Assim, através das questões apresentadas, esta pesquisa consiste em fazer um estudo de caso, para saber: quais as contribuições da disciplina de Física Conceitual para o processo de formação de professores em Física? Para responder a esta questão de pesquisa, elaborou-se o seguinte objetivo geral: determinar as contribuições da disciplina de Física Conceitual para o processo de formação docente em Física dos alunos do Curso de Licenciatura em Física do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco - CAA/UFPE.
JUSTIFICATIVA
Por isso, o RH tornou-se fundamental para que a duração do processo fosse mantida. Portanto, é necessário entender como a física conceitual tem sido abordada nos cursos de educação física e saber como ela afeta o processo de formação de professores. Com isso, este trabalho poderá contribuir com os estudos em torno deste tema e reforçar a ideia de que a Física é muito mais que fórmulas, envolve também teorias, conceitos e contextualizações históricas, científicas e socioambientais.
Serão discutidas as opiniões de alguns autores sobre suas concepções sobre o ensino e a aprendizagem da física, bem como as contribuições da física conceitual para o desenvolvimento do processo educacional e da formação de professores nesta importante área do conhecimento.
A IMPORTÂNCIA DA FÍSICA CONCEITUAL PARA O ENSINO DE FÍSICA
Nessa perspectiva, no início dos anos 2000, José Guilherme Moreira, professor do curso de graduação em Física da UFMG, percebeu que seus alunos tinham dificuldade em resolver questões simples em um livro de Física conceitual. O objetivo é como usar esse conhecimento para analisar situações físicas cotidianas sem usar o formalismo matemático e mostrar aos alunos de graduação a importância de um ensino de Física mais conceitual e menos formal para o Ensino Médio. Porém, temos que pensar se é realmente necessário ter uma eletiva chamada Física Conceitual I, que geralmente é oferecida aos alunos do 2º período, no curso de Licenciatura em Física da UFPE/CAA.
Caso os conceitos físicos não sejam significativamente discutidos nas disciplinas de Introdução à Física, Fundamentos da Física (I, II, III, IV e V), Metodologia do Ensino de Física (I, II e III) e Instrumentação para o Ensino de Física, é necessário. Além disso, essa separação entre FC e outras disciplinas de física de graduação é para dizer que outra física não é conceitual. Assim, ao longo dos anos, muitos teóricos expressaram suas opiniões sobre a necessidade de mudar o ensino da física.
DELINEAMENTO DA PESQUISA
Este capítulo apresenta a forma de realização deste trabalho de pesquisa, que se caracteriza por uma abordagem qualitativa, que utilizou um questionário como instrumento de coleta de dados, e cujo objetivo principal é analisar as contribuições da disciplina de física conceitual para o processo de formação de professores . em Física pelo CAA/UFPE. Este público foi escolhido para relatar suas experiências pessoais de envolvimento com a disciplina de física conceitual e para falar sobre o aprendizado, o interesse e as ideias que adquiriram sobre o ensino de física e a formação de professores. A coleta de dados ocorreu por meio de formulário digital, que foi encaminhado por meio de link nas redes sociais para as turmas que atenderam à condição estipulada.
Assim, através desta organização, 5 dimensões da análise puderam ser identificadas nos resultados obtidos na investigação: Uma vez que o método escolhido para conduzir a pesquisa visa analisar os pensamentos únicos dos alunos por meio da disciplina de Física Conceitual e do curso universitário de física, portanto, por meio da análise das informações coletadas desse levantamento de dados, observou-se que houve concordância nas respostas, pois apresentaram ideias semelhantes. Neste capítulo, são apresentados os resultados e as discussões sobre a análise dos dados obtidos por meio do uso do questionário aplicado aos alunos do curso de Licenciatura em Física.
DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DE FÍSICA
Dessa forma, é possível identificar que 38,5% das 13 respostas sobre os problemas apresentados durante a graduação apontam que o principal motivo da complexidade do curso de Licenciatura em Física da UFPE-CAA está em professores que não possuem metodologias e não tem um bom ensino. Outro ponto importante a ser considerado é o fato de que 30,8% das 13 respostas falam sobre as dificuldades que os alunos sentem em compreender e relacionar os conceitos físicos estudados. Foi muito difícil tentar unir as duas coisas quando você tem pouco tempo para entendê-las separadamente.
Outra dificuldade que posso citar é a ideia que sempre me foi lançada, seja por profissionais da área ou pelo senso comum de um grupo em geral, de que a física não passava de matemática aplicada, onde os conceitos não importam desde que se saiba como memorizar fórmulas e usar expressões matemáticas quando necessário. 22 Além disso, 15,4% dos resultados mostram que os graduandos entrevistados saíram do ensino médio sem uma base sólida em física e 7,7% das respostas obtidas são sobre problemas de matemática. Por fim, 7,7% das dificuldades vivenciadas pelos alunos estão relacionadas a problemas pessoais, como falta de tempo para estudar.
FATORES RESPONSÁVEIS POR CAUSAR DESINTERESSE PELO CURSO DE FÍSICA-LICENCIATURA
Nesse sentido, foi possível observar que 92,3% dos 13 entrevistados relataram que em algum momento sentiram desinteresse pelo curso de Física-Licenciatura da UFPE-CAA. No gráfico 3, foi possível identificar que 91,3% dos 12 alunos, que já se sentiam desinteressados pelo curso, responderam que se sentiam desmotivados porque os professores não tinham boa didática ou metodologia adequada, enquanto apenas 8,3% se sentiam desinteressados pelo curso devido a questões pessoais. Sim, foram vários os fatores que fizeram com que eu não me interessasse pelo curso de Licenciatura em Física.
Com esta resposta, temos um exemplo da falta de disciplinas obrigatórias que possam trabalhar com conceitos físicos e cálculos simultaneamente. Ao analisar os gráficos 1 e 3, é interessante detalhar que os dados coletados coincidem em apontar que professores que não possuem boa didática ou metodologias suficientes são o principal motivo pelo qual os alunos consideram o curso difícil e desinteressante. Até aqui, observamos que as pesquisas nos apontam na direção certa e nos dizem que os professores são um fator decisivo na forma como os alunos percebem e se relacionam com a física.
EXPERIÊNCIAS PESSOAIS RELACIONADAS À DISCIPLINA DE FÍSICA CONCEITUAL
Com base nos dados coletados, 10 dos 13 alunos (76,9%) relataram que sua experiência com a eletiva de FC foi positiva. É importante ressaltar que os participantes deste estudo fizeram o curso de CF em momentos diferentes, o que significa que foram analisadas as experiências individuais de cada aluno com diferentes professores. Vemos que 100% dos entrevistados (todas as 4 pessoas que relataram uma experiência insatisfatória com o curso de CF) afirmam que os professores não demonstraram boa didática ou metodologia de ensino adequada.
Com essa afirmação, podemos perceber que essa experiência negativa com a disciplina CF tem uma ligação direta com o que foi apresentado na primeira dimensão da análise. Esse fator nos diz que mesmo a disciplina de FC, quando trabalhada sem contextualização, pode não ser suficiente para fazer uma diferença significativa na forma como o aluno se relaciona e aprende sobre física. Conforme pode ser observado no gráfico acima, 30% das 10 respostas que indicam satisfação com o curso de CF indicam que os alunos sentiram que poderiam compreender melhor os conceitos de física.
MOTIVOS QUE LEVARAM OS ALUNOS A ESCOLHEREM CURSAR A DISCIPLINA DE FÍSICA CONCEITUAL
Nesse ponto, podemos perceber que esse aluno pode ter tido contato com um professor que trabalhava com FC utilizando boas práticas metodológicas e didáticas funcionais, para que pudesse ter tido uma boa experiência. Podemos observar também que uma melhor compreensão de alguns conceitos físicos foi um fator muito importante para que este aluno passasse esta experiência de forma satisfatória. Isso mostra a importância dos conceitos de física e que os alunos sabem dessa importância e sentem a necessidade de entendê-los.
Entre os dez alunos que relataram querer entender melhor os conceitos de física, podemos observar o seguinte exemplo: "Completar conceitos que passam despercebidos nas aulas de física geral". (Q3, P1). Houve também alunos que acrescentaram disciplinas aos seus currículos apenas para complementar a carga horária eletiva, cerca de 23,1% (3 pessoas) do total de alunos pesquisados.
APRENDIZAGENS E ASPECTOS QUE OS DISCENTES DA DISCIPLINA DE FÍSICA CONCEITUAL DESEJAM LEVAR PARA A SUA ATUAÇÃO DOCENTE
O Gráfico 8 mostra que 69,2% dos 13 entrevistados responderam que na disciplina CF tiveram contato com metodologias de ensino que mostraram a eles que é muito importante no ensino de Física dar mais atenção aos conceitos. Além disso, 30,8% dos 13 alunos afirmaram que o único aprendizado que conseguiram tirar da disciplina foi com exemplos de professores utilizando metodologias que não deveriam ser utilizadas no ensino de Física. Com essas falas, podemos perceber que as experiências insatisfatórias desses alunos com a disciplina e com alguns professores de CF, serviram de exemplo do que não funciona no ensino de Física.
Também é importante ter em mente que professores que não estão preparados para ensinar física podem fazer até mesmo uma disciplina voltada para um ensino mais contextualizado (como é o caso da disciplina de FC) uma experiência insatisfatória, como observado em alguns casos. Para que esta disciplina fosse plenamente satisfatória, seria importante que ela pudesse orientar os alunos desde a Introdução à Física até a Física Moderna II, dando ao aluno a oportunidade de estudar os capítulos do livro didático de forma mais aprofundada (Hewitt), ao mesmo tempo em que estudar o mesmo conteúdo de forma mais matemática nas demais disciplinas de física geral do curso, dependendo do período em que o aluno estiver. Por fim, formaríamos professores capazes de desempenhar um papel significativo no ensino de física nas escolas primárias e ajudaríamos a combater preconceitos (como os que reduzem a física a uma espécie de matemática aplicada ou dizem que é muito difícil e que só os intelectuais podem entender). -lá).
Relato de experiência didática no tratamento de eletromagnetismo no ensino médio com abordagem conceitual Encontro Estadual de Ensino de Física, Porto Alegre: Instituto de Física-UFRGS, 2006. Revista Brasileira de Ensino de Física, v.
