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Cantos de cultura, identidade e memória em Ipiabas e Conservatória

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Academic year: 2023

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Tem como tema central a Serenata do Conservatório - evento que ao longo das décadas tem encantado centenas de pessoas, a grande maioria das quais idosas - e reflecte sobre a importância da memória como mecanismo de "acção cultural" ou como recurso, lembrando George Os estudos de Yudice. A questão da memória foi aprofundada, tendo em conta o estudo das histórias contadas, a “memória” dos idosos (relembrando uma expressão de Walter Benjamin) e as perspectivas dos jovens a partir da revelação da importância da tradição cultural para o desenvolvimento da região, não só em termos económicos, mas também educativos e culturais. As pesquisas e atividades mostraram que além do diálogo interdisciplinar, que permitiu maior liberdade nas ações do projeto, a questão da memória (e da cultura) é um recurso.

Velho Realejo é uma composição exemplar para demonstrar a importância do estudo da “palavra cantada” como um todo, e não apenas da melodia que envolve a letra, a fim de preservar a memória.

Contrapontos e fugas

Aqui é uma mistura de elementos da capoeira Angola com movimentos rápidos que acompanham a batida dos tambores e o som do berimbau.2 Um terceiro ritmo da capoeira é chamado de contemporâneo, que é atualmente o mais praticado entre os capoeiristas em diferentes regiões do país. A configuração dos participantes da capoeira se dá em forma de roda, que foi naturalizada como roda de capoeira. Essa é uma das músicas cantadas em muitas rodas de capoeira como forma de enaltecer o instrumento essencial para definir o ritmo a ser dançado.

Os objetivos da capoeira como manifestação cultural vão ao encontro dos objetivos da educação física escolar, pois ambos visam desenvolver a psicomotricidade, elemento necessário à universalidade4 do ser humano. A prática da capoeira é um dos sinais de que vivemos numa sociedade caracterizada pela diversidade cultural. Estudos sobre intolerância religiosa no Rio de Janeiro revelam que a prática da capoeira é confundida pelos estudantes como uma prática religiosa.

A visita à Fazenda da Ponte Alta esteve relacionada com a apresentação do Grupo Jongo Sementes da África. O grupo Jongo Sementes da África já é tradicional na região no desenvolvimento de tal manifestação cultural. Mesmo assim, na roda de jongo observa-se quando o bailarino se familiariza com a prática cultural.

Spalas e claves

O coordenador do projeto foi convidado pela Pró-Reitoria de Extensão e Pesquisa (PROPEP) para criar um projeto de pesquisa e extensão a ser desenvolvido em Ipiabas e Conservatória. A partir dos primeiros diálogos – principalmente com as organizadoras do projeto Conservatória meu Amor, Marluce Magno e Elenice Lessa, em Conservatória, e com o advogado Jaime Horácio Ribeiro Barbosa e a professora Ivana Figueiredo Marchi, em Ipiabas – alguns pontos do projeto foram reorientados. adaptar-se às novas perspectivas de realização de atividades com estudantes e idosos. De valioso interesse: algumas construções de Ipiabas ainda guardam inúmeros valores: o Casarão da Antiga Remonta, de 1874, ponto de parada das tropas da Guarda Imperial, que ali descansavam e alimentavam seus cavalos (diz-se que no final do séc. século XIX o solar foi confiscado por falta de pagamento de impostos e assim doado ao exército, que ali instalou o quartel de Remonta em fevereiro de 1930); e a Fazenda São Joaquim das Ipiabas, fundada em 1820 pelo, mais tarde, primeiro barão de Rio Bonito.

Muitos jovens inquiridos, de ambos os sexos, não estavam firmemente definidos, mas muitos também acreditam que sim. Quatro escolas foram construídas no final do século XIX, duas das quais eram apenas para meninos; iniciou-se a construção de um novo cemitério, o primeiro abastecimento de água à freguesia e a pavimentação da Rua Direita. Os anos se passaram, na década de 1960 foi aberta uma estrada de terra entre o Conservatório e Barra do Piraí, mas o trecho Ipiabas/Conservatória só foi pavimentado 37 anos depois.

Percebemos que tanto em Ipiabas quanto na Conservatória o patrimônio tangível e imaterial é pouco percebido pelos moradores, e quando percebido pelos visitantes, eles sempre têm uma perspectiva turística e menos uma percepção de identidade. Por fim, procuramos uma aproximação da memória na sua relação com a ideia do projeto e com a expressão deste projeto em cada um dos edifícios-monumentos e nas diferentes versões do seu significado na cidade. O conservatório demonstra formas de responder à rápida urbanização, e torna visível a preservação de vestígios do início do século XX, que começam a incomodar os jovens.

Linhas e espaços em pauta

Não havia nenhum documento na Prefeitura de Valença que cedesse essa liga de terras aos índios. 1824 - Criação da Cura de Santo Antonio do Rio Bonito no local designado como Conservatório dos Índios. 1836 – Acréscimo ao Curadoria de Santo Antonio do Rio Bonito de parte do Curato das Dores pelo decreto nº.

O plano da vila foi confiado ao major César Carolino, o mesmo que traçou o plano de Valença. 22 de abril de 1850 – Assinatura para a construção de uma igreja de pedra em substituição à antiga capela destruída num incêndio, a pedido do então padre Pe. 26 de março de 1873 – A Câmara Municipal aprovou o primeiro abastecimento de água na Freguesia, realizado com água da nascente da margem esquerda do Rio Bonito, por iniciativa do Capitão Antônio Moreira C.

1885 – Aprovação de proposta de iluminação pública com bastões de querosene, pelo vereador Adolfo de Carvalho Gomes. Devido a disputas com seus parentes, os Puris, os Coroados de Valença instalaram-se na margem alta do rio. Entre 1883 e 1961, Ipiabas foi atravessada pela ferrovia Rede Mineira de Viação, que ligava os municípios de Barra do Piraí e Santa Isabel do Rio Preto.

Andamentos, tempos e modos

O projeto de extensão focou suas atividades nesses locais educativos e foi recebido com atenção e respeito, como aconteceu, por exemplo, com projetos como a Conservatória meu amor, que diariamente compartilha atividades com as duas unidades escolares de Conservatória citadas acima. , que se tornou uma espécie de parceiro constante. Em Conservatória – atividade e receptividade As atividades do Projeto de Extensão e Pesquisa nas instituições de ensino de Ipiabas e Conservatória foram organizadas de forma diferenciada. Os presentes imitaram o trem e, junto com alunos e professores, completaram o grupo necessário para a realização plena da composição.

Pela manhã, os alunos foram até a “Casa de Bonecos de Pano” com o objetivo de descobrir onde (ou melhor, como) nasceram. Costuma-se frequentar as lojas, restaurantes e/ou bares do centro histórico da Conservatória às sextas, sábados ou domingos. Você já fez uma serenata pelos bairros da Conservatória com um grupo do Projeto Conservatória meu amor.

De modo geral, os relatos preenchidos pelos estudantes das instituições de ensino confirmam a impressão que muitos jovens deixam em conversas informais nas ruas de Conservatória – trabalhem ou não, sejam mulheres ou homens. Em Ipiabas, o questionário foi distribuído para dois grupos de adolescentes e jovens, com diversas perguntas semelhantes às da Conservatória e algumas um pouco diferentes. O foco na tradição africana ganhou maior ênfase, em detrimento das questões em torno do interesse pela serenata da Conservatória.

Fermata estratégico-afetiva

Gugu é assistente social e trabalha no lar de idosos de Conservatória, tendo liderado diversas vezes o coordenador deste projeto na realização de difíceis entrevistas com os residentes desta instituição que cuida de idosos. Os pesquisadores puderam verificar que as atividades que mais atraem moradores estão, na maioria das vezes, relacionadas às igrejas – no caso de Conservatória, a Igreja de Santo Antônio, padroeiro da cidade. Ao comparar as entrevistas com as de outros actores sociais, foi possível aprender algo sobre o quotidiano da sua infância e juventude a partir da sua perspectiva, e reforçar a ideia de que recordar também é acção.

Os apoiadores dos museus locais, principalmente Ricardo e Volnei, devem ser destacados como importantes informantes sobre aspectos culturais e do cotidiano local, especialmente em relação às manifestações artísticas. Em Ipiabas, a professora Ivana Marchi, já citada, e o hoteleiro e advogado Jaime Horácio, também citado anteriormente, deram uma ajuda valiosa. Seu Hotel Fazenda São Sebastião e Pousada do Castelo, de propriedade da família da professora Ivana Marchi, tornou-se uma espécie de “centro de operação” do Projeto, na fase inicial.

A liderança e a presença desses dois empresários de Ipiabas permitiram que os pesquisadores conhecessem, em um curto espaço de tempo, os aspectos fundamentais do bairro Barra do Piraí e suas relações com o Conservatório. Em Ipiabas, a professora Ivana, que além de outros atributos culturais também é professora de matemática, garantiu um contato mais fácil e agradável com moradores, administradores e comerciantes. Foi no seu jardim, como já mencionado, que as crianças puderam participar da aprendizagem de forma lúdica, que alia ludicidade, curiosidade e conhecimento.

Dal segno al coda

É rural, doméstica, e enfrenta seus problemas em termos de transporte precário, ausência de espaços recreativos, de cultura e de bibliotecas (apesar do grande esforço de professores e moradores da região para criar seus espaços culturais e principalmente em ficar de pé).15 . Segundo o entendimento dos investigadores, refletido nos dados analisados, o Conservatório “urbano” não viu o Conservatório, ou não quis vê-lo. Percebe-se, portanto, que ao invés de insistir em aproveitar a “sobra” da serenata, é possível aproveitar o fluxo de visitantes que passam pela estrada Ipiabas-Conservatória para aumentar o número de turistas das duas para aumentar localidades vizinhas. , a médio prazo criar condições em termos de atração cultural e infraestrutura turístico-cultural.

Rio de Janeiro: Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Economia Empresarial da Universidade Candido Mendes, 2011. amp; FÉLIX, Idemburgo Frazão Et. Myriam Ávila; Eliana Lourenço Lima Reis; Renata Gonçalves. O que vem primeiro: a letra, a música ou a performance?” In: MATOS, Cláudia Neiva de; Travassos, Elizabeth e Medeiros, Fernanda Teixeira de. Rio de Janeiro: Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRJ, 2006.

Doutor em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor Universitário e Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras e Humanidades – Unigranrio. Equipe de colaboradores Equipe de colaboradores Equipe de colaboradores Equipe de colaboradores Equipe de colaboradores Lia Calabre de Azevedo.

Referências

Documentos relacionados

―O livro didático e a cultura escolar: Novas Palavras em foco”, “A identidade cultural e a interculturalidade em Novas Palavras‖ e ―O livro did tico e a cultura