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Academic year: 2023

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O PATRIMÔNIO CULTURAL, O DIREITO À PROPRIEDADE PRIVADA

O patrimônio cultural edificado enquanto valor fundamental

Este nacionalismo acabou por enfatizar a protecção do património cultural como algo importante para um grupo de cidadãos que tinham uma origem, um território, uma língua e uma cultura como laços comuns. Em nosso território nacional, o conceito de patrimônio cultural também se desenvolveu por meio do tratamento jurídico inovador concedido pela Constituição Federal de 1988. SANT´ANNA destaca também um quarto momento de proteção ao patrimônio cultural brasileiro: a década de 1990.

A propriedade privada: um direito relativo e não absoluto

Desta forma, começaremos a estudar o conceito de propriedade privada, sua natureza jurídica, bem como possíveis restrições ao uso. Este é, entre outras coisas, um exemplo de listagem – uma instituição legal que restringe os direitos de propriedade em favor dos interesses da comunidade, que agora espera legitimamente a protecção do seu património histórico e cultural. Resumindo: se em determinado caso for necessária a introdução de restrições (ou mesmo supressão) ao exercício do direito de propriedade em razão da proteção do patrimônio histórico e cultural, o poder público estará constitucionalmente autorizado a aceitar o referido. medidas.

As normas brasileiras de proteção ao patrimônio cultural: a normatização do

Embora o “limite” do artigo 24 da atual Constituição Federal não se refira aos Municípios no âmbito da competência legislativa concorrente, o fato é que o artigo 30 da Carta Magna prevê que a eles compete respectivamente “legislar a matéria”. de interesse local” (seção I); “Completar a legislação federal e estadual no que couber” (seção II); e “promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, nos termos da legislação federal e estadual e das ações fiscalizadoras” (inciso XI). Na esfera federal, existe o Decreto-Lei nº. 25, de 30 de novembro de 1937, que regulamenta a organização e proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. A atual ordem constitucional aprovou o Decreto-Lei n.º. 25/1937, que, organizando a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, estabeleceu sua disciplina específica para o instituto.

Os órgãos de proteção do patrimônio cultural brasileiro

Com a promulgação do decreto-lei n. Pela Lei 5.255, de 31 de março de 1971, foi criado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba – IPHAEP, que tem por finalidade preservar os bens culturais do Estado da Paraíba que não estejam sob a proteção do IPHAN. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba - IPHAEP, tem sua sede na Avenida João Machado, número 348, no centro da cidade de João Pessoa e, apesar de ter sido criado em 1971, o Instituto só foi reconhecido como um órgão de regime especial com autonomia administrativa e financeira, em 28 de julho de 1978, pelo decreto 7.651. Considerando a ausência de legislação que regulamente o funcionamento do trabalho do IPHAEP, o Decreto Legislativo nº. o que permitiu ao IPHAEP proteger monumentos na Paraíba (OLIVEIRA, 2009, pp. 59-60).

Tabela 03: Bens tombados pelo SPHAN no estado da Paraíba no ano de 1938
Tabela 03: Bens tombados pelo SPHAN no estado da Paraíba no ano de 1938

Do Tombamento

É importante notar que o dever de proteger o património cultural é partilhado pelo Estado, pelo proprietário privado e pela população. Com base nas omissões do poder público na procura de obras de conservação e reparação do património cultural edificado pelo proprietário, bem como na falta de iniciativa da administração pública na execução destas obras, surgiu a questão sobre este assunto. A ideia do Código de Proteção do Patrimônio Cultural como paradigma de simplificação dos direitos culturais.

Mapa 01: Delimitação de 1982 (linha vermelha) e delimitação do centro pela Comissão  (linha azul)
Mapa 01: Delimitação de 1982 (linha vermelha) e delimitação do centro pela Comissão (linha azul)

UM BREVE APANHADO HISTÓRICO SOBRE O CENTRO URBANO

Contextualização do Centro Histórico de João Pessoa

Com a expansão da malha urbana para o leste, a antiga Rua do Tambiá foi ampliada para a Praça da Independência, construída em 1922. As primeiras construções da Rua do Tambiá eram de barro, com algumas fazendas e sítios. Por exemplo, a arquitetura predominante na Rua do Tambiá no final do século XIX e início do século XX era de influência eclética.

Mapa 04: Planta da cidade, 1923. Praça da Independência e Avenida Monsenhor Walfredo  Leal.
Mapa 04: Planta da cidade, 1923. Praça da Independência e Avenida Monsenhor Walfredo Leal.

Diagnóstico da antiga Rua do Tambiá (atual rua Monsenhor Walfredo Leal e

Por fim, exemplos pós-modernos e contemporâneos começaram a ganhar espaço à medida que o comércio local se expandia e a Rua do Tambiá perdia o caráter residencial. O terceiro diagnóstico foi referente ao valor histórico dos imóveis localizados na antiga Rua do Tambiá. Em resumo: a Antiga Rua do Tambiá está localizada dentro do perímetro tombado pelo IPHAEP, por isso grande parte dos imóveis permanece tombada e possuem estilos arquitetônicos que variam entre o Barroco, o Colonial, o Neoclássico, o Eclético e o Moderno.

Mapa 06: Uso e ocupação do solo
Mapa 06: Uso e ocupação do solo

O Imóvel nº 147 da Rua Monsenhor Walfredo Leal, no Tambiá

A jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça é pacífica no sentido de que o proprietário privado detentor ou titular do bem tombado tem como principal obrigação a realização de obras de conservação do património cultural. Contudo, como se viu, a segunda parte do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º. A Lei n.º 25/1937 permite a reparação, pintura ou restauro de bens tombados, desde que haja autorização prévia do Serviço Nacional do Património Histórico-Artístico. Procurou-se desta forma averiguar a razão pela qual não houve intervenção administrativa no imóvel, uma vez que tiveram de ser realizadas obras de conservação e reparação no imóvel, revelando que o instituto da tombamento separado não é eficaz na proteção do património. cultural.

Figura 08: Fachada Frontal do imóvel
Figura 08: Fachada Frontal do imóvel

O PATRIMÔNIO CULTURAL DETERIORADO: LIMITAÇÕES NA

Segundo Isaac Ribeiro de Moraes (2006, p. 494), a diversidade de usos dos bens protegidos ao longo dos anos leva à descaracterização e destruição do patrimônio histórico cultural urbano. Na verdade, também não existe nenhuma decisão do IPHAEP que obrigue os proprietários a realizarem obras de conservação e reparação na casa, existindo portanto uma omissão por parte dos proprietários e do órgão regulador. As medidas de conservação do património cultural adotadas pelo Estado são extremamente importantes, pois o abandono de edifícios históricos não só prejudica a memória de um país, mas também desencadeia a marginalização e o desequilíbrio social.

Ao analisar o estado de conservação existente na caixa do bem edificado, verifica-se que são efectivamente necessárias obras de conservação e reabilitação. Sem autorização prévia do Serviço do Património Histórico e Artístico da República da Eslovénia, nenhuma construção pode ser construída perto do monumento que obstrua ou reduza a sua visibilidade, e também não é permitido colar anúncios ou cartazes sob o risco de destruir o trabalhar. ou objeto removido, caso em que será multado em cinquenta por cento do valor do mesmo objeto. Os bens constantes da lista estão sujeitos à fiscalização constante do Serviço Nacional do Património Histórico e Artístico, que os poderá fiscalizar sempre que o considere oportuno, não podendo os respetivos proprietários ou responsáveis ​​obstruir a fiscalização, sob pena de multa de cem mil réis, dobrados em caso de repetição."

Os bens tombados não poderão, em hipótese alguma, ser destruídos, quebrados ou mutilados, nem, sem prévia autorização especial do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural do Estado, ser reparados, pintados ou restaurados, com multa de cinquenta por cento dos danos causados. ." (grifo nosso). O proprietário de bem tombado que não disponha de recursos para realizar as obras de conservação e reparação de que necessita deverá, com multa equivalente a 2 vezes, comunicar ao Patrimônio Histórico e Artístico Cultural do Estado a necessidade para as referidas obras. o valor pelo qual é avaliado o dano sofrido pela mesma coisa. No caso apresentado, a construção da casa nos termos do Decreto Estadual nº que demarcou a área como passível de conservação rigorosa pelo IPHAEP mostrou-se instrumento insuficiente para a preservação do património cultural, pelo que se recomenda a utilização de outros instrumentos de precaução que permitam uma acção mais eficaz por parte da população e de outras entidades políticas.

Políticas Públicas adotadas pelo poder público para a preservação do patrimônio cultural e Ações Civis Públicas e Populares como outros meios de.

As Políticas Públicas adotadas pelo poder público para a preservação do

A educação patrimonial, que foi agora adoptada como política governamental, não se centra apenas no acesso da população ao conhecimento do património cultural, mas também é necessária para que a população viva e se aproprie do património cultural. Neste ponto o autor chama isso de criação do “Código Brasileiro de Proteção ao Patrimônio Cultural”, sugerindo que estados e municípios também poderiam adotar a ideia criando uma legislação uniforme sobre esse assunto (COSTA, 2008, p.04 e 05) . Além disso, a ação civil pública e a ação popular ganham força no papel da conservação, uma vez que o parágrafo primeiro do artigo 216 da Constituição Federal de 1988 ampliou o rol de instrumentos de proteção ao patrimônio cultural, incluindo “outras formas de proteção e conservação”. .

As ações civis públicas são regulamentadas pela Lei nº. 7.347/85, cujo inciso III do artigo 1º dispõe que “as ações responsáveis ​​por danos morais e patrimoniais causados ​​a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico” são regidas pela referida lei. ., turístico e paisagístico". O Ministério Público, a Defensoria Pública, as unidades federais, os municípios, as fundações, as empresas públicas, as sociedades de capital misto e as associações têm legitimidade ativa para propor ação civil pública (artigo 5º da Lei nº 7.347/85). O objetivo da ação civil pública é a defesa coletiva de interesses transindividuais, ou seja, interesses homogêneos dispersos, coletivos e individuais unidos em grupos, classes ou categorias de pessoas.

Isso significa que a Ação Civil Pública pode defender todos os grupos, classes ou categorias de pessoas determinadas, indeterminadas ou mesmo indeterminadas, desde que tenham em comum as mesmas circunstâncias fáticas ou a mesma resposta jurídica básica (MAZZILLI, 2011, pp. 132 e 133). ). É importante destacar também que esta ação permite ao Ministério Público questionar políticas públicas que prejudicam os interesses da sociedade ligados ao patrimônio cultural. O Ministério Público e demais sujeitos intermediários têm ampla legitimidade para promover a ação civil pública em defesa do patrimônio cultural, histórico, estético, artístico, turístico e paisagístico, independentemente de o bem ser tangível ou intangível, privado ou público, erguido em processo de construção. erguidos ou não listados, bem como se existe licença ou permissão da Administração para o comportamento contestado.

É por isso que o acesso da população à informação, aliado ao desejo de preservar a cultura de uma sociedade, é tão importante para tornar eficaz a conservação do património cultural.

Os impedimentos legais enfrentados pelos proprietários de imóveis tombados

Impedimentos legais enfrentados pelos proprietários de imóveis tombados na realização de obras de conservação ou reforma. É por isso que muitas vezes o proprietário se sente inseguro e receoso em realizar obras de reparação e conservação no imóvel tombado, o que acaba por levar à deterioração paliativa do imóvel. 21 - O proprietário do bem tombado, que não disponha de recursos para a execução das obras de conservação e restauro de que necessita, levará ao conhecimento do Instituto a necessidade das obras acima, sob pena de multa correspondente ao dobro o valor em que é avaliado o dano sofrido pelo mesmo caso.

Basta, por exemplo, que o proprietário não disponha de recursos financeiros para cobrir as despesas decorrentes das obras de conservação e reparação do imóvel. Por outro lado, o município de João Pessoa acertou na elaboração da Lei Municipal nº, uma vez que a referida norma envolve a construção de uma estrutura administrativa para a implementação da política de patrimônio cultural. Com o objetivo de dar maior eficiência à preservação do bem tombado, o artigo 27 da Lei Municipal nº. prazo de início e término da execução das obras de conservação do imóvel.

Por fim, cabe destacar que a citada norma do artigo 30 também prevê a responsabilidade civil e criminal de quem, por meio de ato ou tarefa, causar dano a bens tombados, o que demonstra a preocupação do legislador em tomar medidas eficazes para evitar a deterioração do herança cultural. Portanto, embora não exista um código sobre a protecção do património cultural, a comunidade local deve lutar por normas específicas com base nas quais possa exigir a protecção destes bens de valor histórico adequado. É importante que a comunidade proteja os seus interesses de forma mais eficaz e, entre os interesses sociais, a protecção do património cultural parece ser o que a população menos exige.

No entanto, este imóvel encontra-se em estado de abandono pelos seus proprietários, razão pela qual atingiu o actual estado de degradação, por não ter sofrido quaisquer obras de conservação ou reparação, conforme determina o artigo 19.º do Decreto Legislativo n.º 25/1937. . Portanto, é neste contexto que fazemos uma análise crítica da aplicação da norma e apresentamos as lacunas do legislador e dos instrumentos processuais mais céleres e eficazes para a proteção do património cultural. Uma análise de costumes e práticas culturais nos bairros Roger e Tambiá de João Pessoa – PB.

Sobre a requalificação de praças do Centro Histórico de João Pessoa: um panorama das ações entre as décadas de 1980 e 2010. A contribuição direcionada da quadra urbana no contexto da revisão do Plano Diretor de João Pessoa-PB.

CONCLUSÃO

Imagem

Figura 01: Imagem atualizada da Edificação nº 147 da rua Monsenhor Walfredo Leal,  Tambiá, João Pessoa/PB
Tabela 01: Cronograma pessoal para elaboração do TCC
Figura 02: Planta coberta com indicação das entradas.
Figura 03:  Diferentes tipos de acessos ao semisubsolo.
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Referências

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Sob à luz do federalismo cooperativo, a Constituição Federal de 1988 previu, no seu parágrafo único do artigo 23, que normas de cooperação entre os estados federados serão disciplinadas