Desenvolvimento de rotina morfológica para detecção de áreas de queimadas em imagens de satélite
Giovanna Carreira Marinho, Erivaldo Antônio da Silva, Presidente Prudente, Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT, Ciência da Computação, giovannacm21@gmail.com, PIBIC.
Palavras Chave: morfologia matemática, detecção de queimadas, imagem de satélite.
Introdução
O uso conjunto de sensoriamento remoto e morfologia matemática vem contribuindo significativamente para o estudo das características da superfície terrestre, assim como para o levantamento de dados e informações. Dessa forma, neste trabalho estão apresentados parte dos resultados obtidos a partir do uso da rotina desenvolvida na pesquisa para a detecção de áreas de queimadas em imagens digitais a partir do uso de operadores morfológicos. Foram utilizadas imagens do satélite LANDSAT - 8 e os resultados obtidos foram promissores e indicam o potencial de uso da rotina em cartografia.
Objetivo
Apresentar os resultados obtidos com a aplicação da rotina morfológica desenvolvida para detectar áreas de queimadas em imagens do satélite LANDSAT - 8, realizando análise multitemporal.
Material e Métodos
Os materiais utilizados foram o software Matlab, a toolbox Image Processing e imagens capturadas pelo satélite LANDSAT - 8 da mesma área em duas datas distintas, data 1 e data 2. As imagens da área de estudo foram processadas com a aplicação da rotina morfológica proposta, onde foram utilizados os operadores ajuste de contraste (imadjust), binarização (imbinarize) e remoção de objetos (bwareaopen).
Resultados e Discussão
A figura 1 apresenta, da esquerda para a direita, a imagem original, o resultado da detecção da área de queimada na data 1 e o resultado da sobreposição da detecção em amarelo sobreposto à imagem original.
Figura 1. Processamento da imagem de data 1.
A figura 2 apresenta a imagem original, a área queimada na data 2 que inclui a área queimada na data 1 e, a sobreposição da área queimada com a imagem original. É importante destacar que no resultado da direita está representada em amarelo a área queimada na data 1 que aparece queimada na data 2 e em verde a área que foi queimada entre a data 1 e a data 2.
Figura 2. Processamento da imagem de data 2.
Para os resultados das áreas queimadas nas datas 1 e 2, foram quantificados os números de pixels que multiplicados pela resolução espacial das imagens LANDSAT - 8 utilizadas (30m) resultaram em 0,34917 km² na data 1 e 1,15335 km² na data 2, excluindo o que foi queimado na data 1. Este resultado indica que houve um acréscimo de 330% da área queimada na data 2 em relação a data 1.
Conclusões
Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a rotina morfológica desenvolvida foi adequada ao objetivo de detecção de áreas de queimadas, indicando que o seu uso é positivo para monitorar, de forma sistemática, áreas queimadas em imagens digitais.
Agradecimentos
Ao orientador pelo apoio no desenvolvimento do trabalho e ao CNPq pela bolsa de IC.
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Gonzalez, R. C.; Woods, R. E.; Processamento digital de imagens. 3.
ed.
Documentação da biblioteca de funções online: Disponível em:
<https://www.mathworks.com/help/>
Publicações referenciadas: Disponível em:
<http://www.inpe.br/queimadas/portal>
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