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DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA NÃO ... - Univali

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Academic year: 2023

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A análise realizada em conjunto com a doutrina e a jurisprudência concluiu que a liminar constitucional sobre a não cumulatividade do ICMS é uma questão de princípio, por se tratar de uma norma que integra todo o sistema normativo relacionado ao tributo. Será feita uma análise crítica a respeito do direito aos créditos de ICMS e sua correlação com o princípio constitucional da não cumulatividade.

CONCEITO DE TRIBUTO

Elementos do conceito de tributo

Carrazza afirma que o princípio da legalidade teve um significado ampliado pela Carta Política de 1988, ao transferir o mandamento da legalidade para as restrições do direito. competência tributária, o legislador demonstrou especial preocupação quanto à delimitação do próprio campo da hipótese de aparência fiscal. Graças a esse dispositivo, a lei – e somente ela – deve definir os tipos de tributos com absoluta precisão.

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

  • Imposto
  • Taxas
  • Contribuição de Melhoria
  • Outras espécies tributárias na Constituição Federal
    • Contribuições Especiais
    • Empréstimo Compulsório

Ives Gandra da Silva Martins adotou uma classificação em cinco partes: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais (estas como vala comum onde serão retidos valores de impostos não classificados em outras modalidades). Dessa forma, os tributos listados no CTN passaram a conviver com novas modalidades de tributos descritas na Constituição Federal, a saber, as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios.

COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

Atribuição constitucional de competência tributária

O poder tributário não é delegável, ou seja, não é possível transferir o poder constitucional para criar um imposto. Portanto, ao que parece, o poder tributário é a capacidade constitucional da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios de criar tributos.

Classificação da competência tributária

II – Intransmissibilidade: Significa que o poder é definitivamente atribuído pela Constituição a determinada pessoa política e não pode ser transferido a terceiros ou renunciado. Você pode até não implementá-lo, com exceção do ICMS como será mostrado a seguir, mas ele não pode ser repassado a terceiro. IV – Imutabilidade: Por se tratar de matéria reservada à regulamentação da ordem constitucional, o ente político que recebe o exercício constitucionalmente atribuído de determinada competência não pode ampliá-la ou reduzi-la.

V – Não repúdio: Como já mencionado acima, sendo matéria constitucional, não pode ser dispensada, por ser um direito público inacessível, carecem do direito de renúncia. VI – Facultativo: Em geral, significa que a outorga de competência pode ser utilizada da forma mais bem compreendida pelo ente político legitimado para exercê-la. A competência residual é, portanto, aquela atribuída aos entes políticos, o que possibilita a criação de tributos não originalmente previstos na área normativa.

É o que se atribui a todos os sujeitos políticos, mais especificamente, é a capacidade de criação dos tributos previstos no art. Neste, todas as entidades políticas têm capacidade para criar impostos relativos a determinada atividade estatal, no seu âmbito constitucional.

ICMS: TIPO IMPOSTO

DO FATO GERADOR DO ICMS

Um artigo seu, publicado na RDA, intitulado “O Fato Gerador de Impostos”, marcou época e determinou a adesão imediata e total a esta terminologia. Como visto anteriormente, o CF explicou as diferentes hipóteses sobre a incidência tributária, distribuindo-a entre as diferentes entidades tributárias com base em critérios económicos e políticos. Ressalte-se que a expressão ‘fatos geradores’ (isto é, fatos que ocorrem de fato ou supostamente no mundo real) foi utilizada por ela no sentido claro de ‘hipótese de incidência’ (previsões hipoteticamente previstas em lei), em uma confusão terminológica. , condenada veementemente por Geraldo Ataliba, o que, no entanto, não teve consequências práticas.

A jurisprudência sugere que a melhor correlação com a realidade pretendida pode ser alcançada através da aplicação do conceito de “hipótese”. Hugo de Brito Machado também pensa assim: “a hipótese de expressão incidência denota mais apropriadamente a descrição, contida na lei, da situação necessária e suficiente para o nascimento da obrigação tributária, enquanto a expressão que gera fato diz sobre o evento, no mundo dos fatos, do que está descrito na lei III, inciso “a”, da constituição federal, foi o responsável pela disciplina quanto à hipótese de ocorrência de ICMS nesse período.

Como se vê, o legislador procurou atentar para a delimitação do campo fático de ocorrência do ICMS, isso é necessário até porque, em nosso sistema tributário, vigora a tipologia fechada, ou seja, o imposto considerado válido deve ser apresentar no campo legislativo todos os elementos de sua regra matricial. Somente a Lei poderá determinar: [..] III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do art.

DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS

IV – movimentação de mercadorias com prestação de serviços que não sejam de competência tributária dos municípios; V – o fornecimento de bens com prestação de serviços, sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável o tributar expressamente com imposto estadual. Contudo, o regime da Troca Fiscal Inteligente tem sido criticado pela base de cálculo utilizada neste sistema.

Constatou-se que, para a sua utilização, a base de cálculo do imposto apurado nas fases subsequentes é calculada de forma presuntiva, onde em regra é tido em conta o lucro apurado na actividade de bens e serviços, pressupõe-se que para parte do doutrina da Influência direta, quando não na proporção esperada, na capacidade econômica dos contribuintes do ICMS. No caso especial do ICMS, a base de cálculo deverá ser a quantificação incluída na “operação comercial” e na “prestação de serviços de transporte e comunicação interestadual/intermunicipal”, ou seja, o valor da mercadoria e o preço dos serviços , respectivamente. Inclui a base de cálculo do imposto, incluindo no caso do ponto V do caput deste artigo: .. a) seguros, juros e outras importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos na condição.

Parece que a regra do artigo retro não foi contemplada pela jurisprudência, que considera que a base de cálculo do ICMS é exclusivamente o valor da mercadoria ou da prestação do serviço. A nota fiscal entregue ao comprador é um documento que comprova a operação de compra e venda no momento do embarque da mercadoria e expressa o valor do ICMS.

DA ALÍQUOTA DO ICMS

DO SUJEITO PASSIVO

Com base nas citações anteriores, pode-se agora constatar que o contribuinte (como já demonstrado) ou o sujeito passivo que se apresenta como aquele que, com força jurídica e conveniência fiscal, assume a responsabilidade tributária de outros contribuintes, como tem ligação indireta com a hipótese de frequência tributária. Machado (1999, p. 111) confirma isso ao dizer que “Contribuinte, no Código Tributário Nacional, designa o sujeito passivo direto, enquanto responsabilidade designa o sujeito passivo indireto. "para pagar imposto ou multa é transferido para o "responsável", também conhecido como "restituição de imposto", cujas condições técnicas tendem a facilitar a cobrança e fiscalização, de modo a aconselhar a critério do legislador.

DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DO ICMS

Apesar da liberdade de escolha, que não é inerente ao ICMS, sua competência permanece reservada exclusivamente aos Estados e ao Distrito Federal, dada a sua indelegabilidade, conforme previsto no art. No Brasil, segundo o princípio da legalidade, os tributos são criados in abstacto por meio de lei (art. 150, I, da CF), que deve descrever todos os elementos essenciais da norma jurídica tributária. 155, II, por se tratar de um tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, na análise de Hugo de Brito Machado (2003, p. 338) este na verdade já era competência de seu antecessor, o ICM , que ampliou sua incidência e se concentrou em operações relacionadas a transportes e comunicações interestaduais e intermunicipais.

NOÇÕES GERAIS SOBRE PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Como sabemos, a Constituição é o ponto de partida do sistema normativo e responsável pelos comandos nucleares do ordenamento jurídico brasileiro. Eles são os guias do sistema constitucional na medida em que praticam a ideia central de partida do sistema normativo. Sendo o princípio, portanto, a pedra angular do sistema a que pertence, ignorá-lo, na maioria dos casos, equivale a acabar numa situação errada e inevitável, que tem bons efeitos.

Por sua vez, os princípios jurídicos constitucionais prevalecem no sistema tributário brasileiro na medida em que servem de critério para a interpretação e integração geral do sistema normativo. Consideramos o signo “princípio”, que o distingue como “valor” ou como “limite objetivo”, um passo decisivo, com importantes consequências práticas. Persiste ainda o hábito de mencionar o princípio da anualidade, em vez da anterioridade, o que por uma questão de rigor se revela um erro.

O princípio da capacidade contributiva procura distribuir o quantum do imposto proporcionalmente à capacidade económica do contribuinte. Machado (2003, p. 52) afirma que o termo “quando possível” refere-se à natureza pessoal do imposto, uma vez que nem sempre é possível aplicar a natureza pessoal aos impostos. e) Princípio da seletividade: Alguns tributos, como ICMS e IPI, além das tributos que lhe são inerentes, possuem natureza extrafiscal.

O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA NÃO-CUMULATIVIDADE DO ICMS

Pois bem, com base nos esclarecimentos prestados, o caráter não cumulativo do ICMS deve ser atribuído como princípio. Conforme observado anteriormente, no nosso ordenamento jurídico nacional existe uma posição quase unânime de que a não cumulatividade é um princípio constitucional. O princípio da não cumulatividade do ICMS é uma norma constitucional expressa, que gera um direito constitucional subjetivo aos contribuintes de compensar em cada operação o valor devido em operações anteriores.

Machado (1999, p. 132), considera que a não cumulatividade “é um princípio, quando expresso de forma geral, como está na Constituição. Diferentemente da Constituição de 1967, a nossa atual Carta Magna buscou constitucionalizar a “não cumulatividade”, tornando-a, como já discutido, um princípio inerente à tributação. Coêlho e Maneira (2000, pp. 217 e 218), entendem que “o princípio da não cumulatividade tem três fins e neles repousa a sua axiologia jurídica”.

Machado (2003, p. 353), afirma que “a não cumulatividade do ICMS constitui uma das graves falhas do nosso sistema tributário. Na verdade, o legislador constituinte buscou constitucionalizar o comando não cumulativo do ICMS e colocá-lo como comando central do imposto com o objetivo de torná-lo (status não cumulativo) parte da “cúspide da pirâmide jurídica” nacional. seria ".

DA LEI COMPLEMENTAR EM MATÉRIA DE ICMS

Contudo, a Constituição Federal também atribuiu função específica à lei complementar para regulamentar o regime de compensação do ICMS em seu art. regular. Esse regime compensatório assumiu contornos intelectuais que impuseram o cerne da luta em torno da não cumulatividade do ICMS. O legislador constituinte deixou a disciplina de compensação do ICMS ao critério dos estados, sujeita à obediência à lei complementar.

Portanto, a não cumulatividade está constitucionalizada; caberia à Lei Complementar, nos termos da Constituição Federal, delinear as regras relativas ao regime de compensação do ICMS (art. O princípio da não cumulatividade do ICMS, consagrado na Constituição Federal, garante ao contribuinte o direito ao recebimento do crédito do ICMS incidente sobre mercadorias trazidas ao seu estabelecimento, independentemente de sua natureza. Essa questão merece atenção e preocupa seus destinatários, pois a não aplicação do princípio da não cumulatividade do ICMS acarreta aumento do imposto a pagar.

Portanto, muito precisa ser abordado também em termos jurisprudenciais, para que fique evidente a polêmica em torno da natureza não cumulativa do ICMS. A relação entre o crédito de ICMS e o princípio constitucional da não cumulatividade é estreita e responsável por determinar o valor do imposto devido ao final de cada exercício contábil. A partir disso chegamos, portanto, ao cerne do trabalho proposto e passamos a analisar a natureza não cumulativa do ICMS.

Em seguida, foi analisado o caráter não cumulativo do ICMS nas normas infraconstitucionais, abordando as construções doutrinárias criadas em torno da medida de compensação tributária.

Referências

Documentos relacionados

2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município; II - empresa controlada: sociedade cuja