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análise fitoquímica e analgésica dos extratos de agave sisalana.

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Academic year: 2023

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XXV Congresso de Iniciação Científica

ANÁLISE FITOQUÍMICA E ANALGÉSICA DOS EXTRATOS DE AGAVE SISALANA.

*Andressa Rodrigues Martins da Quinta, Lucinéia dos Santos, Júlia Lainer Palacios.

UNESP-Assis, Departamento de Ciências Biológicas, Engenharia Biotecnológica, *quinta.arm@gmail.com.

Palavras Chave: Analgésico, saponina, Agave sisalana.

Introdução

A dor pode ser designada, quando um organismo vivo apresenta algum tipo de lesão real ou potencial associada a uma experiência sensorial e emocional desagradável. Esta resulta, devido a estímulos que geram impulsos nervosos (periféricos) os quais, através de vias chegam às áreas sensoriais do sistema nervoso central1. Assim, para atenuar ou suprimir o desconforto que a dor causa, se faz o uso de analgésicos. Estes agem de forma a diminuir ou interromper as vias da transmissão nervosa2. Como o uso de analgésicos pode levar a diversos efeitos prejudiciais ao organismo a busca por princípios ativos vegetais, que apresentem um menor número de efeitos colaterais se faz necessária. Entre eles destacam–se as sapogeninas esteroidais, um metabólito secundário presente em grande concentração em plantas do gênero Agave.

Objetivos

Diante do exposto, neste estudo foi realizada a análise fitoquímica do suco do sisal, parte líquida da mucilagem que resulta do desfibramento de suas folhas. Foram desenvolvidos extratos aquosos e avaliado o potencial analgésico dos mesmos. Este estudo trata-se de uma cooperação entre a UNESP e a SECTI - Bahia e visa o aproveitamento do suco do sisal que está sendo desprezado e o desenvolvimento sustentável da região produtora do sisal, uma das mais pobres do país.

Material e Métodos

A análise fitoquímica foi realizada por meio de reações químicas que resultaram em coloração e ou/precipitação. Foram preparados três extratos do sisal, dois aquosos: o precipitado úmido (EPU) resultante da centrifugação do suco e o EMS obtido da mucilagem que foi seca ao sol; e um extrato obtido da hidrólise ácida do suco, o EHA. Estes foram administrados em dose única, por via oral nas doses de 50, 100 e 200mg/kg. O efeito analgésico foi avaliado em ratos machos Wistar (n=5), após aprovação pelo comitê de ética – processo 004/2012, por meio do modelo da chapa quente (Eddy; Leimbach, 1953)3.

Resultados e Discussão

A análise fitoquímica do suco do sisal revelou a presença de saponinas. No teste da chapa quente, a atividade analgésica de todos os extratos foi evidenciada [F(10,44)=6,863; p=0,000]. O teste de

Duncan revelou que os três extratos, em todas as doses empregadas, garantiram uma maior resistência à dor causada pelo calor, quando comparado ao grupo controle (p<0,05). Em relação ao grupo controle, nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, o EHA promoveu um aumento da latência de resposta à dor de respectivamente 204,8%, 185,7%, 242,9%. O EMS de 164,3%, 150,0%, 111,9%, e o EPU de 171,4%, 81,0%, 169,0%. A dipirona, utilizada como controle positivo, aumentou 95,2% a latência de resposta à dor, em relação ao grupo controle.

Figura 1. Tempo de latência ao calor (seg) após tratamento com os extratos EHA, SEM e EPU nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/kg..

Conclusões

O EHA, quando comparado aos demais extratos, na dose de 200 mg/kg, apresentou um potente efeito analgésico. Também, quando comparado a dipirona, se mostrou mais eficaz. É provável que a ação do EHA esteja relacionada à presença de sapogeninas esteroidais, porção lipofílica das saponinas, liberadas no processo de hidrólise química. Porém, novos estudos serão realizados para confirmar e melhor compreender os efeitos encontrados, bem como quantificar a concentração de sapogeninas.

Agradecimentos

Programa Primeiros Projetos – PROPE – UNESP

____________________________________

1GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier/Medicina, 2011.

2GILMAN, A.G.; RALL, T.W.; NIES, A.S.; TAYLOR, P.; GOODMAN E GILMAN – As bases farmacológicas da Terapêutica. 11a. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2010.

3EDDY, N. B.; LEIMBACK, D. Synthetic analgesics II. Dithienylbutenyl and dithienylbutykamines. J. Pharmacol. Exp. Ther., v. 107, p. 385-393, 1953.

Referências

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