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Antecedentes da evasão e permanência de alunos do ensino médio, técnico e superior

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Academic year: 2023

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Os dados relativos às instituições privadas são importantes para demonstrar que o fenômeno da evasão não ocorre apenas nas instituições federais de ensino superior. No Brasil, segundo dados do Censo da Educação Superior (INEP), as instituições de ensino superior (IES) são privadas.

TABELA 1 - Relação de vagas e de conclusão de curso  Tipos de
TABELA 1 - Relação de vagas e de conclusão de curso Tipos de

Objetivos

Objetivo geral

Objetivos específicos

Justificativa

É fato que há muitas vagas em universidades públicas e privadas após o ingresso de servidores públicos. No entanto, não descartam que a filosofia da instituição de ensino também seja responsável pelo fato de o aluno permanecer comprometido com o aprendizado.

Estrutura da pesquisa

Com base no exposto e nos dados fornecidos por Brasil (2018), conforme tabela 1 acima, justifica-se a importância deste estudo, considerando que a evasão ocorrida nas instituições de ensino superior promove, além da perda dos direitos humanos nas o futuro do capital, perda de valores financeiros investidos com impostos e manutenção da estrutura do IFES, bem como a tendência de manutenção do fosso social existente entre os que se formam e os que não se formam, em muitos casos. A primeira diz respeito ao cenário e perspectivas da educação no Brasil; a segunda trabalha com o estudo da evasão e persistência estudantil no ensino superior.

Cenários e perspectivas da educação no Brasil

Instituições de Ensino Públicas e Privadas e relacionamento com discentes

Ainda segundo Stallivieri (2006), as instituições de ensino superior privadas têm como fonte de financiamento o pagamento das mensalidades pelos próprios alunos. Os recursos financeiros movimentados pelo setor privado de ensino superior são substanciais, principalmente devido aos contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES).

Motivação e desmotivação discente

Por inferência, podemos dizer que esses fatores, estresse e tensão, também influenciam o comportamento dos estudantes em instituições de ensino superior, assim como outras variáveis, como as apresentadas por Hilpert et al. Principalmente quando se trata de instituições de ensino superior privadas, que tratam o aluno como cliente, podem surgir fatores de insatisfação como nas relações entre eles.

Evasão e permanência em instituições de ensino superior

A perseverança tem, portanto, um caráter emocional e dela depende o sucesso ou o fracasso do aluno na instituição (MARTINEZ, 2003). Mais adiante, Tinto (1993) acrescenta que a experiência que o aluno tem na faculdade (integração acadêmica e social) enfraquece ou fortalece seu comprometimento com seus objetivos na instituição. O Student Attrition Model (MAE), desenvolvido por Bean (1980), é considerado uma alternativa ao modelo de Tinto.

A decisão de permanecer ou não no curso ou na instituição dependerá exclusivamente do aluno ou de sua adaptação à instituição, bem como de outros fatores externos.

FIGURA 1 – Modelo teórico de Tinto sobre evasão ou persistência escolar  Fonte: Adaptado de Tinto (1975, p
FIGURA 1 – Modelo teórico de Tinto sobre evasão ou persistência escolar Fonte: Adaptado de Tinto (1975, p

Sínteses dos modelos e principais teorias sobre evasão

  • Aplicação do modelo teórico de Tinto para o caso brasileiro em estudo
  • O modelo de abandono escolar de Spady
  • O modelo de Evasão de J. Bean
  • O modelo conceitual de Pascarella

O Modelo de Engajamento Aluno-Instituição após o primeiro ano foi desenvolvido por Nora et al. Este modelo, para além de incluir todas as variáveis ​​do Modelo de Tinto (1975), considera que as vivências dos alunos podem ser direta ou indiretamente influenciadas pela integração académica e social, contribuindo assim para o reforço dos objetivos académicos e com a variável de ligação com o instituição. Não é difícil perceber, mesmo em conversas triviais com autoridades educacionais, como diretores e professores do ensino médio ou superior, que hoje o modelo Tinto ainda representa a realidade observada no cotidiano acadêmico, sem comprometer o comprometimento do aluno com o curso e com a instituição, o que leva à evasão.

1995) e Bardagi, (2007), o envolvimento com o curso deve ser adicionado ao modelo de Tinto, pois esta é a variável que mais impulsiona os alunos a concluírem o curso.

FIGURA 2 - Modelo de Spady Fonte: Himmel (2002, p. 99)
FIGURA 2 - Modelo de Spady Fonte: Himmel (2002, p. 99)

Modelos Hipotéticos de Pesquisa

Considerando as informações acima, foi proposta a segunda hipótese (H2), a saber: condições adequadas promovem um impacto positivo no comprometimento com a instituição. Considerando as informações acima, foi proposta a terceira hipótese (H3), a saber: condições adequadas promovem um impacto positivo no comprometimento com a instituição. Das considerações anteriores, surge a quinta hipótese (H5), a saber: o comprometimento com as metas promove uma influência positiva na decisão de permanecer cadastrado.

Com base nas considerações anteriores, foi proposta a sexta e última hipótese (H6), a saber: o comprometimento com a instituição promove impacto positivo na decisão de permanecer matriculado.

FIGURA 3 - Modelo de Tinto adaptado para esse estudo  Fonte: Elaborado pelo autor
FIGURA 3 - Modelo de Tinto adaptado para esse estudo Fonte: Elaborado pelo autor

Tipologia da pesquisa

Posteriormente, é apresentada a técnica de recolha de dados utilizada, bem como a análise e tratamento dos dados recolhidos. Em relação à pesquisa quantitativa, Oliveira (2011) afirma que ela é o resultado da análise dos dados, por meio de expressões estatísticas de uma grande quantidade de dados encontrados, que leva à conclusão de um estudo. A crítica vem da possibilidade de aceitar evidências errôneas que podem afetar os resultados; mas com rigor e ferramentas de coleta de dados apropriadas, o rigor científico é alcançado.

Em conclusão, a pesquisa apresentada, embora tenha atributos descritivos, confirmatórios e explicativos, é principalmente qualitativo-quantitativa, na forma de um único caso.

Delimitação da pesquisa

Técnica de coleta de dados

O segundo bloco é composto por quatro questões sobre a variável financeira do respondente, com as quais queremos verificar se afeta o desejo de perseverança. O terceiro bloco é composto por quatro questões que visam familiarizar o respondente com a questão profissional e a percepção de satisfação pessoal, acadêmica e profissional na disciplina escolhida. A seguir, para melhor entendimento, é apresentada a relação entre as questões dos instrumentos de pesquisa e as teorias apresentadas sob o título da Tabela 3.

É importante para mim me formar no IFMG, porque não gostaria de me formar em nenhuma outra instituição.

Análise e tratamento dos dados

Segue-se a análise dos "outliers" identificados, distribuição da amostra (normalidade) e estatística descritiva tendo em conta os aspectos apresentados neste estudo.

O IFMG-Ouro Preto

O IFMG - campus Ouro Preto - oferece modalidades de ensino a distância nas áreas de automação industrial, controle ambiental, edificações, eletrônica, hotelaria, metalurgia e serviços públicos. LIBRAS, Planejamento de Mina com Software Micromine, Vitrines de Tecnologia Cervejeira e Joias Temáticas. Atualmente, estão matriculados 2.275 alunos, abrangendo todas as modalidades do curso no campus Ouro Preto-MG2.

3 Dados obtidos no site institucional do Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Ouro Preto.

Outliers

Os valores da Distância D2 de Mahalanobis para todos os elementos amostrais são apresentados na Tabela 2, presente no apêndice deste estudo.

Normalidade

A violação da distribuição normal da amostra impõe o uso de técnicas estatísticas multivariadas robustas para amostras que não possuem distribuição normal.

Características da amostra

Ressalte-se também que pouco mais da metade dos entrevistados possui renda familiar média de até R$ 2.000,00. Além disso, quanto à escolaridade dos pais dos entrevistados, a maioria concluiu o ensino médio. A percepção do desempenho dos alunos que participaram da pesquisa em relação ao de seus colegas, antes de ingressarem no IFMG, é de igualdade, ou seja, os respondentes consideram seu desempenho escolar semelhante ao de seus colegas.

Por fim, foram coletados dados de alunos matriculados em 15 cursos diferentes e os que apresentaram maior participação na composição da amostra são do próprio curso.

GRÁFICO 2 -  Faixa etária dos respondentes
GRÁFICO 2 - Faixa etária dos respondentes

Estatística Descritiva

Persistência

Mais uma vez, os resultados mostram que a grande maioria dos entrevistados não deseja abandonar o curso - mais de 97% - ou, posteriormente, deseja concluir o curso do IFMG até o fim. Da mesma forma que antes, os alunos pretendem permanecer no IFMG até o final do curso, pois mais de 97% das respostas mostram um nível de concordância com esse objetivo. 5, parece que mais de 97% dos entrevistados concordam com essa afirmação e a alternativa mais escolhida foi a 10 com 84,6%.

Portanto, pode-se concluir que os alunos do IFMG possuem um nível de persistência muito alto para concluir seu curso no IFMG.

TABELA 2 - Persistência
TABELA 2 - Persistência

Condições financeiras

Mais de 55% dos entrevistados concordam - em vários níveis - que estão satisfeitos com o apoio financeiro fornecido pelo IFMG. O terceiro indicador tem a seguinte assertiva: "minha situação financeira é boa e assim deve se manter durante o curso no IFMG". A próxima pergunta pergunta ao respondente se ele tem recursos suficientes para continuar estudando no IFMG.

Os resultados obtidos indicam que a maioria dos alunos do IFMG - cerca de 69% - acredita ter recursos financeiros para continuar estudando na IES.

TABELA 3 - Condições financeiras
TABELA 3 - Condições financeiras

Experiência do curso

Os resultados mostram que a grande maioria - mais de 88% - acredita ter feito a escolha certa em relação ao curso que está fazendo no IFMG. Esse resultado é reforçado pelo fato de a opção mais destacada ser a opção 10, com mais de 50% do total de notas. A opção mais assinalada - 86,7% - foi a opção 10, que corresponde ao grau de concordância com o enunciado da questão.

6 mostra que quase todos os alunos - mais de 98% - pretendem frequentar as aulas e estudar muito no IFMG.

TABELA 5 - Comprometimento
TABELA 5 - Comprometimento

Validade convergente

Mais de 97% dos entrevistados escolheram uma das opções entre 6 e 10, o que indica um nível de concordância com a afirmação da questão. A maneira de verificar a validade convergente envolve calcular dois parâmetros e comparar seus valores com o que são considerados valores de referência. Assim, além dos valores de carga fatorial, sua composição também utiliza valores de erro na mensuração de cada um dos indicadores dos construtos (HAIR et al., 2009).

Os valores de AVE e CC estão acima do parâmetro de referência – 0,500 e 0,700, respectivamente.

Validade discriminante

Fornell e Larcker (1981), onde o valor da raiz quadrada das AVEs do par de construtos – cada construto tem sua AVE – deve ser maior que o valor da correlação entre esses dois construtos. É preciso considerar, mesmo que o critério acima seja atendido, que o valor da correlação entre o par de construtos não deve ser superior a 0,85 (ANDERSON; . GERBING, 1988). Valores muito altos de correlação entre construtos indicam que esses construtos dificilmente são diferentes entre si, além da possibilidade de serem redundantes, ou seja, apesar de referirem-se a conceitos diferentes, podem não ser distintos.

Observe que as construções aparecem nas linhas e colunas para representar a correlação entre elas.

Validade nomológica

O valor da variação explicada para a experiência do curso, comprometimento com a meta e construtos de comprometimento é baixo. A hipótese 1 (H1+) expressa como "condições adequadas promovem impacto positivo no comprometimento com a meta foi rejeitada por ter coeficiente não significativo e não foi validada. Hipótese 2 (H2+), que afirma que condições adequadas promovem impacto positivo no comprometimento com a meta instituição foi validada.

A hipótese 6 (H6+), de que o envolvimento com a instituição influencia positivamente a decisão de permanecer matriculado, foi validada.

FIGURA 5 - Validade nomológica do modelo hipotético
FIGURA 5 - Validade nomológica do modelo hipotético

Limitações da pesquisa

No estudo de caso, comprovou-se que a teoria apontada por vários autores citados, que afirmam que a evasão é alta nos cursos superiores no Brasil, não se aplica ao IFMG de Ouro Preto-MG, indo também no direção oposta. das estatísticas do Ministério da Educação (BRASIL, 2018). Levando em conta os resultados estatísticos apresentados, afirma-se que a taxa de evasão na instituição estudada pode ser praticamente anulada se houver um pouco mais de recursos financeiros para a manutenção dos alunos economicamente dependentes. O resultado deste estudo deve ser apresentado a outras instituições de ensino superior na esperança de que o índice de evasão encontrado no IFMG – Ouro Preto seja replicado, o que comprovaria a qualidade do IFES nesse quesito.

Portanto, preferiu-se aceitar apenas as respostas obtidas como índice positivo para a instituição estudada, ou seja, a evasão no IFMG da amostra é mínima.

Recomendações para estudos futuros

De engajamento em engajamento: alunos e aprendizagem. lt;https://www.academia.edu/23888844/Do_Commitment_to_Commitment_to_the_student and_and_to_learning>. Journal of Product & Brand Management, vol. Examinando a perspectiva de tempo futuro dos alunos: caminhos para a construção do conhecimento. lt;https://www.researchgate.net/publication/263491811_Examining_students'_future_time _perspective_Pathways_to_knowledge_building>. Motivos de evasão dos cursos superiores de uma faculdade da cidade de Blumenau.

Fatores de permanência e evasão de estudantes do ensino superior privado brasileiro: um estudo de caso.

Imagem

TABELA 1 - Relação de vagas e de conclusão de curso  Tipos de
FIGURA 1 – Modelo teórico de Tinto sobre evasão ou persistência escolar  Fonte: Adaptado de Tinto (1975, p
FIGURA 2 - Modelo de Spady Fonte: Himmel (2002, p. 99)
FIGURA 3 - Modelo de Tinto adaptado para esse estudo  Fonte: Elaborado pelo autor
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Referências

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