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Análise Da Importância Das Ações De Biossegurança Em Clínicas De Estética

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Academic year: 2023

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19º Seminário de Pesquisa/Seminário de iniciação científica-UNIANDRADE 2021

ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE BIOSSEGURANÇA EM CLÍNICAS DE ESTÉTICA

Vieira. B.A.O.*; Santos. D.R.S.*; Trevisan E*; Lara. J. V*; Gimenez. F. V.**

* Acadêmicas do curso de estética e cosmética do Centro Universitário Campos de Andrade, Curitiba, Brasil.

** Professora titular do curso de estética e cosmética Francieli Gimenez do Centro Universitário Campos de Andrade, Curitiba, Brasil.

E-mail: biavieira2586@gmail.com

Resumo: A biossegurança é um conjunto de medidas destinadas a prevenir, reduzir, controlar ou eliminar riscos relacionados à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Dia após dia, é crescente a procura por procedimentos estéticos, e diante de diversos cenários é necessário pensar na importância da biossegurança, tanto do profissional quanto para o cliente.

Este trabalho teve por objetivo mostrar a importância da biossegurança nas clínicas de estética e sua aplicabilidade, através de uma revisão bibliográfica em bases de dados como google acadêmico e biblioteca virtual, artigos publicados entre os anos 2012 a 2020, os buscadores foram biossegurança, biossegurança na estética, risco ocupacional, inconformidades na estética, biossegurança na estética ANVISA, biossegurança EPIs estética e normas de biossegurança na estética.

Pode-se concluir que a biossegurança é de suma importância tanto para o profissional quanto para o cliente, prevenindo ambos de contrair possíveis patologias

Palavras-chave: conjunto de ações, eliminar riscos à saúde, promoção de saúde.

Abstract: Biosafety is a set of measures designed to prevent, reduce, control or eliminate risks related to human, animal and environmental health. Day after day, the search for aesthetic procedures is growing, and in the face of different scenarios, it is necessary to think about the

importance of biosafety, both for the professional and for the client.

This work aimed to show the importance of biosafety in aesthetic clinics and its applicability, through a literature review in databases such as academic google and virtual library, articles published between the years 2012 to 2020, the searchers were biosafety, biosafety in aesthetics, occupational risk, aesthetic nonconformities, ANVISA aesthetic biosafety, aesthetic PPE biosafety and aesthetic biosafety standards. It can be concluded that biosafety is of paramount importance for both the professional and the client, preventing both from contracting possible pathologies

Keywords: set of actions, eliminate health risks, health promotion.

INTRODUÇÃO

Durante a atuação de um esteticista, no atendimento de um paciente, o contato com tal, é direto. Isso automaticamente torna o conhecimento acerca da biossegurança algo indispensável, pois o contato torna fácil a transmissão de microrganismos. Dado a esse fato, o estudo aprofundado do tema nos revela que a biossegurança vai muito além do uso dos EPI’s (equipamentos de proteção individual), que estão presentes no dia-a-dia de um esteticista. Essa prática do uso de álcool 70%, luvas e máscara é apenas o início de toda a extensão do tema, pois são tratados diversos fatores

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indispensáveis para a segurança do cliente e também do profissional, diante dos atendimentos [1]

Neste contexto, observa-se que esses fatores são responsáveis por prevenir contaminações, ferimentos, intoxicações, e também tratar do cuidado com o meio ambiente, já que nos instrui sobre a maneira de fazer corretamente o descarte de resíduos hospitalares [2]

Diante disso, esse estudo teve por objetivo aprofundar o conhecimento em biossegurança nos procedimentos estéticos por meio de uma revisão bibliográfica, destacando a importância na sua utilização correta para a prevenção de eventuais agravos à saúde.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo trata-se de uma revisão de literatura por meio da seguinte base de dados: google acadêmico, foi aplicado um filtro entre os anos 2012 a 2020, nos idiomas inglês e português, utilizando os seguintes descritores: biossegurança, biossegurança na estética, risco ocupacional, inconformidades na estética, biossegurança na estética ANVISA, biossegurança EPIs estética, normas de biossegurança na estética.

RESULTADOS

A biossegurança é definida, como um conjunto de ações, procedimentos, técnicas, metodologias e dispositivos que tem por objetivo prevenir, minimizar ou eliminar riscos envolvidos em pesquisas, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviço que podem comprometer a saúde do ser humano, animais e meio ambiente, vindo ainda a comprometer a qualidade de trabalhos desenvolvidos. O “estado de biossegurança” é definido pela compatibilidade entre o homem, os processos de trabalho e a sociedade na área da saúde. Sendo assim, toda e qualquer pessoa que frequente o local está passivo de transmissão microbiológica e,

neste momento, faz então a necessidade do conhecimento no contexto de biossegurança, com o intuito de promover a saúde dos trabalhadores, pacientes e meio ambiente fazendo o controle de infecções a fim de minimizar os riscos à saúde. [3]

Discutindo ainda assuntos sobre a biossegurança, suas considerações passaram a ser debatidas em 1980 após o surgimento da engenharia genética. No Brasil, a primeira lei relacionada à biossegurança foi publicada em 1995 onde foram estabelecidas as diretrizes para o controle da tecnologia do DNA recombinante. Após esta data foram criadas diversas outras leis e normas regulamentadoras a fim de trazer a padronização dos procedimentos de segurança e prevenção de riscos. [4]

Atualmente, a biossegurança na estética é um conteúdo desatualizado e bem defasado, sendo ela fragmentada e não tendo uma realidade aplicada ao dia a dia do profissional de estética propriamente dito [4] entretanto as leis de biossegurança citam riscos físicos, químicos, fisiológicos, psíquicos, mecânicos e biológicos aos quais os profissionais de estética estão sujeitos. [3]

Considerando as rotinas em um centro de estética, o contato com o cliente é inevitável, podendo ser indireto (por meio de aparelhos) ou direto, tornando ambas as partes suscetíveis a transmissão de microrganismos que podem ser agentes potencialmente infecciosos, sendo estes os maiores fatores de risco ocupacional. [5]

Tendo em vista os potenciais riscos relacionados à profissão é necessário que o esteticista siga as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) quanto a utilização de EPI’s, caderneta de vacinação, limpeza, higienização do local e afins, tenha um alvará sanitário, dentre outros cuidados para a prevenção de lesões e doenças no local de trabalho [1]

Segundo a ANVISA, o local de

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trabalho deve ser limpo, livre de resíduos e odores incompatíveis com a atividade e atender aos critérios de criticidade. Para clínicas de estética, consideram-se riscos biológicos que dizem respeito a microrganismos como bactérias, leveduras, fungos e parasitas, que podem ser transmitidos através dos instrumentos utilizados em cada procedimento [3].

Sobre os riscos químicos e bioquímicos, referem-se aqueles que podem surgir ao manuseio de equipamentos e máquinas, infraestrutura, elevadas temperaturas e exposição à radiação, dentre outros [3]

Segundo a ANVISA, os documentos de obrigatoriedade seriam os

comprovantes de resíduos

perfurocortantes, registro de monitoramento de esterilização, manual de boas práticas, alvará de autorização sanitária, alvará de localização e funcionamento e registro de manutenção corretiva e preventiva de equipamentos com manutenção de boas práticas de organizações a fim de evitar o risco de acidentes ocupacionais. [5]

Considerando sobre os materiais e os equipamentos utilizados para os procedimentos estéticos, eles precisam ser esterilizados e desinfetados com soluções químicas específicas [6]. Quanto aos utensílios que são denominados

‘descartáveis’, é necessário dar o destino final correto e em hipótese alguma fazer o reuso do mesmo. [8]

Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) servem para proteger o profissional e o cliente da exposição a sangue e fluidos corpóreos que podem carrear microrganismos transmissíveis [6], geralmente são materiais descartáveis e devem ser trocados conforme o procedimento a ser feito, mesmo que o procedimento seja realizado no mesmo cliente. Dentre os EPI 's, destacam-se:

luvas, que não substituem a lavagem das mãos com água e sabão, após colocadas não tocar em outros objetos que não sejam

necessários para o tratamento. Ao final de cada procedimento, devem ser descartadas [7]

Entre outros equipamentos de proteção, encontram-se a touca, previne a contaminação por microrganismos que possam estar presentes nos cabelos, ambiente ou produtos utilizados nos procedimentos; o jaleco, indicado na cor branca e de mangas longas para proteção da pele e evitar exposição a patógenos e cosméticos, caso o material seja tecido, deve ser trocado diariamente e utilizados durante todo o atendimento; os óculos de proteção, previne contra sangue, exsudatos ou partículas contaminadas, geralmente são de material plástico e pode ser feita a desinfecção com produtos próprios. [8,9]

As máscaras de proteção, recomenda-se a descartável, podendo ser utilizada também a de tecido, desde que siga as recomendações de desinfecção e tempo de uso, servem para proteger principalmente as mucosas (boca e nariz) contra ingestão ou inalação de produtos químicos e microrganismos, além de dar ao profissional mais segurança fazer procedimentos muito próximos ao cliente, como os faciais. [8]

Deve-se ainda, ressaltar a necessidade do uso de Equipamentos de proteção coletiva (EPC's) que são todos aqueles de uso coletivo, dentre eles pode- se citar os extintores de incêndio, a exigência é que esteja em lugar visível, bem sinalizado e com seu conteúdo dentro da data de validade [5,9].

Outra incidência, observam-se os riscos ergonômicos e de estrutura, que são aqueles relacionados a postura do profissional, e a forma de manuseio durante os procedimentos a fim de evitar sobrecargas físicas e as conhecidas lesões por esforço repetitivo (LER) (DORT) [4]. Quanto a estrutura física das clínicas, considera-se a divisão de áreas de trabalho e o planejamento de cada móvel (bancadas, pia de lavagem, armários,

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estantes) a fim de manter maior organização e limpeza para evitar acidentes de trabalho e riscos (biológicos, químicos, físicos e ergonômicos). [8]

A saúde do profissional é um dos pontos mais importantes, sendo imprescindível que a caderneta de vacinação esteja em dia, assim como o uso de EPI’s e EPC’s a fim de prevenir sua própria contaminação ou ainda a contaminação cruzada que seria aquela onde os objetos contaminados são os vetores [8, 5]

CONCLUSÃO

Conclui-se, portanto, que a biossegurança tem ações de prevenção de doenças no ambiente de trabalho, principalmente entre profissionais e clientes. Com os resultados obtidos, evidenciam-se que as medidas mais abordadas de biossegurança, são limpeza e esterilização dos materiais, uso correto dos EPIs e higienização das mãos.

REFERÊNCIAS

[1] Rosa, Bruna Leandro & Silva Souza, Everson. (2019). REVISÃO DA LITERATURA:

BIOSSEGURANÇA APLICADA À

EESTÉTICA. Disponível em:

https://scholar.google.com.br/scholar?hl=ptBR

&as_sdt=0%2C5&as_vis=1&q=biosseguran%

C3%A7a+na+est%C3%A9tica+&btnG=#d=gs _qabs&u=%23p%3D5QYLtVzrY4AJ

[2] Queiroz MLS, Mejia D. (2014).

BIOSSEGURANÇA NAS CLÍNICAS DE ESTÉTICA E SALÕES DE BELEZA.

[3]Stapenhorst A, Ballestreri E, Stapenhorst F, Al. Biossegurança. 2018. Disponível em:

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/boo ks/9788595024021/

[4] Nery, Gleydson & Nery, Janiele. (2020).

BIOSSEGURANÇA NO ENSINO TÉCNICO:

DE QUE MANEIRA OS ESTETICISTAS ASSOCIAM ESTE TEMA A PRÁTICA DE SUAS ATIVIDADES? HOLOS. 6.

10.15628/holos.2020.10135.

[5] França, Susanne & Alencar, Ellen &

Bacelar, Solange & N., Ludmila & Nascimento, Ana & Ferreira, Patrícia & Carvalho, Sarah.

(2019). PERCEPÇÃO DE CLIENTES EM

RELAÇÃO ÀS NORMAS DE

BIOSSEGURANÇA UTILIZADAS NOS CENTROS DE EMBELEZAMENTO E ESTÉTICA. Revista Ceuma Perspectivas.

[6] Agência Nacional De Vigilância Sanitária.

RDC nº Nº 222/2018 Comentada, De 23 De Março De 2018. Gerência De Regulamentação E Controle Sanitário Em Serviços De Saúde - GRECS/Gerência Geral De Tecnologia Em Serviços De Saúde - Ggtes/Anvisa. [S. L.], 11 Jun. 2018.

[7] Garbaccio JL, Oliveira AC de.

Biossegurança e risco ocupacional entre os profissionais do segmento de beleza e estética: revisão integrativa. Rev. Eletr.

Enferm.

[9] Paes FSL, Silva NM, Souza MJMF . (2020).

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS EM

MAQUIAGENS E ACESSÓRIOS

COMPARTILHADOS.

[8] BOTELHO, C.O. et al. Projetos Aplicativos do Curso de Gestão da Vigilância Sanitária (GVISA). A gestão do risco sanitário de alimentos sob a ótica da corresponsabilidade, [s. l.], ed. 1ª, p. 36-44, 3 ago. 2012. out. 2021.

Referências

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