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Avaliação da autodepuração e qualidade da água no rio Maracujá, analisando a influência do distrito de Cachoeira do Campo - MG.

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Academic year: 2023

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AVALIAÇÃO DA AUTOPURIFICAÇÃO E DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO MARACUJÁ, ANALISANDO O IMPACTO DO DISTRITO DE CACHOEIRA DO. Avaliação da autodepuração e qualidade da água do Rio Maracujá, analisando o impacto do distrito de Cachoeira do Campo - MG [manuscrito] / Gabriel Moraes.

OBJETIVOS GERAIS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARACUJÁ

A crescente ocupação urbana associada às atividades agropastoris, em conjunto com outras atividades, representa um cenário evidente de incompatibilidade quanto ao uso do rio (BACELLAR, 2000).

Figura 2: Dinâmica Fluvial Quaternária do Rio Maracujá.
Figura 2: Dinâmica Fluvial Quaternária do Rio Maracujá.

SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS –

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE OURO PRETO, MINAS

  • ABASTECIMENTO DE ÁGUA
  • ESGOTAMENTO SANITÁRIO
  • DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS
  • LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Segundo o PMOP (2011), a rede de esgoto da cidade atendeu 76,6% da população com 12.650 ligações domiciliares. Segundo o PMOP (2011), o sistema de drenagem do município sofre com dimensões precárias, lançamento de resíduos nos cursos d'água, mau uso (rede mista, com sistema de esgoto) e problemas de conservação.

Tabela 1: Sistema de esgotamento sanitário atual (2013).
Tabela 1: Sistema de esgotamento sanitário atual (2013).

CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO DOMÉSTICO

AUTODEPURAÇÃO

Zona de degradação - localizada a jusante do ponto de partida, caracterizada por uma queda inicial na concentração de oxigênio dissolvido e pela presença de organismos mais resistentes; Zona de decomposição ativa - região onde a concentração de oxigênio dissolvido atinge o valor mínimo e a vida aquática é dominada por bactérias e fungos (anaeróbicos) e. Zona de recuperação - região onde se inicia a fase de restauração do equilíbrio pré-poluição, com presença de vida aquática superior.

Figura 4: Autodepuração em um curso d’água.
Figura 4: Autodepuração em um curso d’água.

VAZÃO EM RIOS

MÉTODO FLUTUADOR

12 A = área média dos dois trechos do rio (distância entre as margens multiplicada pela profundidade média do rio) em m². Meça o comprimento e marque a parte superior e inferior da peça esticando as cordas e amarrando-as nos postes, conforme a Figura 5. Essas duas áreas são, portanto, somadas e divididas por dois para dar a área média do trecho do rio.

A profundidade média das seções superior e inferior é determinada marcando intervalos iguais ao longo da corda e medindo a profundidade em cada intervalo marcado (Figura 6). 13 Calcule a profundidade média de cada seção, divida o total das medições pelo número de intervalos mais 1 (adicione 1 ao cálculo da média devido à necessidade de considerar a profundidade zero). A largura é determinada pelo alongamento da fita de margem a margem para cada seção (PALHARES et al., 2007).

Figura 5: Marcação do trecho no rio.
Figura 5: Marcação do trecho no rio.

IMPORTÂNCIA DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D’ÁGUA E ÍNDICE

Dispõe sobre as condições e normas para o lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº. 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). De acordo com a Deliberação Normativa nº. 20, de 24 de junho de 1997, que dispõe sobre o enquadramento das águas da bacia do rio das Velhas, é classificado como classe o trecho desde as nascentes do rio Maracujá até a confluência com o rio das Velhas. 2 (ANA, 2005). O Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG instituiu a Deliberação Normativa Conjunta nº 01, de 05 de maio de 2008, que dispõe sobre o enquadramento e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos hídricos superficiais do domínio mineiro (Tabela 1).

Demolhar os legumes que se comem crus e os frutos que crescem junto ao solo e se comem crus sem retirar a pele; Irrigação de hortaliças, fruteiras e parques, jardins, áreas esportivas e recreativas onde o público possa estar em contato direto com a água; Por exemplo, um baixo valor de IQA indica má qualidade da água de abastecimento, mas a mesma água pode ser utilizada para outros fins, conforme Tabela 1 (ANA, s.d.).

Os parâmetros considerados no cálculo do IQA são: oxigênio dissolvido (OD), bactérias coliformes termotolerantes, pH, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), nitrato, fosfato, temperatura da água, turbidez e sólidos totais (ANA, n.d.).

OXIGÊNIO DISSOLVIDO

Segundo Von Sperling (2005), os mecanismos de difusão molecular e difusão turbulenta são basicamente os processos responsáveis ​​pela transferência de oxigênio da fase gasosa para a fase líquida, sendo a difusão molecular um processo lento e característico em corpos d'água lentos (praticamente segure). O processo de difusão turbulenta é mais eficiente devido à aeração que ocorre devido às propriedades hidrodinâmicas do corpo d'água. Os fenômenos de interação mais importantes no consumo de oxigênio são: oxidação da matéria orgânica, nitrificação e demanda bentônica.

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO

17 Em termos práticos, aprox. 20 dias ou mais para águas residuais domésticas para estabilização completa da matéria orgânica, o que corresponde à demanda final de oxigênio (OBD). Para que o teste de DBO seja realizado, a temperatura deve ser de 20°C, pois diferentes temperaturas interferem na velocidade do metabolismo bacteriano e alteram a relação entre a DBO de 5 dias (DBO5) e a DBO final (BoD) (VON SPERLING) , 2005).

POTENCIAL HIDROGENIÔNICO – pH

TEMPERATURA

MODELO DE STREETER PHELPS (1925)

COEFICIENTE DE DESOXIGENAÇÃO K 1

A formulação da cinética de desoxigenação visa analisar matematicamente o consumo de oxigênio na amostra ao longo do tempo, ou seja, o valor da DBO residual correspondente à concentração de matéria orgânica residual na massa líquida em um determinado momento, e o valor da DBO exercida correspondente ao oxigênio consumido para estabilizar a matéria orgânica até este ponto, conforme mostra a Figura 8 (VON SPERLING, 2005).

Tabela 5: Valores típicos de K1 (base e, 20°C)  Origem  K 1  (dia -1 )  Esgoto bruto concentrado  0,35 – 0,45  Esgoto bruto pouco concentrado  0,30 – 0,40
Tabela 5: Valores típicos de K1 (base e, 20°C) Origem K 1 (dia -1 ) Esgoto bruto concentrado 0,35 – 0,45 Esgoto bruto pouco concentrado 0,30 – 0,40

COEFICIENTE DE REAERAÇÃO K 2

A profundidade e a velocidade dos corpos d'água estão diretamente relacionadas aos valores de K2, conforme mostra a Figura 9, pois rios mais rasos e rápidos costumam apresentar coeficientes mais elevados (VON SPERLING, 2005). O valor de K2 pode ser determinado usando fórmulas empíricas e semi-empíricas relacionadas com as características hidráulicas do sistema.

Figura 9: Influência das características físicas no coeficiente K 2 .  Fonte: Adaptado de Von Sperling (2005)
Figura 9: Influência das características físicas no coeficiente K 2 . Fonte: Adaptado de Von Sperling (2005)

ANÁLISE DO OXIGÊNIO DISSOLVIDO NO RIO MARACUJÁ

A medição de OD foi realizada durante a estação seca no dia 25 de agosto de 2017 ao longo do trajeto a montante do rio atravessando a área urbana de Cachoeira do Campo.

Figura 10: Mapa do trecho do rio Maracujá.
Figura 10: Mapa do trecho do rio Maracujá.

ANÁLISE DA DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO NO RIO MARACUJÁ

MEDIÇÃO DE pH

MEDIÇÃO DE VAZÃO DO RIO

27 para a utilização do método, quantificar a vazão do rio antes e depois do perímetro urbano de Cachoeira do Campo, estimando a vazão de esgoto lançada pelo bairro e afluentes durante o trecho. Vale ressaltar que as vazões não foram medidas dentro do perímetro da cidade, nos demais pontos críticos estabelecidos (P7, P11 e P12), pois as características morfológicas e químicas do córrego, como: declividade elevada e poluição excessiva, impossibilitaram para acessar as análises hidrométricas, pois as condições representavam um risco.

MEDIÇÃO DA VAZÃO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS

  • POPULAÇÃO DE CACHOEIRA DO CAMPO NO ANO DE 2017
  • CONSUMO PER CAPTA
  • COEFICIENTE DE RETORNO ÁGUA/ESGOTO
  • CÁLCULO DA VAZÃO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS

O coeficiente de retorno água/esgoto recomendado segundo a Norma Brasileira - NBR 9649 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT é de 0,8.

A ferramenta calcula os valores de K1 e L0 levando ao valor mínimo da soma dos erros quadrados (DBOobs - DBOcal)², onde é definido como a célula alvo, variando as células de K1 e L0 (valores estimados) onde os primeiros dados são apresentados. Caso não haja convergência ou solução, as condições iniciais propostas devem ser alteradas (VON SPERLING, 2007).

ESTIMATIVA DO K 2

OXIGÊNIO DISSOLVIDO AO LONGO DO TRECHO ANÁLISADO NO RIO

Os pontos destacados em azul na Tabela 7 são os pontos selecionados para análises de BOD. O valor de DO medido no ponto 6 em relação ao ponto 7 foi menor devido ao ponto 6 estar logo a jusante de uma tubulação de descarga de efluentes. Vale ressaltar que a descarga de esgoto da área urbana de Cachoeira do Campo é compreendida ao longo do alinhamento 4-11, conforme observado em campo.

O pico OD ocorrido entre os pontos 11 e 12 é explicado pelas corredeiras de alta declividade e formação de cachoeiras, conforme mostra a Figura 13. Foi elaborado o perfil topográfico do trecho do rio, onde a alta declividade entre os pontos 11 - 13 conforme mostra a Figura 14.

Figura 12: OD ao longo do perfil estudado.
Figura 12: OD ao longo do perfil estudado.

ANÁLISES DE DBO NOS PONTOS ESTABELECIDOS

Com as amostras definidas, foram criados gráficos de DBO ao longo dos dias para cada ponto (Figuras 15 a 19). A mudança brusca dos valores de DBO conforme ilustrado nas figuras 15, 18 e 19, bem como a diminuição da DBO no 21º dia em relação ao 19º dia de medição em todos os frascos, pode ser explicada por alguns fatores como: ar nos frascos, mudança de temperatura e razão de diluição, bem como a diminuição da DBO no 21º dia em relação ao 19º dia de medição em todos os frascos. Para melhor compreensão dos resultados, foi elaborada a tabela 11, que mostra a correlação entre a DBO final (DBOu) e a DBO padrão (DBO5) e cada ponto de análise.

Comparando a tabela 11 com a tabela 4, que ilustra a faixa típica da relação DBOd/BoD5, percebe-se que apenas o ponto 11 representa as características secundárias do efluente, portanto os demais pontos tiveram razão maior que 3, não se adequando a nenhum das fontes de efluentes, conforme mostrado na Tabela 4.

Tabela 10: Valores de DBO das amostras  Pontos  Frascos  DBO 0
Tabela 10: Valores de DBO das amostras Pontos Frascos DBO 0

ANÁLISE DO pH

VAZÃO DO RIO MARACUJÁ NOS PONTOS 3 E 18

ESTIMATIVA DA VAZÃO MÉDIA DE ESGOTO DE CACHOEIRA DO CAMPO

CÁLCULO DO K 2 ATRAVES DE EQUAÇÕES EMPÍRICAS

43 Observou-se que o coeficiente de reaeração do ponto 3, localizado a montante da área urbana de Cachoeira do Campo, até o ponto 18, localizado a jusante, aumentou em aprox. 12%, o que pode ser explicado pela topografia do rio.

ANÁLISE DA AUTODEPURAÇÃO POR MEIO DO OD E DBO

De acordo com o Relatório de Esgotamento Sanitário Municipal de Ouro Preto - MG, publicado em 2017 pelo Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SINRH), que prevê a instalação de uma ETE até o ano de 2035 na cidade onde está localizado o município, pode , segundo o laudo encerrado, não há previsão de instalação de ETE para tratamento de esgoto doméstico no distrito de Cachoeira do Campo, uma vez que a bacia hidrográfica de Cachoeira do Campo (que está contida na bacia do rio das Velhas) é diferente de Ouro Preto (que faz parte da bacia do rio Doce), destacando que o distrito está em crescimento populacional e econômico. De acordo com este estudo, a deterioração do rio Maracujá e seu entorno pode ser observada como resultado das análises de OD e BOD, em que é visível a poluição do curso d'água, principalmente na parte do rio que está incluída na o perímetro urbano. A instalação de uma ETE no bairro é indispensável uma vez que os diversos impactos gerados pelo lançamento de esgoto no Rio Maracujá foram quantificados e qualificados, preservando a saúde da população e a deterioração do curso d'água e hidrográfica do rio mínimo.

A alta declividade do rio após o ponto 11 promove a reação do rio, provoca a oxidação da matéria orgânica, remove parcialmente a DBO, reduz o odor e promove a recuperação do rio para o distrito de Amarantina. Considerando o fator de declividade observado a partir do ponto 11, uma medida mitigadora é a instalação de interceptores na tubulação de descarga do rio para coletar esse esgoto do ponto 5 ou 6 ao ponto 11, desviando as águas residuais domésticas para longe da área urbana do distrito , melhoria da qualidade do curso d'água neste trecho, melhoria das condições ambientais do entorno do rio, tais como: aparência, odor, risco à saúde humana pelo contato com a água. Fatores determinantes da produção e escoamento de sedimentos na bacia do Rio Maracujá – Quadrilátero Ferrífero / MG.

Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água na Bacia do Alto Rio das Velhas, SEMAD, Coordenação Estadual, Belo Horizonte, 2006.

Imagem

Figura 1: Hidrografia da região do rio Maracujá.
Figura 2: Dinâmica Fluvial Quaternária do Rio Maracujá.
Figura 3: Composição do SEGRH.
Tabela 1: Sistema de esgotamento sanitário atual (2013).
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Referências

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