a); o amor romântico como era entendido antigamente, isto é, como total doação de si para o outro, está deixando de ser dominante, para que haja novas formas de amar. Portanto, é possível entender que as representações acerca do sentimento “amor”, assim como, dos conflitos amorosos, são diversas e ainda que carreguem elementos do arquétipo anterior sobre relacionamentos, há novas configurações no modo de entender as relações amorosas.

Referências

BRANDEN, N. La psicologia del amor romântico, Paidós, Barcelona, 2000.

COMTE-SPONVILLE, A. O amor. São Paulo: Martins Fontes, 2011 MORENO, M. e SASTRE, G. Cómo construimos universos – amor, cooperación y conflicto. Barcelona: Gedisa, 2010.

COONTZ, S. Historias Del matrimonio. Cómoel amor conquisto el matrimonio, Gedisa, Barcelona, 2006.

LOBATO, J. P. Antropologia do Amor: do Oriente ao Ocidente, Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

MORENO, M. et al. Conhecimento e mudança. São Paulo: Moderna, 1999.

MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.

MORIN, E. Epistemologia da Complexidade. In: SCHNITMAN, D. F.

(org.) Novos Paradigmas, Cultura e Subjetividade. Porto Alegre:

ARTMED, 1996.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto

Piaget, 2001.

NIETZSCHE, F. 100 aforismos sobre o amor e a morte.

Referências

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A partir dos embasamentos teóricos, das respostas dos questionários e da análise estrutural das bibliotecas, foi possível constatar de que o acesso à mesma não é limitado; isto é, no