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Avaliações tireoidianas e lipídicas em mulheres no climatério.

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Academic year: 2023

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Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a incidência de alterações antropométricas e laboratoriais em mulheres na menopausa e determinar o risco de doenças cardiovasculares e a frequência de alterações de componentes da síndrome metabólica nessa população. Os fatores de risco para doenças cardiovasculares mais comuns nesse grupo foram circunferência da cintura alterada (81,0%) e LDL-c baixo (57,3%). Os resultados deste trabalho confirmam a importância de estudar os hormônios tireoidianos em mulheres na menopausa, além de monitorar seu perfil lipídico, a fim de reduzir as patologias e a mortalidade associadas às doenças cardiovasculares.

INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Objetivos Específicos

REVISÃO DA LITERATURA

Climatério

No período pós-menopausa, quando todos os folículos perderam a função, os ovários estão muito velhos e mesmo a hipófise produzindo grandes quantidades de FSH, a produção de estrogênio fica muito baixa (COSTA et al., 2014). De acordo com De Lorenzi et al. (2009), o hipoestrogenismo criado nessa fase causa alguns sintomas climatéricos, dentre os quais estão mais presentes os sintomas vasomotores como ondas de calor, secura vaginal, dispareunia e urgência urinária. Esse desequilíbrio no consumo alimentar favorece o ganho de peso e também de gordura corporal, podendo levar a alterações desfavoráveis ​​no perfil lipídico, aumentando os fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, obesidade, dislipidemia, osteoporose e alguns tipos de câncer (ED LORENZI e outros, 2005).

Figura 1. Alterações hormonais no envelhecimento
Figura 1. Alterações hormonais no envelhecimento

Estrógeno e alterações lipídicas

  • Síndrome metabólica

Outra complicação causada pelas alterações lipídicas em mulheres na menopausa é o aumento da gordura visceral, também associado à obesidade. Fatores socioeconômicos, estilo de vida, idade, etnia, idade da menarca e número de gestações podem influenciar o aumento da prevalência de EM em mulheres. Com exceção da infância, as alterações da tireoide são mais comuns nas mulheres do que nos homens em qualquer período da vida, principalmente nas transições hormonais como a puberdade, a gravidez e o próprio climatério, o que reforça a maior atenção às alterações do TSH nessa fase (SILVEIRA TAVARES, 2009).

As principais patologias que mais acometem a tireoide durante a senilidade na mulher são principalmente hipotireoidismo (2% a 5%), hipertireoidismo (0,4%) e formações nodulares (9%). A literatura apresenta uma incidência de 9,9% dessa patologia em mulheres com mais de 55 anos e mostra a progressão da doença em pacientes que apresentavam TSH acima de 10. Estudos clínicos mostram que mulheres na pós-menopausa com hipotireoidismo que usam terapia hormonal com estrogênio apresentam redução plasmática. T4 livre e aumento de T4 total, globulina ligadora de hormônio tireoidiano (TBG) e TSH.

Nahas et ai. (2005) destacaram a associação entre hipotireoidismo subclínico e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa, com maior incidência de aterosclerose aórtica e infarto agudo do miocárdio. Devido à sobreposição de sintomas clínicos em mulheres na pós-menopausa associados à insuficiência ovariana, o diagnóstico de hipotireoidismo torna-se mais difícil e tende a ser subestimado. De acordo com as interações entre estrogênio e função tireoidiana, fica claro que mulheres climatéricas são mais suscetíveis a doenças da tireoide.

Devido a isso, a North American Thyroid Association (American Thyroid Society) recomenda que as dosagens de TSH sejam realizadas a cada cinco anos em mulheres, a partir dos 35 anos, para melhor controle e prevenção de casos patológicos relacionados à glândula.

Figura 3. Valores de referência de lipídeos e categoria de risco de aterosclerose.
Figura 3. Valores de referência de lipídeos e categoria de risco de aterosclerose.

METODOLOGIA

Amostra

A seleção dos participantes foi baseada no critério de proporcionalidade com relação à população cadastrada em cada equipe de saúde da família. A amostra foi composta por 300 mulheres de 40 a 65 anos cadastradas e entrevistadas em 20 equipes de saúde da família do município de Ouro Preto - MG. Os agentes de saúde dessas UBS selecionaram mulheres nessa faixa etária e as convidaram a participar deste estudo.

Coleta dos dados

  • Entrevista
  • Avaliação Antropométrica
  • Avaliação laboratorial
  • Avaliação clínica

A obesidade foi avaliada por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) e da circunferência da cintura (CC). As medidas antropométricas (peso, altura, toalete) foram realizadas por alunos devidamente treinados, após a coleta de sangue, em sala próxima ao local de coleta, em condições reservadas e adequadas, iluminação e temperatura adequadas. A estatura foi medida por meio de um estadiômetro portátil com precisão de 0,1 cm e comprimento máximo de 2 metros.

A CC foi medida em centímetros com fita métrica simples, sendo a cintura medida acima da crista ilíaca e abaixo da última costela. A medida foi realizada com o participante em pé, com os braços afastados do tronco, durante a expiração. Para a realização dos exames laboratoriais, o sangue total de cada paciente foi coletado por punção venosa periférica, em tubo sem anticoagulante, após jejum de 12 a 14 horas.

Os dados da pressão arterial aferida foram utilizados no diagnóstico da síndrome metabólica associada às medidas antropométricas e laboratoriais dos participantes. A presença de alterações nos componentes da síndrome metabólica foi avaliada de acordo com os critérios da IDF e NCEP-ATPIII. A classificação do estado menopausal das participantes foi realizada levando em consideração a regularidade dos ciclos menstruais e a data da última menstruação.

Os grupos foram classificados em pré-menopausa se os ciclos menstruais fossem mantidos naturalmente e pós-menopausa se amenorreia espontânea ocorresse por período igual ou superior a 12 meses consecutivos.

Análise dos dados

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Perfil sócio demográfico e comportamental

De Lorenzi et ai. (2005) também mostraram em estudo realizado com mulheres no mesmo período que a maioria das participantes pesquisadas encontrava-se na pós-menopausa (52,9%), com média de idade de 51,4 ± 4,4 anos, dado semelhante ao deste trabalho. De Lorenzi et ai. (2005) apresentaram um resultado aproximado em uma amostra de 611 mulheres climatéricas, onde 69,4% tinham parceiro fixo. De Lorenzi (2009) justifica esse problema citando o fato de os homens saberem pouco sobre a menopausa, o que implica na dificuldade de compreender o processo e, por vezes, levar a esse desfecho.

À medida que ocorre a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, a mulher fica limitada com as mudanças que o climatério provoca no corpo. Isso justifica a queda de renda de 8% das participantes e a renda abaixo de um salário mínimo de 50% dessas mulheres. Além disso, a maioria das mulheres era apenas usuária do Sistema Único de Saúde, indicando a precária situação financeira das participantes.

A pesquisa realizada por De Lorenzi e colaboradores (2005) constatou que 63% das mulheres pesquisadas tinham baixa renda, enquanto Sclowitz, Santos e Silveira (2005) relataram que 55% tinham renda inferior a um salário mínimo. O estudo de Sclowitz, Santos e Silveira (2005) encontrou o contrário, onde a média de escolaridade foi baixa, 6,6 ± 4,5 anos. Também com frequência diferente do presente estudo, relataram De Lorenzi et al. (2005) média de anos completos de estudo em seu trabalho com mulheres da mesma faixa etária.

Ainda, em estudo realizado por Santos et al. (2012) com mulheres na menopausa ao longo de cerca de duas décadas, a patologia mais comum ao final do estudo foi a hipertensão, 83,5%, seguida da dislipidemia (69%), obesidade (49,2% ) e diabetes (39,4%).

Alterações laboratoriais lipídicas

  • Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares
    • Alterações laboratoriais associadas ao status menopausal e dados
  • Síndrome Metabólica

É um dos fatores de risco independentes mais importantes para DCV e esteve presente neste estudo em 41% dos participantes. De acordo com a prevalência desses fatores de risco relacionados à população estudada, eles encontraram no estudo de Freitas et al. em 2007, que estimou a prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares na população de Ouro Preto-MG em 2001, que o sobrepeso e a obesidade foram fatores mais frequentes em mulheres, 31,0% e 17,2%, respectivamente, enquanto os valores de CC acima do normal foram observadas em 19,1% das mulheres. O estudo também mostrou que mulheres com menos de 50 anos apresentaram alta razão de chance para risco nutricional combinado, ou seja, ter CA acima e/ou IMC ≥ 25 kg/m², o que pode explicar a maior mortalidade por doenças do aparelho circulatório sistema em Ouro Preto dessa população.

Alterações laboratoriais associadas ao estado menopausal e dados antropométricos em relação aos fatores de risco antropométricos para doenças em relação aos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Para analisar a associação entre fatores de risco para DCV, alterações laboratoriais e estado menopausal da mulher, dividimos as participantes em dois grupos de acordo com o estado menopausal, que foi definido com base na história menstrual no último ano. A literatura sugere que as mulheres pós-menopáusicas podem estar em maior risco de doença cardiovascular (DCV) devido a uma maior frequência de fatores de risco como dislipidemia, obesidade, HA e DM (ESHRE, 2011).

A maioria dos fatores de risco avaliados foi comum após a menopausa, o que pode ser explicado pelo próprio aumento da idade, associado ao ganho de peso, dislipidemia e hipertensão, ou pelo fato de o hipoestrogenismo provocar muitas outras alterações metabólicas. Embora a frequência de glicemia de jejum alterada tenha sido maior em mulheres na pós-menopausa, 57,7% das mulheres na pré-menopausa apresentavam diabetes e apenas 42,3% das mulheres na pós-menopausa apresentavam essa comorbidade. Com valor próximo ao de De Lorenzi, estudo de Mel et al (2017) avaliando fatores de risco em mulheres na pós-menopausa com doença arterial coronariana apresentou 69,2% desse critério.

Em relação à síndrome metabólica, a literatura mostra maior frequência em mulheres na pós-menopausa em comparação com mulheres na pré-menopausa.

Figura 9. Frequência dos fatores de risco para doenças cardiovasculares apresentados pelas  participantes
Figura 9. Frequência dos fatores de risco para doenças cardiovasculares apresentados pelas participantes

Alterações laboratoriais tireoidianas

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONCLUSÃO

Risco alimentar na população urbana de Ouro Preto, Sudeste do Brasil: estudo dos corações de Ouro Preto. Prevalência de hipotireoidismo subclínico e consequências para o perfil lipídico e massa óssea em mulheres na pós-menopausa. Composição corporal, distribuição de gordura e metabolismo de repouso em mulheres histerectomizadas no climatério - existem diferenças de acordo com o modo de administração de estrogênio.

Assessment of knowledge and presence of cardiovascular risk factors among elderly patients in a city in Southern Brazil.

ANEXOS

Caracterização de fatores relacionados ao uso de hormonioterapia e qualidade de vida e saúde em mulheres climatéricas usuárias do Sistema Único de Saúde em Ouro Preto-MG. Participação no estudo: Se você decidir participar deste estudo, o primeiro passo será preencher um questionário. Riscos relacionados ao estudo: As chances de riscos à sua saúde durante a realização deste trabalho serão mínimas, pois a coleta de sangue será feita dentro das normas determinadas pelo laboratório, com materiais disponíveis (seringas, agulhas e luvas).

É importante ressaltar que uma simples punção na veia do braço é suficiente para a coleta de sangue, que não é dolorosa quando realizada com a técnica correta. Você precisará de algum tempo (cerca de 15 minutos) para preencher um questionário. Os procedimentos usados ​​para coletar amostras cervicais durante um exame pélvico são procedimentos padrão que geralmente são realizados em mulheres durante uma consulta ginecológica de rotina.

Seu nome não será mencionado nos relatórios do estudo e sua identidade não será revelada a ninguém. O direito de desistir do estudo e/ou fazer perguntas: É importante enfatizar que você é absolutamente livre para se recusar a participar ou retirar seu consentimento a qualquer momento durante a pesquisa e não é obrigado a coletar outras amostras. A explicação que recebi explica os riscos do estudo e como vantagem conhecerei meus resultados de laboratório para detectar precocemente qualquer patologia.

Eu entendo que meu nome não será usado, que não incorrerei em nenhum custo ou receberei dinheiro por participar deste estudo.

Imagem

Figura 1. Alterações hormonais no envelhecimento
Figura 2. Declínio funcional ovariano
Figura 3. Valores de referência de lipídeos e categoria de risco de aterosclerose.
Figura 4. Formação de placas de ateroma
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Referências

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Se ter saúde é não ter doenças e, além disso, é poder trabalhar, em um contexto em que as mulheres estejam mais sobrecarregadas e vivenciam mais