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ASSISTÊNCIA SOCIAL: significados em (des)construção no Brasil contemporâneo.

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Academic year: 2023

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O artigo analisa criticamente os significados híbridos assumidos pela assistência social - privada e público-estatal - na regulação das expressões fronteiriças da questão social no Brasil nas décadas de 1990 e 2000. Com base em pesquisas bibliográficas e documentais, capta os significados da questão social. assistência no conflito entre política e cultura na vida brasileira contemporânea, que é marcada pelo cruzamento de matrizes hierárquico-autoritárias e conservadoras;. Compreender, interpretar e analisar criticamente os significados da assistência social no Brasil contemporâneo requer compreendê-la no interespaço entre cultura e política, que é parte integrante da "política cultural" (DAGNINO, 2000) na vida brasileira nas décadas de 1990 e 2000 .

Manifestam-se nas perspectivas da assistência social denominada “tutelar” – sob o título de assistencial – e “emancipatória” – na perspectiva dos direitos de cidadania social – que neste início do século XXI estão supostamente em conflito entre si são em termos de interpretações e intervenções à luz desta expressão limitante da questão social: a pobreza. Por sua vez, tal interpretação reducionista da questão social da pobreza começa a exigir formas de gestão e controlo que se concentrem na punição ou na assistência social da sociedade civil e/ou do Estado. Tendências que indicam riscos de enfraquecimento, demissão e erosão simbólica da assistência social como políticas públicas transversais recentemente introduzidas na jurisdição, conforme previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS, 1993), na Política Nacional de Assistência Social (PNAS), 2004 ) e na Norma Operacional Básica que define seu funcionamento no território nacional por meio do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS, 2005).

II – (DES)CONSTRUÇÃO E DISPUTA DOS SIGNIFICADOS DA AJUDA SOCIAL: UM AMÁLGAMA POLÍTICO-CULTURAL NO BRASIL CONTEMPORÂNEO. Para tanto, como modelo de gestão da PNAS, prevê o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que visa articular em todo o território nacional as responsabilidades, vínculos e hierarquias do sistema de serviços, benefícios e ações de assistência social. de caráter permanente ou eventual, implementado e prestado por pessoas jurídicas de direito público, segundo critérios de universalidade e atuação em rede hierárquica e em coordenação com a sociedade civil por meio da construção e/ou fortalecimento do Sistema de Assistência Social e Controle Social Rede (PNAS, 2004). Na tentativa reflexiva de configurar os elementos dessa matriz, foco especificamente nos aspectos relativos à questão social, aos direitos de cidadania e ao campo da assistência social – com ênfase na sua versão privatista.

34; matriz de indiferença" relacionada, no entanto, com o discurso da cidadania e da participação da sociedade civil, como sinônimos de "ajuda solidária individual", solidariedade social, voluntarismo de elite no campo da assistência social privada versus sua configuração recente como política pública e direitos. Precisamente em da intersecção dessas três matrizes político-culturais e das ressignificações híbridas criadas no campo social, a regulação da assistência social como política pública - componente do tripé previdenciário - ocorreu e tem sido operacionalizada por meio do SUAS. a assistência – privada e/ou público-estatal – parece, neste contexto híbrido, elevada quase a um mito face às expressões limítrofes da questão social agora centradas nos crescentes e complexos processos de empobrecimento (MOTA, 2008).

Neste ponto, fica clara a primazia e a responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. Cabe ao órgão administrativo federal responsável pela política nacional de assistência social a gestão do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), sob orientação e controle do CNAS. Para implementar os pressupostos da CF/88 e da LOAS, foi aprovada em 1997 a primeira norma operacional básica, que conceitua o sistema descentralizado e participativo da política de assistência social.

No mesmo ano, foi publicada uma Norma Operacional Básica de acordo com o disposto na Política Nacional de Assistência Social. Em 2004, após um movimento de discussão nacional, foi adotada uma nova Política Nacional de Assistência Social com o objetivo de implementar o Sistema Único de Assistência Social. Os atuais instrumentos de regulação da Política de Assistência Social são, portanto, CF/88, LOAS/93, Política Nacional de Assistência Social/2004 e Norma Operacional Básica/SUAS/2005.

Nesse sentido, nesta série tentaremos trazer algumas reflexões sobre a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) de 2004, o Sistema Uniforme de Assistência Social (SUAS) e a Norma Operacional Básica (NOB/SUAS). É importante ressaltar que as diretrizes indicadas para a gestão da Política Nacional de Assistência Social baseiam-se na perspectiva da organização e implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), cuja construção vem sendo discutida desde o III Congresso Nacional de Assistência Social. Conferência de Assistência Assistencial. e está implementado na PNAS 2004 e na Norma Operacional Básica (NOB/SUAS). A nova política assistencial nacional adotada em 2004, que preconiza a implementação do SUAS, exigiu novos padrões, o Padrão Operacional Básico (NOB).

Para esta definição foram estabelecidos níveis de gestão e corresponsabilidade das esferas governamentais no financiamento da política de assistência social. Tudo isto mostra que a política de assistência social tem avançado na sua “regulação pelo Estado, na definição dos seus parâmetros, padrões e prioridades”. Dada a actual situação política, social e económica em que as políticas de assistência social são implementadas, é necessário compreender os constrangimentos e limitações estruturais que ameaçam a sua eficácia.

A investigação do processo de implementação da política de assistência social é uma medida importante, do ponto de vista da implementação do Sistema Único de Assistência Social, capaz de analisar, avaliar e construir conhecimento da área. Um convite que parece ser para pensar prospectivamente os próximos anos da política de assistência social. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Política Nacional de Assistência Social (PNAS) - Brasília, Secretaria Nacional de Assistência Social, novembro de 2004.

A TRAJETÓRIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA: da década de 1930 aos antecedentes da promulgação da Constituição Federal de 1988. São incentivados estudos no campo social e criadas oportunidades para discutir os rumos da assistência social brasileira.

Referências

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O segundo capítulo, trata da política de assistência estudantil no Brasil; a inserção do Serviço Social na política de educação; e o Programa Nacional de Assistência