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Análise dos riscos e confecção de mapa de risco com utilização de drone em uma pedreira de rocha ornamental na região Sul do Estado do Espírito Santo

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Academic year: 2023

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ANÁLISE DE RISCO E ELABORAÇÃO DE MAPAS DE RISCO DO USO DE DRONES EM VEGETAÇÃO ORNAMENTAL DA REGIÃO SUL. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Engenharia de Minas pelo Instituto Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Minas. Análise de risco e criação de mapa de risco com drone em pedreira decorativa na região sul do estado do Espírito Santo / Henrique Azevedo Guidi.

Com toda a análise dos equipamentos utilizados e da cadeia produtiva da mineração realizada pelo projeto em questão, foi realizada uma fotogrametria aérea por drone para auxiliar na elaboração de um mapa de risco de acordo com as normas vigentes.

INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

GERAIS

ESPECÍFICOS

ROCHAS ORNAMENTAIS

  • NOMES COMERCIAIS
  • MÁRMORES

Segundo Vidal et al. 2014) os granitos comerciais são rochas silicáticas (ígneas e metamórficas) sem dependência de cor e tipagem correta, enquanto os mármores comerciais são rochas carbonáticas, podendo ser de origem metamórfica (dolomita e calcita) e sedimentar (calcário), na qual estão sujeitos a polimento, na Figura 1 podemos observar um bloco de mármore comercial produzido na pedreira em estudo, conhecido comercialmente como “Calcita Azul”. Os quartzitos comerciais são rochas quartzíticas (à base de quartzo), que podem ser de origem sedimentar ou metamórfica e apresentam elevada dureza. Segundo Menezes e Larizzatti (2005), as rochas conhecidas comercialmente como mármores compreendem as rochas de composição carbonática, que podem ser de origem sedimentar ou metamórfica.

17 CaMg(CO3)2, com minerais acessórios de quartzo, siderita, feldspato e algumas impurezas, que em alguns casos definem seu padrão cromático, na Figura 2 podemos ver uma amostra de mármore, na qual a calcita, na parte superior, tem a cor azul e a dolomita, na parte inferior, a cor branca.

Figura  1  -  Bloco  de  mármore  comercial  produzido  na  pedreira  em  estudo,  conhecido comercialmente como “Calcite Blue”
Figura 1 - Bloco de mármore comercial produzido na pedreira em estudo, conhecido comercialmente como “Calcite Blue”

LAVRA DE ROCHAS ORNAMENTAIS

  • MÉTODOS DE CORTE
  • TOMBAMENTO DE PRANCHA
  • PEDRA MARROADA
  • CARREGAMENTO E TRANSPORTE
  • OPERAÇÕES AUXILIARES
  • EQUIPAMENTO UTILIZADOS NA LAVRA

19 Figura 5 - Vista de uma mina de mármore a céu aberto usando bancos de cava na região sul do estado do Espírito Santo, mostrando a inclinação da plataforma de entrada e a profundidade da mina. A pedreira em estudo possui bancadas que variam de 6 a 10 metros, produzindo blocos comerciais que variam em volume de 8 a 12 m³ e brownstone em uma parte do tabuleiro que não é possível produzir blocos de qualidade comercial para venda. A inversão das tábuas tem como objetivo colocar a tábua na horizontal de forma a proporcionar as condições necessárias para o posterior esquadrejamento da bancada nos blocos comerciais (Figura 6).

Segundo o SINDIPEDRAS-SC, a definição de pedra acastanhada será pedras grandes com dimensões superiores a 10 cm, que são produzidas por martelamento (marrom) ou trituração. Nas pedreiras de mármore para blocos comerciais, essas pedras geralmente vêm de superfície onde é utilizado um rompedor para reduzir suas dimensões. Na figura 10 vemos um exemplo de rocha acastanhada junto a um disjuntor numa pedreira de mármore.

O carregamento dos blocos comerciais é feito por cana ou por carregadores adaptados que colocam os blocos em carroças ou caminhões (Figura 11). A pedra amarronzada é carregada por pás carregadeiras que colocam essas pedras em caminhões que são transportados até o cliente (Figura 12). Escavadeira (Figura 15): Equipamento utilizado para construção de vias de acesso, movimentação de terra e auxílio na derrubada de tábuas.

Caminhão Pipa (Figura 17): Equipamento utilizado para umedecer as vias de acesso e assim evitar a presença de alto teor de poeira. Gerador a Óleo Diesel (Figura 18): Equipamento utilizado para gerar energia elétrica para os demais equipamentos elétricos da mina. Furadeira manual, comumente conhecida como martelo pneumático (Figura 23): Equipamento utilizado para fazer furos simples na rocha.

Caminhão para transporte de blocos comerciais (Figura 25): Caminhão adaptado às normas vigentes para transporte de blocos comerciais.

Figura 3 – Vista da lavra a céu aberto de mármore por bancadas em encosta da  pedreira em estudo
Figura 3 – Vista da lavra a céu aberto de mármore por bancadas em encosta da pedreira em estudo

TOPOGRAFIA NA MINERAÇÃO

  • AEROFOTOGRAMETRIA
  • AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADAS

Em relação às suas classificações básicas, os RPAs são divididos em três: multirotor, asa fixa e híbrido, conforme mostra a Figura 26. Segundo Secchin & Martins (2021), as aeronaves do tipo multirotor são as mais utilizadas para serviços em pequenas áreas, devido ao seu custo-benefício. eficácia e versatilidade. Devido ao maior número de motores, tem como desvantagem o tempo reduzido no ar.

Aeronaves de asa fixa possuem baixo gasto energético devido ao seu formato aerodinâmico e assim podem voar por horas, porém como. Os híbridos, por outro lado, têm as vantagens dos outros dois, com decolagem e pouso vertical e baixo consumo de energia, mas seu custo é alto em relação aos demais.

Figura 26 - Tipos de Aeronaves Remotamente Pilotadas a) Multirotor. b) Asa fixa.
Figura 26 - Tipos de Aeronaves Remotamente Pilotadas a) Multirotor. b) Asa fixa.

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS (PGR)

Já os híbridos têm as vantagens dos outros dois, com decolagens e pousos verticais e baixo consumo de energia, mas seus custos são altos em relação aos demais. f) Investigação e análise de acidentes de trabalho; .. h) Riscos decorrentes de trabalhos em altura, em profundidade e em espaços confinados;.

MAPA DE RISCO

  • CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS

35 Este mapa deve ser de fácil visualização para melhor informar e sensibilizar os colaboradores daquela empresa, ajudando a minimizar ou mesmo eliminar os riscos presentes. A CIPA, juntamente com o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho) e os trabalhadores expostos a riscos, tem a atribuição de elaborar o Mapa de Riscos. De acordo com a NR 01 (Anexo 1), a definição de risco ocupacional é a “Combinação da probabilidade de lesão ou dano à saúde causado por um evento perigoso, exposição a uma substância nociva ou exigência da atividade laboral e a gravidade dessa lesão ou danos à saúde".

A NR 01 lista os riscos ocupacionais, que se subdividem em riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais, conforme suas características e origem. Esses riscos são apresentados no mapa de riscos de acordo com sua cor e intensidade (grande, médio e pequeno), que são apresentados no Quadro 2 e na Figura 27, respectivamente.

METODOLOGIA

  • PLANO DE VOO DE DRONE E REALIZAÇÃO DESTE
  • PROCESSAMENTO DAS IMAGENS OBTIDAS COM O VOO
  • ANÁLISE DOS RISCOS EXISTENTES NA PEDREIRA
  • CONFECÇÃO DO MAPA DE RISCO

Imediatamente após toda a pesquisa bibliográfica, foi executado um plano de voo no software DroneDeploy (Figura 29), abrangendo toda a área do processo ANM. Assim, com o plano de voo pronto, foi realizado o voo do drone com o auxílio do especialista Patrick Silva de Azevedo (Figura 30). Com as imagens aéreas obtidas em campo pelo voo do drone, foi realizado o pós-processamento, que consiste em processar as imagens utilizando o software livre WebODM - Open Drone Map (Figura 31), onde foi obtida a ortofoto, que será utilizada criar o mapa de risco de todo o processo da ANM em questão.

Para caracterizar os riscos existentes em cada operação de lavra, monitoramos quinzenalmente a operação de lavra para identificar e fotografar da melhor forma, para que possamos realizar um trabalho com alto grau de especialização. Feita toda a avaliação de risco, foi criado o mapa de risco no software gratuito QGIS, conforme Figura 32 e Figura 33. mineração, cada um com seu grau de intensidade.

Figura 29 - Plano de voo feito no software DroneDeploy
Figura 29 - Plano de voo feito no software DroneDeploy

RESULTADOS E DISCUSSÕES

RISCOS ENCONTRADOS

Carregamento e Transporte: O carregamento de bloco comercial mostrado na Figura 34 e Figura 35 consiste em usar um carregador adaptado para mover o bloco para um caminhão, enquanto o carregamento de brownstone mostrado na Figura 36 é feito com uma pá. uma carregadeira que transporta essas pedras para um caminhão basculante. Galpão de Máquinas: Neste setor, representado na Figura 37 como um Galpão de Máquinas construído na pedreira estudada, ocorrem diversas operações como as manutenções mostradas na Figura 38, acompanhadas de altos níveis de ruído, contato com graxa e trabalho com várias peças de diferentes tamanhos e alguns móveis, sendo que com algumas peças o empregado deve permanecer em cargos modestos. Escritório: Neste setor, representado como um escritório de pedreira na Figura 39, ocorrem problemas de má postura e LER (lesões por esforço repetitivo) que se enquadram no grupo 4 (risco ergonômico).

Refeitório e banheiro: Os banheiros, representados na Figura 40 e Figura 41, que ficam próximos ao refeitório, são os locais onde são realizadas todas as atividades de higiene e necessidades pessoais, que, se não forem limpas de forma adequada e periódica, podem ocorrer. animais peçonhentos e consequentemente doenças. No refeitório, representado na figura 42, são realizadas as refeições diárias dos funcionários, e se não for feita a devida limpeza, o restante da alimentação pode trazer animais peçonhentos, podendo levar ao aparecimento de doenças. Breaker: Este equipamento, mostrado em ação na Figura 43, é utilizado para transformar pedaços de rocha em brownstones de tamanho adequado para transporte.

Na Figura 44 podemos ver o pedreiro estudado pronto para iniciar a perfuração com todos os equipamentos de proteção individual adequados para o serviço Risco ergonômico) e 5 (Risco de acidente). Esse processo, mostrado na Figura 45 e na Figura 46, também gera alto nível de ruído, além de ser um equipamento pesado de movimentação que exige troca manual de hastes e está em contato com graxa, conforme a Figura 47. Figura 51 e A Figura 52 mostra o início do corte da placa, a Figura 53 mostra o início do corte do bloco comercial e a Figura 54 mostra o final deste corte.

Carga e Transporte Risco Químico Baixo Risco de Acidentes Médio Depósito de Máquinas Médio Risco Físico. Risco químico Baixo risco ergonômico Médio risco de acidentes Médio tombamento da prancha Médio risco químico.

Figura 34 - Carregadeira adaptada na rampa para carregar o bloco comercial na  carreta
Figura 34 - Carregadeira adaptada na rampa para carregar o bloco comercial na carreta

MAPA DE RISCO

Médio risco químico Médio risco ergonômico Médio risco de acidentes Escritório Baixo risco ergonômico Refeitório e banheiro Baixo risco biológico. Risco químico Baixo risco ergonômico Alto risco de acidentes Furo de profundidade média Risco físico médio. O mapa de riscos foi elaborado e apresentado de forma simples para que os colaboradores possam entender.

Ficará junto ao refeitório, local escolhido por ser visível a todos os colaboradores diariamente. O objetivo é reduzir a probabilidade de acidentes e obter uma melhoria na qualidade dos funcionários.

Figura 55 - Mapa de Risco finalizado
Figura 55 - Mapa de Risco finalizado

CONCLUSÃO

Embora este trabalho tenha sido feito em uma marmoraria no Espírito Santo, também pode ser feito em pedreiras de todo o Brasil, pois geralmente são muito semelhantes. Com isso, a conscientização sobre segurança no trabalho no setor de rochas ornamentais vem se aprimorando, resultando na redução dos índices de acidentes e na melhoria das condições de trabalho dos colaboradores. Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf.

Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-.

Imagem

Figura  1  -  Bloco  de  mármore  comercial  produzido  na  pedreira  em  estudo,  conhecido comercialmente como “Calcite Blue”
Figura  2 - Amostra de mármore com calcita azul na  parte superior e  dolomita  branca na parte inferior
Figura 3 – Vista da lavra a céu aberto de mármore por bancadas em encosta da  pedreira em estudo
Figura 4 - Vista da lavra a céu aberto de mármore por bancadas em cava, sendo  possível observar a inclinação da rampa de acesso
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Referências

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