XXXI Congresso de Iniciação Científica
ÍNDICE DE CLOROFILA E ÁREA FOLIAR DE CULTIVARES DE CEVADA CERVEJEIRA INOCULADAS COM Azospirillum brasilense E ADUBADAS COM NITROGÊNIO
João Pedro Manzati Galvani(1), Marcelo Carvalho Minhoto Teixeira Filho, José Francisco Liberato, Eduardo Bianchi Baratella, Raíssa Pereira Dinalli Gazola, Faculdade de Engenharia UNESP/ Campus de Ilha Solteira/SP, Graduando em Engenharia Agronômica. jpmanzati@gmail.com
Palavras Chave: Azospirillum brasilense, Hordeum vulgare L., inoculação em gramíneas.
Introdução
A cevada (Hordeum vulgare L.) é o quarto cereal mais produzido no mundo e no Brasil a malteação para produção de cerveja é o principal uso econômico deste cereal.
O nitrogênio (N) é o nutriente de maior interferência na obtenção de altas produtividades de grãos, evidenciando a importância de uma adequada adubação nitrogenada. Alguns trabalhos vêm sendo realizados a cerca desse assunto, Galindo et al. (2015)1 constataram que a adubação nitrogenada de 200 kg ha-1 associada com a inoculação de Azospirillum bralisense aumentou o índice de clorofila foliar, concentração de fósforo nas folhas, eficiência agronômica e a produtividade de grãos de milho.
Objetivo
Avaliar em região de Cerrado de baixa altitude, o efeito de doses de N associada à inoculação de sementes com A. brasilense, no índice de clorofila foliar e na área foliar de cultivares de cevada cervejeira.
Material e Métodos
O experimento foi desenvolvido em Selvíria-MS, com altitude de 335 m. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições, dispostos em um esquema fatorial 2 x 5, sendo: duas cultivares (BRS Sampa e RGT Planet) e cinco tratamentos relacionados ao fornecimento de N: a) testemunha (sem N e sem inoculação com A. brasiliense), b) 100% da dose de N recomendada para a cultura (80 kg ha-1) em cobertura, c) 50% da dose de N recomendada (40 kg ha-1 de N), d) 50%
da dose de N (40 kg ha-1 de N) associada à inoculação com A. brasiliense (estirpes AbV5 e AbV6) via semente na dose de 300 mL de inoculante líquido para 50 kg de sementes, e) ausência de N com inoculação de A. brasiliense via semente. Tanto a área foliar (AF) como o índice de clorofila foliar (ICF) foram determinados no florescimento da cultura.
Resultados e Discussão
O ICF foi maior para a cultivar BRS Sampa, diferente da área foliar que apresentou maior valor para a cultivar RGT Planet. Para o ICF, o tratamento com 80 kg ha-1 de N foi superior, diferindo dos
demais. Para a área foliar, todos os tratamentos foram superiores em relação à testemunha, inclusive quando houve apenas a inoculação com A.
bralisense. Isto se deve ao efeito que esta bactéria promove na produção de hormônios vegetais (auxina e citocininas), importantes para o crescimento de órgãos da planta, como a folha.
Estes resultados também demonstraram a importância do N para a nutrição, desenvolvimento vegetativo, com possibilidade de aumento da taxa fotossintética, perfilhamento e produtividade da cevada cervejeira no Cerrado.
Tabela 1. Índice de clorofila foliar (ICF) e área foliar (AF) da folha diagnose de cultivares de cevada em função de tratamentos com adubação nitrogenada e inoculação com Azospirillum brasilense. Selvíria – MS, 2018.
Tratamentos ICF AF
(cm2) Cultivares
RGT Planet 38,43 b 8,84 a BRS Sampa 44,38 a 7,49 b
D.M.S. (5%) 3,36 0,74
Tratamentos
Testemunha 37,49 b 6,24 b 40 kg ha-1 de N 38,15 b 8,88 a 80 kg ha-1 de N 50,34 a 8,45 a A. brasilense 40,00 b 8,74 a A. brasilense e 40 kg ha-1 de N 41,07 b 8,51 a
D.M.S. (5%) 7,55 1,68
Média geral 41,41 8,16
C.V. (5%) 12,49 14,07
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Conclusões
A cultivar BRS Sampa propiciou maior ICF, enquanto a cultivar RGT Planet apresentou maior área foliar. A aplicação de 80 kg ha-1 de N proporcionou o maior ICF, e todos os tratamentos aumentaram a área foliar em relação à testemunha, independentemente da cultivar de cevada cervejeira.
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1 GALINDO, F. S. Desempenho Agronômico do milho e do trigo em função da inoculação com Azospirillum brasilense e doses e fontes de nitrogênio. 2015. 150 f. Dissertação de mestrado (Agronomia – Sistemas de produção) – Universidade Estadual Paulista “Júlio e Mesquita Filho” – UNESP, Ilha Solteira, SP, 2015.