The overall goal of this work was to design strategies that improve sheep farming in the semi-arid region of the Northeast. It concluded that more incentives and investments are needed in this relevant sector to contribute to the quality of life of families in the semi-arid region of the Northeast that depend on this activity.
1 INTRODUÇÃO
Os objetivos específicos são analisar a importância da ovinocultura no semiárido nordestino, descrever os principais desafios dessa atividade na região e caracterizar estratégias para melhorar o manejo animal diante das condições ambientais adversas. Este trabalho justifica-se por sua relevância científica e social, visto a necessidade de contribuir para a ampliação do conhecimento sobre o manejo de ovinos no semiárido, a fim de impulsionar o desenvolvimento da ovinocultura na região nordeste do Brasil por meio de uma produção sustentável modelo .
2 DESENVOLVIMENTO
História da Ovinocultura
- Ovinocultura no Mundo
- Ovinocultura no Brasil
Vilela (2020) relata que os primeiros animais da espécie ovina chegaram ao Brasil pelas mãos de colonizadores enviados pela coroa portuguesa, ainda nos primeiros anos da colonização. Os primeiros animais domesticados que chegaram ao solo brasileiro durante o período colonial serviram de base para a composição genética das atuais raças locais.
Importância Social, Cultural e Econômica da Criação de Ovinos
Porém, mesmo com esse grande número de animais, a produção nacional ainda é insuficiente para atender a demanda interna por carne. Especialmente na região semiárida, há potencial para que o mercado de animais e derivados se torne bastante favorável e vantajoso.
Principais Raças de Ovinos do Semiárido Brasileiro
Assim como a Morada Nova, a raça Santa Inês (Figura 5) também é bastante rústica e se adapta sem muita dificuldade a todas as regiões, mesmo as mais secas. As ovelhas Santa Inês destacam-se no mercado pela boa capacidade materna, notória resistência a parasitas e alta frequência de partos múltiplos (OLIVEIRA, 2018).
Sistemas de Criação de Ovinos
Esse conjunto de processos é denominado sistema de criação ou sistema de produção (OLIVEIRA et al., 2015). Segundo Sousa e cols. 2018), uma das desvantagens do sistema de criação semi-intensivo é que não é possível atender às necessidades nutricionais do rebanho para reprodução e produção satisfatórias durante todo o ano. É possível notar que independente do sistema de criação adotado, esta atividade requer maior cuidado, mão de obra especializada e muito empenho (OLIVEIRA et al., 2015).
Isso ocorre porque os esforços para manter a temperatura corporal por meio de processos de termólise, com gasto de energia, comprometem outras funções do organismo animal, levando a alterações metabólicas (LIMA et al., 2014). Alterações na frequência respiratória e na temperatura retal são respostas à insuficiência do ambiente onde o animal vive, sendo fundamental garantir melhores condições em prol de um melhor desempenho produtivo (LIMA et al., 2014). A preocupação com o bem-estar animal se traduz em resultados satisfatórios no desempenho produtivo e reprodutivo (LIMA et al., 2014).
Manejo Nutricional
Independentemente da raça ou grupo genético, o criador deve ter especial atenção a dois objetivos principais, nomeadamente o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade do produto (SOUSA et al., 2018). A avaliação da alimentação de ovinos é fundamental para adequar o manejo alimentar, permitindo ao produtor obter um desempenho produtivo mais satisfatório (AZEVEDO et al., 2013). Acompanhamento técnico para prever a compra e produção de alimentos de acordo com o tempo de alimentação de determinado grupo de animais de acordo com a categoria de produção e necessidades nutricionais, bem como o cumprimento do preparo de rações de custo mínimo (ARAÚJO et al. , 2016, pp. 330-331).
Além disso, o produtor deve se preocupar em fornecer ao consumidor um produto de qualidade (SOUSA et al, é fundamental implementar estratégias dietéticas no semiárido brasileiro. Além disso, o produtor pode conservar o excesso de ração, abundante no período chuvoso , na forma de feno ou silagem e utilizar plantas daninhas, uma importante estratégia para atender a demanda alimentar no período seco sem reduzir o número de animais por área ou hectare (CAMPOS et al., 2017) Devido à baixa concentração de fibra e proteína, seu uso não é recomendado de uso exclusivo, mas sempre combinado com alimentos ricos em fibras, visando o bom funcionamento intestinal, e com boa quantidade de proteína (RODRIGUES et al., 2016).
Manejo Sanitário
Segundo Vale e Souza (2020), uma alternativa ecologicamente correta para o combate à verminose consiste na produção de vermífugos a partir de receitas tradicionais, utilizando plantas e raízes típicas da caatinga. A planta de nome popular neem (Azadiractha indica) contém atividade inseticida, portanto seu extrato pode se tornar uma alternativa viável e sustentável para o controle de nematóides. Sempre que possível, os criadores de ovinos devem optar por métodos de controle de baixo custo e menos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana, como a torta de nim.
Portanto, o produtor deve adquirir conhecimento sobre essa doença em ovinos, como sinais clínicos e métodos de diagnóstico, tratamento e profilaxia, a fim de implementar estratégias de controle eficientes, mitigando eventuais danos (SOUSA et al., 2014). Por isso é tão importante adotar estratégias de controle baseadas na epidemiologia da doença, a fim de minimizar o risco de infecção do rebanho. Com base nesse cenário, Sousa et al. 2014), sugerem a implementação de um sistema de verificação sorológica em animais utilizados na criação e recém-obtidos, isolamento e tratamento de ovelhas infectadas, higiene adequada das instalações e vacinação dos animais.
Manejo Reprodutivo
A sobrevivência da prole depende do consumo do colostro ao nascer e não apenas do genótipo, pois o alimento garante a imunidade para que ela se adapte e sobreviva no ambiente. Por isso é tão importante para o criador de ovinos estabelecer manejo reprodutivo adequado, alimentação e boa nutrição das mães durante o último terço do período de gestação e da prole durante a fase de amamentação (SIMPLÍCIO; AZEVEDO, 2014). Existem criadores de ovinos que habitualmente cruzam machos exóticos com fêmeas naturalizadas, visando apenas melhorar o desempenho produtivo do rebanho sem buscar atender às necessidades da prole resultante desse tipo de cruzamento.
As consequências dessa prática são prejuízos como atraso no desenvolvimento corporal, alto índice de mortalidade e baixo índice de desmame da prole. A sobrevivência da prole depende de fatores como nutrição adequada desde o nascimento até o desmame, aptidão materna, condição. Assim, é importante garantir o bem-estar animal e cuidar da alimentação, nutrição e promoção da saúde, favorecendo o aumento da fertilidade ao nascer, a fertilidade e a sobrevivência da prole durante a fase de lactação.
Principais Desafios da Ovinocultura no Semiárido Brasileiro
- Condições Climáticas
- Baixo Nível Tecnológico e Informalidade
- Carência de Políticas Públicas e de Incentivos ao Ovinocultor
- Desorganização da Cadeia Produtiva e falta de acordos e parcerias
Por meio dessa estratégia voltada para o bem-estar animal, o produtor consegue atender melhor as demandas dos animais com menores custos e mais qualidade (MOUSQUER et al., 2013). A importância social e econômica do setor deve ser reconhecida e devem ser oferecidos incentivos que possam impulsioná-lo significativamente (CARDOSO et al., 2015). Quanto mais informado, mais seguro e confiante ele se sente sobre a qualidade do que compra (MARTINS et al., 2015).
O desenvolvimento da cadeia produtiva da ovinocultura depende diretamente do entendimento dos conceitos de bem-estar animal por parte do ovinocultor para que ele possa atender as crescentes demandas dos consumidores (MARTINS et al., 2015). No entanto, esse potencial só pode ser plenamente alcançado com a melhoria dos índices de organização dos sistemas de produção (LUCENA et al., 2018). Nesse contexto, os produtores podem utilizar a criação de ovinos isoladamente, pois essa alternativa permite a utilização de coprodutos, o que reduz os custos com alimentação (MOUSQUER et al., 2013).
3 METODOLOGIA
Os critérios de inclusão para a seleção dos estudos foram: artigos científicos originais disponíveis na íntegra nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico, com recorte temporal de 2012 a 2022, no idioma português, e que permitissem responder às questões norteadoras . Após a seleção dos materiais, procedeu-se à leitura e análise crítica para extrair as informações mais relevantes e síntese do conhecimento. Ao fazer uma seleção inicial, foram encontrados 272 estudos e, ao excluir as duplicatas nas bases de dados, restaram 243 documentos.
Em seguida, os títulos foram revisados, resultando na seleção de 106 publicações, que, após passarem por uma triagem de leituras de seus resumos, levaram à exclusão de 60 publicações que não abordavam o tema compatível com o estudado. Restaram assim 46 estudos, que foram analisados com a leitura na íntegra, e posteriormente houve a eliminação daqueles que não atenderam aos objetivos propostos nesta monografia. O trabalho foi concluído com a inclusão de 10 estudos destinados apenas a resultados e discussões (quadro 1).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A falta de assistência técnica especializada é. um dos principais desafios da ovinocultura. no semi-árido, levando ao domínio de técnicas tradicionais de manejo. Ao analisar os estudos, é possível perceber a concordância entre os autores quanto ao potencial da ovinocultura no semiárido nordestino. Dentre as principais alternativas apontadas nos artigos, destaca-se a prestação de assistência técnica e extensão rural por profissionais qualificados.
Diante disso, é importante que o Governo Federal continue investindo nessas atividades para promover o desenvolvimento social e econômico e, consequentemente, promover uma melhor qualidade de vida a esses produtores. 2016), também concordam que um dos fatores que contribuem para o atraso no pastoreio de ovinos no semiárido é a falta de assistência técnica. Devido às condições de escassez hídrica, a segurança alimentar de ovinos no semiárido depende do uso de forragem em períodos de baixa pluviosidade. O desenvolvimento de pesquisas com plantas com potencial fitoterápico voltadas ao controle de nematóides gastrointestinais no rebanho ovino, aliada a outras ações, é fundamental para melhorar o manejo sanitário, contribuindo para o desenvolvimento dos rebanhos ovinos do semiárido brasileiro.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Propõe-se, assim, que sejam realizadas mais pesquisas nesta área para que surjam novos esclarecimentos sobre os factores que prejudicam esta importantíssima actividade pecuária e para que as autoridades competentes tomem consciência da necessidade de mais incentivos e investimentos no sector.
Desenvolvimento de práticas de gestão de sistemas de produção familiar no semiárido nordestino. Caracterização de um sistema de produção de carne bovina submetido a três partos ao longo de dois anos. Indicadores técnicos e econômicos de produtividade do sistema de criação de bovinos em região semiárida.
Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/- /noticia/33726731/pesquisas-indicam-resistencia-de-ovinos-morada-nova-a-. Diagnóstico da oferta e demanda de ovinos e caprinos para processamento de carne, couro e leite na região central do Tocantins. Levantamento de custos, receitas e medidas de resultado da exploração de ovinos Morada Nova no estado do Ceará: um estudo de caso.
